"#Amostra 31"
por maneco nascimento
A apresentação do Projeto, em Processo de Exposição à exploração pública, acontece nesta terça feira, 31, às 18 horas, no Bar do Club dos Diários. #Amostra 31 - Processo Atma Adriara.
Reúne seis resultados-mostra, "Adeus Sem Adeus"; "Uno"; "A Última Zona; "Sufoco"; "Cogito + Refluxo + Fluxo"; "Elemento 4". Para a coordenadora da #Amostra 31, Atma Adriara, "é mais que Amostra. Diz respeito ao que cada um pensou, passou durante o processo. Cada pessoa coloca a própria identidade, cada pessoa alimenta cada processo", conta.
Esse resultado faz parte dos laboratórios trabalhados durante 2016, na Sala de Ensaios "Rosalina Silva" (Complexo Cultural Club dos Diários\Theatro 4 de Setembro).
Na abertura do evento será apresentado um vídeo sobre dança (filme de registro, desde o início do Projeto até agora, de memória do Grupo) e um vídeo-dança "Qualquer Lugar Dança".
#Amostra 31 reflete "processos diferentes uns dos outros. Serão juntados os resultados, temáticas diferentes, interligadas", finaliza Atma.
Processo Atma Adriara.
O Processo Atma Adriara vem cumprindo desempenho desde 2013 e os laboratórios do Grupo trabalham processos de junção, visão de cada um.
As criações e estudos sobre dança moderna e experiência contemporânea abrem margens para o ato criativo e as possibilidades de explorar o intérprete - criador de cada um que compõe o Grupo
serviço:
#Amostra 31 - Processo Atma Adriara
dia 31 de janeiro
às 18 horas
no Bar do Club dos Diários
classificação livre.
Entrada Franca
fotos\imagem: (divulgação)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
sábado, 28 de janeiro de 2017
Cultura e Memória
História da Humanidade
por maneco nascimento
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi comemorado nesta última sexta feira, dia 27 de janeiro.
Esta é uma data dedicada à homenagem das milhões de pessoas que foram torturadas e mortas nos campos de concentração, comandados pela Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945).
Dentre as milhões de vidas perdidas pelas mãos dos nazistas, a maioria era judeus, negros, homossexuais e ciganos – grupos sociais que eram considerados “inferiores”, de acordo com a ideologia Nazi, das ideologias de "raça" arianas.
No total, estimam-se que tenham sido assassinadas mais de seis milhões de judeus durante o Holocausto.
Pela dimensão da crueldade que se deu pelo Holocausto é tão assustadora que, para tentar evitar episódios semelhantes no futuro, foi criada a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
A Origem ao Dia Internacional da Lembrança do Holocausto
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi criado por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), através de uma Assembleia Geral, pela resolução 60/7, de 1 de dezembro de 2005.
O 27 de Janeiro foi escolhido por ter sido o dia, em 1945, que aconteceu a libertação do campo de concentração de Auschwitz, considerado o principal do regime nazista.
bônus
*****Ninguém melhor que a literatura, o cinema, registraram essa memória da história da humanidade.
*Audiovisual
Nas telonas e séries de tevês, filmes como, Holocausto (série), A Lista de Schindler, O Menino do Pijama Listrado, O Pianista, A Vida é Bela, Fuga de Sobibor, Trem da Vida, Os Falsários, Noite e Neblina, Bent, Auschwitz - Holocausto - Completo (filme documentário), entre tantos outros roteirizados, deram tanta vazão a momento tão incomum de abuso, violência e poder destruidor sobre povos e etnias.
*Exibição de filme
No Teatro "Torquato Neto"
às 12 horas,
A Entrada é Franca!
fonte de pesquisa: (www.calendarr.com)
fotos\imagem: (foto stil - Lista de Schindler\capas de filmes\\reprodução web)
Experimento N° 1
geração de novos atuantes
por maneco nascimento
"É melhor que muita coisa que tem sido feita por aqui. A encenação é minha linguagem. sobreposição de linguagem. Esse trabalho surge desse processo, laboratório. O espetáculo surge do fazer. Por isso é que é um experimento." (Adriano Abreu, coordenador do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes)
O Coletivo Piauhy Estúdio das Artes estreia espetáculo-resultado da seleção de novos atuantes da companhia da cena. "Experimento N° 1" será apresentado na noite do dia 04 de fevereiro (sábado), às 19 horas, na Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
O trabalho discute, com uma estética contemporânea, as relações entre o fazer teatral e a vida do artista da cena no Estado do Piauí. Suas lutas, rejeições, amores, as dificuldades enfrentadas durante o processo criativo, se intercruzam no espaço mitopoético nessa proposta do Grupo.
A demostração em Experimento é resultado de um processo de seleção para novos atores e atrizes do Coletivo. O processo começou no final de 2016 e as respostas conseguidas marcam a concepção de um novo espetáculo, o “Experimento N° 1”.
Adriano Abreu, Coordenador do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, que também assina o roteiro do espetáculo, reflete sobre essa produção como um novo momento do grupo,
“Passamos muitas dificuldades, durante os últimos dois anos, com o afastamento de alguns atuantes do Piauhy Estúdio das Artes, por vários motivos, discordâncias estéticas e processuais, questões de saúde e até a impossibilidade do Coletivo de arcar com a sobrevivência dos seus membros, que obrigou algumas pessoas a buscarem outros trabalhos. Dessa forma, as consequências no nosso ritmo de realização foram enormes. No final do ano, resolvemos abrir um processo de seleção de novos atores e atrizes, artistas que tivessem vontade e tempo, para assumirem com disciplina o fazer cênico", conta.
O espetáculo ocorre em 6 movimentos cênicos, onde misturam-se recursos narrativos, performativos e dramáticos. A encenação privilegia a ludicidade, reflexão e, principalmente, a teatralidade advinda de atuações marcantes, que já são sinônimos do trabalho do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes. "Experimento N° 1, traz a marca de uma geração jovem que deseja fazer teatro no Piauí, contrariando todas as expectativas daqueles que consideram esse ato inviável ou perca de tempo ”, finaliza
O Roteiro e Encenação é de Adriano Abreu. A Direção Musical de Caio Leon e a atuação fica por conta dos novos atores e atrizes do Coletivo, Ana Clara, Állex Cruz, Deusa Melo, Marco Aurélio, Matheus Paiva, Mayra Sousa, Waldfran Soares.
A montagem é uma realização do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, com apoio cultural da Casa da Cultura de Teresina e Complexo Cultural Club dos Diários\Theatro 4 de Setembro.
O Coletivo Piauhy Estúdio das Artes é uma
organização dedicada a promoção, divulgação, pesquisa, ensino e produção das
artes cênicas, com foco principal na formação integral do atuante e suas
interfaces com a arte do espetáculo. Desempenha na cidade de Teresina um trabalho de pesquisa, estética de conceitos cênicos que explora o fazer teatral a rigor de marcas do teatro brasileiro de expressão piauiense que identifiquem a práxis pontual e profissional na cena viva.
Serviço:
Estreia de "Experimento Nº 01"
dia 04 de fevereiro
de 2017 (Sábado),
às 19h,
na Galeria de Artes "Nonato Oliveira"
(Club dos Diários)
Entrada Franca.
fotos\imagem: (divulgação)
Vide o cinema
"É Proibido Cochilar"
por maneco nascimento
Na semana de 30 e 31 de janeiro e 01, 02 e 03 de fevereiro o cinema continua a marcar você. Vêm filmes inesquecíveis, que marcaram a memória da telona e emocionaram plateias do mundo inteiro, com temas instigantes, dramáticos e também humorados para todos os gostos de cinéfilos.
