quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lua das cenas

Lua das cenas
por maneco nascimento

Luzes às cenas locais chegam das terras de Minas Gerais para uma curta temporada de dialogismos culturais na cidade verde. A Companhia de Teatro Luna Lunera , de Bêagá , armou tenda em Teresina, desde o dia 25 de fevereiro de 2013 e passou a distribuir as mercadorias teatrais à comunidade local.

Do carroção das novidades a Luna Lunera começou pelo diálogo com o ator. A oficina Ator Criador está em andamento, na Sala de Dança do Complexo Cultural do Matadouro – Teatro do Boi, desde a noite do dia 26 e vai até 28, das 19h às 22h, direcionada a atores, bailarinos e estudantes de teatro. Ministrada por Marcelo Souza e Silva, integrante da Cia, a Oficina tem  propósito de revelar as etapas da construção do espetáculo que será apresentado. 

O exercício de palco, propriamente, acontecerá a partir do dia 1º. de março (sexta feira) e segue até dia 3, no domingo. A circulação do espetáculo se dá via Ministério da Cultura (MINC) e tem patrocínio das estatais Eletrobrás Eletronorte e Chesf. Nesse caminho de luzes, o prestigiado espetáculo “Aqueles Dois” vem a primeira vez a Teresina. Baseado em conto do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (1948 – 1996).
 (Aqueles Dois/foto: acervo da cia.)

A montagem mineira estreou em 2007 e obteve, desde então, um considerável sucesso de público e crítica. Em sua trajetória fechou borderô de longas temporadas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Também participou de festivais nacionais e estrangeiros, incluindo apresentações no México. 

Pelo Projeto Palco Giratório assentou praça em 16 estados brasileiros.  No Circuito Eletrobrás (patrocínio Eletrobrás, Eletronorte e Chesf) cumpre pauta em sete capitais, do Norte e Nordeste.  Na Etapa Chesf , as cidades de Aracajú, Belém, Maceió e Teresina.  Na Etapa Eletrobrás Eletronorte, entre as capitais contempladas pela circulação, estão Boa Vista, Macapá e Manaus.

 (Aqueles Dois/foto: acervo da cia.)

As apresentações de “Aqueles Dois” acontecem nos dias 1º e 2 de março (sexta e sábado), às 20 horas, e no dia 3 (domingo), às 19 horas, no palco do Teatro do Boi.  Antes da apresentação do domingo, às 16 horas, o público está convidado a participar de um bate-papo com os atores e diretores da peça. A mediação da conversa ficará a cargo do dramaturgo e diretor de cena, Aci Campelo.

A Cia. de Teatro Luna Lunera que ofereceu , gratuitamente, a oficina Ator Criador à comunidade artística da cidade, estará praticando a bilheteria, do espetáculo “Aquele Dois”, ao preço de R$ 20,00 (inteira) e de R$ 10,00 (meia entrada).
A Luna Lunera e o “Aqueles Dois” são a Lua das cenas, neste final de semana, que Teresina não pode prescindir de dar uma boa espiada. Agende-se.

Expediente:
“Aquele Dois”
Cia. de Teatro Luna Lunera (BH/MG)
Temporada: 1º., 2 e 3 de março
Horário: 20h (sexta); 20 h (sábado) e 19h (domingo)
Bate-papo: 16h (domingo)
Local: Teatro do Boi – Rua Rui Barbosa, 3033 – Matadouro 3215 7829.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Festa à Mulher



Nesse início de março a cidade terá novidades. O Bar do Clube dos Diários promoverá a Semana D’Elas, projeto em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de Março. A programação começa na sexta feira, dia 1º e segue até o Dia dedicado à Mulher.

As atrações chegarão para shows, clube do vinil e teatro no ambiente do Espaço Cultural “Osório Jr.” e Bar do Clube dos Diários. 1º de março, (sexta feira), na abertura dos festejos, Radiofônicos canta “Roberto Carlos pra Elas”. A banda homenageia a mulher e empresta do Rei Roberto “as canções que você fez pra mim” (Elas). O ingresso a preços populares custará R$ 5,00 e o Show a partir das 19 horas.

Em 4 de março, na segunda feira, a noite será d'“Elas na era do vinil”. O Clube do Vinil trará repertório às vozes femininas de todos os tempos. E como diz o promoter cultural, João Vasconcelos, “hoje qualquer uma canta, na era do vinil não era assim não”.

