Há quem diga que uma sociedade sem memória é uma sociedade sem futuras liberdades e relações coletivas saudáveis. Não há porque discordar dessa disponível e irretratável prática do livre arbítrio que ganha a toda a gente em dias de felicidade desejada e, por vezes, tomada a “tapas”.
(foto: portal180graus )
O “Corso do Zé Pereira” realizado pela Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, aqueceu as baterias dos foliões da cidade em continuada promoção que antecede os dias momescos aos vindos de março.
(foto: cidadeverde.com)
(foto: cidadeverde.com)
As felicidades se misturam, para tantos risos quanto forem os tipos de palhaços no salão a céu aberto e em ritmo eficaz de cortejo nas ruas de Teresina privilegiadas com a festa em movimento.
As famílias às portas de casa e à margem das avenidas e ruas abraçadas pelo Corso retribuem desejos de quanta alegria puder ter “feedback”. O espetáculo-cortejo que reúne o “Caminhão das Raparigas”, motivo de refresco de dias de outros carnavais, e as mais sugestivas e criativas ideias a carros alegóricos, enfeita a alma brasileira em que o “morro” e a cidade liberam sua melhor fantasia.
Brasil de salário mínimo arrochado, de “Deus e o Diabo na terra do Sol”, das vidas simples de cadeiras na calçada, dos descamisados e também dos muito bem vestidos é, sobremaneira, a nação que sobe e desce as avenidas do samba para só curar a ressaca quando o carnaval passar.
Não se contesta alegria nem felicidade naturais dos foliões que a terra de Macunaíma pariu. Então é só aquecer os pandeiros e tamborins porque os ritmos e evoluções foliãs brotam das casas, das periferias, dos centros, das zonas fantasiadas de diferenças “nobres”, da alma brasileira chamada carnaval para corpo coletivo de liberdade.
Ao “Corso do Zé Pereira” lembrança de carinho e saudade. Que venham as novas entradas porque os estandartes e cores da folia enfeitam um Brasil que exercita a arte de ser feliz.
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