por maneco nascimento
"Quem inda não ouviu tambor de crioula no Maranhão...", nem sabe de Marrom, Luís Santos, Montello, Aldo e Lauro Leite, Salgado, Borralho, Mouchrek, Papete, Rita, Boi de orquestra, matraca, Pão com Ovo, o espetáculo, e outras ousadias de tradição e reinvenção, saberia quem é Zeca?
E de algo sobre Stephen Fry? Não? Mas e, de alguma memória da canção brasileira dos anos 90 e das febres terçãs no dial, nos discos, nos sons dos carros, nas programações musicais das paradas de sucesso?
Alguma noção do que foram os vinte anos atrás, quando à base de lançamento se ouviu, se sentiu, se gostou, se escutou e se se embalou com um hit diferente, de um artista nascido do Maranhão, com sobrenome de linguagem poética e das lembranças às memórias degustativas a doces e bombons.
O nome era Zeca, o sobrenome Baleiro e seu primeiro disco tinha título curioso e compunha ousadia artística, de interativos a repertórios estéticos e um indisfarçável "abuso" de, sei de que sei que palha é palha e quem não sabe, há de descobrir como que palha, palheiro, agulha, linha, coser, tempo, lenha, fogo, amor, paixão poesia, música, composição, atração, música, novo, tudo mais que novidade brotou à força de quem só quis ser seu próprio midas.
E tudo por causa de um sugestivo título e papel fonográfico de expansão da matéria das canções brasileiras que brindaram às próprias custas de "Por Onde Andará Stephen Fry?". Pode? Pode. E pode muito +, já lá se vão 20, não poucos, anos.
O Projeto Seis&Meia 2017 abriu temporada, neste último 07 de março, com ninguém menos que o menino Zeca. Sim, o Baleiro. Com algumas incursões por Teresina, em seus doces e bons tempos de ir e vir aonde seu povo, em público potencial, sempre esteve, também sempre foi muito bem recebido por cá.
E não é que voltou + uma vez e, desta feita, o Seis&Meia 2017 o acolheu de comportas abertas para vê-lo ser Ave rara em canto, composição, violões, arranjos luxuosos e registro vocal peculiar e jeito particular de só ser sons e seus insimplificados arrojos de cantor, que bem sabe a quem vem.
Antes de Zeca Baleiro abrir sua cornucópia de felizes canções, Vavá Ribeiro chegou de mansinho, com suave voz em Calmaria e deixou seu rastro melódico de bem ser cantor e compositor e contar sobre Joões, Pedros, Franciscos, Raimundos, Josés, laços de fitas, Freis Serafins e deixar que Zeca Baleiro cantasse sobre Stephen Fry e outros cais de domingos, telegramas, amores e flores e Babylons.
Vavá Ribeiro, muito + e todo o + que canta e conta a cidade, o estado, o poeta, o artista dos palcos que sente e vigora a arte da canção que lhe faz boa morada. E, só depois, de Ribeiro, é que Baleiro chegou na calma fúria de suas emoções para duas indescartáveis sessões ao público "indomável" do Seis&Meia. Indomável, entre aspas, porque esse público enleou-se feito cérbero às doces melodias de orpheu.
E quem nunca ouviu, ou não lembra de “Era Domingo”, “Telegrama”, “Meu Amor Minha Flor Minha Menina” e “Babylon”, entre outras variações, do artista e sua arte de ser cantor e compor para envolver e provocar imersão nas melhores memórias das doces e pop canções que você fez pra mim?
Dessas comemorações de 20 anos, desde que se ouviu cantar "Por Onde Andará Stephen Fry?", é que Zeca Baleiro deixou à Teresina uma noite e dois shows inestimáveis. Dois shows pancadas!
E, parafraseando o Poeta Drummond: "ele chegou, se assentou, tocou, cantou, comeu vagarosamente as notas peroladas, enxugou o sutil suor da febre leve, cunhada às doces canções simplesmente espalhadas. Era o mesmo de sempre e nem estava mais velho. O barulhinho bom das melodias cadenciadas me acalentava, me dava uma grande paz de alegria feliz e um sentimento expedito de que vinho bom nasce pronto da videira, a uva é só percurso natural do milagre..."
