sábado, 25 de fevereiro de 2017

Doces e pop canções

Zeca Baleiro
por maneco nascimento

No próximo dia 7 de março, o Projeto Seis&Meia reabre suas luzes à canção brasileira, para a temporada 2017, no Theatro 4 de Setembro.

Na cartada da manga, uma voz, um estilo, um compositor, um cantor que não mede palavras, cunha melodias que marcaram carreira e nome de um dos + festejados e queridos da nova velha MPB de nossos melhores Cancioneiros.

Zeca Baleiro chega a Teresina para abrir o Projeto, neste ano que começa para o Seis&Meia em março, e festejar, com a cidade, em dia antecipado ao Dia Internacional da Mulher. E, se não fosse Zeca, seria Baleiro, se não fosse Zeca Baleiro, seria o pop Poeta das doces e belas e requintadas canções brasileiras.

Cantor e compositor maranhense, Zeca fará o mesmo show que já corre fronteiras e faz parte de uma série de espetáculos que realizará, em 2017, pelas comemorações dos 20 anos do lançamento de seu primeiro disco, "Por Onde Andará Stephen Fry?", este que registra uma largada super sucesso de penetração.

O show conta apenas com os violões de Baleiro, que tira deles algumas afinações diferentes das usuais. O artista viaja pela própria discografia e, no passeio concentrado,  mostra alguns lados B e arranjos contagiantes de músicas consagradas.

“Era Domingo”, “Telegrama”, “Meu Amor Minha Flor Minha Menina” e “Babylon” desfilam entre as pérolas trabalhadas pelo tempo do compositor. Ainda há, para o público, + surpresas, as que Zeca costuma preparar, nas releituras de músicas de outros artistas. E defende,  “O resto é surpresa!”, para a própria diversão gracejada.

Celebrar os 20 anos, desde o primeiro gol de placar, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, de 1997, não é pouco. Desde então, na esteira das atrações musicais, lançou outros nove discos de inéditas, alguns variados projetos especiais e oito DVDs.

Em 2014 saiu o primeiro álbum infantil, “Zoró [bichos esquisitos] Vol.1”. Um aplicativo e  dvd, com animações, chegaram em 2016, para encorpar o Projeto a infantes.  Também em 2016 lançou “Era Domingo”, seu 10º álbum de inéditas.

Duma arte de artista plural, Zeca Baleiro construiu uma carreira sólida, sempre trazendo surpresas a seu público e à crítica, a cada trabalho apresentado. Melodias certeiras, arranjos elaborados e poesia, à alta voltagem, definiram sua espirituosa visão de mundo para canções originais. Revelou-se, ainda, sagaz intérprete de outros compositores e mergulhou em novas áreas, abrindo flancos na literatura e no teatro.

E é deste multi pop que a noite do dia 07 de março vai  querer jamais esquecer. Antes de Zeca Baleiro entrar em cena, o Projeto Seis&Meia abre palco ao artista local, Vavá Ribeiro. 

Com voz suave e composições afiadas, o piauiense de Oeiras, Ribeiro, confere presença luxuosa em show de abertura ao Seis&Meia e, às vezes do maranhense Baleiro.


Serviço:
Projeto Seis&Meia
Zeca Baleiro, às 19h30.
Abertura com Vavá Ribeiro, às 18h30.
Ingressos na bilheteria do Theatro 4 de Setembro,
R$ 25,00 (meia)\R$ 50,00 (inteira)
Informações: 3222 7100.
Classificação Livre.

fotos\imagem: (divulgação)

Jesus veio

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Jesus veio


Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. - Paulo. (FILIPENSES, 2:7.)

Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que sempre se compraz imensa percentagem de criaturas da terra.

Entretanto, tais reclamações não são justas.

Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata dos Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e sim "aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens".

Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo.

O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda.

Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra.

Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias de Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões. Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade.

Recorda a demonstração do Mestre divino.

Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.

Fonte: (8  Jesus veio [pags. 31\32] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})


fotos\imagem: (reprodução web)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Tudo novo

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Tudo novo


Assim é que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. - Paulo. (II CORÍNTIOS, 5:17.)


É muito comum observarmos crentes inquietos, utilizando recursos sagrados da oração para que se perpetuem situações injustificáveis tão só porque envolvem certas vantagens imediatas para suas preocupações egoísticas.

Semelhante atitude mental constitui resolução muito grave.

Cristo ensinou a paciência e a tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão, foi à cruz e legou o último testemunho de não violência, mas também de não acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.

Não se engane o centre acerca do caminho que lhe compete.

Em Cristo tudo deve ser renovado. O Passado delituoso estará morto, as situações de dúvida terão chegado ao fim, as velhas cogitações do homem carnal darão lugar à vida nova em espírito, onde tudo signifique sadia construção para futuro eterno.

