segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Calçada Jazz

ZeroOitoMeia Trio & Convidados
por maneco nascimento

O movimento sempre foi musical. 
(acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

Musical instrumental e seus selvagens instrumentadores de cordas de aço, bateras, sanfonas e foles e sopro e teclados e outros + instrumentos que ondeiam aos sons e tons e dons de bem tocar um instrumental.
 
(acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

O Clube Instrumental surgiu para ocupar a charmosa calçada elevada do Bar do Club dos Diários e para ali se deslocou e instalou música, jazz band blues pop rock mpb e ademais estações da canção brasileira instrumental.
 
(acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

Noites memoráveis, terça feiras impagáveis, que começavam sempre às 18h58 e seguia música até às 22 horas. Público de ouvido seguidor, voltado àquele som e músicos, compositores, criadores, arranjadores e donos de seus instrumentais. 
 
(memória do Clube/acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

Sempre foram noites malha vistosas da música autoral e dos desdobramentos aos sons criados pelos bambas que se não são sambas, bossa, baião, forró ou bele fossa, sempre nossa seara, celeiro de ser bom e tocar um instrumento.
 
(memória do Clube/acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

O que começou bem, como local de escolha de assento musical no BCD, agora ganhou outra calçada + espaçosa, num corredor de vento e gentes que passam para ficar e gente que vêm para bem escutar a voz instrumental do (086) Trio & Convidados.
 
(memória do Clube/acervo Clube Instrumental no BCD/(086) Trio)

O Clube Instrumental desceu a calçada do BCD e agora ocupa o calçadão passeio do Art'Bar (Bar do Toin), logo ali,  entre o luxo arquitetônico edificado do Theatro 4 de Setembro e Cine Rex e tendo como quintal de espia, às costas largas, a Praça Pedro II (Aquidabã Sem Número).
 
Já na primeira edição, logo ali no novo espaço, uma noite de instrumentais e instrumentos que ressoaram os tempos e as horas do doce calor da cidade verde, terras de Mafrense escolhidas, e povoaram as vagas da P2, entre as árvores, ruge ruge dos vais e vens e vidas em transeuntes necessários à verve urbana.

Chega ali, no palco reservado ao lado de prédios histórico culturais, na praça do povo, habitada por hippies e artistas urbanos, jovens, passantes, passeantes, mototáxis, táxis e carros que circulam e param e fazem seu tempo e sua hora, uma brisa caliente, mas que, por vezes, refrigera os assistentes. 

Ela vem, chega e se choca nos ocupantes das mesas e assistência do Clube Instrumental. Pode vir do rumo da São Benedito e avenida Leônidas Melo; da Treze de Maio, nos sentidos do Barrocão ou centro velho da Landri Sales, logradouro do Liceu Piauiense, ou ainda da vizinha Timon, pulando e assomando aos ventos frescos do Velho Monge, achegando-se pela Sen. Teodoro Pacheco.
 
(memória do Clube/acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

A brisa quente chega e se mistura aos sons instrumentados e virtuose de músicos que sabem bem a língua do que toca o coração das gentes e ouvidos afiados à música instrumental. 

Pois foi ali, no Art'Bar descido ao passeio da Praça P2 e corredor cultural do centro artístico de Teresina que, na noite de terça feira do dia 22 de dezembro de 2015, a partir das 19 horas, estreou em novo campo de exploração o Clube Instrumental e o (086) Trio e Convidados, conduzidos pelos anfitrion music jazz band, Alexandre Rabelo Jr., Bruno Moreno e Lívio Nascimento.
 
(esse Trio é ZeroOitoMeia/acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

Já, na boa estreia, estrela de boa, houve um arsenal de boa música e músicos e seus instrumentos selvagens. Lá na ponta da aliança musical instrumental passaram Marcel Régis (guitar); o menininho prodígio e filho do mestre Ivan Silva, o pequeno Igor que instrumentou seus foles e tocou Luiz Gonzaga e um tema de natal e olha que ele só tem 6 anos de boa idade, já bem aproveitados.
 
