quarta-feira, 29 de abril de 2015

Eu, Tu, Ela dançam, sim.

Dia Mundial da Dança
por maneco nascimento

"Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!" (Isadora Duncan, considerada a mãe da dança moderna)

Hoje , dia 29 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Dança. É dia de homenagear aqueles e aquelas que laboram diariamente os passos, as geografias, geometrias, coreografias de corpos que comunicam a mesma linguagem, seja em que parte do mundo se pense em dança enquanto se dança.

Por aqui se dança desde que o mundo é mundo e as oficinas de criação e pedagogia deram o pontapé iniciático aos rumos da dança que vertem história e memória na cidade, no estado e quiçá nos palcos do Brasil por onde os passos de dança locais deram ser ar da graça de saber dançar.

Aos nomes que fazem parte do memorial da cidade, Lenir Argento, Helly Batista (basilares em memória); Eleonora Paiva; Manoel Messias (Nezinho); Julio César; Helly Jr. Sidh Ribeiro; Luzia Amélia; Marcelo Evelin; Socorro Bernabé; Marinalva Gamoza; Frank Lauro; Datan Izaká; Elizabeth Battali; Márcio Gomes; Juliana Márcia; Francisco Moreno e suas academias e núcleos de práxis de iniciação e pedagogia de formação.

Balé da Cidade de Teresina; Balé Popular do Estado; Escola Estadual de Dança "Lenir Argento"; Cia de Dança Luzia Amélia; Balé de Teresina; Escola Técnica de Dança; Só Homens Cia de Dança; Cia de Dança Beth Battali; Cia de Teatro e Dança All Street e um infindável renovável corredor das novas gerações que dançam sim, dançam o que quiserem, enquanto praticam a boa e saudável arte da dança.

Hoje, durante todo o dia e um pouco +, será tempo de comemorar e dançar a felicidade de saber mover-se com graciosidade, estética e criatividade artística de expandir desenhos e linguísticas corporais desde a mímesis dos ritos e rituais de elegias e festas pagãs ou sacras, sincréticas da reprodução da natureza humana feito sentimento de expressão.

O Dia Mundial da Dança é celebrado a cada ano, no dia 29 de abril. A data foi criada, em 1982, pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da UNESCO. Tem como base o dia de nascimento de Jean-Georges Noverre, um dos grandes nomes da dança mundial, que nasceu em 1727.

"A celebração do Dia Mundial da Dança tem como objetivo celebrar esta arte e mostrar a sua universalidade, independentemente das barreiras políticas, culturais e éticas.
Neste dia são várias as atividades desenvolvidas por associações, escolas e outras entidades ligadas à dança, para promover esta arte que é vista como linguagem universal, promotora de ideais como a liberdade de expressão e a igualdade de direitos.
Espetáculos, workshops e palestras são algumas das iniciativas que decorrem no Dia Mundial da Dança." (www.calendarr.com/Quarta, 29 de abril de 2015/acesso 29.04.2015, às 17h14)
E para não esquecer que a roda da fortuna e da vida gira e o universo conspira quando é tempo de conspirar, hoje também é tempo de homenagear uma nova estrela que desponta às academias do além fronteiras locais.
Anne Jullieth é + um dos exemplos de bailarinas que saíram das bancadas da Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" e dourada em academias da cidade chegou ao seu tempo de brilhar +. Desde os três anos de idade que persiste na arte de dançar, quando inciou no balé. De lá pra cá tem conquistado o mundo.
(Ela é toda dança e o clássico é seu tempo de dançar/acervo pessoal)

Filha de bailarinos e facilitadores de dança, Frank Lauro e Geisa Pinheiro, a pequena prodígio já garante os próprios passos na futura profissão que escolheu como amor ao fazer artístico. 
(a pequena Jullieth/foto Reginaldo Azevedo)

Suas sapatilhas, cúmplices de sua escolha, também falam as vozes e falas que exprimem no corpo os dotes da bailarina. Graciosa e de talento irrefutável, a menina moça é feito bailarina, se uma luz que a ilumina é de toda emoção que emana d'Ela que dança, sim. 
No Dia Mundial da Dança, assumo e homenageio aos facilitadores da dança que nos representam e alargam fronteiras. 
Homenageio a determinação e garra de ser estrela do próprio passo. Evoé, Julllieth!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Tempos de novos

Novo tempo
por maneco nascimento

Um furacão de luz e energia positivamente atomizada preencheu o palco do Theatro 4 de Setembro, na noite do dia 21 de abril de 2015. Feriado nacional dedicado ao herói inconfidente mineiro, foi também dia de por dentes à mostra e sorrir com Ô Espetáculo, musical atraente, caliente, gente da gente que sabe e quer fazer arte e cultura de expressão e ganhar espaço de expansão, porque o show não pode parar, tem que continuar...