Fins de janeiro e início de fevereiro, as sessões de cinema do "É Proibido Cochilar" serão para rever clássicos hollywoodianos que nunca envelhecem! E deixaram aquele gostinho de como é bom assistir a um bom filme, com seu roteiro e direção inteligentes e criativos.
por maneco nascimento
Na semana de 30 e 31 de janeiro e 01, 02 e 03 de fevereiro o cinema continua a marcar você. Vêm filmes inesquecíveis, que marcaram a memória da telona e emocionaram plateias do mundo inteiro, com temas instigantes, dramáticos e também humorados para todos os gostos de cinéfilos.
Fins de janeiro e início de fevereiro, as sessões de cinema do "É Proibido Cochilar" serão para rever clássicos hollywoodianos que nunca envelhecem! E deixaram aquele gostinho de como é bom assistir a um bom filme, com seu roteiro e direção inteligentes e criativos.
O Projeto "É Proibido Cochilar" oferta, com entrada gratuita, a exibição das fitas, ao meio dia, no Teatro "Torquato Neto" (Club dos Diários)
segunda e terça feira -
segunda e terça feira -
dias 30 e 31 de janeiro,
às 12 horas,
Um clássico. Exibição de filme para lembrar os 70 anos do Holocausto.
***"A Lista de Schindler". de Steve Spielberg.
Um dos melhores relatos e crônica de memória do Holocausto, numa irreparável cena ação spielberguiana. Filme premiadíssimo. Oscarizado sem mas, mas.
às 12 horas,
Um clássico. Exibição de filme para lembrar os 70 anos do Holocausto.
***"A Lista de Schindler". de Steve Spielberg.
Um dos melhores relatos e crônica de memória do Holocausto, numa irreparável cena ação spielberguiana. Filme premiadíssimo. Oscarizado sem mas, mas.
- quarta, quinta e sexta feira -
dias 01, 02 e 03 fevereiro,
às 12 horas,
O tempo fecha para abrir-se ao luxo, carisma e talento de Audrey Hepburn.
dias 01, 02 e 03 fevereiro,
às 12 horas,
O tempo fecha para abrir-se ao luxo, carisma e talento de Audrey Hepburn.
dia 01
***"A Princesa e o Plebeu", uma das mais adoráveis comédias românticas de todos os tempos, dirigida dirigida por William Wyler. Audrey Hepburn, em seu primeiro papel principal, ganhou o Oscar de Atriz. O filme recebeu dez indicações.
dia 02
***"Sabrina". uma história de Cinderela, com Humphey Bogart, William Holden e Audrey Hepburn. Dirigido por Billy Wilder (diretor do premiado Crepúsculo dos Deuses, Quanto mais Quente Melhor, etc.)
dia 03
***"Bonequinha de Luxo", clássico de Blake Edwards, baseado em best seller de Truman Capote. Comédia romântica ao intrigante estilo de vida de Holly (Audrey H.), que vasculha Manhattan decidida a encontrar um milionário pra se casar.
A canção inesquecível da abertura, acordes de Moon River, de Henry Mancini e Johnny Mercer, foi vencedora do Oscar de canção.
***"A Princesa e o Plebeu", uma das mais adoráveis comédias românticas de todos os tempos, dirigida dirigida por William Wyler. Audrey Hepburn, em seu primeiro papel principal, ganhou o Oscar de Atriz. O filme recebeu dez indicações.
dia 02
***"Sabrina". uma história de Cinderela, com Humphey Bogart, William Holden e Audrey Hepburn. Dirigido por Billy Wilder (diretor do premiado Crepúsculo dos Deuses, Quanto mais Quente Melhor, etc.)
dia 03
***"Bonequinha de Luxo", clássico de Blake Edwards, baseado em best seller de Truman Capote. Comédia romântica ao intrigante estilo de vida de Holly (Audrey H.), que vasculha Manhattan decidida a encontrar um milionário pra se casar.
A canção inesquecível da abertura, acordes de Moon River, de Henry Mancini e Johnny Mercer, foi vencedora do Oscar de canção.
Serviço:
ao meio dia
no Teatro "Torquato Neto" (Club dos Diários)
Projeto "É Proibido Cochilar"
Realização: Governo do Estado\SeCult
Realização: Governo do Estado\SeCult
fotos\imagem: (reprodução web)
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Dois poetas
duas penas de brilho...
por maneco nascimento
Enquanto "(...) dos olhos injetados do Poeta brilha o lusco-fusco da palavra ferida. E a big-pena rabisca sinais luminosos.", como declara Conceição Evaristo, em "Stop", por cá dois poetas perolam sinais luminosos às licenças poéticas, das tintas escrevinhadas, e das tintas em traços dos pincéis a pictóricos assomos proféticos.
Elias Paz e Silva&Antônio Amaral assinam "Rima Ruach". Quatro mãos, duas penas de poesia, uma Obra de encher os olhos do leitor. Do lado esquerdo, do coração selvagem do livro, os traços de Amaral.
E, do lado direito da mens sana do poeta, as linhas, os riscos, as palavras atomizando poesia de lírica moderna, simples, direta, econômica e de uma sutileza profética de ditar humor, em cantos poéticos para embalar grandes e pequenos.
Numa atenção literária editada pela Nova Aliança, "Rima Ruach" dialoga com gestos pictóricos e linhas emblemáticas de linguagem às infâncias, em inspiração a leitores que deitem sobre as páginas livres, berço esplêndido de vasos comunicantes poéticos.
Ali saltam das páginas um céu azul borrado de reflexo para roxo e amarelo, às margens do leito do rio que reflete o azul da cor do mar de água doce; um pássaro em gorjeio na cabeça do Poeta; talvez um pinguim real, em descanso olhando o tempo; a cigarra; a dona abelha; a boca aberta devoradora para o diálogo dos peixes, a la Antonio Vieira, em antropofagia à estrela guia.
Uma ave em voo vertical rumo ao sol cometa halley; um lume cadeeiro hebreu; a nossa língua seja tupi-guarani, seja lusobrasileira; um encanto jacaré; o pato, o elefante, o lobo valente; o grilo consciência do Poeta, a elegante lagartixa, o lírio flor lilás, a ovelha teto das peles.
E mais licenças pictóricas para a "taiada" de melancia; o beija-flor; o abacate verde cor invólucro e núcleo amarelo furta-cor; o beija-flor em beijo ao pardalzinho; o feliz calango-tango; o carinhoso porco espinho; um pássaro em deguste à taça de vinho; o circunspecto hipopótamo; o amarelo do bem-te-vi que bica o centro do abacaxi.
O curioso curió, a dona leoa, o pombo azul em voo, o feliz galo-de-campina. a gaivota que vai e volta, a andorinhazinha em planar de asas lilases, o adulto-criança em luta pela infância sem luto, a natureza em forma vivaz, o poema uma pernalta ema; a sutil cabra.
O prato do dia, uma minhoca em voo livre rumo ao abismo de bicos famintos; o sol cometa halley espalhando luz de página à página, nascido do centro da brochura, e um painel das personagens enfileiradas que se aquecem em adoração ao sol cometa halley, no céu das 15 horas. Essas as traduções poéticas de Antônio Amaral para os enigmas-esfinge Poeta de Elias Paz e Silva.
À capa e contra capa que sanduícham os Poetas ficam a esta (a capa) um olhar de pequenos regalos-retinas que espreitam o leitor, com seus cabelos espetados aos céus no matiz do arco-íris e no coque o título Rima Ruach e, sobre o título, coroados em nomes próprios os Poetas Elias Paz e Silva&Antônio Amaral.
Na efígie do culumin à capa, em perfil de traço ao preto-tinta, um Cabeção-de-Cuia da poesia intertextual e elegante. De sua boca sutil e delicada cora a cor rosa-bebê e a camisa em branco-gelo sobreposta ao branco geral da capa papier-cochê que sublima a obra sóbria de apresentação da obra. A gravata-borboleta, o ícone Nova Aliança.
Àquela (a contracapa), o culumin, pés-descalços explora a mata, entre moitas cinzas do período da estiagem sertaneja; o sol cometa halley, às 10 horas da manhã, e um pássaro camarada que despenca rumo ao chão. Tudo sobre um branco feliz de fundo de aproximação pictórica.
