quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Troféu Cobra do Ano

É Cobra, hein!
por maneco nascimento

Está aberta a temporada de concorrência à 8ª. Edição do Troféu Cobra do Ano. Até que dia 21 de novembro de 2013 chegue, haverá muito rastro marcado nos caminhos do concurso a cobrisses; ovivíparos planejados sem chances de natimorte; rastejares melindrosos e contornos dissimulados no mapa da sobrevivência de peçonhas e o bote ao antídoto de humor e diversão.

O Troféu Cobra do Ano já está com o lote de categorias aberto para identificação, voto direcional, exercício de veneno inoculado para inebriar e nunca ser fatal e, especialmente, para definir, segundo julgamento sem qualquer maldade, quem melhor se adequa a cada identidade disponível para ser votado.

Os concorrentes naturais podem ser votados às 13 categorias:

I. Cobra Observatório – Prêmio Especial da Comissão Ofídica -
Só observa. E, no momento certo, dá o bote, disfarçadamente, através da Cobra Laranja.
II. Cobra Inveja Saudável
Tem muita, muuuuita inveja! Mas não mata.
III. Cobra Cipó
Bate com o rabo, mas não morde.
IV. Cobra Coral
É colorida, fatal, mas não é Gal.
V. Cobra Caninana do Rabo Seco
Presas afiadas, altamente envenenadas. Morde e assopra.
VI. Cobra Itaú
Fura o olho
VII. Cobra Ecológica (Verde)
Interpreta, canta, dança, pinta e não dá pinta.
VIII. Cobra Sonsa
A que todo mundo pensa que é boazinha, mas na verdade é a + Cobra.
IX. Cobra Correio da Má Notícia
Se acha o ás de ouro da comunicação social.
X. Cobra Sartre
A que pensa que é existencialista.
XI. Cobra Caprina
A Cobra que pensa que é Cabra.
XII. Cobra do Litoral
Rasteja com a brisa da Parnaíba. Serpente marítima, bem venenosa.
XIII. Cobra Papapinto -
Também conhecida, popularmente, como Cobra Papaovo. Sua malha a confunde com a Cobra de Veado. Não tem veneno, mas sabe dar o bote.

O(a)s candidato(a)s serão escolhido(a)s pelo eleitor(a) até às 17 horas do dia 21 de novembro de 2013.

A Urna cobralina estará disponível no Bar do Clube dos Diários, a partir do dia 1 de novembro e, nos próximos (20) vinte dias, todo dia é dia e toda hora é de saber em que Cobra votar, no horário das 8 da manhã até às 19 horas.
(Que exagero!/divulgação)

Seu Voto, sua Lei. Seja Cobra!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Canções em bossas

Para Bossas de Verão
A cantora e compositora Fátima Castelo Branco está com show para dias de primavera. “Bossas de Verão” reúne, para o evento, 16 composições, entre próprias e releituras para grandes sucessos nacionais, aniversário de 20 anos em que compôs “Teu Traquejo”(31 de outubro) e 12 anos desde que estreou o primeiro show profissional, “Fora da Lei”.
“Bossas de Verão” acontece na quinta feira, dia 31 de outubro de 2013, às 21 horas, no Castelli Buffet, Rua Cícero Carvalho, 2850, Ininga. O show será aberto pelo metal do Sax de Dominguinhos Cunha, que também encerra a noite. A Direção Musical é do músico carioca Jorjão Carvalho que, entre outras direções, já assinou shows de Alcione e Simone. Jorjão também barbariza no contrabaixo bossa nova. Nos teclados, Fábio Mesquita; Violão e Guitarra, Assis Bezerra e na Bateria, Bruno Moreno.
Fátima Castelo Branco, além de festejar suas melhores memórias da carreira, aproveita também para homenagear o centenário de Vinícius de Moraes, um de seus maiores ídolos, que nasceu no Dia do Piauí, 19 de outubro. Do poetinha e parceiros interpretará “Samba da Bênção” e “Chega de Saudade”.
As participações especiais ficam por conta de Irecê Santana e do músico contrabaixista Júlio Medeiros. A compositora apresentará uma música inédita, com caráter carismático. “Eu Sou” é o nome da novidade, com estilo do Rei Roberto Carlos. Cantará, ainda, composição que considera “a canção mais linda do mundo, que gostaria de ter composto, Manhã de Carnaval”, confessa.
“Bossas de Verão” é um show com incursões pela bossa nova, carismática, pop, balada, sambinhas velha guarda, entre outras, o que caracterizaria o ecletismo da cantora e compositora.
(Fátima em canções e bossas nossas/fotos acervo)
A Direção Artística leva o nome de João Vasconcelos; a Luz, da Foco Iluminação (Carlinhos); o Som, de Zé Dantas e a produção executiva da FCB Produções Artísticas. Para João Vasconcelos, o “Bossas de Verão é um dos shows da cidade mais requintados musicalmente. Jorjão Carvalho faz a diferença como diretor musical. Está a cara de Copacabana”, atesta o diretor artístico.
No repertório, Samba da Bênção (Baden Powell e Vinícius de Moraes) Chega de Saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes), Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antonio Maria) e as autorais Voltei pra mim, Chorando no Chorinho, Olhar de Ninguém, Teu Traquejo, Estate ou Verão, Amor Via Embratel, Eu sou (inédita), Samba Jazz ao Amigo Mau, Nosso Amor, Doutor Desafinado, O Mar e o Girassol, Samba de Outono, Volare e Poeta por Acaso.
“Bossas de Verão”, quinta feira, 31, às 21 horas, no Castelli Buffet, Rua Cícero Carvalho, 2850, Ininga. Informações – (86) 9935 4938/8820 9468/9555 0777/9931 1562

Em "Íntimo" canta

Canta aqui, Patrícia Mellodi

Patrícia Mellodi & Banda está no Projeto Seis e Meia, nesse 31 de outubro de 2013, a partir das 18h30. A cantora local, Monise Borges, abre o show desta quinta feira, que acontece no Theatro 4 de Setembro.
(Patrícia Mellodi canto por aqui/divulgação)

A cantora e compositora piauiense está na cidade com o show “Íntimo”, que já fez carreira no Centro Cultural Carioca, corredor cultural do Rio de Janeiro. Nesse novo show, traz face mais intimista para enredo musical acústico. Com direção musical da também cantora e compositora Crikka Amorim, Patrícia Mellodi passeia por principais canções e conta causos pitorescos sobre suas composições, trajetória de carreira e vida pessoal.

