por maneco nascimento
(foto: cidadeverde.com/31/01/11)
Que ninguém duvide do talento e desprendimento artístico incrustados na pele e alma piauienses. Para as letras, para a música, para o teatro e para a dança completa-se o círculo dos gêneros comunicativos da expressão de espetáculo expandida. Quem nasceu primeiro já nem importa. Importa é saber que em algum momento a dramaturgia escrita estará atrelada à representação através do teatro, da música e dança, ou numa alquimia que reúne e completa as quatro linguagens que, mais próximas, expressam as falas sociais e culturais das identidades representadas.
Mara Janaína Barros tem ganhado espaço da e na mídia para demonstrar onde pode chegar quem persegue o próprio sonho. A bailarina que começou seus primeiros passos na Escola de Dança do Estado “Lenir Argento” e aprendeu o caminho das pedras preciosas da dança, vislumbra um passo maior.
Destaque do Festival de Dança de Teresina, versão 2009, recebeu convite de uma olheira e coreógrafa do mundo clássico, Toshie Kobayashi, para concorrer numa seletiva em Fortaleza, no Ceará, foi e venceu. Em São Paulo, o segundo convite de concorrência, naturalmente deu-se muito bem, obrigado.
Na Etapa Nacional do YAGP Brasil, em São Paulo, levou o primeiro lugar disputando com muitas outras sapatilhas ensaiadas para igual sonho. Através da promoção do Instituto Passos de Arte muitas crianças e adolescentes brasileiro(a)s conseguem saltar do sol da meia noite ao dia de novos horizontes.
Classificada na categoria Junior, em concorrência com bailarinas entre 10 e 14 anos, a prodígio da cidade de Teresina segue para a etapa mundial do Youth America Grand Prix. Nova York a espera. Para o mês de março de 2011 deverá vencer seus medos, gerar expectativas e conquistar uma bolsa de estudos de balé na Big Apple.
Fará naturalmente o caminho que percorreu com garra inata o ótimo Alef Albert que, atualmente, mora nos Estados Unidos. Mara Barros, nascida das fileiras de pequenas bailarinas formadas pela Escola de Dança do Estado, conseguiu seu pulo da gata. Agora é confirmar o esforço começado na academia de formação pública e que, em segundo momento, recebeu reforço técnico na Academia de Ballet Helly Batista.
A mágica de dançar exige um esforço de horas dedicadas ao árduo trabalho de aprender os segredos da anatomia de expressão cênica. A dança na cidade tem escrito sua própria história. A Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, também tem feito valer o preço do contributo cidadão.
A partir de laboratórios de iniciação ao Balé Clássico, distribuídos nas Casas de Cultura que mantém, em escolas municipais e outros espaços em que há solicitação, o papel do executivo municipal, através de sua pasta de cultura, executa um arcabouço de preparação, também, para futuras celebridades da dança.
No rastilho do estrelato seguem os sonhos de crianças vindas das Academias de Balé da Cidade, das oportunidades oferecidas gratuitamente pela Prefeitura de Teresina e pela Escola de Dança do Estado “Lenir Argento”.
Os Festivais nacionais da categoria nunca passam sem surpresas e virtuoses da dança piauiense, seja na linguagem do clássico, seja no passo contemporâneo. Viver a dança, dançar a vida em nome das escolhas aspiradas e dos esforços concentrados.
As gerações que ilustraram os primeiros movimentos de equilíbrio de estética cênica da dança, no Piauí, hoje preparam as novas possibilidades do perfil de quem alcança seu próprio objetivo, dançar e fazê-lo o melhor possível. O mundo é o limite, para além dos tablados de iniciação.
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