(O Clube na P2/Art'Bar//foto: Carla Maracaipe)

Também compuseram tempero instrumental, o nosso violonista Josué Costa e seu delicado violão; Júlio Medeiros, em alta fidelidade de um baixo acusticamente afiado. Uma cancha, ou canja afinada de Ítalo, na bateria; Ivan Silva, na velha e doce sanfona, filha dos mestres populares de foles de tradição expandida e, Filipe em seu acarinhado baixo falante. 
 
(Clube Instrumental é cajuína, fruto da terra/foto: Carla Maracaipe)

E, claro, as presenças de (086) Trio, Jazz no Fole e Josué Trio. Tudo assim levemente musical e muito bem instrumental, porque a redundância aqui nunca peca por excesso.

O Clube Instrumental gerou cultura desde o dia 11 de agosto de 2015, no Bar do Club dos Diários. Foram doze edições, em 12 terças feiras bem musicais. Em novembro o Clube, na pessoa de integrantes do (086) Trio, deu uma pausa para que estes pudessem realizar negócios e futuros fonográficos, em Sampa.

Em dezembro rolaram duas edições, entre as doze registradas. Uma no Bar do Club dos Diários e outra já no Art'Bar (22 de dezembro).

Quando entrar janeiro e a boa nova andar nos campos instrumentais, seguramente o Clube Instrumental e o ZeroOitoMeia Trio & Convidados hão de brilhar no corredor cultural da P2, Theatro 4 de Setembro, Cine Rex, às barbas do Art'Bar.

Aviso aos navegantes, quem gosta da boa música instrumental e seus sons que rolam na cidade e assentam tom e Jobins e Itamares e Julios e Livios e Leos e Robertinhos e Pepeus e Gonzagas e Hermetos e Sivucas e os Mulheres e os Etílicos e Menezes e Erisvaldos e Brunos e Alexandres e Régis e Ivans e Filipes e Ítalos e Josuéis e Igors e Geraldos e Flauberts e Xicos Vais, et al + musical, não perdem por esperar.
 
(antes no BCD, agora no Art'Bar/acervo Clube Instrumental/(086) Trio)

Depois das festas e saltos do ano que passa ao ano que se alinha ao novo, o Clube Instrumental volta. Lá pela segunda terça feira de janeiro/2016 e não vem prosa, vem prosa, poesia, vozes e falas alinhavadas às malhas finas de sua majestade o Instrumental.

Não perca por esperar. Ouça essa melodia, ela é de instrumentais!

domingo, 20 de dezembro de 2015

Ao céu, Selma

à terra de reis sem castelos
por maneco nascimento



Uma das vozes + belas e graves que a MPB cunhou, fazendo parte no corredor das Divas de vozeirões.

Entre graves e aveludadas e afinadas, veio de uma esteira musical brasileira que teve preferidas do poeta do morro de Vila Izabel, como Aracy de Almeida e chegou depois da emblemática do morro, Elza Soares, da divina Maria Bethânia, de Cibely de Sá Leite (Quarteto em Cy) e de Simone.

Conviveu entre Jane Duboc e foi passagem de uma geração que gerou belos vocais como Kássia Eller, Zélia Duncan, Ana Carolina, Virgínia Rodrigues e Maria Gadu.

Fruto da década de 1980, Selma Reis despontou com sua voz, gravemente suavizada pelo afinado da técnica e emoção de bem cantar a canção brasileira. Era uma Diva e muito boa atriz, com participações em seriados de tevê que não deixou nada a dever às colegas de set de gravações e do grava, erra, repete, acerta.

Linda de viver e cantar a MPB de tempos áureos. Um dos seus maiores sucessos, talvez o que deslanchou carreira de popularidade da cantriz foi "O que é o amor". Sucesso de exibição, radiodifusão, vendas e tema de seriado de tevê, "Riacho Doce".