Piauiense de Teresina, Mellodi iniciou carreira na cidade e buscou maior fôlego profissional no Rio de Janeiro. Na esteira da conquista da profissão, por duas vezes recebeu classificação ao Prêmio Visa de Intérpretes. Integrou a Banda Blitz, com Evandro Mesquita, percorrendo o país em shows. No palco do Canecão, participou do Projeto Novo Canto. Virou hit de novela da TV Globo com “Sem amor”, após garimpar sucesso como uma das mais tocadas na MPB FM (RJ).
(cantora e compositora Patrícia Mellodi)

Associada da Confraria dos Compositores, conta parceria com Carlinhos Brown e composições suas já foram gravadas por Ney Matogrosso, Fênix e Nalanda. No teatro, compôs trilha à peça infanto juvenil “Beijo Roubado”, baseada em obra de Thalita Rebouças. A direção da montagem teatral é assinada por Márcio Trigo.

Foi indicada ao Prêmio Tim de Música, em 2007, nas categorias “Melhor Cantora Popular” e “Voto Popular”, por seu segundo CD independente, Pacote Completo. Na literatura lançou o livro “Crônicas, contos e gozações”, coletânea de humor que divide letras com mais nove autores. Também participou da coletânea “Dez contos de Humor”, da Editora Mirabolante, ao lado de roteiristas da TV Globo e lançou o Jornal de Humor “A Marmota”.

Em contrato com o selo “SaladeSom” gravou o terceiro CD, Pacote mais que completo. O quarto CD autoral é de 2011, Do outro lado da Lua, que contempla participação especial de Zeca Baleiro. A canção “Últimas Palavras” manteve uma das melhores performances de execução nas rádios do Rio de Janeiro, entre as dez mais pedidas pelos ouvintes, disputando espaço com os veteranos. 

O sucesso de execução de “Últimas Palavras”, já arrastou à parada popular, da radiodifusão, a composição “Não”. Ainda participou do CD, de trinta anos de carreira de Tunai, “Eternamente” que reuniu artistas do quilate de Milton Nascimento, Simone, Wagner Tiso e Zélia Duncan.

Em roteiro planejado, de temporada continuada, para São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados brasileiros, a artista chega enfim a Teresina com o show “Íntimo”. Patrícia está acompanhada por Crikka Amorim, no violão, cavaquinho e vocal; Nilo Lima, violão, guitarra e cavaco; Casé Neves, no baixo e Thais Musachi que sonoriza cavaquinho, banjo e percussão. E quem a recebe é o Projeto Seis e Meia.

O show local que receberá Patrícia Mellodi & Banda será aberto por Monise Borges. Monise, aos 10 anos de idade, começa a desenvolver gosto por cantar. Em 2008 gravou seu primeiro CD autoral, intitulado "Penso em ti". Participou de festivais como I ENOP (Picos), Festival Cantos do Piauí, Chapadão e Festival da Juventude, realizados em Teresina. Estudou no Conservatório Souza Lima em São Paulo, no ano de 2009, onde participou de corais e breves montagens para musicais, dentre elas, "A Ópera do Malandro” e "Os miseráveis". 
(Monise Borges abre o show de Mellodi)

Em 2013 Monise representou o Piauí na Bienal da UNE, realizada em Recife-PE, na Mostra Selecionada de Música, em que apresentou canções de sua autoria. Cursa, atualmente, a Licenciatura em Música, na Universidade Federal do Piauí, e prepara-se para o lançamento de seu segundo CD autoral, intitulado Amor em Prelúdio.

O disco contém 12 faixas autorais; algumas delas foram apresentadas em festivais locais como: Chapadão e Festival da Juventude de Teresina. Cinco das canções trazem elementos da música nordestina e ritmos como o afoxé, baião, maracatu e bumba meu boi. Homenageia Teresina e a cidade de Picos. Os rios Poti, Parnaíba e Guaribas e a lenda sobre Zabelê e Metara também são temas de composição. A canção “Versos para Luiz”, de temática regional, rendeu o 1º. Lugar, em festival realizado pela Prefeitura de Teresina, e a representação do Piauí na Mostra Selecionada de Música, realizada pela 8ª Bienal da UNE, em Recife-PE.

As demais composições falam de amor e sofrem a influência do que a cantora escutou ao longo de sua vida, como The Beatles, Djavan, Chico Buarque, Marisa Monte, Gilberto Gil, etc. Uma das músicas contará com a participação especial do cantor Quaresma, vocalista da banda Validuaté.

E será uma mostra desse seu percurso profissional que Monise Borges trará ao show de abertura do Projeto Seis e Meia, desta quinta feira, 31 de outubro, no palco do Theatro 4 de Setembro.