O público da primeira sessão, não queria deixar o homem ir, para depois voltar aos novos espectadores. O artista da primeira sessão não queria se ir e as palmas, e os ais, e os us, e os uhus, e os assovios e as palmas e a música e o artista e o público e o primeiro show, a felicidade do encontro do Zeca Baleiro e a Teresina, que sempre te quis tão bem.
Dois shows pancadas. O segundo show de Baleiro nada a dever a queixas, pedidos, canções em coro, tete-a-tete entre arte, artista e plateia. Zeca veio, viu, cantou, venceu esta e outras estradas que levam à canção brasileira que cunhou a nosotros. Que aqui esperamos pela vinda, outra vez, do pai, criador, inventor, manipulador das forjas que brilharam a esse tal de Stephen Fry.
Oh! Zeca! Faz assim não. Quer matar o "véi", esse inconformado tempo, de saudade? Mal saiu daqui. Parece que foi ontem, sete. Foi. E, por hoje, as memórias pululam. A Casa cheia. Sem confusão de intercurso de público.
Novidade das cadeiras numeradas, o público extra. O Show e o Show extra, a felicidade extra. Só não viu, quem não insistiu. Porque quem veio, não perdeu por esperar. Agora, aguardar uma nova passagem desse quase Halley, sem rubrica de nunca + voltar à atmosfera da terra Teresina.
O Projeto Seis&Meia começou foi quente! Era terça feira, mas se fosse domingo, também era Zeca Baleiro e seu rastro, de órbita brilhante, no céu de feliz cidade que rega o canteiro de obras da canção brasileira de todas as estações. Um sete de março i n e s q u e c í v e l.
Ave, Zeca!
fotos\imagem: arte cartaz (PauloMoura[irmãodeCRIAção])
arte cartum (Dino Alves)
Zeca Baleiro (divulgação)
Dessas comemorações de 20 anos, desde que se ouviu cantar "Por Onde Andará Stephen Fry?", é que Zeca Baleiro deixou à Teresina uma noite e dois shows inestimáveis. Dois shows pancadas!
E, parafraseando o Poeta Drummond: "ele chegou, se assentou, tocou, cantou, comeu vagarosamente as notas peroladas, enxugou o sutil suor da febre leve, cunhada às doces canções simplesmente espalhadas. Era o mesmo de sempre e nem estava mais velho. O barulhinho bom das melodias cadenciadas me acalentava, me dava uma grande paz de alegria feliz e um sentimento expedito de que vinho bom nasce pronto da videira, a uva é só percurso natural do milagre..."
O público da primeira sessão, não queria deixar o homem ir, para depois voltar aos novos espectadores. O artista da primeira sessão não queria se ir e as palmas, e os ais, e os us, e os uhus, e os assovios e as palmas e a música e o artista e o público e o primeiro show, a felicidade do encontro do Zeca Baleiro e a Teresina, que sempre te quis tão bem.
Dois shows pancadas. O segundo show de Baleiro nada a dever a queixas, pedidos, canções em coro, tete-a-tete entre arte, artista e plateia. Zeca veio, viu, cantou, venceu esta e outras estradas que levam à canção brasileira que cunhou a nosotros. Que aqui esperamos pela vinda, outra vez, do pai, criador, inventor, manipulador das forjas que brilharam a esse tal de Stephen Fry.
Oh! Zeca! Faz assim não. Quer matar o "véi", esse inconformado tempo, de saudade? Mal saiu daqui. Parece que foi ontem, sete. Foi. E, por hoje, as memórias pululam. A Casa cheia. Sem confusão de intercurso de público.
Novidade das cadeiras numeradas, o público extra. O Show e o Show extra, a felicidade extra. Só não viu, quem não insistiu. Porque quem veio, não perdeu por esperar. Agora, aguardar uma nova passagem desse quase Halley, sem rubrica de nunca + voltar à atmosfera da terra Teresina.
O Projeto Seis&Meia começou foi quente! Era terça feira, mas se fosse domingo, também era Zeca Baleiro e seu rastro, de órbita brilhante, no céu de feliz cidade que rega o canteiro de obras da canção brasileira de todas as estações. Um sete de março i n e s q u e c í v e l.
Ave, Zeca!
fotos\imagem: arte cartaz (PauloMoura[irmãodeCRIAção])
arte cartum (Dino Alves)
Zeca Baleiro (divulgação)
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