(arte divulgação/acervo New Time)

O nome da pérola dourada de juventude que essa brisa musical (en)canta é New Time. O Show espetacular reverbera franca felicidade de cantar, dançar e representar imagens vocalizadas de ídolos mass media, a partir das vozes afinadas em disciplina pop rock romântico ópera incidental apurada. Segundo Garem Vilarinho, diretor musical, são + de quarenta pessoas envolvidas, artistas, técnicos, músicos, produtores, na onda alegre da canção que faz bem cantar ao seu público fervoroso e de número mui expressivo.
 (público New Time/foto Dalmir Gomes)

As canções vão se espalhando pelo palco e público e contagiando ouvidos cativos. As homenagens chegam a hits emblematizados por Frank Sinatra, Michael Jackson e um corolário de grandes sucessos que romperam fronteiras e embalaram anos dourados e gerações que ouviram e ouvem cantar, ou visitaram registros dos melhores anos da vida da música internacional conspirada pelas indústrias culturais.

A Banda New Time, essa deve só a si mesma o tempo de novos e o novo tempo que discursa em arranjos declarados, amantes da música que convive com os instrumentistas, paixão (in)condicionada por ser bom tocar um instrumento.

Diego Andrade, Garem Vilarinho, Laércio Barros, Lucas Nannini mandam um recado aos enamorados pelo novo tempo de fazer bem o que acreditam e o fazem, decididamente, muito bem. É uma Banda inteiramente na sua e na nossa veia de recepção livre.
Nada a dever a quem não se deixe envolver pelo rigor licencioso de poesia cifrada na pauta de melódicos e revisionados da velha e boa música que se ouve, ainda, ecoar nos dial da memória e história dos tempos da muito boa canção, obrigado.

Som impecável; instrumentos afiados do Baixo, Guitarra, Teclado e Bateria, em mãos concentradas, sinergizam matéria sonora +; figurinos (Rebeca Rocha, Ingrid Cavalcante e Gerlane Costa) "broadway, broadway", via larga de sensação e emoções reveladas na acuidade e tratamento que glamouriza e salta aos olhos, domam a cena visual; a maquiagem, de Alinne Martins converge em complemento do quadro artístico e estético plástico das personagens cantantes.

A luz do Espetáculo "fusion magic impacted", protege numa aura profissional a quem entra, canta, dança, sai de cena e volta em nova roupagem de convencer, através da voz e músicas selecionadas para revirar o baú de emocionantes paradas de sucesso que encantaram o mundo musical show biz.

(luz e cores e som e corpos musicais/foto Edson Jr.)

Os corpos falantes recebem facilitação coreográfica de José Nascimento e Jeciane Sousa. Soma-se aos intérpretes a presença que preenche de imagens e ocupação de espaço, na escrita decifrada ao coletivo, os bailarinos Deise Costa, José Nascimento, Jeciane Sousa, Juliana Ribeiro e Rani Araújo que abrem simbiose e magnetizam os ritmos musicais em dadas canções, enquanto apoiam os cantores.


Os intérpretes cantam porque o instante existe, como diz a poeta Cecília, e a vida se completa no prazer de soltar a voz e revolucionar ato da canção em toda juventude transviada e salvam a sorte dos que herdaram o tempo de revisitar o tempo e a hora de ser como nossos pais. Um, ou outro, parece estar pouco à vontade, sem saber onde por as mãos, mas com certeza sabe muito bem colocar a voz a serviço do corpo musical que lhe salta da alma de artista.

Espetáculo amarrado com entradas e saídas, sem falsas pretensões de não ser musical, é musical e assume e detém tranquilidade e compreensão do proposto. Não há desdém, há arte e artistas empenhados em fazer o melhor e o melhor se estabelece na ousadia, na construção da experiência da repetição do exemplo e na saudável fortaleza de estar no lugar em que o universo conspira ao artístico.

As Nereidas Luana Campos, Giuliana Dias, Gabi Barreto e Kellyane Varela deslizam suave e brilhantemente pelas vozes que despertam o mito de encantar, através da melodias e performances vocais indispensáveis a qualquer estilo que contém o repertório. Luana, que me desculpem as outras belas cantoras, se destaca como cintilante Diva teen em incurso opera rock.


No contraponto se revelam os Nereus que são sons e suas vezes vocalizam bons apartes na emenda do Musical que se instala para versos, reversos e canções que, antes de mim e de vocês, têm essas vozes que ditam o cantar e enlear rock'n roll e outros pops sintonizados. André Nogueira, Fernando Muratori, Flávio Moraes, João Victor Rolim, Lucas Belchior, Lucas Coimbra, Matheus Targa, Rafael Marques, Ramon Nunes, Sérgio Barroso. Completam esse corpo cantante, o Backing vocal de Danandra Araújo e Dalmir Filho.

23 momentos que passam sem que se perceba e sobra uma sensação de quero +. Um breve intervalo do primeiro ao segundo movimento de New Time engrossa a fileira de boa expectativa e preenche ouvidos atentos.

Solos, duetos, trios e + coletivos variam o tema New Time que centraliza música e música em toda canção festejada.

(ao redor do fogo da canção In New Time/foto Edson Jr.)

Repertorio e artistas brindam beleza em: The show must go on (Flavio Moraes); Carry on My Wayward Son (André Nogueira e Fernando Muratori); Elepnhant gun (Lucas Coimbra);  My way (Lucas Belchior); Corazon partio (Matheus Targa); Princesas (Kellyane Varela, Luana Campos e Gabi Barreto);  Royals (Giuliana Dias); Sam Smith (Rafael Marques); Medley romântico (Rafael Marques, Sergio Barroso, Ramon Nunes); Creed (Matheus Targa e Giuliana Dias); Wish you were here (Kellyane Varela e Lucas Belchior); Thriller (Gabi Barreto).