Informações: (86) 3222 71 00/99741937

sábado, 26 de outubro de 2013

Canto nobre

Pra ouvir e curtir
por maneco nascimento

O Coral Nova Visão fez apresentação de Lançamento do CD Nova Visão, na noite do dia 25 de outubro de 2013, a partir das 19 horas, na Galeria do Clube dos Diários. Sete músicas, do repertório imprimido no CD, foram apresentadas ao público que prestigiou o evento.

Entre os números musicais, canções de Milton Nascimento; Luiz Gonzaga; temas do folclore resgatados (Baião Balandê e Bumba meu Boi) e “Passarinho de Luz”, composta, especialmente, ao Coral por José Quaresma, vocalista da Banda Validuaté.

O CD, após o lançamento, foi comercializado com renda investida à Associação de Cegos do Estado do Piauí – ACEP. Consta de 19 músicas gravadas no Estúdio Cantares da Fundação Antares.

O Projeto Nova Visão, coordenado por Antônio Noronha Filho, em parceria com a ACEP, reuniu grupo de cantores que tiveram facilitação musical, possibilitada pelo maestro Emanuel Coelho Maciel. O show das vozes refinadas e ritmadas está no ótimo resultado visto na noite do dia 25.

Como a noite prometia não só música, vozes e melodias concentradas, houve também performances de dança e corpos expressivos. Alyne apresentou número da dança do ventre e Márcio Gomes, coreógrafo que ministra aula de dança à ACEP e responde pelas coreografias do grupo Coral Nova Visão, demonstrou uma leitura, à partitura de corpo, a partir da obra Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.

Mas o momento + esperado ainda estava por vir. A hora e a vez do Coral Nova Visão. Ele chegou e não deixou ninguém desligado. Vozes afinadas, ritmos de corpos e canções ilustraram festa para ouvidos curiosos. Pontos altos para Vagalume (José Eduardo Pereira), Assum Preto (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga), Caçador de Mim (Sérgio Magrão – Luiz Carlos Sá) e Passarinho de Luz (José Quaresma).

Danças, coreografias e atenção pontuadas na lição de cor. As interpretações do grupo Coral enriqueceram as músicas cantadas, com muita alegria e verdade orgulhosa do Nova Visão. A visão que se tem é que o investimento artístico, dado aos componentes do grupo, premia a cidade com um ótimo resultado cultural que valoriza o humano, a música e a prática coletiva do canto coral.

Destaque para o sonoplasta José Dantas, responsável pela captação e finalização do CD Coral Nova Visão. O CD chega ao mercado cultural local com excelência de produto para escutar, com ouvidos atentos, e acreditar que limites só existem na cabeça de quem não tem fé no potencial humano. O Projeto Nova Visão e a ACEP acreditaram no pulo do gato e a resposta veio em galope musical para bossa nossa concretizada.

Há que se dar justa medida a quem mereça, logo é preciso lembrar apoiadores dessa empreitada. Segundo o cerimonial, na abertura da noite, o Projeto tem grandes incentivadores, como o Grupo Unimed Teresina e a Fundação Sesc Teresina. 

Do + é o árduo  e gratificante exercício conseguido pelo maestro e professor Emanuel Coelho Maciel, a facilitação às coreografias de Márcio Gomes, o material humano da Associação de Cegos do Estado do Piauí e a coordenação do Projeto Nova Visão, de Antônio Noronha, também responsável pela produção executiva do CD.
(maestro Emanuel Maciel e o Coral Nova Visão/foto facebook Nova Visão)

Autoestima valorada, felicidade artística demonstrada, trabalho social oportuno, ganho sócio terapêutico, terapia integradora e, especialmente, arte finalizada com alegria declarada pelos brilhantes cantores.

Projeto a perder de vista na esteira de boas respostas culturais, porque o Nova Visão já ganhou essa parada de sucesso. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Menú para comuns