 Diana, Maysa, Dolores, Elis, Cláudia Teles, Ângela, Silvinha, Vanusa, Wandeca, Elizeth, Clara, Simone, Mariza, Carmem Costa, Clementina, Carmem Miranda, Emilinha, Marlene, Gal, Bethânia, Zezé, Nana, Fafá, Nara, Baby, Duboc, Samaso, Vânia, Olívia, Amelinha, Jovelina e um universo recheado de belas vozes do cancioneiro nacional, sem deixar esquecer as divas Sara de outras searas, Edith Piaf, Whitney, Sarah Vaughan, Joplin, Amália, Ella Fitzgerald, Nina Simone, entre outras estelares. “Elas na era do vinil” terá a entrada 0800, então é só se aprochegar, sentar e ouvir, a partir das 19 horas. 

Dia 5 de março, terça feira, na cena, Edith Rosa em “Apareceu a Margarida”, de Roberto de Athayde, com facilitação à cena de Avelar Amorim. Um dos clássicos da literatura dramatúrgica nacional e um dos + montados textos, aqui e alhures, recebe a sintonia e picardia particular da atriz Edith Rosa, que transforma a personagem robertoathaydiana num doce deleite. O Projeto das terças feiras, “Eu, você e o teatro da minha vida”, absorvido na Semana D’Elas, dará o tom da graça, nas vozes da mulher. Às 19 horas está agendado. Na roda da cena correrá o chapéu e você pode contribuir com sinal de pecúnio, ou só com aplausos.

Cláudia Simone e Banda comandam a festa, dia 06 de março, quarta feira, com o Show “Canta Piauí”. Toda a energia musical da cantora e compositora preencherá de (em)cantos e melodias brasileiras a noite do meu Bem. Ingressos, R$ 5,00 e a voz na canção a partir das 19h.

Já na quinta feira, 07 de março, a Rainha do Rock nacional será tema de homenagem. A Banda Ovelha Negra inspira-se em “Tributo a Rita Lee”. Grande compositora e intérprete dos rocks pop melodys e afins, a mãezona do Rock brasileiro não poderia faltar nesta Semana e, como Ela mesma diz, “mulher é um bicho esquisito...”, mas é ovelha negra para contextos, erva venenosa, lança perfume e baila comigo e, se precisar, com toda saúde “desculpe o auê...”, porque é eternamente pop e bem-me-quer, é “Maria sem vergonha...” e vai arrombar a festa na voz musical da Banda Ovelha Negra, nesse dia 07, no horário das 19h. Entrada, só R$ 5,00.
(Rita Lee/foto colhida de www.letras.com.br/fotos/rita lee...)

Quando sexta feira chegar, a saudade amacia a gente. Será Dia Internacional da Mulher e noite de grandes emoções. Só pra começar, Show com Rosinha Amorim e seus afinados tons, o lançamento da jovem intérprete Gleyciane Pires e os gorjeios sabiás de Bebel Martins. E quem acha que já ouviu tudo, não perde por comparecer, porque em seguida acontece o Show “Elis Vive” com Cláudia Simone e Gislene Danielle.

(Elis Regina/foto colhida de: www.terra.com.br/istoégente/ensaios...)

Uma “furiosa” emoção musical fecha a Semana d’Elas em conchaves melódicos para ninguém botar defeitos. Na noite do dia 08 de março a entrada não poderia ser  + franca. Uma franca canção brasileira tomará espaços aos sons entre o céu e a terra e a Fundac que patrocinará a + valia cultural confirma, o ingresso será 0800.

Quem quiser que cante outra, porque a Semana d’Elas, dias 1º., 4, 5, 6 ,7 e 8 de março não está pra ninguém que não queira felicidade. Aos de ouvidos cansados ouçam essa emoção que se faz para Elas. Sempre a partir das 19 horas, a melhor agenda da cidade será no Espaço Cultural “Osório Jr.” e Bar do Clube dos Diários até porque o abraço é à melhor amiga do peito, a mulher nacional.

Expediente:
Semana d’Elas
Contados aos shows –
Radiofônicos (Henrique Douglas) – 9973 6494/9987 1759
Clube do Vinil (Rai) – 8866 6075
Apareceu a Margarida (Edith Rosa) – 3303 0110
Canta Piauí (Cláudia Simone) – 8864 7393
Ovelha Negra (Fernando) - 8848 5202
Elis Vive (Gislene) – 8868 5269
Reservas de mesas (JoãoVasconcelos) 8817 2201/9405 0037

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Walmor por Walmor


Walmor por Walmor
p/ maneco nascimento

Que mais vai me acontecer meu Deus, antes que eu te renegue.” (Texto dito por Walmor Chagas, na voz da personagem do filme ‘Valsa para Bruno Stein´, do diretor Bruno Stein, 2007)

Quando Walmor desapareceu de forma abrupta, o Brasil levou um susto seguido do choque. Depois vieram as especulações e versões investigativas policiais e, aos poucos foram sendo aclareadas as primeiras impressões que estarreceram seus fãs país afora.