Se com o primeiro poeta, o dos pincéis, lavam-se os olhos. O das arriscadas trilhas da poesia libera a alma e encanta o espírito do leitor, apto às melhores sensibilidades. Elias Paz e Silva andeja pelas terras da infância revisitada, pelo lirismo econômico de uns quase hai-kais, se se fuja do ocidente pragmático e se se mergulhe na linguística de orientes permitidos.
Desliza mais que marcha, pelas sutilezas das palavras encontradas, à alegria e humor leves e rima inocência com ciência [inocência/inocência/és a menor/ciência] pag. 09 e brinca com o vento santo e [(...) canto/canto/canto/rimo/tanto/quanto] pag, 11; da cigarra que [(...) não se cansa/dessa farra santa] pag. 13.
Das alegres rimas-orações e preces livres que guardam a natureza e apontam Deus, em histórias que oralizam tempos de fé e religião, nos cotidianos da vida que segue a seu tempo, onde quase ninguém quer ver, [o mel é centelha/dona abelha] pag. 15; [estrela guia/estrela guia/como te cinges/de poesia] pag. 17; [sou hebreu/do nordeste brasileiro/somos teus/somos nós/azeite no candeeiro] pag. 21; [uma certeza/natureza/divina/beleza] pag. 73.
E dialoga com os bichos, tal Vinícius em canções parceiras, nascidas dos seus poemas às crianças. [pato/pato/seu gaiato] pag. 27; [elefante/amigo gigante/vai adiante] pag. 29; [lobo valente/que come gente/me assustam/teus dentes] pag. 31; [grilo/porque andas assim/tão tranquilo?] pag. 33; [lagartixa/no chão/se lixa] pag. 35; [ô ovelha/tua lã/é nossa telha] pag. 39.
Mais [o beija-flor/só peleja/por amor] pag 43; [num gesto de carinho/o beija-flor beijou o pardalzinho] pag. 47/ [calango-tango/no quengo do/seu calango] pag. 49; [até o porco-espinho/também faz carinho] pag. 51; [hipopótamo/seu nome já diz/nas águas é feliz] pag. 55; [curioso curió/por que cantas só?] pag. 59; [dona leoa/seu urro/é uma loa] pag. 61; [somente no bambo/seu plano de voo/o pombo louvando] pag. 63; [galo-de-campina/louvada seja/a tua sina] pag. 65; [a gaivota vai/e volta] pag. 67; [andorinhazinha/é toda asinha] pag. 69; [o poema/é uma ema/leve/como uma pena] pag. 75 e [cabra/não se abra] pag. 77.
Dos doces e paladares e odores e amores insaciados e aliterados de toda vida, frutos e frutas às memórias afetivo-degustivas e sensitivas, feito lições de amor e sabores, à quase sinestesia. [o mel é centelha/dona abelha] pag. 15; [lírio exala/a flor lilás/um perfume a mais] pag. 37; [me sacia/me sacia/teu vermelho/melancia] pag. 41; [nem o abacate/abateu/teu amor/e o meu] pag. 45; [vinho/oh vinho/deliciozinho/és o símbolo do carinho] pag. 53; [um é doce e triunfal/e a gente faz até xixi/os dois são amarelos/canta bem/o bem-te-vi] pag. 57.
E, por fim filosofia que não perde a poesia. [sinceramente/viver é a nascente/da gente] pag. 19; [língua pobre/língua rica/língua nobre/linguifica] pag. 23; [sou adulto/não discuto/a criança em mim/nunca está de luto] pag. 71.
Fecha com lírica poética de mergulho no abismo das buscas de luz, sensibilidade, razão, arte, ciência, sabedoria popular, filosofia que afiança vida [prato do dia/pão e poesia] pag. 79.
Dois Poetas, duas penas de brilho, feito poesis em interfluxo das linguagens, que se conciliam nas vezes amor e arte à cultura de vida. "(...) duas cores se encontram, amorosamente se enlaçam formando um terceiro tom, a que chamamos de aurora"(CDA) da verve poesia.
fotos/imagem: (you tube/reprodução web)
por maneco nascimento
Enquanto "(...) dos olhos injetados do Poeta brilha o lusco-fusco da palavra ferida. E a big-pena rabisca sinais luminosos.", como declara Conceição Evaristo, em "Stop", por cá dois poetas perolam sinais luminosos às licenças poéticas, das tintas escrevinhadas, e das tintas em traços dos pincéis a pictóricos assomos proféticos.
Elias Paz e Silva&Antônio Amaral assinam "Rima Ruach". Quatro mãos, duas penas de poesia, uma Obra de encher os olhos do leitor. Do lado esquerdo, do coração selvagem do livro, os traços de Amaral.
E, do lado direito da mens sana do poeta, as linhas, os riscos, as palavras atomizando poesia de lírica moderna, simples, direta, econômica e de uma sutileza profética de ditar humor, em cantos poéticos para embalar grandes e pequenos.
Numa atenção literária editada pela Nova Aliança, "Rima Ruach" dialoga com gestos pictóricos e linhas emblemáticas de linguagem às infâncias, em inspiração a leitores que deitem sobre as páginas livres, berço esplêndido de vasos comunicantes poéticos.
Ali saltam das páginas um céu azul borrado de reflexo para roxo e amarelo, às margens do leito do rio que reflete o azul da cor do mar de água doce; um pássaro em gorjeio na cabeça do Poeta; talvez um pinguim real, em descanso olhando o tempo; a cigarra; a dona abelha; a boca aberta devoradora para o diálogo dos peixes, a la Antonio Vieira, em antropofagia à estrela guia.
Uma ave em voo vertical rumo ao sol cometa halley; um lume cadeeiro hebreu; a nossa língua seja tupi-guarani, seja lusobrasileira; um encanto jacaré; o pato, o elefante, o lobo valente; o grilo consciência do Poeta, a elegante lagartixa, o lírio flor lilás, a ovelha teto das peles.
E mais licenças pictóricas para a "taiada" de melancia; o beija-flor; o abacate verde cor invólucro e núcleo amarelo furta-cor; o beija-flor em beijo ao pardalzinho; o feliz calango-tango; o carinhoso porco espinho; um pássaro em deguste à taça de vinho; o circunspecto hipopótamo; o amarelo do bem-te-vi que bica o centro do abacaxi.
O curioso curió, a dona leoa, o pombo azul em voo, o feliz galo-de-campina. a gaivota que vai e volta, a andorinhazinha em planar de asas lilases, o adulto-criança em luta pela infância sem luto, a natureza em forma vivaz, o poema uma pernalta ema; a sutil cabra.
O prato do dia, uma minhoca em voo livre rumo ao abismo de bicos famintos; o sol cometa halley espalhando luz de página à página, nascido do centro da brochura, e um painel das personagens enfileiradas que se aquecem em adoração ao sol cometa halley, no céu das 15 horas. Essas as traduções poéticas de Antônio Amaral para os enigmas-esfinge Poeta de Elias Paz e Silva.
À capa e contra capa que sanduícham os Poetas ficam a esta (a capa) um olhar de pequenos regalos-retinas que espreitam o leitor, com seus cabelos espetados aos céus no matiz do arco-íris e no coque o título Rima Ruach e, sobre o título, coroados em nomes próprios os Poetas Elias Paz e Silva&Antônio Amaral.
Na efígie do culumin à capa, em perfil de traço ao preto-tinta, um Cabeção-de-Cuia da poesia intertextual e elegante. De sua boca sutil e delicada cora a cor rosa-bebê e a camisa em branco-gelo sobreposta ao branco geral da capa papier-cochê que sublima a obra sóbria de apresentação da obra. A gravata-borboleta, o ícone Nova Aliança.
Àquela (a contracapa), o culumin, pés-descalços explora a mata, entre moitas cinzas do período da estiagem sertaneja; o sol cometa halley, às 10 horas da manhã, e um pássaro camarada que despenca rumo ao chão. Tudo sobre um branco feliz de fundo de aproximação pictórica.