[O que é o amor, onde vai dar
Parece não ter fim
Uma canção, cheirando a mar
Que bate forte em mim
O que me dá, meu coração
Que eu canto prá não chorar
O que é o amor, onde vai dar
Porque me deixa assim
O que é o amor, onde vai dar
Luar perdido em mim.] (O Que É o Amor/Danilo Caymmi)

Fez participação como atriz, entre outras novelas e minisséries, em "Presença de Anita", de Manoel Carlos, 2001, Globo. Uma charmosa e bela cigana, com olhos de Capitu andejava pelas ruas do vilarejo em que a menina Anita encantava um Lobo de meia idade.

Essa cantora, essa atriz foi alçada ao imponderável pelos laços do Senhor que a plantou e seguiu tempo de colheita. Morreu neste sábado, 19 de dezembro. Deixa saudades da beleza, carisma, sucesso de voz grave aveludada e da felicidade com que cantava a escolha da profissão.

Segue às estrelas, ao encontro de estelares da boa monta da música, teatro e dança. O Céu precisa de Selma para alegrar os campos do Senhor com sua voz e alegria de cantar.

[A atriz e cantora Selma Reis, de 55 anos, morreu às 5h deste sábado (19) no Hospital São José em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. O corpo vai ser levado para Nova Friburgo, segundo informações da funerária em Teresópolis, ainda neste sábado. Selma será cremada na segunda-feira (21), no Cemitério dos Luteranos, mas o horário não foi confirmado.
De acordo com a unidade de saúde, Selma ficou internada várias vezes. A última internação durou 15 dias. O hospital informou que a atriz sofria de câncer, mas não revelou qual o tipo da doença.
Natural de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, Selma participou de várias novelas e minisséries da Rede Globo, como "Caminhos das Índias", "Páginas da Vida", "Presença de Anita" e "Chiquinha Gonzaga".
Como cantora, gravou o seu primeiro disco em 1987, quando lançou o disco "Selma Reis", depois de passar uma temporada em Nantes, na França, frequentando cursos de música. No total, na carreira, foi autora de 11 álbuns.] (fonte: http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia...)
(A Bela da hora, Selma Reis/foto divulgação)

"Biografia Selma Reis
Selma nasceu em São Gonçalo (Niterói), no estado do Rio de Janeiro e desde pequena apaixonou-se pela música. Sua família era ligada às rodas seresteiras da cidade e ela cresceu vendo os amigos de seus pais passarem as madrugadas tocando serestas em sua casa.
Envolvida com o mundo fascinante das vozes, já adolescente, Selma viu-se diante do dilema da escolha profissional. Aprovada para a faculdade de Comunicação Social, ela trancou sua matrícula na metade do curso e decidiu viajar para o exterior, conhecer outras culturas e viver novas experiências. Na cidade de Nantes, na França, uma região charmosa de Pays de La Loire, cursou dois anos da faculdade de Letras e aproveitou para estudar música. 
Em Paris, teve aulas com o professor Sr. Laurens - Stages de Perfectionnement des Emissions Vocal e aulas de técnica com o Sr. Rondeleux, autor de alguns livros sobre voz, entre eles "Trouver sa voix”. Além disso, sempre que possível, participava de seminários sobre o assunto e, com o desejo autodidata de sempre experimentar e descobrir novidades ligadas à voz, frequentou outras aulas de técnica vocal com diferentes professores. A cantora diz que foi levada para a música pelas “Vozes”, visto que ficava deslumbrada diante de grandes cantores.
Em 1987, de volta ao Brasil, gravou seu primeiro LP independente, "Selma Reis", produzido pelo fotógrafo e diretor de fotografia Locca Faria.
Em 1987, já de volta ao Brasil, gravou “Selma Reis”, seu primeiro disco independente. O trabalhou contou com participações de Dori Caymmi, Jaques Morelenbaum, Geraldo Azevedo, Paulo Jobim, Armandinho e Sueli Costa, entre outros grandes músicos e compositores. O que era sonho virou realidade e novos trabalhos se sucederam." (fonte: www.rondoniaovivo.com)
Siga em paz, para a Luz que nos acolhe no esteio primordial. 
Ao Céu a Selma.
Evoé, doce menina que segue à terra de reis sem castelos!