"Pão com Ovo" é nordeste do riso
 Quem dá vida ao espetáculo “Pão com Ovo”é A Santa Ignorância Cia. de Artes, uma entidade de produção artística que demarca cenário cultural, desde 1997, para teatro de grupo, pesquisas da arte do ator/dançarino, o teatro, a dança, a performance e a música à cena, como marca de tradição.
 E, nessa tradição desempenhada, traz um dos melhores motes do riso e do entretenimento do nordeste brasileiro a Teresina. “Pão com Ovo”, comédia maranhense de São Luís, se reapresenta dias 26 e 27 de outubro de 2013, às 20 horas, no Theatro 4 de Setembro.
 A Santa Ignorância Cia. de Artes atravessará o Parnaíba e aumentará a estatística de mais de 80 mil pessoas que já puderam conferir o riso saudável e o teatro inteligente para o menu de "Pão com Ovo".
 A Santa Ignorância é formada por Adeílson Santos, César Boaes e Lauande Aires. Mantém serviços artísticos prestados à comunidade, em um repertório de espetáculos de teatro, performances, oficinas continuadas, teatro corporativo, realização, coordenação e produção de eventos culturais.
No repertório de montagens, dramaturgias de Sílvia Ortoff (Cavalo Transparente), Maria Clara Machado (O Boi e o Burro a caminho de Belém) e, na aposta de textos locais, um saudável investimento, em dramaturgos maranhenses. César Teixeira, “A Morte do Boi desmiolado” e o “Miolo da História” de Lauande Aires.
 Para Teresina, nesses dias 26 e 27 de outubro, em crédito ao potencial do artista local, A Santa Ignorância Cia. de Artes apresenta uma criação coletiva e doura “Pão com Ovo”, numa radiografia bem humorada das situações, costumes e hábitos ludovicenses.
(o marido da Dijé, Dijé e Clarisse/divulgação)
 Duas personagens demarcam o enredo, uma moradora de bairro da periferia, Dijé, vivida por Adeílson Santos, e Clarisse, uma emergente e vigorosa alpinista social, construída por César Boaes. Amigas de escola, Dijé e Clarisse voltam a se encontrar, alguns anos depois, e rememoram situações engraçadas do cotidiano de suas vidas, energizadas com ilustrada picardia. O dia a dia no trabalho, as próprias vidas, o atendimento a pessoas no ambiente da repartição pública, local em que se reencontram, e os hábitos de determinados extratos sociais, de São Luís, ganham força expressiva na cena.
 Na trama, os atores revezam-se nos vários tipos que a carpintaria forjou. Estrutura simples e adaptável, a qualquer espaço cênico,  e a qualidade composicional das personagens para domínio do premeditado. Linguagem direta e simples, sem apelo aos fácil, nem estratégias de ganhos a riso vulgar. 
A proposta do espetáculo foi cunhada a partir de experimentos de intervencionismo teatral, treinamentos para qualidade de atendimento a diversas empresas da cidade de São Luís do Maranhão.
 “Pão com Ovo”, de texto coletivo, tem direção de César Boaes. No elenco César Boaes, ator e diretor de cena com reconhecida atuação no teatro brasileiro; Adeílson Santos, Prêmio de Melhor Ator, em 2009, conferido pelo SATED – Ma, na atuação em “Uma Linda Quase Mulher” e Charles Jr., ator convidado e que estreou nessa montagem.
(César Boaes, Charles Jr. e Adeílson Santos/divulgação) 
Na consultoria de Figurinos, o estilista maranhense Chico Coimbra. A Iluminação é desenhada por Djair Barros e Oscar Castro. O trabalho fotográfico é assinado por Ayrton Valle. E a Pesquisa e Montagem da Trilha Sonora levam a marca do ator e DJ, Jorge Choairy.
 “Pão com Ovo”, um fenômeno da comédia nordestina, dias 26 e 27 de outubro de 2013, às 20 horas, no Theatro 4 de Setembro.
Informações: 3222 7100/9974 1937

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ouça o Nova Visão

Música, corpus e ouvidos afinados
por maneco nascimento

Nessa sexta feira, 25 de outubro de 2013, às 19 horas, na Galeria do Clube dos Diários, numa parceria da Associação de Cegos do Piauí - ACEP e do Projeto Nova Visão, capitaneado pelo doutor Noronha Filho, será lançado o CD do Coral Nova Visão.

Com protagonistas deficientes visuais, a noite promete ser para luzes em expansão de performances de vozes e dança em afinadas canções. 

A facilitação artística e coordenação do Projeto têm realização de Noronha Filho, e captação e finalização do áudio, em estúdio, do pesquisador de sons e sonoplasta, Zé Dantas. O trabalho será apresentado ao público, na forma de CD e atuação dos novos artistas de canto e vozes experimentados.

Ouvir, sentir, reinventar-se e reverberar sons e notas musicais com sonora felicidade é o que traz na caixa de ressonância coletiva o Coral Nova Visão.

Sexta Feira, 25 de outubro, às 19 horas, na Galeria do Clube dos Diários, vai dar samba, bossa nossa e, para quem não sabe dançar bem devagar, pare, veja, enxergue, ouça.

O Coral Nova visão vai estar no ar.

A Agenda é FRANCA!

Informações: (86) 9435 1632/8846 0020

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Memória e raiz étnicas

Memória e Africanismos é tema na UFPI
 A Universidade Federal do Piauí – UFPI abre os trabalhos do segundo Semestre do Programa de Pós Graduação em História do Brasil e da Graduação em História. Os serviços começam dia 23 e seguem até dia 25 de outubro de 2013.
A aula inaugural acontece dia 23, às 18 horas e, em seguida, às 18h30, será lançado o livro “Memórias Ancoradas em Corpos Negros”, da Professora Doutora Maria Antonieta Antonacci, da PUC – SP. A aula inaugural e o lançamento do livro ocorrem no auditório Noé Mendes - CCHL.  
(Livro que será lançado em Teresina - UFPI/divulgação)
A proposta buscada, a partir da abertura do segundo semestre do Programa de Pós Graduação em História do Brasil e da Graduação em História, é justificar que a natureza da preservação de africanismos na memória coletiva dos descendentes de herança africana tem desafiado os estudiosos brasileiros nas várias disciplinas humanas. Das perspectivas históricas e sociológicas às manifestações culturais e religiosas, tentam os estudiosos interpretar o impacto de africanismos retidos em várias práticas culturais. 
Questões concernentes a heranças africanas no patrimônio material e sensível do Brasil, a trajetória de pesquisas da história oral, a memória oral e tradições orais da diáspora, bem como trabalhar caminhos para o ensino da história da África, culturas africanas e da diáspora são temáticas elementares que caracterizam desafios de novos olhares de ciência e disciplinas das humanas.
A semana também traz o objetivo de acompanhar entrecruzamentos letra, voz, imagem em literatura de cordel; trabalhar interações corpo comunitário/memória oral com abertura para o universo de performances, enquanto arte de comunicação e discutir desafios para ensino e pesquisa de história da África, culturas africanas e afro-brasileiras.
Para o dia 24 de outubro, às 8h30, serão oferecidos momentos para a Oficina de Cordel “O Rabicho da Geralda”, à de Xilogravura “Lucas de Feira” e a do Texto de Hampãtébã “A Tradição Viva”.
Dia 25 de outubro ocorre a comunicação “África em Câmara Cascudo”, desempenhada pela professora doutora, da PUC São Paulo, Maria Antonieta Antonacci, às 8h30. Todas as ações ocorrem no Auditório Noé Mendes.
(Profa. Dra. Maria Antonieta Antonacci/divulgação)
Informações complementares pelos telefones (86) 9906 5030/8115 9556

terça-feira, 22 de outubro de 2013

UAPPI em nova incursão


Pincéis associados
por maneco nascimento

A União de Artistas Plásticos do Piauí – UAPPI está com nova Exposição, na cidade, de 15 a 31 de outubro de 2013. A 6ª. Exposição anual tem sede no Espaço Cultural “Cosme Oliveira” – Galeria do SESC Campos Sales, norte. As obras reunidas, neste encontro de artistas plásticos piauienses, se afinam em homenagem a Carlos Frederico de Moura Ramos - Fredd Ramos.