E completam, esse efervescente New Time, o Solo instrumental autoral com Fernando Muratori e o dueto com Fernando e Luana Campos e + canções, Stainway to heaven (Fernando Muratori, Lucas Belchior, Sérgio Barroso e João Victor Rolim); Chandeller (Gabi Barreto e Luana Campos); Under pressure (Flávio Moraes e Sérgio Barroso); Hatuna matata (Lucas Coimbra, Matheus Targa e Ramon Nunes); In the end (João Victor e Rafael Marques); Feeling Good (Luana Campos); Everybody (João Victor, Lucas Coimbra e André Nogueira); Wannabe (Gabi Barreto, Kellyane Varela e Giuliana Dias); Medley Bruno Mars/Give it Away (André Nogueira e João Victor); Crazy in love (Gabi Barreto, Luana Campos e Kellyane Varela); Footloose (Ramon Nunes).

É muita cartada certeira tirada da manga musical e magia vocal e sonoridades festejadas em musical. Sam Smith, Medley, romântico, Bruno Mars, Princesas et al e sons em sons e tons e tais e mais de belas canções compartilhadas.
New Time atrai, não retrai, cria espectadores que se manifestam para amar, ou deixar passar sem qualquer desdém. New Time se estabelece e gera olhares de recepção muito particular como requer a teoria literária. É pra gostar e quem não gostou que gostasse, pois de livre arbítrio.

 "Acredito que a construção de um espetáculo nunca está finalizada, do contrário a busca da aproximação do que se quer não faria sentido. New Time nos traz um espetáculo pronto, com uma qualidade técnica e de um profissionalismo para agradar gregos e piauienses. Sim, é um NOVO TEMPO." , diz João Vasconcelos em sua page face (23.04.2015), ao retrucar comentário de Edson Jr. no texto New Time - A velha Arte de fazer bem!(page face Edson Jr./publicado em 22.04.2015 às 12:26).

Eu gosto e não nego. New Time está para a cidade, como tempo de novos que arbitram sinestesia, arma quentinha da forma de novas investidas e estéticas artísticas que, se não originais, mas qualidade da velha roupa colorida que verte-se de energia positiva e veste-se de arte viva.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Arte experiência vida vídeo

Hotel Loucura

Será exibido, neste domingo, 26, na telona do Theatro 4 de Setembro, o “Arte na [Lou]Cura”, documentário emocionante do Hotel Loucura, do(a)s cineastas Tarcila Viana, Henrique Faerman e Raphael Peixoto que reunirá artistas, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e a comunidade em geral envolvida.
(arte divulgação/Arte na [Lou]Cura do Hotel da Loucura)

Em encontro emocionante de vivência arte e ciência, integrando saúde, educação e cultura serão exibidos, discutidos, processos de interação, orquestrados de natureza de vida, vivenciamentos e desempenho de atores sociais que realizam em face de obra, no cotidiano da arte de sobrevivência e manutenção de identidade nas diferenças e no diverso da manifestação do ser social na adversidade que implica a sociedade.

Por intermédio do Néctar e UPAC (Universidade Popular de Arte e Ciência) o Projeto de
exibição e ampliação de experiências artísticas em mergulho de perspectivas da saúde e “loucura”, a obra em filme a ser exibida, “Arte na [Lou]Cura do Hotel da Loucura”, terá única apresentação na cidade de Teresina e ocorre às 19 horas, no 4 de Setembro, nesse dia 26, domingo, logo após apresentação, em fim de tarde, 17 horas, do espetáculo Boa Noite, Cinderela, da Cia de Teatro e Dança All Street/ VR Produções.

Do "Arte na [Lou]Cura...", registro de arte experiência e integração social que perpassa pela inclusão, construtivismo e relações abertas de aprender a aprender com a experiência do outro que inspire troca e confronto do ato criador em envolvimento das cidades, bairros e cidadãos como protagonistas da construção social da arte, cultura, ciência e integração de linguagens e estéticas.



(arte divulgação Hotel&SpaLoucura/página Hotel Spa Loucura)

A exemplo de trabalho do Hotel e Spa da Loucura, segue um post de representação de interações estéticas:

"DIA GLORIOSO de Trabalho no Hotel e Spa da Loucura com apresentação de 14 coletivos de artistas e educadores trabalhando é a Universidade Popular de Arte e Ciência movimento público colaborativo pela saúde trabalhando há 5 anos. Dia em que os cariocas se juntaram dentro do hospício mais antigo do país e criaram, criaram o novo, o original, o transformador, criaram a cura da doença mental grave sob a égide de Nise da Silveira, na sexta feira abrimos o II Curso de Psicopatologia com o maravilhoso ser humano, curador ímpar, filho do cruzamento entre Nise, Mário Pedrosa e Lygia Clark Lula Wanderley, quanto amor e hoje ver o trabalho sincero, criativo, potente, revolucionário de gente, gente que luta, na cidade do Rio de Janeiro para além das superfícies da zona sul, nos Engenhos de Dentro, no Meio do Méier, em Realengos de Dentro para Fora, ver o trabalho de talentosos, transformando chumbo em ouro a céu aberto, no espaço público, inventando finalmente o novo gênero de humanidade que nós, Brasileiros, somos. Muita gratidão aos meus irmãos, que colaboram, que amam, que se emocionam, e sonham e criam um mundo diferente, com mais cura, mais criatividade, mais construção e menos destruição, mais desenvolvimento e menos cassetete, mesmo detnro do campo de concentração do hospício, nós e nossos ancestrais viramos a mesa, precisamos de todos nessa corrente de cura, arte e criatividade." (página do Hotel e Spa da Loucura/publicação de Vitor Pordeus 24 de março às 08:58/acesso 22 de abril de 2015 às 18h36).