Opereta de Natal!

"Só sei que foi assim!"
por maneco nascimento


O Anjo da Anunciação desceu aos campos de mortais, na noite do dia 18 de dezembro de 2015, a partir das 20 horas, no Adro da Igreja de São Benedito.

A Opereta de Natal, com texto de Franklin Pires.​ Deteve a Direção de Franklin Pires​ e a Direção geral de João Vasconcelos​ e realização do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Cultura do Piauí​ - Secult.
+ um grande espetáculo tomou os campos "sagrados" do alto da Jurubeba e, nos platôs arquitetônicos imaginados e construídos à esforçada insistência de Frei Serafim da Catânia, o palco natural às encenações e arquitetonicamente edificado foi espaço de ação cênica da Opereta de Natal 2015.
Num concentrado de esforços e conspiração para cena a céu aberto, tudo correu como planejado e uma dedicação consentida e direcionada ao público que para ali acorreu, o elenco deu o seu melhor. 
O solo da cantora popular ao erudito, Dionísia Neri abriu a pauta musical, acompanhada pelo Quarteto de Cordas - OST, depois o "medley" fez as vezes de apresentar as estrelas que contariam a história do nascimento do Deus menino.
E, à medida que o enredo foi correndo cena e as personagens foram tomando a narrativa, Siro Siris, como José, foi de uma performance invejável. Edithe Rosa, como Ana, a mãe de Maria, destaque irretocável. A Maria, de Gislene Danielle, para interpretações de texto e música, ficou na boa medida em que Danielle lhe deu classe efeito de emocionar pela cena empertigada. 
(José[Siro Siris] e Reis Magos[Adriano Abreu, Francisco de Castro, Edivan Alves]/ft: Guto Noronha)
Márcio Felipe, o Anjo Gabriel, que traz a mensagem de novidade às mulheres escolhidas à graça divina, reúne beleza e talento concentrados à performance de ator e método em ascensão. Fez bonito. 
(elenco de estelares/ft.: Guto Noronha)
Lari Salles, como Izabel, prima de Maria, também assomou talento maturado e deu um delicado ar de beleza à média-idosa grávida e, tida como estéril até receber o milagre divino da maternidade, como sugere os relatos em textos bíblicos.
Franklin Pires, em sua edição de Herodes, o Grande, deu causa e efeito dramáticos que preencheram suas passagens e entradas fortes de compor corpo falante e inflexões afiadas à máscara do déspota da Palestina. João Vasconcelos, como o Estalageiro, abre flanco de dedicada atenção ao próprio método de atuar e se garantiu. 
Lorena Campelo, na pele da Abgail, mulher do estalageiro, sempre surpreendente e de gestual econômico e limpo para ilustrar a boa composição à bondosa mulher que acolhe a família sagrada, e a aloja no estábulo.
(presentes dos Reis ao Deus menino/ft: G. Noronha)
Os Reis do Oriente, Baltazar (Edivan Alves), Melchior (Francisco de Castro) e Gaspar (Adriano Abreu) receberam dignidade cênica e acuidade interpretativa dos bons atores as suas personagens, que mantiveram agilidade à recepção da estética da cena. 
(adoração dos Reis Magos/ft: Guto Noronha)