(homenageado Fredd Ramos/divulgação)

Do homenageado há duas peças, em acrílica sobre tela. Uma, das sem título, reúne uma mulher, com uma chama sobre a cabeça, entre um aquário e um espelho, numa devoção a oferta de frutas (natureza morta) disposta na tigela, de barro, descansada no chão. Na segunda obra, de 1984, uma licença que aproxima o imaginário para um planetário, uma pipa ou bumerangue de Deus, em cores sóbrias.

Os artistas da UAPPI apresentam suas tintas e seus traços virtuosos de pincéis. “Justiça ainda que tardia”, acrílica sobre tela, de Vilma Mascarenhas. Josett Carmo, com o “Sem Título”, aponta uma espécie à mulher Eva, em acrílica. Ellen Mourão, uma colagem, “Sem Título”, sobreposta pela mensagem transcrita “Eu pinto o que gosto e não só o que poderia ser arte E.M”. Também apresenta uma acrílica sobre tela, intitulado “Livre Arbítrio”. De Jacinta Ramos, duas peças em acrílica sobre tela “Amor Amor” e “Sem Título”.
(VI Exposição Anual da UAPPI/divulgação)

A professora Cecília Mendes pinta “Realidade Hoje”, acrílica sobre tela, de rostos sem rostos, num discurso emblemático e “panfletário” anônimo das ruas, sob o olhar da artista. Elda Ribeiro traz um “Sem Título” para técnica mista. A série “O Brasil que eu quero ter” é assinada por Dora Parente. “Oração à Pátria Amada”, acrílica para uma mulher deitada eternamente em berço do esplendor das cores brasis do brasão. “Paz e Liberdade”, técnica mista ao erótico e patriótico.

O sensual de Josefina Gonçalves está em “A Cidade Adormece”, sonhos e sonos tempestuosos sensualizados. Portelada assina “Santa Ceia”, acrílica, e Adelaide uma técnica mista ao “Abstrato” e “Flor do Tempo”. Acrílica sobre tela é “Trabalhadores II”, de Delma Braga. AmystronReis imprime um “Sem Título” para cavalos e relva. Beth Nogueira, em suas pinceladas assentadas, expõe duas acrílicas sobre tela “Currupita” e “Cerejeira em flor”.

Uma Instalação expressiva, “Gaveta de Mnemósine” é proposta de Ellen Mourão, guardados familiares e afetivos de memória resgurdados. A artista Mafa, em seu acrílica sobre eucatex, relê sinais de Tarsila do Amaral e sua obra “Operários”, de 1933, e sinaliza com a obra “Manifestação” num retrato das manifestações de rua do Brasil.  Um “Sem Título”, de Aris Carvalho, está aplicado na técnica mista. “A morte do Vaqueiro”, de F. Stênio, escultura em cerâmica esmaltada para memórias afetivas de homens com pés enormes, como os populares e operários de Cândido Portinari, “O Lavrador de café”, “Café” e “O Estivador”.

Beth Paz se reinventa e não perde o lúdico em suas duas peças expressivas, em acrílica sobre tela. “Praia com Bicicleta”, uma licença ampliada de olhar da artista ao mar, “central” da bicicleta, os raios extensos saídos do eixo(sol). Poética para dia de lazer. “Praia com Bicicleta II”, o aro (pneu) toma grande parte da tela, o sol do quadro da bicicleta de ponta cabeça. A obra “O Trio”, de F. Stênio, cerâmica esmaltada caracteriza a escultura de músicos com grandes pés, a la Portinari.

Em acrílica sobre tela, Arlete Godinho apresenta um “Auto Retrato”, com sinais de “Uma estudante” e “A estudante russa”, óleos sobre tela, 1915, de Anita Malfatti, e, num segundo movimento, assina também a obra “Mariana”, mulher sentada no banco. A série “Nós” I e II, de Rosely Chaves, acrílica sobre tela para homem e mulher em presença de bustos sensuais e nus. De Portelada, “Manifestação em Praça”, dançarinos populares  manifestam sua arte, enquanto um dos dançantes traz, às mãos, uma reprodução de Mona Lisa. A obra em acrílica sobre tela.

Delma Braga ainda apresenta “Anjo Mulher”, acrílica sobre tela, de um divino musicista. Josefina Gonçalves também, em outra obra, revigora “Janelas do Coração”, acrílica sobre tela, numa gangorra do sensual visto, na licença pictórica, de fora e de dentro do brinquedo.

Ellen Mourão fez a curadoria para as obras do homenageado Fredd Ramos e o define “como contemporâneo de si mesmo”. Do artista, ainda um “Auto Retrato”, de 1979. O humano e a natureza dos bichos e das plantas se confundem em simbiose com o homem retratado.

Na recepção da 6ª. Exposição anual da UAPPI, uma Instalação de Ipê Amarelo. A árvore, de flores confeccionadas com papel crepom à cor + popular da florada e um galho seco, pintado de branco, está plantada num jardim, módulo praticável também em branco. Em outros dois praticáveis brancos, duas tigelas brancas, em cerâmica esmaltada, postas para receber pétalas decaídas. Na educação ambiental “Não deixe morrer os nossos ipês. Vamos florir.”