(arte experiência do Hotel Spa Loucura/pag. Hotel Spa Loucura)

Para Edmar Júnior Oliveira, artista criador e partícipe do Projeto Hotel Spa Loucura a experiência é uma "loucura" de experimentação e reconhecimento de si mesmo em interativo ao coletivo.
(Edmar J. Oliveira à porta do Hotel Loucura/pag. Hotel Spa Loucura)

O ator que veio a Teresina para divulgar o video documentário "Arte na [Lou]Cura"  diz que sua experiência naquela Casa de construção artístico social é inestimável. " Um dos lugares mais incríveis que já conheci na minha vida, onde de fato nos tornamos mais humanos e sensíveis ao outro e as possibilidades de estabelecer uma relação com a saúde e cultura, Confessou o artista.
("Essa nossa brincadeira", diz Vitor Pordeus/pagina Hotel Spa Loucura)

"Arte na [Lou]Cura do Hotel da Loucura", vídeo documentário é agenda para não perder de vista. Curta essa Loucura!

Expediente:
Exibição do vídeo documentário “Arte na [Lou]Cura do Hotel da Loucura”
Dia 26 de abril (domingo)
Às 19 horas
No Theatro 4 de Setembro
Entrada Franca!
Informações: 86 9405 0037/8817 2201

Teatro de marcas

Girou?
por maneco nascimento

A noite do dia 20 de abril recebeu, a partir das 20 horas, no palco do Theatro  4 de Setembro, um espetáculo fluminense, da Companhia Cortejo (RJ). + um Palco Giratório que se nos chega para apreciar-se o teatro realizado nesse território brasileiro que movimenta a cena nacional.

Da cidade de Três Rios, interior do Rio de Janeiro, a peça girou por aqui com seu teatro de dinâmicas de marcas bem ensaiadas e atores, um casal, empertigados dentro da ciranda de uma relação que se estabelece entre o antes e o depois da chuva.
(Antes da Chuva, de Rodrigo Portella/divulgação)

 [“Antes da Chuva” nasceu de uma pesquisa feita pelos atores da companhia Cortejo, e gira em torno do amor inocente e intenso de um jovem rapaz por uma mulher mais velha. Eles habitam um povoado ribeirinho cada vez mais deserto e decadente, lugar este que, no passado, teria sido alvo de exploradores estrangeiros. A base da obra de García Márquez se mistura às histórias e experiências vividas pelos integrantes do grupo, a partir de suas memórias familiares.] (http://tribunadonorte.com.br/Publicação: 2015-04-16 12: 00//acesso 22 abril 2015 às 8h57)


“Antes da Chuva” revigora bom texto que empenha narrativa das personagens divididas às falas, entre narradoras de terceira pessoa e convivas intrínsecas em diálogo intenso e quente de primeira pessoa.

A dramaturgia, de construção textual e de cena, tem passagem de embasamento, em obra de Garcia Márquez, ajustada nas histórias e experiências vividas pelos integrantes do Grupo, no roldão das memórias afetivas familiares, informa a Cia. Cortejo.

Com classificação a 14 anos, a peça reflete o drama adolescente de Aramis por Ana em uma casa “abandonada” em que a moça vive com a avó. O menino de 11 anos é “constrangido” pela garota que quer vê-lo nu, enquanto secaria a roupa daquele, molhado de chuva. Memórias adolescentes e fantasias se imbricam na narrativa que envolve fuga para destino que os conforte fora da “ilha” que estão aprisionados.

Inteligente deslizar atomizado em sentimentos da carpintaria textual que vai confluir reforço melhor na atriz Bruna Portella, com + maturidade de desenvolver os choques das personagens interligadas por atração e fatalidade melodramática de encontros, variação sobre o mesmo tema, em embate que confronta com o linguismo regional, sobrevalorizado, amortecedor da possível maior abrangência de construção da personagem nas falas do ator, Luan Vieira, em sua performance de contraponto com a atriz.
(Luan Vieira e Bruna Portella em, Antes da Chuva, direção de Rodrigo Portella e Leo Marvet/divulgação)

A dramaturgia de cena percorre tempos de corpos que falam do entendimento dos signos que permeiam o drama, despem as intenções do casal em conflito de atração e renúncia do amor a ser alimentado.

No entanto, o “distanciamento” imprimido pelos intérpretes derrapa na falha trágica de desvio da construção do (s) ator (es) ao construtivismo da personagem. Não diria que é opera soap eletrônica, talvez empenho de naturalidade como metodologia de cena que ainda incorre na efeméride da forma.