Na noite de domingo, 24 de fevereiro de 2013, a partir das 20 horas, a EBC - TV Brasil e Intervídeo prestaram uma homenagem ao grande ator brasileiro Walmor Chagas, reproduzindo uma das últimas entrevistas do artista, de 2009, concedida ao programa Conexão Roberto D’ávila.

Uma franca conversa com um artista inquieto, mas sempre lúcido, polido, político e amante do teatro brasileiro de melhor valia e memória da cultura da cena. Disse, entre outras palavras acertadas, quando tratou do início da carreira queeu gostava de me exibir (...) o exibicionismo é primo do narcisismo. Narcisista eu nunca fui.”

E essa uma hora de entrevista ficou devendo muito mais, embora não se perdesse qualquer assunto em que foi provocado. Falou da experiência de teatro iniciado no Rio Grande do Sul (Porto Alegre), da vinda para São Paulo, embora o projeto fosse vir ao Rio de Janeiro e mudou de ideia, no Porto de Santos. A viagem fora feita de navio.

Lembrou da carreira no teatro TBC, com Cacilda Becker, sua mulher, com Adolfo Celi, Ziembinski e outros grandes artistas da companhia. Lembrou também da carreira de cinema e televisão. Sobre a televisão disse, “Na televisão não há prestígio artístico, há prestígio popular”. Acerca do teatro que praticou no TBC, patrocinado pela classe média, lembrou como tornou-se o primeiro ator da companhia e como casou com a primeira dama do teatro brasileiro, Cacilda.

Sobre sua experiência, na cena, com Cacilda Becker, disse que ela era muito intensa e se doava totalmente às personagens. Quando perguntado sobre atrizes brasileiras, emendou(...) mas não quero falar mal das minhas colegas, mas não há ninguém como a Cacilda.”. Ator que montou grandes clássicos estrangeiros e temas políticos, disse que hoje, no Brasil, não se tem mais um teatro político, crítico e reflexivo.

Que os temas hoje são pueris e comuns. “Não se faz mais teatro político no Brasil.” Falou sobre movimentos sociais, sobre o MST, a exemplo, e disse que queria ver uma montagem que se discutissem temas sociais “(...) uma peça em que os policiais tivessem que descobrir uma brecha para enquadrar pessoas do MST (...) esse diálogo é que eu queria ver.”

Uma entrevista imperdível! Não a vi quando originalmente exibida, mas tive a sorte de ver a homenagem prestada pela TV Brasil ao grande Walmor. Cresci vendo esse artista atuar em novelas que ele considerava cansativas, e que segundo ele não dava tempo de construir eficientemente a personagem, porque seria muita coisa para decorar e concentrar para lembrar-se da próxima cena do roteiro e desconcentrar daquela que estava sendo gravada no momento. Nem bem a uma, nem à outra. 

Ator de teatro, de composição e construção do método de atuar, se sentiu muito à vontade para defender o amor à cena estética e criticamente bem finalizadas.
Walmor de Souza Chagas (Alegrete[1], 28 de agosto de 1930  Guaratinguetá, 18 de janeiro de 2013) foi um ator, diretor teatral e produtor teatral brasileiroMudou-se para São Paulo no começo dos anos 50, buscando uma chance no cinema.[1] Cursou a Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo. Foi homem de teatro, com larga atuação, e era apontado como artista de indiscutíveis méritos e criador de personagens de grande impacto.” (www.wikipédia.com.br/acesso 25.02.2013, às 17h10m)
 Deixou a cena brasileira, aos 83 anos de idade, em casa, e através de uma escolha muito particular. Que se questionada, não merece julgamento de quem quer que seja, a não ser, creio eu, de Deus. A vida é feita de escolhas, sejam quais forem. O artista fez as suas próprias. 
(grande Walmor Chagas/foto colhida da: www.wikipedia.com.br)
Que possa também encontrar a paz almejada por qualquer mortal, sujeito às falhas trágicas.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Para sempre, amor.


Para sempre, amor.
por maneco nascimento

Por que Deus permite/que as mães vão-se embora?/Mãe não tem limite,/é tempo sem hora,/luz que não apaga/quando sopra o vento/e chuva desaba,/veludo escondido/na pele enrugada,/água pura, ar puro,/puro pensamento.//Morrer acontece/com o que é breve e passa/sem deixar vestígio./Mãe, na sua graça,/é eternidade./Por que Deus se lembra/- mistério profundo -/de tirá-la um dia?/Fosse eu Rei do Mundo,/baixava uma lei:/Mãe não morre nunca,/mãe ficará sempre/junto de seu filho/e ele, velho embora,/será pequenino/feito grão de milho.” (Para sempre/Carlos Drummond de Andrade)

Quando nascemos, começamos a morrer, diz a filosofia popular da ciência do nascer e morrer. E quando rebentamos, há muito que as mães, úteros sagrados, já têm contados dias de seu início de também morte. Nos gera, nos espera, nos ama sempre, nos amamenta, nos cria, nos educa e morre, um pouco a cada momento, se nos acidentamos, adoecemos e ou morremos, de verdade, mistério que rebenta com o coração de mãe.