Uma ótimo resultado apresentado pela UAPPI, na Galeria SESC, da Avenida Campos Sales, norte de Teresina. Os pincéis associados demonstram, ao longo de seis edições, crescimento e representação da arte pictórica produzida na cidade e irradiando virtuose do Piauí arte visual.

Uma diversidade de respostas para sensibilidades matizadas, estilos, traços particulares e ousada insistência em praticar arte e cultura de representada identidade artística visual. Confirma a ideia original de produzir e impor-se como ato pictórico do estado.

Arte Experiência

Signos e siglas
por maneco nascimento

Textos poéticos e didáticos, fotografias do cotidiano, retratos de comuns para álbum de fotografia, ampliada a modelo de 3 X 4, e arte visual intervencionista compõem Exposição contemporânea em espaço de lazer e entretenimento de comerciários e estudantes pré-vestibulandos que circulam pelo prédio do SESC da Maranhão.

A Instalação, móbiles fotográficos pendidos do teto e ou painéis impostos nas paredes do Auditório Álvaro de Melo Salmito, lado esquerdo da Sala de trânsito, reúne clicks de Maurício Pokemon, textos de apresentação e enunciação poético-educativa, ao olhar transeunte, a licença concretizada pelo poeta e compositor Thiago E. e a intervenção arte visual, Mural de Marquise, assinada pela artista plástica Bayá.

A curadoria da Exposição é praticada por Marina Medeiros. Os textos instrutivos estão impregnados pelo soalho, nas paredes que dão acesso ao segundo pavimento e, em visão de leitura a quem passa, para, olha. No piso encerado, encerra-se gênero textual para ser visto, lido, ou marcado pelos pés e, na marquise, faz dobradinha com a intervenção das tintas e pincéis.

Os registros fotográficos, flagrantes de rua e as fileiras de retratos de estudantes que escondem, entre a plêiade registrada, a foto dos artistas que construíram a efeméride de signos e siglas. As fotografias, em preto e branco, dão charme natural à linguagem e à transversal linguística apresentada.

O preto e branco, dos registros revelados, em simbiose com os textos, em signos brancos, espalhados pelo ambiente completam-se com a cor tatuada na marquise, em quebra das neutras sugestionadas na estética de exposição.

“Viver é só um possível de prazer”, está entre as frases e orações emblemáticas, colhidas pela parede, no percurso de quem segue rumo à Exposição. O simples pensado, o estético premeditado, as informações e comunicação visual e textual complementares e uma proposta à juventude comerciária, estudantil e da cidade que por ali circule.

Quem ainda não percorreu vistas nesta Exposição, perde por esperar uma melhor oportunidade. No prédio da Avenida Maranhão – SESC - Centro, encontra-se uma arte experiência criativa para Fotografia de Maurício Pokemon; Textos de Thiago E. e Mural de Marquise, assinado por Bayá.

Agora só falta conferir, antes que seja desarticulada. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Parabéns, Piauí.

 Piauí em dia
por maneco nascimento

O Museu do Piauí emprestou acervo da pinacoteca daquele equipamento cultural e, junto com algumas peças particulares de artistas convidados, alojou-os na sala de entrada do Palácio do Karnak.

Uma exposição aberta dia 18, fica à visitação pública até dia 31 de outubro de 2013, no horário das 8h às 18h. A Exposição “Arte da Gente” reúne as melhores assinaturas de arte visuais de Teresina e Piauí, da memória e décadas em tintas, escultura em ferro, madeira, argila.

(imagem: www.flickr.com/pagina Pedro Cavalcante)

Há arte, conceito, artista e estilo para todos os gostos e representatividade cultural local. Escultura em ferro, “O voo” e “Híbrido” (Braga Tepi); talhada em madeira, “Nossa Senhora da Conceição” (Mestre Expedito); pincéis, “Esperança” (Tupinambá Tupy Neto); “Ecologia” e “Explosão” (Dora Parente); “Fim de Baile” (Heloisa Helô Cristina); “Sem Título (M. Kalil); “São Francisco” (João Oliveira); “Pessoas” (Afrânio Castelo Branco).

De Mestre Expedito, a tela “Quadrilha Junina”; Hildo Barros com sua “Madona Negra” valoriza a etnia e a afrodescendência brasis. Mestre Portelada apresenta “Colheita de Laranja”. Fátima Campos e sua cerâmica diferencial traz duas obras “Sem Título” para um painel ceramizado e o que se poderia caracterizar como um conjunto de “cobras”, esculturas de estilo da artista.

O mago, a trabalhos das cores suaves e traços imprescindíveis para ilustrações aquareladas, emprestou sua assinatura à tela “Cabeça de Cuia”. Rogério Albino, da coleção particular, “Bailarina” (escultura) e “Rouge” (tela). Da artista Naza, a obra “Canoas” e, de Dalva Santana, um olhar para “Praça Saraiva”. O grande escultor Mestre Dezinho assinou a peça “Anjo”. Há “Flamboyant” de Lucílio Albuquerque, uma beleza. E de Liz Medeiros, com suas telas oferendadas em orações expressivas, “Irmã Sol”.

Gabriel Archanjo é “Condomínio 6” e Fernando Costa nos apresenta um espelho da alma em angústia expressionista “Sobreviventes nós vivemos”. Não poderiam faltar as xilogravuras de Yolanda Carvalho “Vozes” (acervo particular). Stenio Rocha reproduz entalhes em madeira para cultura popular, “Capoeiristas”; “Retirantes” e “Mulheres Trabalhadoras” (particular). Josefina Gonçalves, uma obra em tela “Sem Título”.