O texto, um intertextual da natureza, em que nada se cria, tudo se transforma (Lavoisier), margeia discussão de relações amorosas presentes em bons e diversos exemplos a este tema. Bonito de ver esse vigor, da dramaturgia textual, querendo ganhar maior impacto nas vozes dos intérpretes e, sobreviver pelo próprio discurso amalgamado nas falas sociais, transigidas na literatura dramática criada.

A cenografia, imposta na arte do ator, se instaura na luz de claros e escuros que significam os sentimentos expiados. Elementos de cena que contrarregam a narrativa, um livro de histórias, ou de cartas ridículas, rasgadas, que também faz as vezes de máscara da justiça e de convenção social em diálogo com o cidadão comum.

Na metalinguagem, os intérpretes revisam exercícios de primeiras lições de iniciação teatral, na alegria da narrativa, a máscaras de mãos e rosto, mãos em rosto, como pedagogia do riso e da farsa explicativa, elemental de formas e perfis ilustrados e didatismo das lições escolásticas dos laboratórios de criação de jogos dramáticos.

Interagem, na recepção, ao universo de brinquedo a público imberbe em sugestão de atrair atenção de platéia + apropriada a participar do estímulo resposta que a cena dramática propõe em natureza da direção de atores.

A atriz, Bruna Portella, atrai melhor e até abre precedentes de boas intenções, quando faz a prostituta, cafetina; a garota fingindo-se leviana e a velha avó que divide a casa com a jovem enamorada.

O elemento de calcinha tirada, ou exposta aos calcanhares, para emblematizar a queda do pudor e quebra do tabu de quem gera liberdade de expressão, imposição de identidade e liberalidade sexual é risível, representativa da identidade a quem precisa ser declarada.

Foge do lugar comum, sem exacerbar em cacoetes ou maiores caricaturas. Uma dobradinha deliberada entre a personagem, da atriz, e a sugestão do facilitador da cena, diretor, para a compreensão livre e de domínio de maior recepção.

“Antes da Chuva”, texto de Rodrigo Portella; direção de Rodrigo Portella e Leo Marvet; se expressa ao tempo de 60 minutos, não contrai ingenuidade, nem descuido em construir bom teatro, é todo esforço em expansão de provir arte cênica e todo acerto dramático.  Chovem no seco e hidratam o exercício do ator em busca de aprimoramento do método.

Se não alimentam toda a terra do teatro que exploram, seria porque ainda não aprenderam a encharcar-se do drama e conservarem reservas que molhem terrenos ermos estabelecidos entre o vazio e silêncio teatral e o ruído da comunicação da chuva que cai. Já há uma tempestade em busca de controle da ciência da cena.


Há de sedimentarem-se no solo dramático aspirado e, aprendizes da feitiçaria da arte do fingimento, não perdem os fios da mora, estão no olho do furacão desse universo que conspira arte dramática.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Vista-se de dança

e dance o que quiser
por maneco nascimento

É assim. "Quem sabe sabe, conhece bem...", diz a marchinha popular, de Jota Sandoval e Carvalhinho. 

E quem dança, dança porque a natureza exige, a arte solicita o empenho e a ciência estimula a pesquisa, técnica e construção do nome cultural de ser arte e práxis de expansão do ato artístico cênico.
+ intervenções, + cultura, + ação, interação e integração da arte e cultura que se pratica por aqui. Coletivizar o fazer cênico também responde pelo nome do Curso Técnico em Dança e corresponde a um dos + novos e ousados laboratórios de dança da cidade. Se é pra dançar então se estuda, se pratica e se faz passes de ação à dança.

Nesse 24 de abril, a Galeria do Club dos Diários recebe uma ação do Curso Técnico em Dança. O tema "Brechó de Dança - Roupas, Acessórios, Desfiles e Mais..." diz o proclamo. 

Então é ver, conferir pra crer que dança-se bem, veste-se bem também e veste-se para dançar na cidade de Teresina.

A parir das 18 horas, na Galeria do Club dos Diários, dia 24 de abril, será hora de investir-se nas estéticas transversalizadas, na arte cênica ampliada e interativa a quem + quiser vir ver.

"Brechó de Dança - Roupas, Acessórios, Desfiles e Mais..."

Não perca esta atração. Vista-se de dança!

domingo, 19 de abril de 2015

Memória Sertaneja

a Deus a Diva de “Viola, Minha Viola”
por maneco nascimento

Hoje, 19 de abril, estamos a um mês e onze dias, de saudades, desde que uma Estrela retornou ao céu de estelares.

Naqueles dias, ainda de verão, a início de águas de março que lavam também abril e abrem margem, ainda, para rescaldos de tempestades pelas correntes de ar quente em embate com as de frio e determinam ciência e justificados de climatologia, outras correntes percorreram caminhos entre os Céus e a Terra e alçaram consigo um Sabiá sertanejo que marcou história irretocável à música popular brasileira.
“Morre aos 90 anos a cantora e apresentadora Inezita Barroso
Artista estava internada no Hospital Sírio Libanês desde o último dia 19 de fevereiro (...) Inezita Barroso, cantora e apresentadora do programa Viola Minha Viola, exibido pela TV Cultura, morreu na noite desde domingo, 8, aos 90 anos. A informação foi confirmada através de uma nota oficial da emissora. A causa da morte, contudo, não foi revelada. Ela deixou uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.