Crescemos com a referência da mãe que tivemos, já que não viemos de chocadeira. Das + amáveis, rígidas, calorosas, estressadas, compreensivas, relutantes, conciliadoras, chantagista emocionais, protetoras, amigas, companheiras, saudosas, medrosas, temerosas, ardentes, preocupadas, atentas, desconfiadas, vigilantes, bondosas. Mães!

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo./Minha mãe ficava sentada cosendo./
Meu irmão pequeno dormia./(...) No meio-dia branco de luz/ uma voz que aprendeu/a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu/chamava para o café./Café preto que nem a preta velha/café gostoso/café bom.//Minha mãe ficava sentada cosendo/olhando para mim:/- Psiu... Não acorde o menino./Para o berço onde pousou um mosquito./E dava um suspiro... que fundo!/ (...)”
(Infância/Carlos Drummond de Andrade)


Todas as mães morrem um dia. A licença poética se nos enternece, não nos livra que elas se esvaiam, algum dia, feito água escorrendo por entre os dedos. Nesse sábado, 23 de fevereiro, + um filho perdeu a mãe. Quisera, qualquer filho, ir-se sempre primeiro que a mãe,  já que menos experiente. Mas seria dever uma ferida no coração de mãe. Então que a natureza mãe se encarregue da verdade, pois que não tem coração de “madrasta”, só cumpre a ordem natural das coisas.

Uma informação nacional, que nos  chega, traz o “correio da má noticia” acerca da mãe do Gil.
(Dona Claudina, mãe do Gil/foto:: www.correio24horas.com.br/blogs/blog-do-marrom...)

Dona Claudina Passos Gil Moreira, mãe do cantor Gilberto Gil e de Gildina Gil, morreu neste sábado (23) em Salvador. A informação é da empresária e mulher do cantor, Flora Gil. O velório será realizado a partir das 14h no cemitério Jardim da Saudade, onde o enterro acontecerá no domingo (24) às 10h. Dona Claudina tinha 99 anos. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português.”
(www.correio24horas.com.br/blogs/blog-do-marrom...)

Quisera Deus impedir que as mães morressem, mas ai a Terra não comportaria todas elas e não haveria espaço às novas amigas do peito. Então, para o céu ao qual vão todas as mães, espera-se que chegue Dona Claudina com a mesma coragem e fortaleza, qualidade de toda mãe, e fique tranqüila, trocando memórias de suas experiências com todas as outras mães que chegaram primeiro e a aguardavam.

A paz conquistada e privilégio do descanso merecido de todas as mães é também experiência necessária a Gilberto Gil e toda sua família. Luz e harmonia aos que partem e aos que ficam também.

A Batalha musical


Batalha musical
por maneco nascimento

Um grupo de + de 50 artistas de Teresina prepara-se para + uma Batalha cênica. O espetáculoA Batalha do Jenipapo”, encenado em Campo Maior, há + de uma década, reinventa a memória da guerra de foices contra canhões e voltará a ser reapresentado dia 13 de março de 2013, a partir das 18 horas, na cidade dos carnaubais, ao norte do estado. O palco aberto será em campo de cena ao lado do Monumento Heróis do Jenipapo (criado em 1973), às margens da BR 343. Um espetáculo sempre esperado.
(Memorial Heróis do Jenipapo/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

Projeto nascido das forjas do governo do estado, à época do governador Mão Santa, ganhou agenda no calendário oficial e desde então tem-se mantido fiel à memória e história contada e visto por muitas autoridades políticas, convidados, estudantes e o povo que acorre ao palco da encenação.  No início teve dramaturgia literária realizada a partir de pesquisa do jornalista Chico Castro e texto adaptado por Aci Campelo. A direção de cena, durante alguns anos, foi de Arimatan Martins.
(publicação de Chico Castro/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

A Batalha do Jenipapotambém já teve uma versão dirigida por Siro Siris. A atual direção é do ator, autor, diretor de teatro e cinema, Franklin Pires que, nesse ano de 2013, traz + uma boa novidade. A Batalha desse ano será musical. Com texto adaptado por Bernardo Aurélio, a partir de seu próprio livro, em quadrinhos, “Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo”; a direção geral é de Franklin Pires; a direção de movimentos coreográficos de Valdemar Santos e a direção musical e preparação vocal de Edivan Alves e Gislene Danielle.
(Ator representando D. Pedro I, na encenação/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