Se com o primeiro poeta, o dos pincéis, lavam-se os olhos. O das arriscadas trilhas da poesia libera a alma e encanta o espírito do leitor, apto às melhores sensibilidades. Elias Paz e Silva andeja pelas terras da infância revisitada, pelo lirismo econômico de uns quase hai-kais, se se fuja do ocidente pragmático e se se mergulhe na linguística de orientes permitidos.
Desliza mais que marcha, pelas sutilezas das palavras encontradas, à alegria e humor leves e rima inocência com ciência [inocência/inocência/és a menor/ciência] pag. 09 e brinca com o vento santo e [(...) canto/canto/canto/rimo/tanto/quanto] pag, 11; da cigarra que [(...) não se cansa/dessa farra santa] pag. 13.
Das alegres rimas-orações e preces livres que guardam a natureza e apontam Deus, em histórias que oralizam tempos de fé e religião, nos cotidianos da vida que segue a seu tempo, onde quase ninguém quer ver, [o mel é centelha/dona abelha] pag. 15; [estrela guia/estrela guia/como te cinges/de poesia] pag. 17; [sou hebreu/do nordeste brasileiro/somos teus/somos nós/azeite no candeeiro] pag. 21; [uma certeza/natureza/divina/beleza] pag. 73.
E dialoga com os bichos, tal Vinícius em canções parceiras, nascidas dos seus poemas às crianças. [pato/pato/seu gaiato] pag. 27; [elefante/amigo gigante/vai adiante] pag. 29; [lobo valente/que come gente/me assustam/teus dentes] pag. 31; [grilo/porque andas assim/tão tranquilo?] pag. 33; [lagartixa/no chão/se lixa] pag. 35; [ô ovelha/tua lã/é nossa telha] pag. 39.
Mais [o beija-flor/só peleja/por amor] pag 43; [num gesto de carinho/o beija-flor beijou o pardalzinho] pag. 47/ [calango-tango/no quengo do/seu calango] pag. 49; [até o porco-espinho/também faz carinho] pag. 51; [hipopótamo/seu nome já diz/nas águas é feliz] pag. 55; [curioso curió/por que cantas só?] pag. 59; [dona leoa/seu urro/é uma loa] pag. 61; [somente no bambo/seu plano de voo/o pombo louvando] pag. 63; [galo-de-campina/louvada seja/a tua sina] pag. 65; [a gaivota vai/e volta] pag. 67; [andorinhazinha/é toda asinha] pag. 69; [o poema/é uma ema/leve/como uma pena] pag. 75 e [cabra/não se abra] pag. 77.
Dos doces e paladares e odores e amores insaciados e aliterados de toda vida, frutos e frutas às memórias afetivo-degustivas e sensitivas, feito lições de amor e sabores, à quase sinestesia. [o mel é centelha/dona abelha] pag. 15; [lírio exala/a flor lilás/um perfume a mais] pag. 37; [me sacia/me sacia/teu vermelho/melancia] pag. 41; [nem o abacate/abateu/teu amor/e o meu] pag. 45; [vinho/oh vinho/deliciozinho/és o símbolo do carinho] pag. 53; [um é doce e triunfal/e a gente faz até xixi/os dois são amarelos/canta bem/o bem-te-vi] pag. 57.
E, por fim filosofia que não perde a poesia. [sinceramente/viver é a nascente/da gente] pag. 19; [língua pobre/língua rica/língua nobre/linguifica] pag. 23; [sou adulto/não discuto/a criança em mim/nunca está de luto] pag. 71.
Fecha com lírica poética de mergulho no abismo das buscas de luz, sensibilidade, razão, arte, ciência, sabedoria popular, filosofia que afiança vida [prato do dia/pão e poesia] pag. 79.
Dois Poetas, duas penas de brilho, feito poesis em interfluxo das linguagens, que se conciliam nas vezes amor e arte à cultura de vida. "(...) duas cores se encontram, amorosamente se enlaçam formando um terceiro tom, a que chamamos de aurora"(CDA) da verve poesia.
fotos/imagem: (you tube/reprodução web)
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Práxis dramática
obra encenada de Roberto Muniz Dias
“As divinas mãos de Adam” é um texto teatral da
autoria de Roberto Muniz Dias, um dos mais significativos nomes da “literatura
LGBT”.
|
A peça foi apresentada em São Paulo na última edição do Festival Mix
Brasil e reuniu um grande número de espectadores, muitos certamente entrando em
contato pela primeira vez com o texto do escritor piauiense, cuja obra, reforça
o potencial criativo de Roberto exacerbando uma profundidade que aproxima a
literatura da filosofia.
O diferencial da literatura de Muniz Dias provém
da fuga ao “lugar comum”, ou seja, seus textos não giram em torno da opressão
sofrida pelas personagens homossexuais, tampouco descambam para uma “literatura
para maiores”, embora aborde essas questões, o modo como descreve tais fatos é
sofisticado e extrai o máximo de filosofia; a maioria de seus personagens
parece possuir um segundo olhar para os eventos ocorridos em suas vidas.
(Muniz, o autor de "As mãos...")
Na
peça “As divinas mãos de Adam” essa verve filosófica é representada pelos dois
personagens masculinos, que nutridos de um desespero comum (apesar de suas
diferenças pessoais) conseguem chegar a uma equiparação de seus estados de
vida, após dialogarem, entre confidências e doses de conhaque,“O grande
nivelador social”.
O acaso que arrebata Stephen e Adam tanto permite a ambos
“depurar a verdade” como permite-lhes extrair humor de algum aspecto, o que
traz leveza para o melancólico texto de Roberto.
Como em toda obra fictícia espera-se um “happy
end”, este não vem sem antes passar por duríssimas penas, nesta peça o
entendimento de Stephen e Adam é atacado por Rita, irmã de Stephen, esta munida
de um fanatismo religioso que reprime qualquer atitude que não corresponda aos
ditames cristãos pregados, geralmente, pelos evangélicos.
Entretanto, o texto
sutilmente alude a esses conceitos, sequer designa “Deus”, refere-se ao Divino
ou na fala eloquente de Rita: “Ele”, o pronome substantivo apodera-se da
personagem com um fervor de devoção. Já que falamos em pronomes, cabe ressaltar
que essa precisão da escrita de Muniz Dias, reflete o apuro de seu ofício e
também nos remete ao “Pronominais” de Oswald de Andrade, especificamente
quando Stephen pede a Adam uma dose de conhaque: - Dá-me uma dose!
Os aspectos apontados acerca da peça “As divinas
mãos de Adam” são poucos levando em conta os vários efeitos de sentido que ela
propicia a cada espectador.
Certamente, um indivíduo é tocado por determinada
frase, outro fora afligido pelo insólito do tema; algum letrado absorveu
diversos paradoxos e ficou com a peça semanas na cabeça, entre outras razões
que corroboram para designar o texto de Roberto Muniz Dias como Literatura
utilitária, ou seja, aquela que conjuga estética e humanização, esta, decorre
numa crescente até o clímax explosivo, literalmente tocando o dedo na ferida,
quando a personagem Rita expõe um dos principais argumentos contra a
homossexualidade: “não há nada de divino neste seu pensamento que não germina,
nunca germinará...” as respostas dada por Stephen e Adam representam menos as
pretensas verdades limitadoras, impostas por religiões, que a própria
consciência capaz de buscar uma autonomia perante seus desejos e a própria
condição humana.]
sábado, 21 de janeiro de 2017
Por Elis
Elas e Eles, Elis Vive!
por maneco nascimento
Uma Trama Cultura, em parceria do Projeto Música Para Todos + Theatro 4 de Setembro, deu Show!
"Elis Vive - 23 Anos" foi o que deu na veia. Veia musical, em noite de Tributo ao "Furacão Elis. 19 de novembro, data em que desapareceu Elis Regina, dos palcos da vida, é também dia em que, na cidade de Teresina, se comemora e tributa música às memórias musicais da maior cantora do Brasil.