Ainda nessa Sala do Palácio do Karnak, entremeando o acervo exposto, estão algumas telas, de grande dimensão, em óleo, que ilustram não só linguagem apropriada de seu tempo, mas também pincéis que repercutem sacro, registro social e memórias culturais de escola pictórica de tradição, época de cores densas e neutras para luzes e sombras datadas. As obras não trazem assinatura, fazem parte do acervo particular do Palácio de Governo. Ninguém soube informar sobre o artista.

(Palácio do Karnak/divulgação)


A Exposição “Arte da Gente” preenche espaço que, no habitual, parece ser obsoleto, haja vista os gabinetes e salas de políticas daquela Casa servirem melhor aos contumazes assuntos de administração e governos. A ideia de trazer uma exposição àquela Casa e espaço valoriza não só a arte e artistas visuais representativos locais, como também a abertura do espaço para visitação e olhar da comunidade a sítio tão protegido pela segurança e atos governativos. Uma boa ideia.

Ainda compõe a Exposição, que homenageia o Dia do Piauí e mês de seu aniversário, uma “Instalação”, de novos artistas visuais da cidade. A intervenção ocupa área dos jardins de Roberto Burle Max, sob a sombra dos arvoredos dos cercados do Karnak. Ali, naquele espaço, a ocupação artística se impõe por assinatura de
 Wellington Almeida (Dhick), Gardel Mendes (Tibicuera Nativo), Hudson Melo, Washington Gabriel (WG), Henrique das Chagas (DC) e Alana Pereira.

Também presentes,
 Layane Holanda, “Resíduo”; Mara Costa, “Grattage”, Tatiana Araújo, “Que a festa tenha sentido”; Danielle Barros, “Amor”; e aluno(a)s da UFPI, numa proposta de Fragmentos Coletivos de Poéticas Individuais. Neza Nóbrega, “Fases e Faces de mim”; William Júnior, “A imaginação e a obra que enlouqueceu” e “Liberdade”, de Geisa kelly da Silva Santos.

A nova arte das tintas impressionáveis e expressivas tem novas assinaturas e arte visual qualitativa. Não parece ter faltado ninguém. A quem se sinta excluído e apregoe ignorância e desconhecimento, dos realizadores da Exposição, a novos artistas da cidade, vive a velar amargos egos de imposição participativa.

A morrinha degustada, no dessabor das línguas tortas, morde o próprio músculo maltrapilho e fere conceitos, arte produtiva, opinião, entendimento e escolhas livres. A arte sempre foi cabedal de liberdade, desde os registros pictóricos em cavernas.

As curadorias de mostras e exposições têm o livre arbítrio de escolher quem melhor considerar “apto” ou afinizado com o conceito do evento.
 Para a Exposição “Arte da Gente”, emprestada pelo Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes e sediada no Palácio do Karnak, a maioria das peças expostas é do acervo do Museu. Alguns artistas expressivos também foram convocados.

A Exposição está bastante representativa e repercute quem faz arte visual para estar presente naquele momento pontual. Isso se percebe de entrada. Quem não está compondo a “Arte da Gente”, nesse outubro de 2013, de 18 a 31, talvez seja porque não mantenha boa relação com a cidade. Naquela exposição os artistas de hoje e de ontem assinam as tintas do Piauí.

Pinacoteca, reserva de artes visuais de determinada pessoa ou instituição.
 O acervo do Museu do Piauí, composto de obras doadas por artistas visuais do Estado, está contido na Exposição “Arte da Gente”. Então é só conferir e se não gostar, que gostasse, como defendia o discurso setentão.

Exposição: 
Arte da Gente
De 18 a 31 de outubro de 2013
Local – Sala de entrada do Palácio do Karnak
Avenida Antonino Freire, 1450, Centro Teresina – PI 64001–040

Telefone: (86) 3221 5001

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Tintas de Jorge Amado e Carybé

Batismo nas tintas
por maneco nascimento       
  
A Casa da Cultura de Teresina (Praça Saraiva/Rui Barbosa 348, Centro) está com nova Exposição aberta, desde o dia 16 de outubro e segue até 8 de novembro de 2013, na Galeria de Artes Lucílio Albuquerque, segundo pavimento da Residência do Barão.
(olhar de Carybé e Jorge entre boêmia, músicos e santo/divulgação)

O Compadre de Ogun – Serigrafias de Carybé” nos possibilita o prazer de ver peças maravilhosas do grande Carybé, o argentino + baiano que a terra de Todos os Santos já forjou no calor das oficinas antropológicas da Bahia de São Salvador. 31 peças em que se impõe a narrativa de um batizado do filho de um filho de Ogun.
(A Bahia de Carybé e Jorge Amado/divulgação)

Com humor natural e rico de detalhes cotidianos, a verve de um dos maiores autores brasileiros, Jorge Amado e sua grande Bahia, se estabelece nas cores vivas e quentes que extraem qualidade dos pincéis de Carybé. Batizar o filho de relação fortuita dos becos baianos e das paixões reais é mote do conto inserido na obra jorgeamadiana “Os Pastores da Noite”, ilustrada, entre outras, pelo artista plástico.

O enredo literário, retratado na arte pictórica carybene, tira muito riso guardado na curiosidade do olheiro da Exposição. O filho do negro Massu precisa ser batizado. Todos os preparativos são avançados. Entre o gratificante humor de Jorge, está o fato de que Ogun se escolhe para ser padrinho do bebê e precisará de um cavalo(filho de santo) para representá-lo na igreja. Exu, enciumado, cria estratégias para tomar o lugar de Ogun. Quase consegue, mas a redenção vem pelo próprio Ogun que, já na igreja, toma seu lugar na croa do filho de santo e o batizado se realiza.