Já pesquisaram esse assunto e registraram, em livros, os piauienses, a professora-doutora  em história Claudete Maria Miranda Dias, Francisco Castro, Abdias Neves, Caio Tiago e Bernardo Aurélio. Cada um registrou seu olhar e pesquisa a esse episódio sangrento de piauienses contra portugueses.
Claudete Maria Miranda Dias relata que mais de 2.000 pessoas entre fazendeiros, oficiais militares, vaqueiros, lavradores, artesãos, escravos e roceiros foram lutar contra os soldados portugueses no campo de batalha, usando foices, facões, machados, enxadas bem como outros instrumentos domésticos."(meuartigo.brasilescola.com/por: DOURIEDSON ALVES DA SILVA)
Essa história real de adesão à Independência do Brasil é contada através do teatro a céu aberto e fideliza arte, cultura e educação na forma de dramatização de um dos primeiros movimentos que aderiu ao Brasil livre de Portugal. E a história registrada nos lega dados impressionantes. O exército português era poderoso contra as gentes simples piauienses.
Do lado oposto havia soldados treinados, entre 1.600 a 1.800 homens, na cavalaria, fuzilaria, homens de infantaria, todos equipados e armados, com 11 peças de artilharia, um canhão e lançadoras de granadas, conforme relata a professora Claudete Maria Miranda Dias.” (Idem)
A história idealizada à encenação reúne dramaturgo, diretores, atores e atrizes, cantores líricos, coreógrafos, bailarinos e bailarinas e a energia do teatro do fingimento e da recuperação da arte e cultura dramáticas. A dramaturgia de cena, em todas as versões vistas, procura dar vida e documentar cenicamente um fato que marcou a história brasileira e definiu força para que o restante do país apoiasse a causa nacional.
A batalha do jenipapo ocorreu junto do Riacho Jenipapo na cidade de Campo Maior – Pi. Houve uma importante luta sangrenta envolvendo soldados treinados do governo de Portugal, fortemente armados, e cidadãos comuns piauienses, na data de 13 de março de 1823, cujas circunstâncias históricas consistia em tornar o Piauí livre da dominação Portuguesa, uma vez que em 7 de setembro de 1822 o Brasil oficialmente se declarava independente de Portugal.” (Idem)
(campos de Campo Maior/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

Em 13 de março de 2013, no campo do Memorial Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, + uma vez a prática teatral, na mímesis da vida real, reproduzirá a Batalha do Jenipapo, com o corpo falante de um elencão de atores profissionais e amadores da cidade verde, que (en)cantarão numa Batalha cantada.

Quem viver, verá que o teatro praticado na cidade de Teresina tem vida útil, própria e criativa, ousada e, especialmente, aristotélica para ficar no berço da memória original do teatro ocidental.

Será um outro olhar dramático, variando sobre o mesmo tema real histórico e  garantirá aos artistas da cena de Teresina uma nova batalha de palco, de diálogos ardentes e cena viva. Vem ai A Batalha do Jenipapo ”, musical.




Teatro é vida


Teatro é vida, laborada.
por maneco nascimento

Uma amiga, Janaína Alves Branco, publicou desabafo em seu espaço de manifestação nas redes sociais. Seu suporte, o facebook. Li, identifiquei-me e julguei importante reproduzir sua comunicação. Antes de ser romântico, também sou humano, sensível, artista e acredito que suportamos o tempo que se nos impinge a novas realidades.
(a piauiense, de Teresina, Janaína Alves Branco/foto: arquivo da atriz)

Há + Céu e muito Mar e toda a Terra explorada. Do Céu, sempre esperança a muitos, em suas diversas crenças. Do Mar, de argonautas a sonhadores, sempre fronteiras e cartografias versejadas, exploradas ou desejadas. Mas salgado e dono de muitos mistérios e temores humanos, enfrentados. De toda a Terra, limites de liberdades e de barreiras, embora não seja quadrada.

Mas é dessa Terra nossa de cada dia, sob nossos pés e sobre nossas cabeças que tiramos nossas expectativas, realizamos nossa vida e legamos heranças e é Dela também, em qualquer fronteira, que fazemos o que gostamos sob a responsabilidade de nossas escolhas e reiteramos buscar(...) a sorte de um amor tranqüilo/com sabor de fruta mordida (...)” (Cazuza), seja fruta proibida, ou consentidaE ao escolhermos ser artistas, e das cênicas, infringimos cotidianos óbvios e guardamos as experiências, porque da natureza tranqüila do exercício de atuar e aprender a fingir. 

Janaína Alves Branco, casada com o ator, diretor e mestre em cultura cênica, João Branco, é atriz de mancheia e colega de palco. E lá de sua Mindelo (Cabo Verde) desabafa sobre o teatro que se faz hoje, pega de suas observações e nos dá sua democrática opinião:
 “Teatro, a Arte do Suor

Pergunto a vocês o que é fazer teatro hoje em dia?