João Vasconcelos teve a ideia e mantém viva há 23 anos, desde que resolveu criar o evento Elis Vive e o repete para + de duas décadas. Sempre um show que lembra, resgata, comemora, emociona e reúne amantes, devotos, apaixonados, músicos, intérpretes e um hall de fascinados pela "Pimentinha". Em janeiro de 2017 não foi diferente.
fotos: (Francisco de Castro)
Ali esteve presente Elis, na noite de quinta feira (19), a partir das 18h30, no palco do Theatro 4 de Setembro. Um Arrastão de emoções que cumpriu ritual e trouxe ao palco ótimos intérpretes e, à plateia, um expressivo público, ouvinte e atento a cada intervenção das cantoras e cantores que compuseram o "Elis Vive - 23 Anos".
Cláudia Simone, Gislene Danielle, Juliana Lima, Chelsea Dayse, Samara Andrade e Paula Milena, as vozes femininas que deram vasão de bem cantar a canção brasileira, feita repertório de Elis. No contraponto, de voz masculina, Kiko Vieira e Gustavo Cavalcanti disseram sim, também sabemos ser Elis Vive!
A direção geral e produção executiva, de João Vasconcelos, somadas à direção musical, de Sílvio Rosário, arremataram tempo musical qualificado.
(público do Elis Vive - 23 Anos\ fotos: Francisco de Castro)
Gislene Danielle (Gracias a la vida, Black is beautiful) e Cláudia Simone (These are the songs, Bodas de Prata), com domínio de palco, expressivos particulares de cada uma, em bem cantar. Nada seria como antes, depois que Essa Mulher, que canta nas vozes de Danielle e Cláudia, derramou melodias sentimentais, em banho de felicidade sobre a plateia fiel.
Mas, um outro grupo de novas cantoras também fez espécie. Juliana Lima, Chelsea Dayse, Samara Andrade e Paula Milena, umas doces nereidas, em dedicado das canções que tanto ouvimos no dial e videotapes de especiais musicais. Seguraram a onda a conter o mundo biz da música na cidade, já que contidas na pauta cifrada, de quem está na vantagem de ir aonde a canção está.
Quando cantam em coletivo (Seu eu quiser falar com Deus, Fascinação, Águas de Março, Maria, Maria) numa divisão de vozes, inteligentemente preparada pela direção musical, são poder de variações vocais.
Individualmente, também, fazem bonito. Arrastão, Alô, alô Marciano (Paula Milena); Vivendo e Aprendendo a Jogar (Chelsea Dayse); Romaria, O Bêbado e o Equilibrista, O que foi feito de Vera (Juliana Lima); Como Nossos Pais (Samara Andrade) são exercícios de equilíbrio vocal, nas performances das meninas-musas.
Têm estilo, identidade vocal e uma força de, primeiro a vontade, depois o desejo, e o + vem na energia de comer pelas beiradas até que cheguem numa maturidade que as faça magia de enlear ouvidos, definitivamente. Já sabem por onde correm os vieses da canção, logo poderão mergulhar, incondicionalmente, no olho do furacão e brincar de domínio de cantar.
Kiko Vieira, numa performance natural, de estar bem à cena e deslizar voz no que cante, defendeu "Golden Slumbers" a um delicado de Beatles e Elis que não desaforou ouvidos e não incomodou, nem mesmo aquela que agora é uma Estrela, em expansão de forma de desenhos de luz, fios luminosos, uma nebulosa... como diz Faro.
Um rastro espelhado e brilhante de voz e música, que se espalhou pelo palco e registrou memórias da canção, fez-se em participação de Vieira, quando revisitou registro de Beatles nas memórias muscais elisreginianas. Bom de ouvir.
A outra voz masculina, Gustavo Cavalcanti, rendeu loas ao repertório original de Elis, em cumprimento ao seu tempo de solos à canção. Tiro ao Álvaro, um entre tantos hits populares perolados por Elis e, Carinhoso estiveram na pauta de interpretações do jovem cantor.
Ao final, do espetáculo, coube a Gustavo defender Carinhoso (de Pixinguinha e João de Barro) que, neste ano de 2017, completa 100 anos. Voz apequenada pelo estilo de coul e sertanejo universitário, foi a única canção que deveras deixou a desejar um arrojo ao melhor desempenho de interpretação.
Salvo as novas entradas de mercados e futuros das indústrias culturais e a mercantilização dos novos estilos da canção, que invadiram o país em carros chefes das empresas fonográficas, a música à mímesis do estilo sertanejo universitário tem suas energias de sucesso das massas homogeineizadas, no ritmo do cultivo da esperança amorosa, mas serve ao propósito das boas vendas e negócio.
Agora, Carinhoso, cem anos, um hino da MPB velha guarda, amaciada a átomos vocais inestimáveis de Elizeth Cardoso, Elis Regina, Ângela Maria, Maria Bethânia, só para ficar em algumas das Divas brasis, poderia ter recebido um tratamento tradição.
Não que os novos estilos das novas gerações não ganhem a força dos próprios méritos, mas são cem anos de Carinhoso. Então, menos estilismos de novidade e estilosos do mercado capital fonográfico. Carinhoso soa muuuuuuito melhor como quis e compôs a arte de seus criadores.
O estilo a la Santana ou Lima servem bem aos fãs de Luan, Gusttavo, et al, mas a Carinhoso soaria um bocado fora da cifra original de tradição velha guarda irreparável. Não soou muito bem, mas não deixou de ser a Canção Carinhoso, ainda bem. Até porque essa Canção tem poder.
Exceto essa liberdade de exprimir gosto, estilo e forma de cantar a preferência de ouvido, adequada à Carinhoso, a Canção, o intérprete Gustavo Cavalcanti esteve na boa média de ser Elis Vive. Parabéns aos responsáveis pelo "Elis Vive - 20 Anos" (João Vasconcelos e Sílvio Rosário) e aos parceiros (Trama Cultura, Projeto Música Para Todos[Luís Sá] e Theatro 4 de Setembro.
Evoé, Cláudia Simone, Gislene Danielle, Juliana Lima, Chelsea Dayse, Samara Andrade e Paula Milena, Kiko Vieira, Gustavo Cavalcanti!
Elis Vive e pulsou arte musical na noite de 19 de janeiro.
por maneco nascimento
Uma Trama Cultura, em parceria do Projeto Música Para Todos + Theatro 4 de Setembro, deu Show!
"Elis Vive - 23 Anos" foi o que deu na veia. Veia musical, em noite de Tributo ao "Furacão Elis. 19 de novembro, data em que desapareceu Elis Regina, dos palcos da vida, é também dia em que, na cidade de Teresina, se comemora e tributa música às memórias musicais da maior cantora do Brasil.
João Vasconcelos teve a ideia e mantém viva há 23 anos, desde que resolveu criar o evento Elis Vive e o repete para + de duas décadas. Sempre um show que lembra, resgata, comemora, emociona e reúne amantes, devotos, apaixonados, músicos, intérpretes e um hall de fascinados pela "Pimentinha". Em janeiro de 2017 não foi diferente.
fotos: (Francisco de Castro)
Ali esteve presente Elis, na noite de quinta feira (19), a partir das 18h30, no palco do Theatro 4 de Setembro. Um Arrastão de emoções que cumpriu ritual e trouxe ao palco ótimos intérpretes e, à plateia, um expressivo público, ouvinte e atento a cada intervenção das cantoras e cantores que compuseram o "Elis Vive - 23 Anos".
Cláudia Simone, Gislene Danielle, Juliana Lima, Chelsea Dayse, Samara Andrade e Paula Milena, as vozes femininas que deram vasão de bem cantar a canção brasileira, feita repertório de Elis. No contraponto, de voz masculina, Kiko Vieira e Gustavo Cavalcanti disseram sim, também sabemos ser Elis Vive!