A estrela da música sertaneja estava internada desde o dia 19 de fevereiro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após apresentar febre (...) Em dezembro de 2014, Inezita foi hospitalizada após sofrer um acidente dentro da casa em que estava hospedada em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. À época, ela caiu da cama e apresentava dores nas costas. Desde então, a apresentadora estava afastada do programa Viola Minha Viola.
Nascida em São Paulo no ano de 1925, Inezita Barroso é considerada uma das principais cantoras da música sertaneja brasileira. No começo da carreira, ela trabalhou no rádio e na televisão, além de ter passagens pelo cinema e pelo teatro. Em novembro do último ano, a artista foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de Letras (...) ”  (http://rollingstone.uol.com.br/ por   8 de Março de 2015 às 23:21 /acesso 19.04.2015 às 20h31)
 
(a grande Inezita, apresentando Viola, Minha Viola/divulgação TV Cultura)

Sobre o programa Viola Minha Viola, da TV Cultura, “(...) completa em 2015 a marca de 35 anos de transmissão ininterrupta. É o mais antigo programa musical da TV brasileira. No contexto audiovisual, é também a principal fonte de registro da música caipira e sua evolução recente. Comandado por Inezita Barroso, ele se tornou um templo de resistência e de audiência.

(..) A história do programa se confunde com a história do próprio gênero nas últimas décadas. As gravações são capazes de registrar a enormidade de grupos folclóricos existentes no país: folias de reis, reisados, batuques, catiras, cururus e repentes (...)” (Idem)
Foram doce presença no Viola Minha Viola “(...) astros como Tonico e Tinoco; João Pacífico; As Galvão; Pedro Bento e Zé da Estrada; Cascatinha e Inhana; Milionário e José Rico; Tião Carreiro e Pardinho; Almir Sater; Daniel; Chitãozinho & Xororó; Renato Teixeira: Sergio Reis, entre muitos outros artistas do cenário musical caipira.” (Idem)

A Majestade O Sabiá, Inezita Barroso, deixa saudades, de sempre, e memórias das manhãs de domingo em que brindou o Brasil com um programa de televisão transmitido pela TV Cultura SP, em que mantinha a chama muito acesa da música “caipira” de tradição, dos nomes da nossa melhor produção sertaneja.

Mas Inezita, com sua voz rouca, inconfundível, sempre foi + que apresentadora de tevê. Que os digam os anos de sucesso e toda uma geração que viu e ouviu-a cantar e ensejar seus parceiros de composição, em casamento com a voz grave e afinada, na canção popular sertaneja da Era do Rádio e dos Programas de Auditório.

Da artista “Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima (São Paulo, 4 de março de 1925  — São Paulo, 8 de março de 20153 ), foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária 4 5 , folclorista, professoraapresentadora de rádio e televisão brasileira.
Foi galardoada com o título de doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e atuou também em espetáculos, álbuns, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Adotou o sobrenome Barroso ao se casar, em1947, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso.6 (...)
Com o primeiro disco, vieram também os primeiros sucessos: o clássico samba Ronda, de Paulo Vanzolini e a caipiríssima Moda da Pinga, de Ochelsis Laureano e Raul Torres, que se tornou a mais célebre das interpretações.
Ultrapassou a marca de cinquenta anos de carreira e de oitenta discos gravados, entre 78 rpm, vinil e CDs.
Desde 1980 comandava o programa de música caipira Viola, Minha Viola, pela TV Cultura de São Paulo. Apresentou também no SBT um programa musical, aos domingos pela manhã que levava seu nome.
Inezita Barroso é reconhecida também como atriz de teatro e cinema. Por onde atuou, ela ganhou prêmios importantes, como o Troféu Roquette Pinto, como Melhor Cantora de rádio; o prêmio Guarani, como melhor cantora em disco, além de ganhar também o Prêmio Saci de cinema. Em 2003, foi condecorada pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin com a Medalha Ipiranga, recebendo o título de comendadora da música raiz.
Desde a década de 1980, Inezita Barroso ainda arranjava um espaço na agenda para dar aulas de folclore. Atualmente, lecionava nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recentemente recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro (...) (www.wikipedia.com.br/acesso 19.04.2015 às 21h26)

Madrinha de diversos artistas e amiga confessa de muitos representantes dessa boa leva musical, Inezita Barroso, é, foi e sempre será a nossa Diva do estilo sertanejo, caipira, com toda tradição de marcar época, melodias, canções ricas de cultura, de empoderamento, arte, identidade e reverência ao estilo rural musical, expressão social das falas e vozes naturais do campo, das serras e terras do melhor e todo rincão brasis de ser cultural.

Biografia rica de cultura e expansão artística, a cantora, atriz, compositora, apresentadora de programa de tevê, bibliotecônoma, professora e mulher brasileira, em primeiro lugar, como diria Benito de Paula, é Fogo fátuo, Stela splendidae, Aura púrpura, Luna matutina, Vox luminae, Dama da terra patris, Filha de nação brasileira que imprime o Brasil cultural e dona do orgulho e respeito que se lhe foram conquistados pelo nome, sua arte e cultura dedicadas às memórias de tradição nacional.

