A Hora da Estrela
por maneco nascimento
A história da cultura
brasileira passa por, naturalmente, grandes nomes de artistas e criadores da
literatura em prosa e poesia, de cepa nacional, laboradas. Grandes poetas,
mestres da prosa e, pioneiro (a)s, na e da arte em boa escrita.
Mário e Oswald, Carlos,
Cecília, Manuel, Coralina, Guimarães, Nélida, Machado, Ana Maria, Castro,
Rachel, Graciliano, Zélia, Jorge, Ruth, Augusto, Tatiana, Gregório, Elisa,
Érico e Veríssimo, Ligia, José de Alencar e o Lins do Rêgo, Hilda, Paulo, Marleide,
Torquato e Mário, Cláudia, Assis e Da Costa e Silva, Manoel de Barros e, no
risco de ser traído pela memória, por esquecer nomes, desse universo de
estrelas que subiram ao altar da posteridade criativa, dourar, também, Clarice.
(Clarice Lispector/foto colhida da wikipédia)
De mulher para mulheres
e a homens, Clarice. De romances e contos e prosas refinadas, de requintes da
escrita coesa e coerente a efetivos signos de linguagem à recepção do bom leitor. “A
mulher que matou o peixe” e que bem “Perto do coração selvagem”, evola-se em crítica
e economia dosada do melhor da ironia, presente na boa literatura brasileira,
como mote à refletir comportamentos, costumes, regras e quebra das, ruptura em
tradição reinventada através das letras claricelispectianas.
Nesse universo da
autora ucrano-brasileira de solidário texto ao entendimento da arte de escrever,
universalizando cultura e transversalizando temas, “Uma aprendizagem ou o Livro
dos prazeres” não nega nada, explica a obra por si mesma e “Perdoando Deus”,
sabe também do “Amor” e, como boa alquimista, das prosas de efeito, contempla
aos olhos do leitor “A Hora da Estrela”.
(Beth em Clarice/foto:divulgação)
Uma outra novidade que,
por aqui se instala, contida em Clarice, é a boa vinda ao Piauí da atriz Beth
Goulart. A atriz do teatro nacional e da telinha e telona, filha de peixes
dourados (Paulo Goulart e Nicete Bruno), chega ao palco do Theatro 4 de
Setembro para uma curta temporada, dias 10 e 11 de abril de 2013, às 20h. Beth
é Clarice. Clarice é Beth. Ou “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”, com Beth
Goulart.
Do material de divulgação tem-se que “Visto por mais de 700 mil pessoas, o espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector" foi concebido por Beth Goulart que assina a adaptação do texto e direção. Beth Goulart levou, pelo trabalho, quatro Prêmios de melhor atriz: Shell 2009, APTR, Revista Contigo e Qualidade Brasil que premiou também como melhor espetáculo. O espetáculo ainda foi indicado ao Prêmio Shell 2009 de melhor iluminação (criada por Maneco Quinderé) e melhor produção pelo Prêmio APTR (...)"
Do material de divulgação tem-se que “Visto por mais de 700 mil pessoas, o espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector" foi concebido por Beth Goulart que assina a adaptação do texto e direção. Beth Goulart levou, pelo trabalho, quatro Prêmios de melhor atriz: Shell 2009, APTR, Revista Contigo e Qualidade Brasil que premiou também como melhor espetáculo. O espetáculo ainda foi indicado ao Prêmio Shell 2009 de melhor iluminação (criada por Maneco Quinderé) e melhor produção pelo Prêmio APTR (...)"
(Clarice em Beth/foto: divulgação)
Da peça, feito obra e graça da arte insistida, por Goulart, consta em enredo:
“Joana, uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler [Perto do Coração Selvagem], romance de estreia da autora, sua identificação foi inevitável. ‘Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia.’, confessa Beth (...) Depois de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na escrita de Clarice. Entre elas, está Ana, do conto [Amor], que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos(...)
Lóri, da obra [Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres] é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir o amor. Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor. Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto [Perdoando Deus], se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres, que, para Beth, ‘representam algumas facetas da própria Clarice’, foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Em [Simplesmente eu, Clarice Lispector], (...) a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: ‘Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas’ (...)
Da peça, feito obra e graça da arte insistida, por Goulart, consta em enredo:
“Joana, uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler [Perto do Coração Selvagem], romance de estreia da autora, sua identificação foi inevitável. ‘Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia.’, confessa Beth (...) Depois de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na escrita de Clarice. Entre elas, está Ana, do conto [Amor], que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos(...)
Lóri, da obra [Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres] é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir o amor. Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor. Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto [Perdoando Deus], se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres, que, para Beth, ‘representam algumas facetas da própria Clarice’, foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Em [Simplesmente eu, Clarice Lispector], (...) a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: ‘Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas’ (...)
‘Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha
voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena.’"
A supervisão de direção é do mestre Amir Haddad.
A trilha foi criada por Beth e especialmente composta
por Alfredo Sertã inspirada em Eric Satie, Arvo Part, Debussy e Lalo Schifrin.
A iluminação é de Maneco Quinderé. A direção de
movimento de Márcia Rubin é fundamental para a sutileza das
transmutações e a precisão de gestos e coreografias. Rose Gonçalves ajuda
a visualização de cada palavra em sua preparação vocal dando maior noção de
tempo à narrativa. O cenário de Ronald Teixeira e Leobruno
Gama remete a ideia de um útero branco que abraça todo o espaço cênico
dando a neutralidade do vazio e a magia do onírico.
O figurino de Beth
Filipecki com elegância e simplicidade aproxima Beth de Clarice.
As fotos são da italiana radicada no Brasil Fabian e de Lenise
Pinheiro. O visagismo das fotos é de Rose Verçosa. O visagismo
do espetáculo é de Westerley Dornellas. A programação visual de João
Gabriel Carneiro e direção de produção e assessoria de imprensa
nacional são de Pierina Morais. Produção Executiva: Manoela Reis; Iluminadora/Operador
de Luz: Diana Cruz; Operador de Som/Vídeo: Andre Crespo; Direção de Cena: Andre
Boneco; Camareira: Eliane Silva.
(panfleto arte "Simplesmente Eu, Clarice Lispector"/divulgação)
Quem souber, ou nem saiba nada sobre Clarice, não pode perder “A Hora da
Estrela” em “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”, com Beth
Goulart.
Expediente:
Local: Theatro 4 de Setembro
Dias: 10 e 11 de abril
Horário: 20h
Ingressos: R$ 60,00 (inteira)/R$ 30,00 (meia)
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos.
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