A direção geral e produção executiva, de João Vasconcelos, somadas à direção musical, de Sílvio Rosário, arremataram tempo musical qualificado.
(público do Elis Vive - 23 Anos\ fotos: Francisco de Castro)
Gislene Danielle (Gracias a la vida, Black is beautiful) e Cláudia Simone (These are the songs, Bodas de Prata), com domínio de palco, expressivos particulares de cada uma, em bem cantar. Nada seria como antes, depois que Essa Mulher, que canta nas vozes de Danielle e Cláudia, derramou melodias sentimentais, em banho de felicidade sobre a plateia fiel.
Mas, um outro grupo de novas cantoras também fez espécie. Juliana Lima, Chelsea Dayse, Samara Andrade e Paula Milena, umas doces nereidas, em dedicado das canções que tanto ouvimos no dial e videotapes de especiais musicais. Seguraram a onda a conter o mundo biz da música na cidade, já que contidas na pauta cifrada, de quem está na vantagem de ir aonde a canção está.
Quando cantam em coletivo (Seu eu quiser falar com Deus, Fascinação, Águas de Março, Maria, Maria) numa divisão de vozes, inteligentemente preparada pela direção musical, são poder de variações vocais.
Individualmente, também, fazem bonito. Arrastão, Alô, alô Marciano (Paula Milena); Vivendo e Aprendendo a Jogar (Chelsea Dayse); Romaria, O Bêbado e o Equilibrista, O que foi feito de Vera (Juliana Lima); Como Nossos Pais (Samara Andrade) são exercícios de equilíbrio vocal, nas performances das meninas-musas.
Têm estilo, identidade vocal e uma força de, primeiro a vontade, depois o desejo, e o + vem na energia de comer pelas beiradas até que cheguem numa maturidade que as faça magia de enlear ouvidos, definitivamente. Já sabem por onde correm os vieses da canção, logo poderão mergulhar, incondicionalmente, no olho do furacão e brincar de domínio de cantar.
Kiko Vieira, numa performance natural, de estar bem à cena e deslizar voz no que cante, defendeu "Golden Slumbers" a um delicado de Beatles e Elis que não desaforou ouvidos e não incomodou, nem mesmo aquela que agora é uma Estrela, em expansão de forma de desenhos de luz, fios luminosos, uma nebulosa... como diz Faro.
Um rastro espelhado e brilhante de voz e música, que se espalhou pelo palco e registrou memórias da canção, fez-se em participação de Vieira, quando revisitou registro de Beatles nas memórias muscais elisreginianas. Bom de ouvir.
A outra voz masculina, Gustavo Cavalcanti, rendeu loas ao repertório original de Elis, em cumprimento ao seu tempo de solos à canção. Tiro ao Álvaro, um entre tantos hits populares perolados por Elis e, Carinhoso estiveram na pauta de interpretações do jovem cantor.
Ao final, do espetáculo, coube a Gustavo defender Carinhoso (de Pixinguinha e João de Barro) que, neste ano de 2017, completa 100 anos. Voz apequenada pelo estilo de coul e sertanejo universitário, foi a única canção que deveras deixou a desejar um arrojo ao melhor desempenho de interpretação.
Salvo as novas entradas de mercados e futuros das indústrias culturais e a mercantilização dos novos estilos da canção, que invadiram o país em carros chefes das empresas fonográficas, a música à mímesis do estilo sertanejo universitário tem suas energias de sucesso das massas homogeineizadas, no ritmo do cultivo da esperança amorosa, mas serve ao propósito das boas vendas e negócio.
Agora, Carinhoso, cem anos, um hino da MPB velha guarda, amaciada a átomos vocais inestimáveis de Elizeth Cardoso, Elis Regina, Ângela Maria, Maria Bethânia, só para ficar em algumas das Divas brasis, poderia ter recebido um tratamento tradição.
Não que os novos estilos das novas gerações não ganhem a força dos próprios méritos, mas são cem anos de Carinhoso. Então, menos estilismos de novidade e estilosos do mercado capital fonográfico. Carinhoso soa muuuuuuito melhor como quis e compôs a arte de seus criadores.
O estilo a la Santana ou Lima servem bem aos fãs de Luan, Gusttavo, et al, mas a Carinhoso soaria um bocado fora da cifra original de tradição velha guarda irreparável. Não soou muito bem, mas não deixou de ser a Canção Carinhoso, ainda bem. Até porque essa Canção tem poder.
Exceto essa liberdade de exprimir gosto, estilo e forma de cantar a preferência de ouvido, adequada à Carinhoso, a Canção, o intérprete Gustavo Cavalcanti esteve na boa média de ser Elis Vive. Parabéns aos responsáveis pelo "Elis Vive - 20 Anos" (João Vasconcelos e Sílvio Rosário) e aos parceiros (Trama Cultura, Projeto Música Para Todos[Luís Sá] e Theatro 4 de Setembro.
Evoé, Cláudia Simone, Gislene Danielle, Juliana Lima, Chelsea Dayse, Samara Andrade e Paula Milena, Kiko Vieira, Gustavo Cavalcanti!
Elis Vive e pulsou arte musical na noite de 19 de janeiro.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Theatro é terra de teatro
não é caminho de asfalto
por maneco nascimento
A cidade não tem tanto pano pra's mangas, quando o assunto é cultura de preservação, respeito e o manutenção de patrimônio edificado. Há, até, sítio arquitetônico protegido por leis federal, estadual e municipal, mas leis são leis e o boi lambe, sim! (para lembrar ditado popular de postura impositiva), quando a conveniência política e de negócios requer mudanças drásticas.
Na última semana, uma das discussões que renderam ponto de vista, matérias, entrevistas, argumento e contra argumento, foi o retorno da possibilidade de reabertura de trecho da rua senador Teodoro Pacheco, o que compreende passeio em frente ao Cine Rex e Theatro de Setembro, respectivamente.
(foto: Jorge Carlo)
Uma solicitação da Câmara de Dirigentes Lojistas à prefeitura de Teresina inspira-se em abrir esse trecho da Teodoro Pacheco, ao largo da Praça Pedro II, lado de cá do Corredor Cultural que compreende, no quadrante do logradouro público, o Theatro 4 de Setembro, Café Art'Bar, Cine Rex e, lado de lá, o Centro de Artesanato "Mestre Dezinho" (Escola Estadual de Música "Possidônio Queiroz", Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" e ProdArte), tendo a P2, como sanduíche.
As argumentações de negócios e mercados de diligência lojista são de que haveria a necessidade de desafogar o trânsito no centro da cidade.
Ora, pois vejam, um pequeno trecho de trezentos, ou quinhentos metros, não mudaria em nada os rumos de lucros dos comerciantes. Todo o restante de ruas, no entorno do Corredor Cultural , correm aos interesses de capital e lucro. Só esse pequeno trecho, semi-fechado aos serviços do capital cultura.
Ali, nesse recorte da senador Teodoro Pacheco, é que acontecem as sociabilidades, projetos culturais musicais (Clube Instrumental\086 Trio; Quinta Musical, et al), Teatro de Rua à porta da Casa de espetáculos e área de convivência de público das atrações que ocorram quer fora do Theatro, quer dentro do Theatro.
Seria portanto local para manter, a salvo, dos selvagens motorizados e seus veículos, as pessoas que buscam manifestações artísticas naquele local e utilizam o passeio\calçada de Equipamentos culturais ali plantados.
Senão, vejamos. Abrir-se aquele pedaço da rua ao ruge-ruge de veículos, seria comprometer de vez não só a segurança de pessoas que ali circulam, em ação afim, mas a sobrevivência digna do próprio patrimônio edificado.
Prédio do século XIX, sofrendo impacto de fuligem, trepidação de vai-e-vem de carros, entre outros reveses do interesse comercial, seria, no mínimo, um acinte imposto pelo CDL à memória patrimonial da cidade, já bastante comprometida em outros sítios, vide Museu do Piauí - Casa de Odilon Nunes.