Essa geração (minha também) não está a entender bem o conceito dessa expressão "fazer teatro".

O teatro está a  transformar-se em marca, em dinheiro, em patrocínio, financiamentos, lucros, má qualidade, desrespeito... é isso?

Eu quero um teatro que vá além do que se vê no palco; um teatro das aventuras que unem os grupos; um teatro que faz as pessoas sair no meio da noite nas ruas à procura de materiais para seus cenários; um teatro feito com loucos que saem no meio de uma peça vestidos ainda de personagens para fazer um teste na faculdade; um teatro com as mães que amamentam suas filhas no camarim entre uma cena e outra; um teatro com os ensaios na cova de construção de um edifício; um teatro que se apropria de lugares que nem a policia tem coragem de ir pelo o perigo que reina ali; um teatro que recupera, educa, forma pessoas; um teatro com as suas peças feitas em bibliotecas no meio dos livros à luz de velas; um teatro onde as pessoas  não estavam se importando por não ter um belo auditório e que colocam suas mochilas nas costas e vão de escola em escola apresentando os seus espetáculos sempre com um sorriso nos lábios; um teatro que incentiva a criatividade ao ponto de ter um palco montado em pleno mar.

Enfim, muitas outras histórias reais como essas que sinto falta de ver as pessoas a contar e não outras histórias como essa de que não conseguem fazer um espetáculo de qualidade por falta de dinheiro.  É muito duro ouvir isso.

O TEATRO é o lugar de transformação, onde podemos tornar visível o invisível.... Vamos criar, vamos nos reinventar e valorizar as pessoas que trabalham e que fizeram com que a palavra teatro existisse nas nossas vidas, que estiveram sentados numa mesa a criar um festival que colocou Cabo Verde no roteiro teatral mundial e que construiu um ambiente onde a nossa arte fosse reconhecida e te é dada a possibilidade de ir mais além do que algum dia estaríamos à espera.

Façam TEATRO, com martelos e serrotes, com suor e lágrimas, com respeito e humildade....

Façam TEATRO nos bares, nas calçadas, nas praças, nos alçapões, nas casas abandonadas, nas praias, nas escolas, façam e não fiquem à espera das poltronas do único auditório da cidade...

Façam TEATRO com estudo, com pesquisa, com conhecimento, com procura, utilizando uma ferramenta maravilhosa que existe e (quase) ninguém utiliza, chamada Centro de Documentação e Investigação Teatral, com a mais rica biblioteca teatral que eu já vi. Pergunto: qual o último livro sobre teatro que leram?

Façam TEATRO, sem dinheiro mas com qualidade....
Façam TEATRO, para ricos e para pobres (de dinheiro e não de espírito)...
Façam TEATRO...
 FAÇAMOS TEATRO...” (Janaina Alves Branco, Quinta, 21 de fevereiro de 2013 às 16:42 ·/Mindelo [Cabo Verde])

Ótima atriz e amiga, Jana, mora com seu marido emMindelo, cidade que localiza-se na ilha de São Vicente, é sede do concelho homónimo e é a segunda maior cidade de Cabo Verde. Ocupa uma área total de 67 km² a noroeste da ilha, na Baía do Porto Grande, porto natural formado pela cratera submarina de um vulcão com cerca de 4 km de diâmetro. O Ilhéu dos Pássaros, com 82 metros de altitude e que hospeda um pequeno farol, sinaliza a outra extremidade da cratera. Esta cidade é geminada com Mafra[1].” (www.wikipédia.com.br/acesso: 23.02.2013, 11h34)
 (Ilha de São Vicente - Cabo Verde/foto: wikipédia)

Do teatro que fazemos, do teatro que queremos, da arte que escolhemos, Merde! É de natureza humana sobreviver ao adverso. O teatro, invenção do homem, também sobreviverá. Evoé, Baco!


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Depois das cinzas


Depois das cinzas
por maneco nascimento
As festas populares têm suas peculiaridades. Geram expectativas, chegam num arroubo de dominação das esperas e geram toda felicidade que se queira experimentar. São os dias de carnaval que só se encerram na quarta feira, nas cinzas das horas deleitadas. E assim caminha a humanidade, depois das cinzas e ressaca dos dias momescos, dando continuidade a vida que segue.
Mas antes que chegue quarta feira (de cinzas), há a sexta gorda correndo até a madrugada que rompe o fim do feriadão, na terça feira. Muito para aproveitar em alegria, paz, harmonia, alegorias e fantasias, prazeres, luxúrias traídas dos dias comedidos e liberdades consentidas porque ninguém nasceu de ferro, alguns com cara de pau (matéria degradável), mas ninguém de metal de difícil dobra. Só gente como as gentes com suas buscas e garimpagem à felicidade.
E as manifestações são as + diversas e necessárias porque tudo é festa. Para objeto de registro, pois variação sobre o mesmo tema. Na sexta feira, 8, gorda, o Complexo Cultural do Matadouro – Teatro do Boi manifestou seu projeto de interação comunitária, o Carnaval Boi Brinquedo. Criado pelo agitador cultural Chiquinho Pereira, quando então diretor do Teatro do Boi (2009) e mantido na pauta de execução em 2010 (Adriano Abreu), 2011 (Wilson Costa e Ana Tereza) e 2013, já na gestão de M. Nascimento.