É contrassenso valer-se do nome de Jesus para tentar a continuação de antigos erros.

Quando notarmos a presença de um crente de boa palavra, mas sem o íntimo renovado, dirigindo-se ao Mestre como um prisioneiro carregado de cadeias, estejamos certos de que esse irmão pode estar à porta do Cristo, pela sinceridade das intenções; no entanto, não conseguiu, ainda, a penetração no santuário de seu amor.]

Fonte: (7  Tudo novo [pags. 29\30] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Esforço e oração

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Esforço e oração


E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte.
                                E, chegada já a tarde, estava ali só. (MATEUS, 14:23)


De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.

Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.

Jesus nunca se encerrou à distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.

Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.

Se alguém permanecer na terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.

Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.

A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração: aquela que apenas se mantivesse genuflexa estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.

A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.

Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares "a parte", recordando o Senhor.


Fonte: (6  Esforço e oração [pags. 27\28] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})


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Ela,Ô...

ôôôôôô...Ô!
por maneco nascimento

Elas venceram. Brilharam e deram o tom da Festa, Folia, Alegria e das melhores memórias de nossos Carnavais!

O II Baile dos Artistas "Maria da Inglaterra" que girou Felicidade, na última sexta feira, 17, no Salão Galeria de Arte "Nonato Oliveira (Club dos Diários) foi O Baile! Em sua segunda edição, marcando calendário em entradas de festas momescas, já começa com a maior homenagem.

A Patrona e Madrinha oficial d'O Baile é a queridíssima Maria da Inglaterra. Então, as mulheres começam a vencer a partida, a partir da grande homenageada. Depois vêm as energias, euforias alegres e átomos pululando só felicidade, quando as portas do Club se abrem e recebem artistas, entre músicos, cantores, fantasiados e foliões em + de mil parlares no Salão.

O II Baile foi aberto pelo furacão Lene Silva. Essa menina é poder t r a b a l h a d o! A partir das 19 horas, Ela energizou o Salão, com sua voz forte, de graves sonoridades equilibradas pela força da arte e talento de bem cantar e encantar público que mergulho na Folia, marcada para só não vir quem já morreu... E Lene Silva levantou ânimos e ilustrou O Baile de toda felicidade.

Depois era hora de brincantes cantores. Os Brincantes Filhos de Baco, em auto lançamento do Bloco que desfila na segunda feira, 27, na porta do Theatro 4 de Setembro, chegou e fez-se festa decifrado.

A Banda De Última Pocket Show Mil Volts. Essa invenção de alegria do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes vingou + no Salão dos Diários.

Adriano Abreu, Silmara Silva, Carlos Aguiar e Érica Anunciação marcaram a pauta musical carnavalesca, com temas para axés hits pop e bregas chique revisitados. Eram verdadeiros rastros de astros passando e deixando sinais luminosos de alegria festejada, em noite que não precisou pedir muito.

*****(fotos/imagem: ascomSeCult)

A arte e cultura de Bailes se instalaram e quem perdeu, foi quem não viu, riu, nem dançou o bom de ser feliz. As mulheres da Banda Pocket, Silmara Silva e Érica Anunciação também venceram à força do gogó e melodias sabatinadas aos melódicos exaltação!

Nesse ínterim, foi tempo de Concursos d'O Baile. Escolha da Melhor Fantasia (1o. e 2o. Lugar) e do Rei e Rainha dos Artistas 2017. Um desfile de alegria, alegorias, fantasias criativas e arrojo de talento aplicado ao "quem não me vencer, eu levo!"

Os candidatos e candidatas se superaram e, naturalmente, venceu quem Melhor convenceu os jurados com sua performance. A Comissão Julgadora bateu o martelo, a resultado só conhecido + lá pro final da Festa.

Os julgadores, Gizela Falcão (Moda); Silmara Silva (Teatro - atriz e diretora); Laurenice França (Cantora); Lari Sales (atriz e Presidente do SatedPI); Aureni Oliveira (empresária da Figurino & Fantasia); Siro Siris (diretor, cenógrafo, figurinista de teatro e carnavalesco), Datan Izaká (diretor da "Lenir argento", bailarino e coreógrafo), tiveram dificuldades em definir os finalistas, do criativo espetacular das concorrências, mas o resultado foi irrefutável.

Nas Fantasias, o 1o. Lugar ficou para "A Rainha de Copas" (a majestade Cabeçuda, do filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton), uma criação e interpretação de Samuel Alvis. Levou R$ 2.000,00 pela primeira Melhor Fantasia.