(arte Dino Alves)
A coordenação de conservação de patrimônio e edificações da SeCult, segundo notícias, já teria enviado parecer desfavorável à abertura da rua. O Secretário de Estado de Cultura do Piauí, Fábio Novo, também se posiciona contra a abertura do trecho. E, uma boa parte dos artistas, defensores da patrimônio, intelectuais, formadores de opinião, imprensa, também acionou forças, em combate a essa infeliz ideia da agremiação CDL.
Na noite do dia 18 de janeiro, na última quarta, houve um Ato-Manifesto artístico à calçada\passeio, frente ao Theatro 4 de Setembro para dizer Não!
Não a esta ideia que vem na contramão da cultura. Músicos, atores, compositores, cantores, um leque de artistas veio compor ordem de defesa do patrimônio e reivindicação de manutenção do trecho em questão.
Nas falas de Fábio Novo, à ocasião, foram de lembrar aos comerciantes locais que, em países de cultura mais avançada, preservar patrimônio arquitetônico é que é lei manifesta e conduta de proteção. Retirar circuito de veículos próximos de sítios patrimoniais é a atitude de cultura e também de negócios.
Em Teresina, lembrou de restauração, recuperação de patrimônios arquitetônicos quais, Theatro 4 de Setembro, Club dos Diários, Fachada Centro Artesanal "Mestredo Dezinho", Escola de Música "Possidônio Queiroz", Escola de Dança "Lenir Argento" (Praça P2); Biblioteca Pública Des. "Cromwell de Carvalho" (Praça do Fripisa); obra de recuperação da antiga Câmara Municipal de Teresina, que abrigará o Museu da Imagem e do Som (Governo do estado e PMT); Museu do Piauí e Sede da Secult (Palácio da Cultura), na Praça da Bandeira e, ainda, o Memorial Zumbi dos Palmares (avenida Miguel Rosa\ centro sul), são exemplos de injeção, em materialização de preservação, manutenção de patrimônio e conservação de bens intangíveis e imóveis na cidade.
Também registrou que, em 2016, passaram pelo Complexo Cultural Club dos Diários\Theatro 4 de Setembro mais de cem mil pessoas. Não são números para serem desprezados, em detrimento dos negócios de comércio.
E, por fim, deixou uma provocação ao representante da prefeitura, Olavo Braz. Disse que conversou com o Governador e que propunha abrirem-se um convênio 50%\\50% (Governo do Estado-SeCult e PMT) para restauração da Praça Pedro II e fechar, de vez, com um calçadão, esse trecho da senador Teodoro Pacheco.
Como se vê, houve, há e sempre haverá quem se posicione contra essa manobra comerciante de abrir rua, onde rua não mereceria ser terra de asfalto. Aos senhores de negócios e mercados e varejo capital: vão vender seu peixe noutra freguesia! Essa, já tem ocupação e utilidade social lucrativa, que talvez não entendam os dirigentes lojistas.
(fotos: Elizângela Oliveira)
Theatro é terra de Teatro, não é caminho de asfalto. Deixem esse passeio em paz e contumaz de assuntos artísticos e culturais. Não bastasse o desaparecimento de casas antigas do centro da cidade, transformadas em estacionamentos, agora querem os mascates tombar, literalmente, o Theatro 4 de Setembro com seus corredores de carros e selvagens motoristas.
Passem ao largo, do Theatro 4 de Setembro, com suas intenções de aquecimento do mercado, senhores dirigentes lojistas. Deixem o Theatro para a cidade que também consome arte e cultura.
Theatro é área de Teatro, não é área de asfalto.
fotos\imagem:
Theatro e rua (Jorge Carlo)
da arte cartoon Dino Alves (Elizângela Oliveira)
por maneco nascimento
A cidade não tem tanto pano pra's mangas, quando o assunto é cultura de preservação, respeito e o manutenção de patrimônio edificado. Há, até, sítio arquitetônico protegido por leis federal, estadual e municipal, mas leis são leis e o boi lambe, sim! (para lembrar ditado popular de postura impositiva), quando a conveniência política e de negócios requer mudanças drásticas.
Na última semana, uma das discussões que renderam ponto de vista, matérias, entrevistas, argumento e contra argumento, foi o retorno da possibilidade de reabertura de trecho da rua senador Teodoro Pacheco, o que compreende passeio em frente ao Cine Rex e Theatro de Setembro, respectivamente.
(foto: Jorge Carlo)
Uma solicitação da Câmara de Dirigentes Lojistas à prefeitura de Teresina inspira-se em abrir esse trecho da Teodoro Pacheco, ao largo da Praça Pedro II, lado de cá do Corredor Cultural que compreende, no quadrante do logradouro público, o Theatro 4 de Setembro, Café Art'Bar, Cine Rex e, lado de lá, o Centro de Artesanato "Mestre Dezinho" (Escola Estadual de Música "Possidônio Queiroz", Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" e ProdArte), tendo a P2, como sanduíche.
As argumentações de negócios e mercados de diligência lojista são de que haveria a necessidade de desafogar o trânsito no centro da cidade.
Ora, pois vejam, um pequeno trecho de trezentos, ou quinhentos metros, não mudaria em nada os rumos de lucros dos comerciantes. Todo o restante de ruas, no entorno do Corredor Cultural , correm aos interesses de capital e lucro. Só esse pequeno trecho, semi-fechado aos serviços do capital cultura.
Ali, nesse recorte da senador Teodoro Pacheco, é que acontecem as sociabilidades, projetos culturais musicais (Clube Instrumental\086 Trio; Quinta Musical, et al), Teatro de Rua à porta da Casa de espetáculos e área de convivência de público das atrações que ocorram quer fora do Theatro, quer dentro do Theatro.
Seria portanto local para manter, a salvo, dos selvagens motorizados e seus veículos, as pessoas que buscam manifestações artísticas naquele local e utilizam o passeio\calçada de Equipamentos culturais ali plantados.
Senão, vejamos. Abrir-se aquele pedaço da rua ao ruge-ruge de veículos, seria comprometer de vez não só a segurança de pessoas que ali circulam, em ação afim, mas a sobrevivência digna do próprio patrimônio edificado.
Prédio do século XIX, sofrendo impacto de fuligem, trepidação de vai-e-vem de carros, entre outros reveses do interesse comercial, seria, no mínimo, um acinte imposto pelo CDL à memória patrimonial da cidade, já bastante comprometida em outros sítios, vide Museu do Piauí - Casa de Odilon Nunes.
(arte Dino Alves)
A coordenação de conservação de patrimônio e edificações da SeCult, segundo notícias, já teria enviado parecer desfavorável à abertura da rua. O Secretário de Estado de Cultura do Piauí, Fábio Novo, também se posiciona contra a abertura do trecho. E, uma boa parte dos artistas, defensores da patrimônio, intelectuais, formadores de opinião, imprensa, também acionou forças, em combate a essa infeliz ideia da agremiação CDL.
Na noite do dia 18 de janeiro, na última quarta, houve um Ato-Manifesto artístico à calçada\passeio, frente ao Theatro 4 de Setembro para dizer Não!
Não a esta ideia que vem na contramão da cultura. Músicos, atores, compositores, cantores, um leque de artistas veio compor ordem de defesa do patrimônio e reivindicação de manutenção do trecho em questão.
Nas falas de Fábio Novo, à ocasião, foram de lembrar aos comerciantes locais que, em países de cultura mais avançada, preservar patrimônio arquitetônico é que é lei manifesta e conduta de proteção. Retirar circuito de veículos próximos de sítios patrimoniais é a atitude de cultura e também de negócios.