(Carnaval Boi Brinquedo/fotos: Diogo Alves)

O Carnaval Boi Brinquedo começou sua atividade a partir das 16 horas, em Concentração/Baile da folia, na Praça do Teatro do Boi. Com a visita das majestades do carnaval 2013, Rei e Rainha do Carnaval e Rei e Rainha da 3ª. Idade, foi eleita, sob voto popular e ao vivo, a Rainha do Corso Infantil do Matadouro. Eleição numa disputa saudável e muito humorada. Concorrência eficaz e resultado livre à felicidade.


(Carnaval Boi Brinquedo/fotos: Diogo Alves)

Às 17 horas e 10 minutos foi iniciado o percurso pelas Ruas Rui Barbosa, Balsas, Cinthia Portela, Rua São Felix e, finalmente, a dispersão do festejo ocorreu no Parque Lagoas do Norte. O apoio do SDU Centro Norte que liberou a área do Lagoas do Norte à finalização do evento e a assistência incondicional do serviço de guarda de batedores do STRANS foram fundamentais. Se é para agradecer, agradecemos. Especialmente ao STRANS. Foi 10!
(arte-foto: Jairo Moura)
Projeto Boi Brinquedo tem em suas prerrogativas fazer o serviço de apresentação à comunidade das oficinas de arte praticadas nas dependências da Casa de Cultura Teatro do Boi. Também busca interagir, diretamente, demonstrando ao público do entorno, ruas e vizinhança, exemplo “in loco” das práticas culturais desenvolvidas, através das crianças e turmas assistidas na ação artística, serviço gratuito mantido pela Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves.
As oficinas de arte do Complexo Cultural do Matadouro – Teatro do Boi, nas áreas de dança (do clássico ao popular) a crianças, adolescentes, jovens, adultos e à melhor idade; teatro (infantil e adulto); desenho e pintura; percussão; iniciação à música (Banda de música); corte e costura e prática de memória e preservação da cultura do Bumba-meu-Boi, através da oficina Boi Mirim – Estrela do Matadouro e capoeira, se representaram no corsinho.
O sucesso do Carnaval Boi Brinquedo seguiu seu curso natural de existência. E a vida ganhou sua continuidade nos dias de folia. Vieram os carnavais de Blocos e Corsos do Saci, São Joaquim, Mocambinho, Capote da Madrugada(zona leste), Barão de Itararé, no Dirceu Arcoverde, Sanatório Geral (Praças da Liberdade e São Benedito), entre outros manifestados e o Carnaval na Marechal para bandas, foliões e ritmos da moda e da mídia foliã.
(Sanatório Geral/foto: Maurício Pokemon)

Entre a ressaca e a despedida dos dias foliões, as novidades também se fizeram presentes. A Lei Seca, + severa, surtiu propósitos. Menos acidentes, menos bêbados no volante e, para os + afoitos e de brasilismo do jeitinho, “do me erra que eu te engano”, pagaram o preço. Menos a carteira de habilitação e + uma gorda multa para pesar no orçamento, bem depois da folia.
O Papa Bento XVI anunciou a renúncia ao papado. Chocou o mundo e 600 anos de uma primeira iniciativa de mesmo propósito. E, corajoso, disse que a igreja católica e seus azeitados dias vaticanos precisam de reforma. Com novo marca passo e com uma especulação de que teria caído e batido a cabeça, nem assim perdeu a lucidez para dizer, publicamente, que a igreja vaticana precisa mudar.
São as cinzas das horas, depois dos dias de Momo. Da agora em diante é planejar o próximo feriadão, o da Semana Santa. E, das chaminés do Vaticano, serão geradas novas cinzas, essas do protocolo cristão, e um sinal de fumaça, branca, gerará um novo pontífice para trânsito governamental do Palácio de São Pedro.
Carnaval, só em 2014, também ano de Copa do Mundo, nacional. Então festas dobradas, dobrados e cifras musicais efervescentes, dobrões e mercados festejados e o Brasil em festejos imedidos, porque Deus é brasileiro, o Papa continuará pop e alegria nacional passa, sempre, por festas populares.
No ano chinês da Serpente que precede o do Dragão, Salve Jorge! (texto da música de Ben Jor/”Jorge da Capadócia”) e viva o povo brasileiro que mantém a felicidade perseguida, apesar das adversidades que o Brasil se  lhe apresenta!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Abrigo São Loucas em Parnaíba


Abrigo São Loucas em Parnaiba
por maneco nascimento

Depois de “Macacos me mordam – A Comédia”, o grupo Harém de Teatro gerou novo trunfo cênico aos palcos,  para 2013: o espetáculo autoral “Abrigo São Loucas ou Três Personagens à Procura de um Aqüé”, que estreou dia 25 de janeiro deste, em Floriano. Nova pecha histriônica para muitas gargalhadas e entretenimento do público, na abordagem de assuntos sérios à crítica construtiva das sociedades.