O 2o. Lugar foi arrebatado pela bailarina e coreógrafa, a intérprete criadora Jeciane Sousa. Sua fantasia "Deusa Grega" (com produção de @chandelly_kidman e confeccionada por  @adribreu ) recebeu o Prêmio de R$ 1.000,00 (hum mil reais) pela 2a. Melhor Fantasia.

No Concurso de Rei e Rainha dos Artistas 2017, não houve páreo fácil. A Concorrência veio com toda garra, todo mundo sempre sonhou numa sessão Majestade. Criativos e empolgados, candidatos e candidatas deram seu show.

Mas no quesito inovador e impactante de construção da performance fantasia, em busca do reinado momesco do Baile dos Artistas, o casal Állex Cruz e Mayra Sousa fez a diferença. E, no computo de + novidade, os jovens artistas levaram a maior. Foram coroados Rei Állex Cruz e Rainha Mayra Sousa para o reinado 2017.
*****(fotos/imagem: ascomSeCult)

Concursos concluídos voltaram as + energias da noite. Orquestra Tamoio às vezes com tempos de orquestrados e bailados carnavalescos ao nobre Salão.

 Fábio Novo, Secretário de Cultura do Estado, abriu falas para saudar aos foliões e foliãs, presentificar a vinda de toda a gente que marcava o Salão e falou das obras de restauração, recuperação e revitalização de patrimônios públicos edificados e passados à revista de ganhar novas cara e roupagem à melhor ocupação de serviços públicos em Equipamentos culturais do Estado.

E, para fechar suas falas, abriu alas a Ela, a Stela Vox, a poderosa Diva, Maria Alcina, acompanhada pela Orquestra Tamoio. Essa voz, essa força, essa energética performance de estar e ser palco de tantas alegrias.

A incansável Maria Alcina trouxe em seu cabedal folião, umas boas memórias de tantos carnavais e soube manter o nome, carreira e, especialmente, a paixão de palcos que contagiou-a desde os Festivais Internacional da Canção, especialmente o FIC 1972.

À época recebeu a Menção Honrosa, por "Fio Maravilha", de Jorge Ben Jor. Este hit não faltou, em sua hora de brilho estelar. Salve, Maria Alcina. Vida longa à Estrela Vox!

Incansáveis foliões, alegres foliãs, o Salão d"O Baile dos Artistas "Maria da Inglaterra" provou o sucesso que é reunir alegria, fantasias. músicas e artistas amantes da Folia.

Ainda não havia terminando a Festa dos Diários.

(Lene Alves, por Eulinda Fonseca)

Lene Alves, veio para abrilhantar, muito + ainda, as últimas horas festejadas do Baile dos Artistas 2017. Abriu luz e felicidade musicais festejadas e anunciou que, dali a pouco estaria chegada a hora de público brindar os sinais da madrugada.

Lene Alves, não é só Lene Alves. É Lene canto, ginga, destreza e harmonia fincadas a palcos e multidões que assomam a seus shows. Ela, Ô...ôôôôôô...Ô! Divina aos Carnavais, na esteira das que a antecederam.

E, para o radialista, e talvez folião de melancolia de decaído, que comentou sobre post de Silmara Silva: "(...) foram todos. A fauna estava inteira, só faltou a flora.", acrescentemos, nosotros, que participamos do II Baile dos Artistas "Maria da Inglaterra", que só não veio quem já Morreu.

Havia todos os tipos de fantasias, alegorias, alma livres espíritos recheados de Alegria. A vida é sempre dádiva a quem melhor souber aproveitar. A flora, senhor comunicador de outrora carnavais esquecidos, também esteve lá. Na água vertida em suor da felicidade, nas cores e estampas florais das estações que também vestem flora.

E, ainda, nos apaziguados e desviados da amargura, que deixaram a velha fantasia encarquilhada do mal uso da palavra e investindo-se de amor, solidariedade a apreço à vida, foram se rir, dançar, viver a vida, porque Ela é sempre bela a quem tem olhos de liberdade.

Fauna e flora compuseram esse Carnaval, se a metáfora for também fabular, em que bichos têm personalidades humanas. E, como diz a coreógrafa brasileira, Fernanda Amaral, "não existe humanidade, sem diversidade."

Na diversidade, há até os que negam, pilheriam, ou criam riso de muita falta de humor à vida. Deus, dez a ti, que parece que + relincha, que parece que não pensa, quando a idade coroa vinagre ao invés de vinho sete décadas e, se for para rimar, que se feche em ocaso insóbrio.

Porque no II Baile dos Artistas "Maria da Inglaterra" 2017 foi, como sempre é, templo de alegria, de todos os matizes e quem não veio, não viu e nem gostou, é porque não ri e ninguém avisou, mas já mordeu a corda. Só não veio quem já morreu!