Em Teresina, lembrou de restauração, recuperação de patrimônios arquitetônicos quais, Theatro 4 de Setembro, Club dos Diários, Fachada Centro Artesanal "Mestredo Dezinho", Escola de Música "Possidônio Queiroz", Escola de Dança "Lenir Argento" (Praça P2); Biblioteca Pública Des. "Cromwell de Carvalho" (Praça do Fripisa); obra de recuperação da antiga Câmara Municipal de Teresina, que abrigará o Museu da Imagem e do Som (Governo do estado e PMT); Museu do Piauí e Sede da Secult (Palácio da Cultura), na Praça da Bandeira e, ainda, o Memorial Zumbi dos Palmares (avenida Miguel Rosa\ centro sul), são exemplos de injeção, em materialização de preservação, manutenção de patrimônio e conservação de bens intangíveis e imóveis na cidade.
Também registrou que, em 2016, passaram pelo Complexo Cultural Club dos Diários\Theatro 4 de Setembro mais de cem mil pessoas. Não são números para serem desprezados, em detrimento dos negócios de comércio.
E, por fim, deixou uma provocação ao representante da prefeitura, Olavo Braz. Disse que conversou com o Governador e que propunha abrirem-se um convênio 50%\\50% (Governo do Estado-SeCult e PMT) para restauração da Praça Pedro II e fechar, de vez, com um calçadão, esse trecho da senador Teodoro Pacheco.
Como se vê, houve, há e sempre haverá quem se posicione contra essa manobra comerciante de abrir rua, onde rua não mereceria ser terra de asfalto. Aos senhores de negócios e mercados e varejo capital: vão vender seu peixe noutra freguesia! Essa, já tem ocupação e utilidade social lucrativa, que talvez não entendam os dirigentes lojistas.
(fotos: Elizângela Oliveira)
Theatro é terra de Teatro, não é caminho de asfalto. Deixem esse passeio em paz e contumaz de assuntos artísticos e culturais. Não bastasse o desaparecimento de casas antigas do centro da cidade, transformadas em estacionamentos, agora querem os mascates tombar, literalmente, o Theatro 4 de Setembro com seus corredores de carros e selvagens motoristas.
Passem ao largo, do Theatro 4 de Setembro, com suas intenções de aquecimento do mercado, senhores dirigentes lojistas. Deixem o Theatro para a cidade que também consome arte e cultura.
Theatro é área de Teatro, não é área de asfalto.
fotos\imagem:
Theatro e rua (Jorge Carlo)
da arte cartoon Dino Alves (Elizângela Oliveira)
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Manifeste-se, rapaz!
Os artistas e promotores culturais da cidade se reúnem em Manifesto contra abertura de trecho de rua (senador Teodoro Pacheco), em frente ao Theatro 4 de Setembro e Cine Rex, no Corredor Cultural da Praça Pedro II.
A classe artística de Teresina realiza, daqui a pouco, na noite desta quarta-feira (18), às 18 horas, um Ato-Manifesto contra a abertura do trecho da rua Senador Teodoro Pacheco, que passa em frente ao Theatro 4 de Setembro.
Esse trecho da rua está, há vários anos, fechado para o trânsito de veículos. Esse trecho isolado existe em atendimento à legislação de proteção de bens tombados e seus entornos.
Agora, numa decisão de romper esse corredor de proteção, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Teresina solicitou à prefeitura de Teresina, a abertura para acesso de veículos automotores.
(arte visual Dino Alves)
Contrários a essa possível decisão de abertura da rua, os artistas prepararam ato artístico, marcado para as 18 horas, em frente ao Theatro 4 de Setembro.
No oportuno da ação político cultural cantam Darlene Viana, através do projeto “Quanto Vale O Show?”, Os Caipora; James Brito; Cláudia Simone; Gomes Brasil; Bruno Lima; VR Produções; Piauhy Estúdio das Artes; Oficina "Procópio Ferreira"; André Russo e Élio Ferreira.
João Vasconcelos, coordenador do Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro, declara que abrir esse trecho da rua não resolve o que os lojistas esperam como solução de evasão de veículos.
Para ele, a possibilidade de reabertura da rua é absurda e não irá resolver o problema do trânsito no centro da cidade. “Consideramos a rua uma extensão da calçada do Theatro. É onde o público aguarda antes de entrar para os espetáculos. Precisamos nos assegurar em leis que amparam este isolamento. Essa possibilidade é absurda e não resolve nada”, aponta Vasconcelos.
Abrir a rua para passagem de carros, não é cabo racha de primeiras novidades, outras tentativas já correram por esse discurso. A manifestação da opinião pública e classe artística surgiu a partir de uma solicitação da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Teresina para que a rua fosse reaberta.
A Coordenação de Registro e Conservação da Secretaria Estadual de Cultura – Secult já encaminhou à Prefeitura de Teresina um parecer desfavorável à reabertura deste trecho da rua Senador Teodoro Pacheco.
Para a coordenadora de Registro e Conservação da Secult, a arquiteta Patrícia Mendes, a abertura do trecho causaria impactos negativos e desdobramento de problemas ao patrimônio edificado.
Poluição sonora, abalo na estrutura dos imóveis históricos (na sua maioria do século XIX), falta de acessibilidade para o Complexo Cultural, e prejuízos diretos à paisagem urbana e à memória teresinense, seriam alguns dos problemas que acarretariam ao patrimônio.
O Theatro 4 de Setembro, assim como o Club dos Diários e o Cine Rex, todos são bens tombados a nível estadual e,compõem o sítio arquitetônico da Praça Pedro II, logradouro este também protegido por lei municipal nº 1.959 de 16.08.88.
Fábio Novo, como secretário estadual de Cultura, também é manifestamente contra a reabertura da rua. “Temos que garantir a salvaguarda desses patrimônios. Nessa área há bens tombados nas esferas municipal, estadual e federal. Nós somos contrários à reabertura”, finaliza Novo.
arte visual "Quanto Vale O Show?" (ascomSeCult)
fonte\matéria: (ascomSeCult)
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Theatro não é área de asfalto!
Theatro é área de Teatro.
por maneco nascimento
Nesta quarta feira, 18, a partir das 18 horas, no passeio\calçada, em frente ao Theatro 4 de Setembro (Praça Pedro II), será realizado um Manifesto contra a abertura do trecho de rua que passa na porta da Casa de Espetáculos.
Os artistas entendem que o espaço é de domínio artístico e cultural e não de carros. Theatro é área de Teatro, não é área de asfalto!
Abrir aquele pequeno trecho seria não só uma agressão ao patrimônio arquitetônico edificado e tombado, que compõe aquele sítio, como também uma infeliz ideia de lojistas que podem até entender muito bem de seus próprios lucros, mas não entendem patavina de bens intangíveis, mesmo que de representação imóvel.
Durante o Manifesto haverá shows e acontecerá o Projeto "Quanto Vale O Show?", com Darlene Viana, às 19 horas.
Na oportunidade será lançada a Campanha de criar a "Travessa Júlio Romão" que, a exemplo do Rio de Janeiro, tem uma Travessa\Rua com o nome do intelectual negro piauiense.
Dramaturgo, jornalista, etnólogo, escritor, pesquisador, historiador, poeta, bacharel em Letras, História e Geografia, funcionário público federal (IBGE) e grande piauiense premiado pela Academia Piauiense de Letras - ABL, lembro da Academia Piauiense de Letras - APL.
Um dos maiores expoentes brasileiros de sua geração: Júlio Romão da Silva!
serviço:
Manifesto Shows
"Quanto Vale O Show" - com Darlene Viana
a partir das 18 horas
em frente ao Theatro 4 de Setembro
(Praça Pedro II)
Manifesto Shows
"Quanto Vale O Show" - com Darlene Viana
a partir das 18 horas
em frente ao Theatro 4 de Setembro
(Praça Pedro II)
fotos\imagem:
arte "Quanto Vale O Show" Darlene Viana (ascomSeCult)
fotos Theatro 4 de Setembro (Jorge Carlo)
fotos Júlio Romão (reprodução web\ arte Netto)
arte "Quanto Vale O Show" Darlene Viana (ascomSeCult)
fotos Theatro 4 de Setembro (Jorge Carlo)
fotos Júlio Romão (reprodução web\ arte Netto)
Assinar:
Postagens (Atom)