Silmara Silva, numa entrada de simplicidade e respeito ao ofício da profissão, deu + calor à Pastora que seguiu a estrela de Belém. Sabe como bem realizar seu ato de interagir teatro. Os atores de pequenas participações, Alex Zantelli e Jésus Carvalho, fizeram-se grandes em suas atuações, sem nada deixar a desejar. Somaram arte e atuação ao coletivo afinado.
Os cantores e solistas, Ricardo Totte (como pai de José), Gislene Danielle (Maria), Edivan Alves (Baltazar) e Franklin Pires (Herodes) deram sabor sonoro necessário e preencheram os ouvidos da assistência de boas melodias da pauta operacionalizada ao musical apresentado. A Trilha sonora e operação de Márcio Brytho, um luxo de se ouvir e ilustrar bem a dramaticidade apresentada.
Das participações especiais, Benjamin Lucca Gomes Pereira, como o bebê nascido (Deus Menino), fez sua primeira atuação conspirada à boa entrada no teatro. Os profissionais do Rappel Alta Aventura, de Manoel Neto, conotaram imagem e equilíbrio estético dramáticos muito eficazes. A descida do Anjo da Anunciação surtiu efeito de um espetáculo particularmente belo, à parte. 
O Quarteto de Cordas - da Orquestra Sinfônica de Teresina - OST (David Carvalho, Raphael Rodrigues, Pedro Henrique e Moura Neto) para suaves e dinâmicos acentos na melodia sentimental deslizados nas cordas cifradas.
um mascote foi muito bom em cena, o "ator" eficiente, o cabrito que acompanhou a Pastora (Silmara Silva) à adoração ao menino Jesus. A participação do cabrito foi uma gentileza do músico Arnaldo Pacovan. Todas as parcerias renderam luzes à Opereta de Natal. 
(dança adoração[alunas da "Lenir Argento"]/ft: Guto Noronha)
Um registro especial às estudantes da Escola de Dança "Lenir Argento", que facilitadas às coreografias por Datan Izaká e Paulo Beltrão, foram show de cena, na dança apropriada ao drama.
(Opereta de Natal, uma mensagem cênica/ft. G. Noronha)
A luz (AndaLuz e Som), a chuva de papéis picados e os fogos de artifícios fecharam bem a ousadia cênica aprontada para ser espetáculo natalino no Adro da Igreja de São Benedito. Rendeu atração, encheu os olhos da assistência e abriu caminho de solicitação a que se possa repetir, sempre, iniciativas com a vista na Opereta de Natal.
(luzes de estrelas caem dos céus/ft: Guto Noronha)
A Ficha Técnica do espetáculo, invejável. Músicos do Quarteto de Cordas – OST (David Carvalho, Raphael Rodrigues, Pedro Henrique e Moura Neto. Texto de Franklin Pires (baseado no filme “Jesus de Nazaré”, de Franco Zefirelli). Coreografia de Datan Izaká e Paulo Beltrão. Figurinos de Bid Lima. Adereços, Siro Siris Sousa. ​Trilha & Sonoplastia, Márcio Brytho. Maquiagem, Danilo França. Cenotécnica de Dionizio Brasil. Luz e Som, de Andaluz e Som. Rappel, Alta Aventura/Manoel Neto. Produção de Soraya Guimarães. Direção de Franklin Pires. Direção Geral de João Vasconcelos.  Consultoria de palco, Maneco Nascimento.
(30 artistas, entre atores/atrizes, músicos, cantores/ras/ft. G. Noronha)
O mote de chamamento ao espetáculo temático da Opereta "Dias de natal, viva o melhor no espírito natalino. 
Siga a estrela do natal da cultura!"
fez a sua parte e, em aparte profissional, deu o seu recado. Cumpriu-se o ritual de teatro e de repercussão cênica.