“A peça é um inventário popular da política piauiense nos últimos 50 anos. Os espectadores certamente identificarão situações vividas pela nossa sociedade”, conta Arimatan Martins, diretor e autor do texto mapeado. Da Trilogia hareniana, assinala que “Ela foi iniciada com 'Macacos me mordam', que discutia arte e ciência, e encerrará com 'A Revolta das Barbies', voltada para arte e comportamento, com estreia prevista para 2014”, finaliza.

Depois da crise com direitos autorais, o Grupo Harém se reinventa e, no investimento da dramaturgia própria, monta essa que é a número dois da Trilogia Ciência e Dramaturgia. Com “Macacos me mordam – A comédia” abriu os mercados e futuro ao triângulo das desnudas intenções. Com esse segundo vértice cênico do projeto de textos próprios, que já é fato, o “Abrigo São Loucas ou Três Personagens à Procura de um Aqüé” abre flancos de estabelecimento à montagem de textos independentes e forjados na oficina criativa do Grupo.
(Fernando Freitas, Francisco de Castro e Francisco Pellé, em Abrigo São Loucas/foto: divulgação



“Abrigo São Loucas ou Três Personagens à Procura de um Aqüé”, com texto autuado-flagrante da mente insuspeita de Arimatan Martins, faz uma nova investida que estará em cartaz no Teatro SESC AVENIDA, em Parnaíba, nos dias 22 e 23 de Fevereiro, às 20h. A estreia prevista para Teresina, só em março.

Trabalhando com elenco menor, O Harém traz na cena para “loucuras” do humor inteligente, os atores Emanuel Andrade, Fernando Jorge Freitas, Francisco de Castro e Francisco Pellé. O ator Francisco Pellé, que interage como uma das ex-primeiras damas, decaídas por força das novas estratégias da lei de responsabilidade fiscal brasileira, aponta que, escolher outra cidade, que não a capital, para a estréia do espetáculo tem suas justificativas. 

Segundo ele, o Harém, em seus 26 anos, rodou o mundo com os espetáculos, mas sempre estreou em Teresina. Dessa vez, optou-se por um diferencial. Na passagem pela Princesinha do Sul, o ator diz que a escolha foi “Pela sua importância cultural para o Piauí e pela excelente receptividade da cidade aos nossos trabalhos.” Uma experiência válida e revigorante nessa fase autoral do grupo, conclui Pellé.

Para fevereiro “Abrigo São Loucas....” invadirá a praia parnaibana. E a dramaturgia regida pela picardia, ironias e inteligência dramáticas, ao humor garimpado, será para público de gregos e praianos também. Reafirmará o discurso hareniano de atrair a atenção para o homem brasileiro no centro da cena, apresentando a peça na Parnaíba, grande eixo cultural no norte do estado. 
(Fernando Freitas, Francisco de Castro e Francisco Pellé, em Abrigo São Loucas/foto: divulgação


A idéia do Harém é “Incluir Parnaíba no roteiro teatral de circulação de grandes espetáculos que passam por Teresina. A cidade de Parnaíba tem sua importância capital e cultural de grande público, que conhece e gosta de teatro”, afirma. Afastada da capital, circuito natural de passagem de espetáculos, é aquela cidade do litoral um grande centro de recepção de teatro e acaba por perder “Produções que por aqui circulam”, completa Pellé.

A peça, de entretenimento e crítica reflexiva ilustrada à cena distanciada, sendo à linguagem de comédia político absurda. Intertextualiza a espera de um novo tempo bom, e pode estar na esteira deus ex-machine da reinvenção teatral para Godots e, talvez, Pirandellos aproximados pela estética própria do Harém.

 “Abrigo São Loucas ou Três Personagens à Procura de Um Aqüé”, nos dias 22 e 23 de Fevereiro, às 20h, no Teatro SESC AVENIDA, em Parnaíba. É pagar para ver e recuperar o riso através da boa cena nacional para teatro de propósitos.
                                                      (Abrigo São Loucas/foto: divulgação

Expediente:
Produção em Teresina
Francisco Pellé
86-8851-2935/9406-2842