O sincretismo natural baiano, com que o terreiro e a igreja estão intrinsecamente ligados, é da pena de Jorge Amado, embaixador da cultura e sociedade de sua gleba. O padre que celebra o batizado é também filho de Ogun e é através dele que o santo expulsa Exu da pele do padrinho da criança. Assume o cavalo e então tudo acaba bem. Tudo isso poderia ser só literatura, mas essa letra de licença poética ganha as cores de Carybé na licença dos pincéis para aquarelas.

Ao se deter nos detalhes do artista plástico, se pode perceber não só os movimentos de anatomia e vida pulsante em suas aquarelas e o dia a dia das gentes da Bahia, mas estão lá muito presentes e representativos os santos protagonistas do conto “O Compadre de Ogun”. A Bahia dos terreiros, das mães e filho(a)s de santo, as incorporações e os rituais da afro descendência e religiosidade tão nossa e rica de fé do “profano” ao sincrético de Deus brasileiro.

O Compadre de Ogun – Serigrafias de Carybéé altamente recomendável. Autêntica, original, poderosamente artística, + Brasil impossível e há Jorge e Carybé não só numa amizade estética, mas de vida cultural e artística construída nas ladeiras, becos, memórias sociais da terra de coronéis, cacau, candomblé, acarajé, vatapá, capoeira, a pesca e o mar, os mercados e escambos sociais, a cor brasileira e fé na natureza de todas as crenças e verdade professada na arte e na crônica social das vidas simples e ricas desse caudal de natureza brasis.
 
(A Bahia de todas as cores e pincéis caribene/divulgação)

Exposição “O Compadre de Ogun – Serigrafias de Carybé” até dia 8 de novembro, na CCT – Residência do Barão. No horário de 8h às 18h, de segunda a sexta feira, e das 9h às 13h, aos sábados, você pode conferir essa beleza de tradição e ruptura artísticas nas cores de Jorge Amado e Carybé.

Expediente:

Visitas orientadas às escolas, por monitores capacitados. Para maiores informações, nos telefones 3230 9910/3230 9907. Ou no da Casa da Cultura, 3215 7849.

(arte da Exposição/divulgação)

Não deixe de ver esse pedacinho do Brasil, na Bahia que está no Piauí. Você já foi à Casa da Cultura? Então vá.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Este é seu espaço

Direito de resposta
por maneco nascimento
Venho, de público, abrir direito de resposta ao iluminador Pablo Erickson, acerca de comentários feitos por mim sobre o espetáculo “Fogo”, adaptação de Adriano Abreu para obra homônima de Vítor Gonçalves Neto.

O direito de resposta é, especificamente, sobre a Luz criada, pelo artista, para o espetáculo. Segue comunicação realizada por Pablo Erickson, via facebook, direcionada pra mim, que reproduzo fielmente para fazer justiça a equívoco que cometi.

“Conversa iniciada hoje

16:53











[opa maneco beleza??obrigado por aceitar ei o pedido e pelo texto sobre o fogo..só queria esclarecer essa parte "que para ilustração a postes de luz a gás, lampiões, candeeiros (lamparinas), velas candentes em tulipas adaptadas, pela Direção de Arte para ilustração a postes de luz a gás, lampiões, candeeiros (lamparinas), velas candentes em tulipas adaptadas, pela Direção de Arte (Vítor Sampaio)"...essas adaptações de velas em tulipas,cabaças,um fogo verde"divino" "castiçais improvisados.."..e lampiões tudo que tenha luz foi de concepção minha, e repassada ao Adriano que acatou meus pedidos e entendeu minhas explicações..a luz foi pesquisada durante 3 meses e foi pensado em começar o trabalho com o espectador logo na entrada..os momentos de "alivio"quando revelo mais os atores aumentando a intensidade da luz e dando um fôlego e esperança para a plateia,tive nesse trabalho total liberdade para criar e fui atendido em tudo q pedi,nesse trabalho tive um trabalho muito de fotografo do espetáculo..já que fiz da luz cenografia com elementos que remetem a época..só para esclarecer já que me perguntaram sobre tudo isso depois do espetáculo e essa é uma projeto que me traz grande satisfação pessoal e como profissional ainda temos muito que evoluir mas esse trabalho me mostrou que posso ser capaz,abç e mais uma vez obrigado pela presença e pelo texto,abç.ps:quando entrei só tinha a ideia de 4 lampiões sendo manipulado pelos atores em determinados momentos,e esses foram estudados distância e altura da incidência da luz neles,e depois o Vitor fez um cartaz com uma lamparina q teve q ser adaptada hehe e q muito deu certo,antes eram dois lampiões no começo...valeu.](Pablo Erickson, via facebook, em 14.10.2013 às 16h53)

“19:44
Manoel da Cruz do Nascimento Da Cruz Nascimento
[ok. obrigado pelas informações. segue um direito de resposta]” (Maneco Nascimento, via facebook, em 14.10.2013 às 19h44)

Vale, também, um pedido de desculpas. Acredito na arte do teatro em que se realiza esforço reunido, de atores e técnicos, na composição de um bom resultado. “Fogo” é um muito bom resultado e é necessário ser justo para nunca ser amargo. E é justo dar a Téspis o que é de Téspis, reanimar ritos de passagem e permanência à epifania a Baco.

Ao tempo em que peço desculpas, reitero a defesa do iluminador Pablo Erickson quanto à criação da Iluminação do espetáculo “Fogo”.

Macktub! 

P.S. imagem colhida do perfil do artista, no facebook.