Vai, Inezita, com paz e tranqüilidade aos Campos do Senhor e anima essa nova Terra que te acolhe e te dará novos palcos e novas praças à tua arte que sempre encantou teu público e amigos de geração que, animada, saldou tua vida de artista e mulher brasileira.

Nada perdemos, pois memórias são eternas e as afetivas inestimáveis. Agora, do tangível ao intangível, guardamos tua presença aquecida, entre a matéria atomizada e a expansão do teu nome, ao universo das Luzes da ribalta estelar no plano Superior a que especulamos, negamos, tememos, mas será sempre para onde evoluiremos, à medida do mérito de cada um.

Inezita Barroso é saudade, é Viola, Minha Viola campeira, sertaneja, das guarânias e variações regionais e das lingüísticas singulares de expressão popular e vigor de raiz temperada ao sabor da tradição da canção nacional que quebra o paradigma dos motes urbanos, sem, no entanto, negar que arte é sempre arte em qualquer estação, terra, sítio, ato criador, vida da arte e cultura que se representa e se torna atenção do público.

Sua Majestade, o Sabiá, Inezita Barroso, agora é toda Estrela. Luz em extensão e expansão que não se apaga. Afaga novo público e ressoa o melhor de sua voz e canção brasileiras que invadem o imponderável.


Bravos, Inezita!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Temporadas Populares

é VR Produções
por maneco nascimento

Nesse finalzinho de mês o repertório teatral quente e variado estará no 4 de Setembro. 

Teatro a todo gosto, do contemporâneo licenciado na incomunicabilidade do cotidiano na terceira idade, em "17 Minutos Antes de Você"; geleia gerada na nova geração de atores e atrizes na cidade que não tem + fim, como Torquato vaticinou, q "Geleia Geral" e, ainda, fábula revisitada, em tom de comédia de erros para Cinderelas e Borralheiras, no exercício livre de "Boa Noite Cinderela".

Os espetáculos dirigidos, respectivamente, por Eraldo Maia, com assistência de Direção de Elielson Pacheco (17 Minutos...), Vitorino Rodrigues (Geleia Geral e Boa Noite Cinderela).

"De 24 a 26 de abril, no THEATRO 4 DE SETEMBRO, um cardápio variado de espetáculos a preços populares.

R$10,00 a meia entrada e R$ 20,00 a inteira, venda na Banca do Joel da Praça Pedro II. Mas se tiver a fim de ir e levar a turma toda, participe da PROMOÇÃO AMIGA.

É só chamar inbox qualquer um dos integrantes do grupo e/ou atores dos espetáculos e combinar." (chamamento público das Temporadas Populares da VR Produções)

Siga esse proclamo e curta essa boa ideia. Teatro é para consumo livre, educador, formador de opinião e de apreensão de estéticas e construção sócio cultural. Compre seu passe e passe bem ao lado do teatro local praticado.

(arte divulgação)

Expediente:
Temporada Popular
17 Minutos antes de Você - dia 24 de abril - 20h
Geleia Geral - dia 25 de abril - 20h
Boa Noite Cinderela - dias 25 (sábado) e 26 (domingo) - 17h
Vendas Ingressos: Banca do Joel (Pça. Pedro II)
Ingressos: R$ 10,00 (Meia)/R$ 20,00 (Inteira)
Informações: 86 8821 6146/9917 3647
Imperdível!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

As Cores de Maio

O olhar feminino nas artes visuais

Quando entrar Maio, a boa nova que pintará a cidade será das cores artístico visual que levam o nome da Mulher no diverso do matiz criador das artistas plásticas de Teresina.
O Olhar Feminino comporá Exposição na Galeria do Club dos Diários a partir do dia 5 e segue até dia 9 à exploração pública.

A Abertura da Exposição As Cores de Maio - às tintas e tratos o olhar Feminino -, será na noite do dia 5 de maio de 2015, às 19 horas.

O período de visitação: de 6 a 9 de maio.

Artistas da cidade, correi. É chegada a hora de inscrever e pintar o sete nessa Semana de Exposição.

As inscrições serão abertas no período de 24 a 30 de abril, no horário das 8h às 13h, no Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro.

(arte divulgação As Cores de Maio/ por Paulo Moura In irmãodecriação)

O orgulho da cidade será receber as tintas e cores e outros traços pictóricos da arte que é nossa, da Mulher que nos representa.

Inscreva-se nessa ideia. Seu nome, sua arte é o que pede o chamamento ao Projeto que valoriza a Mulher artista visual de Teresina.
(as tintas e pincéis sóbrios de Josefina Gonçalves assinadas em "Saudação", que esteve em exposição na Expô Piauí das Artes Plásticas, no período de 2 a 15 de abril de 2015, na Galeria do Club dos Diários)

As Cores de Maio - às tintas e tratos o olhar Feminino. A hora é essa, a arte sua. Pinte essa ideia!