Salve, Simpatia. Evoé, Alegria!





fotos/imagem: (Fábio Novo/ ascomSeCult/// Eulinda Fonseca////  Márcia Tajra///// Elizângela Oliveira)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Bases

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Bases


Disse-lhe Pedro: - Nunca me lavarás os pés. 
- Respondeu-lhe Jesus: - Se Eu não te lavar, não tens parte comigo. (JOÃO, 13:8)

É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.

Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.

O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência.

Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto suas apreciações fundamentais de existência são muito diversas.

Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.

Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.

Então, como o A
póstolo de Cafarnaum, experimenta novamente responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave não somente os pés mas também as mãos e a cabeça.

Fonte: (5  Bases [pags. 25\26] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})


fotos\imagem: (reprodução web)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Trabalho

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Trabalho 

E Jesus lhes respondeu: - Meu Pai obra até agora, e eu trabalho também. (JOÃO, 5:17.)
Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas.

Quase todos pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido. A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.

Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; os trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.

O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida.

De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênuo de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.

Mas Jesus veio arrancar-nos da "morte no erro". Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida.

Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade.

Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando. Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando? ]

Fonte: (4  Trabalho [pags. 23\24] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})


fotos\imagem: (reprodução web)

Dança Nova

Nova Dança
por maneco nascimento

Sim. Ele vem dançar. No Sobrado, o + novo Espaço cult da zona leste da cidade. Palco para as linguagens que geram + arte cultura entretenimento circuitos alternativos de marcar identidade cultural.

A nova peça em Dança Nova. As falas e vozes em Nova Dança. A arte de corpos que falam em "Eólico", de e com Samuel Alvis. A temporada começa hoje, 16 e segue até de 19 de fevereiro.

De dezesseis a dezenove, quinta a domingo, às 20 horas, veja-se, curta, cumpra-se em arte Dança.

Siga a dica. E dance, dance, dance... 

[EÓLICO, de Samuel Alvis e Ireno Jr: 16, 17, 18 e 19 de fevereiro (quinta a domingo) às 20 horas. 

O projeto Quintura continua a todo vapor e esta semana a performance Eólico de Samuel Alvis e Ireno Júnior está em cartaz gratuitamente de 16.02 (quinta) a 19.02 (domingo) às 20h no Sobrado (Rua Darcy Araújo, número 2049, no bairro São Cristóvão, próximo à Av. Homero Castelo Branco).

Esta criação transita entre solo e dueto; corpo suporte e corpo obra levantando questões como: A obra é do corpo? Ou o corpo torna-se objeto da obra? E como ou quando uma obra deixa de ser?

O espetáculo criado por Samuel Alvís e Ireno Junior. Inicialmente somente um performando e o outro sensibilizando o processo, que median
te necessidades que é súbita da mesma, surge a questão que reinventa e desestabiliza mais uma vez os criadores, de como Eolico existe duas vezes na cena e se desdobra em dois.

EOLICO é solo, é dois, é uma intersecção de fatores que resistem na performance em si, processo que se desdobra em dois, pluralizando um momento mesmo com suas peculiares formas de singularizar o conceito da obra, que traz inerente nesse espetáculo um discurso de resistir no próprio corpo a tentativa de fazer, mover, fazer vento, dar a ver as fragilidades e as potencias.

->->-> EÓLICO, de Samuel Alvis e Ireno Jr: 16, 17, 18 e 19 de fevereiro (quinta a domingo) às 20 horas
.] 
fonte: (assessoria)

Opinião: 
"O espetáculo será apresentado ao publico em suas duas versões: Eólico solo e Eólico desdobrado, no decorrer dos dias.

O solo eólico foi criado a partir de alguns princípios: resistir, dobrar, torcer, girar, soprar. Pensando num mecanismo disparador para pensar o corpo como uma potência criadora e que resiste, tenta fazer. Como o corpo produz vento? 

Fazer vento seria resistir no corpo para continuar e sobreviver. Um sopro que é vital, Querida!

O desdobramento que me (Ireno) faz ir para a cena dançar surge como uma necessidade de inventar um contexto, um lugar para se pensar, refletir dança, que não seja físico estruturalmente, mas no sentido de ser no corpo, do corpo. Surgiram algumas inquietações: como seria o eólico dançado no meu/eu corpo? A obra ainda continuaria sendo a mesma? O que faz essa obra ser uma obra de dança?

O pensamento deste desdobramento surgiu em diálogo com o Campo - arte contemporânea e Demolition Incorporada na residência artística Teresinatohoku, onde foi apresentado à comunidade pela primeira vez em Janeiro de 2017.

Eólico continuará acreditando numa resistência através do corpo que tenta fazer, tenta re-existir e resistir no corpo para sobreviver." (Janaína Lobo)

Serviço:
"Eólico"
de 16 a 19 fevereiro
às 20 horas
Espaço Sobrado
Rua Darcy Araújo, 2049/São Cristóvão
(próximo a Homero Castelo Branco)

fotos/imagem: (Vicente de Paula assessoria)

Alá...lá...

Alô...ô..ô...ô...ô!
por maneco nascimento

Sexta é dia de  Baile! 
"O Baile" no Club do s Diários. 
A partir das 19 horas, desta sexta feira, 17 de fevereiro, o Salão da Galeria de Arte "Nonato Oliveira" (Club dos Diários) será tempo de soltar as feras, mostrar as garras, vestir as melhores fantasias e cair, sem escrúpulos, na total folia!

O tradicional Baile no Club dos Diários concorre à II edição do Baile dos Artistas "Maria da Inglaterra" e a festa correrá por sete horas, sem parar até às duas horas da manhã do sábado, 18. A folia sem pressa e muita alegria às memórias de tantos carnavais vai gerar só felicidade. 

Os ingressos ao Baile dos Artistas estão sendo trocados no Complexo Cultural Club dos Diários\Theatro 4 de Setembro. 1kg de leite em pó Ou 2kg de alimentos não perecíveis serão o passaporte à alegria total. 

Os alimentos arrecadados serão doados ao Lar da Esperança; à madrinha do Baile, Maria da Inglaterra e ao Abrigo São Lucas.

A abertura do Baile fica por conta do furacão Lene Silva. Depois,é a vez da Banda De Última Pocket Show Mil Volts gerar os hits axés revisitados pelos Brincantes Filhos de Baco, do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes.

Os Concursos para a Escolha da Melhor Fantasia e do Rei e Rainha dos Artistas acontecem na onda da Pocket Show Mil Volts Band

Os Prêmios são encorajadores! R$ 2.000,00 (dois mil reais) à 1a. Melhor Fantasia e R$ 1.000,00 (hum mil reais)  à segunda Melhor Fantasia. A Escolha do Rei e Rainha dos Artistas 2017 também marcam prêmios convidativos. Cada um dos eleitos à Realeza (Rei e Rainha) receberá o Prêmio de R$ 1.000,00 (hum mil reais).

A Comissão Julgadora, das Melhores Fantasias e de suas Majestades, está confirmada.

***Aureni Oliveira (Figurinos e Fantasias); da professora de Moda Desig e Estilismo, Gizela Falcão; da atriz Lari Salles (Presidente do Sated - PI); da cantora Laurenice França; do jornalista Nelito Marques; da atriz e diretora Silmara Silva e do ator, diretor e artista visual de teatro, Siro Siris. *****A Presidência de Honra da mesa será a estrela Maria Alcina, para o voto de Minerva.

Após os resultados dos Concursos, de  volta os confetes, serpentinas, mais de mil brincantes no salão, animados ao som da Orquestra Tamoio. 

A Tamoio acompanhará Maria Alcina, durante a passagem brilhante da artista pelo palco da folia. No repertório de Alcina, grandes sucessos, hits consagrados em sua voz grave às memórias de tantos carnavais.

Maria Alcina canta Alô, Alô; Kid Cavaquinho; Fio Maravilha; Atrás do Trio Elétrico; É Hoje (a alegria atravessou o mar) e um grand finale, com um pout-pourri de marchinhas (O teu cabelo não nega, Aurora, Jardineira, Cidade Maravilhosa). 

Lene Silva abre O Baile e Lene Alves arremata. Lene Alves ficará com ritmos de muita felicidade e mais alegria até romper o relógio de despedida, da Festa, que abrirá caminhos aos dias de Momo. 

O Baile dos Artistas, em segunda edição que homenageia, como Patrona, a artista popular Maria da Inglaterra, é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura do Piauí - SeCult. Uma revisita de grandes Bailes, ocorridos no Club dos Diários, nas décadas áureas de 40, 50 e 60, quando funcionava como Clube de Sociedade. 

Os novos Bailes restauram o bom hábito das grandes festas momescas de Salão, revitalizam, com participação diversa da comunidade de Teresina, ações artístico-coletivas no Corredor Cultural, e ocupam Equipamentos públicos às manifestações sócio-culturais.

Serviço:
II Baile dos Artistas "Maria da Inglaterra"
17 de fevereiro (sexta feira) 
às 19 horas
Galeria de Arte "Nonato Oliveira" (Club dos Diários)
Ingresso: 1kg de leite em pó OU 2kg de alimentos não perecíveis.
Informações\troca de alimentos: Theatro 4 de Setembro

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Examina-te

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Examina-te

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade. - Paulo. (FILIPENSES,  2:3.)