Serviço:
As Cores de Maio
- de 5 a 9 de maio de 2015 -
Abertura: 5 de maio, às 19h
Visitação: de 6 a 9 de maio, das 8h às 18h
Inscrições: de 24 a 30 de abril, das 8h às 13h
Local de inscrições: Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro
Espaço de Exibição: Galeria do Club dos Diários
Informações: 86 99825159/ 86 8817 2201/ 86 9405 0037
Pinte essa ideia!

sábado, 11 de abril de 2015

Tintas, ferro e barro - O Retorno

 em Artes visuais à recepção livre
 por maneco nascimento

Expô Piauí das Artes Plásticas apresenta, entre os inspirados, a colega e jornalista  que se garante e não está prosa, está no domínio dos pincéis em andamento de afinação estética. Alexandra Teodoro assina “Abstrato”, o homem que pesa é raio e arco íris despencando à terra, enquanto lança melancólico olhar ao céu deixado para trás. 

A artista Salete Vasconcelos apresenta “Pedra Furada”, ilustração do ícone turístico às vezes da terra e território do homem de 60 milanos. 

O escultor Zé Rodrigues, em “Face Oculta”, para sucatas e eixos, rotativas, rolamentos, catracas e sobras de ferro luzidio, metais que representam o Salve!. O tronco fundido do homem, em sua hora de ser humano e produto de seu tempo de extrator e senhor dos metais.
(Salve! Zé Rodrigues com sua "Face Oculta/fts.: j. carlo)

Jackson Cristiano, “Mulher alimentando Pássaro”, entre o classicismo histórico representado e o moderno relido nas cores do azul em faces de dupla face de deiades, denaides e moças da corte grega alimentando alados. 
(jackson cristiano "Mulher alimentando Pássaro/fts.: jorge carlo)

O mesmo artista ainda apresenta “Mulher com Pássaro”, a la Botero em cores latinas e quentes à mulher em recato, com buquê de sonhos, que alimenta o corpo do pássaro fênix, pousado na realidade do móvel da casa de visita.

“Sagrada Família”, de Josimar Santos, o moderno e as cores quentes do sol da terra perfilam os santos sagrados da família Christina. Rostos sem olhos, mas com realidade fiel da fé representada nos ícones.

 “IABA”, de Avelar Amorim, numa representação da deusa da flora, mimetizada com flores e cores da natureza das mandalas, ladeadas de pétalas. Ana Valente, com “Divino”, o iconográfico do presépio em tradição do figurativismo expressionista.

Constança Nobre apresenta “Carnavalesca Negra” e “Carnavalesca Branca”, traços e perfis e etnias afrodescendentes e branca para brincantes do carnaval, coquetes com olhar triste. 

João Borges e suas representações de gentes simples em barro, chega com obra sem título. Lição de mãe, na educação doméstica, dialoga com a filha que senta, ouve e enxerga no olhar da mãe sinais de sabedoria a serem apreendidos.
(a lição de mãe, em João Borges/fts.: j. carlo)

“Desbravadora”, de Antonio Cardoso, a mulher escafandrista, mergulhada nas turvas vagas do mar bravio, entre a montanha e o sol. De Edimar Aquino, “Atitude ‘Z’”, o bucólico de casas no campo, em romântico moderno de cores quentes pigmentadas em horas do noturno. De novo, Antonio Cardoso, com “Guerreira”, na representação de uma Ronin que enfrenta o dragão e usa sua espada de Xogum.

Alexandra Teodoro, com “A Fênix”, cores do sol no redomado das asas, em concha alada, de chamas do pássaro mitológico. Felizes expressões imprimidas tingem a espátula e o pincel de Teodoro. 

Josefina Gonçalves, com tela sem título, vigora mulheres em cerco de homens. Perfis em nus. Reunião de conspiração da própria beleza ressaltada, a sociedade nas cores quentes frisadas pelos neutros que economizam e destacam identidades coletivas de mães, bebês ao colo, mulheres livres, homens em gerações. Os que seguem, os que registram a própria passagem observada e os que avançam em seus futuros, deixando a família, na busca de própria novidade. Caminhos de chegada, saída e pausa protegida.
(reunião social em pictóricos josefinianos/fts.: j. carlo)

De Salete Vasconcelos, “Abstrato I”, imagem real e o reflexo numa lâmina de água, em tons quentes do verde e vermelho que cardiogramam tempos de progressos verticalismos urbanos.

“Abstrato I”, de Orlando Bonfim, tapeçaria em vertical floral e rococós de cores quentes que arbitram e estampam abstratos do real. A artista Aucci Valente revela uma “Colombina Corcel”, o carnaval da amazona em amor, rosto colado, ao corcel cinza.

Outra peça de Josefina Gonçalves, “Saudação”, a corte e o poder assentados e esnobes recebem a humildade, em saudação ajoelhada. Estética livre e cores sóbrias encantam na economia e leveza manifestadas nas tintas josefinianas.
(josefina gonçalves "Saudação"/fts.: j. carlo)

João Borges também repercute, na obra sem título, uma + expressão de barro falante. Ébrio, sentado ao pé do balcão, registra felicidade em argila natural da cor das periferias da construção social das cidades ribeirinhas, Teresina e Timon, que contam histórias do Parnaíba e Poty. Leveza do traço esculpido, afinada na argila em destreza de reprodução da vida no barro que Parla!
(O Ébrio de felicidade, por João Borges/ts.: j. carlo)

Expô Piauí das Artes Plásticas, aberta dia 2 de abril, fica só até dia 15. Quem gosta da arte visual em estética das plásticas que aqui se produz, deve dar uma esticadinha à Galeria do Club dos Diários.

Espia, pra você ver!