O serviço de Jesus é infinito. Na sua órbita, há lugar para todas as criaturas e para todas as ideias sadias em sua expressão substancial.

Se, na ordem divina, cada árvore produz segundo a sua espécie, no trabalho cristão; cada discípulo contribuirá conforme sua posição evolutiva.

A experiência humana não é uma estação de prazer. O homem permanece em função de aprendizado e, nessa tarefa, é razoável que saiba valorizar a oportunidade de aprender, facilitando o mesmo ensejo aos semelhantes.

O apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmando que nada deveremos fazer por espírito de contenda e vanglória, mas sim por ato de humildade.

Quando praticares alguma ação que ultrapasse o quadro das obrigações diárias, examina os móveis que a determinam. Se resultou do desejo injusto de supremacia, se obedeceu somente à disputa desnecessária, cuida do teu coração para que o caminho te seja menos ingrato. Mas se atendeste ao dever, ainda que hajas sido interpretado como rigorista e exigente, incompreensivo e infiel, recebe as observações indébitas e passa adiante.

Continua trabalhando em teu ministério, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem contendas e vanglórias, Jesus foi tido por imprudente e rebelde, traidor da lei e inimigo do povo, recebendo com a cruz a coroa gloriosa.]

Fonte: (3  Examina-te [pags. 21\22] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})

fotos\imagem: (reprodução web)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Segue-me tu

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Segue-me tu
Disse-lhe Jesus: - Se eu quero que ele fique até que Eu venha, que te importa a ti? (João, 21:22.)

Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos companheiros altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos de luta.

É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.
Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes?
Confortemo-lo com a legítima compreensão.

Às vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar. Há cooperadores que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas tentações.

Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa. Quem penetrará, porém, o campo das causas? Estaríamos na elevada condição daquele que pode analisar um acontecimento, por todos os ângulos? Talvez o que pareça queda ou defecção pode constituir novas resoluções de Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora distante.

O bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que, das ovelhas que o Pai lhe confiou, nenhuma se perderá.

Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são próprias.

Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar.
Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível para ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: "Que te importa a ti? Segue-me tu.]

Fonte: (2  Segue-me tu [pags. 19\20] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O tempo

[1
O tempo

Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. - Paulo. (ROMANOS, 14:6.)

A maioria dos homens não percebe ainda  os valores infinitos do tempo. 
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho? 

Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.

A velha expressão popular "matar o tempo" reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.

Os interesses imediatistas do mundo clamam que o "tempo  é dinheiro", para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o Apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.]

Fonte: (1 O tempo [pags. 17\18] IN Caminho, verdade e vida \ pelo espírito Emannuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. 405 p. {coleção fonte viva; 1})

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Crispim

segundo Ato
por maneco nascimento

Depois de uma ousada e feliz primeira investida em "Crispim e a Sétima Virgem", Eduardo Prazeres se nos apresentou o segundo volume da Saga do Crispim. Um novo olhar ao "monstro ribeirinho", encantado nas águas do Poti e Parnaíba, o pescador Crispim, filho da lenda e mito da construção social de terras mafrensinas.

Do segundo livro da Trilogia "A Lenda de Crispim", Prazeres concorre ao arremate à leitura curiosa com "A Fortaleza de Crispim".

Obra também instigante, fabular, romântica, e com contornos criativos de recuperar memórias e reconstituir histórias de gentes que se aliam a salvaguardar o metamorfo\mutante, o jovem que há mais de duzentos anos vive a maldição de ser homem, ser bicho aquático, ser duas personalidades na alma e coração de um amaldiçoado.

Os amigos, Os Guardiões da Sétima Virgem, continuam lá, a postos, para salvaguardar o rapaz, a amizade, a paz, o amor, e a relação do casal Crispim\"Cabeça de Cuia" e a mocinha Carol\Maria que detêm uma afinidade de outra existência.

Há uma imersão em referências de policial, suspense, cinema, quadrinhos (fabulares de desenhos animados asiáticos). Mergulho em mitos e tradições ancestrais que se reatualizam para ritualizarem o mote dinâmico de "A Fortaleza de Crispim".

Dessa feita, o "vilão", um armado a samurai de tradição nipônica, vem ao Brasil, Piauí, Teresina, com o propósito de aniquilar o monstro e vingar o irmão que teria morrido às garras de Crispim transmutado (no combate do primeiro livro). Isaac, português dedicado às artes marciais, persegue o "monstro" e às forças de elementos de magia negra persegue Crispim, sem dar-lhe sossego.

Autor doado à Teresina, terra que tem afinidades inegáveis, Eduardo traduz na sua literatura homenagens que vão preenchendo linhas da aventura narrada. Ator e diretor de teatro, o autor não se priva de atrair aos leitores linguagem de memórias de teatro.

O livro está dividido em três atos. 1o. Ato (A Lâmina da Dupla Condenação); 2o. Ato (O Caminho da Transfiguração); 3o. Ato (O Segredo da Fortaleza) onde ocorre o embate final, com recursos de trágico e cenas dramáticas.

Das intervenções que ilustram na cidade, as pessoas, personalidades, locais "GALECO ADORAVA A energia do palco do teatro antes da apresentação. Pisar descalço o tablado do 4 de Setembro, com a plateia ainda vazia, os refletores apagados, sentindo apenas o silêncio e a expectativa dos momentos de poesia cênica (...) - Adalmir, vou ali pro santuário um minutinho - tinha dito no camarim um minuto atrás ao diretor Adalmir Miranda (...)" [cap. 11 pag. 149]

E recortes de lugares, "O dia está terminando, e o trânsito para a zona leste de Teresina nesse horário fica bem congestionado na sua principal via de acesso, a av. Frei Serafim (...) tomou o rumo da Ponte Estaiada, cruzando o bairro Marquês, e enquanto dirige para casa, um pequeno apartamento num condomínio não luxuoso no São Cristóvão (...) Jonas cursava o terceiro período do curso de Direito da Universidade Federal do Piauí (...)" [cap.11 pag. 156]

Mais outras marcas intertextuais diretas, ou indiretas, e pessoas se vão assomando, em efeito, ao deslizar da leitura, enquanto a narrativa vai encorpando e imbuindo o leitor a corroer-se de espera, curiosidade, expectativas do próximos lance.

  "(...) - Vou lhe contar uma história um pouco mais difícil de ser esclarecida do que as de Ross Macdonald e as de Dashiel Hammett (...)", ou "(...) removeu da parede um quadro do pintor piauiense Avelar Amorim, chamado São Miguel, o qual retratava a cena de uma peleja entre o arcanjo celeste e um demônio." [cap. 11 pags. 158, 159] 

O Anjo Torto não é esquecido não é esquecido, "(...) - 'Leve um homem e um boi ao matadouro (...)" e memórias de sacrificados, "(...) Tou falando de arte, de mistério. De poesia gótica e talvez até de São Sebastião (...) Imaginem só: ao amanhecer um homem cravado de flechas numa árvore de uma ruazinha decadente da cidade. Lindo demais, porra! Vocês não acham não? [cap. 14 pags. 224, 225]

Enredo emocionante. O grupo de amigos, em defesa do transmutado Crispim, é composto por Aldo, Jane, Antonia, Carol, Galeco, D, Joana (avó de Carol) e uma personagem prodígio, Biel, o garoto de tenra idade e o mais novo e fiel amigo de Crispim.

O menino que descobre, em primeira mão, a Fortaleza de Crispim, acaba por criar a alcunha de Cabeça de Cuia ao herói amaldiçoado. Jeremias, o mentor do grupo, está ausente, anda à cata de soluções que quebrem a maldição.

Os confrontos e embates envolvendo Crispim e Isaac, e no entrecruzamento, alguns dos componentes do núcleo dos Guardiões da Sétima Virgem, são emocionantes. Magia, magia negra, astúcia, milagres, recuperação extraordinária das feridas do mutante e do transmutante, recordações de memórias anteriores, regressões, volta da morte, perdão, fabulosas habilidades adquiridas, ou descobertas pelos Guardiões, acabam definindo um bom final e revitalizando o moto-continuo da obra aberta.

Das interlocuções de verossilhanças e literaturas e licenças, os corações arrancados do peito de seis virgens, um a cada trinta e um anos, poderiam ser uma antítese de Jack, o estripador que, cirurgicamente, retirava o útero das prostitutas vitimadas nas noites londrinas do século 19. O amor incondicional entre Carol e Crispim, bem que representaria uma variação entre A Bela e a Fera, com amor, paixão vidas em sacrifício e mortes redimidas.

O rejuvenescimento, devido a ausência de sacrifício, bem poderia dialogar com "O curioso caso de Benjamin Button" (cinema). Dona Joana é a sétima virgem e seria o último sacrifício, não houvesse havido tantas reviravoltas na semi-vida de Crispim. "(...) - Até que ponto ela vai rejuvenescer? - Perguntava Carol. - Esse processo vai parar em algum momento, ou...? Droga, não quero nem pensar." [cap. 12 pag. 165]

Denso, tenso, funcional à leitura de aventura recheada de universo de místico, fabular, fé que cura e salva, mágicos lances de brechas no tempo de memórias reencarnatórias, regressões à luz de recuperação do passado e portal de cura (guardiões do tempo, da vida, Deus) de ressuscitamento (mesa de ritual de ressurreição) e redenção dos amantes, guardam a segunda fase da série "A Lenda de Crispim".

Heroicos, os amigos de Crispim, cada um a seu turno, realiza seu ato contributivo ao desvendamento e avanço no caminho da quebra da maldição, que envolve o  mocinho de coração justo. E o menino, de nome Gabriel, mas que o pai denominou amorosamente de Biel, é quem dá voz prodígia no uso da espada Kataná e demove a ameaça do mal,que pairava sobre a vida de todos, especialmente de seu mais novo amigo, um quase irmão mais velho, o "monstro" Crispim.

Eduardo Prazeres teve uma feliz ideia, ao recriar a lenda do Crispim pescador. Devota-lhe humanidade redentora. Tira-lhe a pecha de endemoniado que comete matricídio e abre um portal de tolerância ao diferente, aquele que precisa ser visto, ouvido e ter lugar na vida própria e na de quem desenvolva solidariedade e perdão.

Parabéns, Eduardo. É uma boa leitura e de recepção ágil, principalmente a leitores abertos que dialoguem com a obra, em construção eficiente.

Que venha o terceiro livro da Trilogia. Seguramente encontrará porto de expectativa e prazer de quem já tiver passado vistas em "Crispim e a Sétima Virgem" e "A Fortaleza de Crispim".


fotos\imagem: (divulgação)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

SenThe

Sinta-se Teatro!
por maneco nascimento

Está aberta a Convocatória à primeira edição da Semana Nacional de Teatro em Teresina - SenThe. 

A Convocatória abre chamamento a Grupos, companhias, artistas Solos que detenham produções de espetáculos infantis e adultos (de rua, câmara, circo, palcos naturais e transversais dramáticos) e possam concorrer à seletiva, em regra, do Proclamo às apresentações em espaços a céu aberto (ruas, praças e outros logradouros) e ambientes fechados (salas, espaços alternativos e palcos tradicionais).

As inscrições podem ser feitas, por email, de hoje, 06 de fevereiro, até dia 28 do corrente. As mais informações estão contidas no Ato  Convocatório.

Não há como não cumprir-se ritos e rituais de dramas e comédias e interagir diálogos de estéticas de vozes do Teatro local e nacional, que por aqui circularão e defenderão a cena viva.

A Semana Nacional de Teatro em Teresina acontece de 21 a 27 de março, com a grande festa de confraternos na noite do Dia Internacional\Mundial do Teatro e do Circo.

Confira a Convocatória.
Certifique-se do tema.
Confirme presença.

Cumpra-se Teatro!


fotos\imagem:  (acervo SenThe)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Cena dos Novos

"Experimento No. 1"
por maneco nascimento

O Coletivo Piauhy Estúdio das Artes estreia espetáculo, com novos atuantes que passam a compor o Grupo.
"Experimento No. 1" é resultado da seleção de novos artistas absorvidos pela companhia e será apresentado na noite do dia 04 de fevereiro (sábado), às 19 horas, na Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira", com Entrada Franca.
Agrupar estética contemporânea, relações do fazer teatral e da vida do artista da cena piauiense. Lutas, rejeições, amores, as dificuldades, enfrentadas durante o processo criativo, entrecruzados no espaço mitopoético é o que propõe o Grupo para o espetáculo a ser visto.
Adriano Abreu, coordenador do Coletivo revela, "Experimento N° 1 traz a marca de uma geração jovem que deseja fazer teatro no Piauí, contrariando todas as expectativas daqueles que consideram esse ato inviável ou perda de tempo ”.
O espetáculo gira em torno de 6 movimentos cênicos. Interrelaciona recursos narrativos, performativos e dramáticos. A encenação privilegia o lúdico, a reflexão e, principalmente, a teatralidade de atuações marcantes, já sinônimos da cena do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes.
"Experimento No 1" tem Roteiro e Encenação de Adriano Abreu e Direção Musical de Caio Leon.  No elenco, de novos atores e atrizes, atuam Ana Clara, Állex Cruz, Deusa Melo, Marco Aurélio, Matheus Paiva, Mayra Sousa, Waldfran Soares.
A Realização é do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, que recebeu o Apoio cultural da Casa da Cultura de Teresina e Complexo Cultural Club dos Diários\Theatro 4 de Setembro.


Serviço:
Estreia de "Experimento Nº 01"
dia 04 de fevereiro de 2017 (Sábado),
às 19h,
na Galeria de Artes "Nonato Oliveira"
(Club dos Diários)
Entrada Franca.

fotos\imagem; (divulgação)