(a descida do Anjo da Anunciação/ft. Soraya Guimarães)
(Siro, Franklin, Márcio, Castro, Edithe, Adriano, o cabrito e Silmara/ft. G. Noronha)

Serviço:
Opereta de Natal
18 de dezembro de 2015
Adro da Igreja de São Benedito
fotos/imagem: (disp. móvel Soraya Guimarães​ e Guto Noronha)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Toda Samba

bambas na canção
por maneco nascimento

Pensávamos que Ângela Maria nos havia bastado, quando esteve em Teresina para sua noite, em 17 de novembro e fez as suas melhores canções e, ainda dividiu o palco com outra grande artista, que nos proporcionou também em seu repertório belas emoções, a nossa Bebel Martins.

Novembro ficou tatuado em nossas memórias ao inventário do Projeto Seis&Meia. Mas, quando dezembro chegou e dia 17 se instalou, em conspiração para receber, no palco do Theatro 4 de Setembro, a afiada sambista, cantora e compositora nascida em Pilares, mas é também de Madureira, da Vila, da cidade do Rio de Janeiro e, filha do velho Vila, o nosso querido Martinho, então outra felicidade foi gerada.

(o riso do samba/foto Jorge Carlo)

Mart'nália veio, viu e venceu o público, de Teresina, com sua graça de ser mulher, menina, pé de samba e música tarimbada na tradição familiar e heranças da canção brasileira desde que o samba é samba.

(sambas, ritmos e percussão/ft. Jorge Carlo)

Ninguém ficou ser ser contagiado com sua luz e alegria em ser feliz e cantar porque para samba e sambistas ela sabe da ginga e, se samba, fez-se ciranda de roda "De samba, de roda da vida que girou, que gira" Mart'nália na roda de ser sambista é sangue, em trama rendada da ciranda da vida em samba "Que gira e faz girar a roda Da vida que gira Que gira e faz girar a roda Da vida que gira", da Roda Ciranda de Martinho a Mart'nália dá samba.

E, como a noite era de samba, antes Beth Moreno nos devotou paixão, felicidade, orgulho e extrema alegria de estar no palco do Theatro 4 de Setembro, cantar para seu público e do samba e abrir o show de Mart'nália. Quem não iria querer essa honraria de estar e dividir espaço de palco do Seis&Meia e de anteceder Mart'nália.
 (Essa Moreno canta samba/ft Márcia Tajra/Norma Passos)

Beth Moreno, num repertório que foi desde bons e velhos sucessos da canção nacional, a samba autoral homenagem que seu pai, Luiz Santos, compôs ao mais tradicional estilo musical brasileiro que vence gerações e varia sobre a mesma língua e linguagem do samba.

(Beth Moreno cantou o samba/ft Márcia Tajra/Norma Passos)

Seu vozeirão e performance definida de bem cantar o samba da nossa terra, ela garantiu que é + arte que escolheu como carreira e profissão de ser cantora e ser artista e cantar o bom e belo das canções. 

Acompanhada de seu irmão, o diretor musical do show, Luciano Santos; seu filho, o baterista Bruno Moreno e Marcel Régis, em suas cordas deslizadas ao aço sensível, Beth encantou e nos deixou + feliz.

(o samba sempre tem vez/ft Márcia Tajra/Norma Passos)

Depois de Moreno, Mart'nália chegou de mansinho e suave voz característica de afiar sons e melodias do samba, ganhou de pronto a plateia. Bebeu água, brindou ao público. Bebeu cerveja, brindou ao Vinícius, à Marília Pera, e cantou como nunca havia cantado para a cidade de Teresina e para o público que a acolheu com a mesma emoção com que ela se doou em extrema felicidade.

(humor e música imperturbáveis/ft Jorge Carlo)

Performática, uma tranquinas menina mulher que canta, dança, ginga, tira sons percussivos da tabela do samba e vai pra galera com toda felicidade confessada à força da música que a fez sambista nata e cantora, exatamente como quer a tradição renovada na canção brasileira de raiz dos bambas.

(seu público, seu prazer/ft Jorge Carlo)

Beijou a plateia, apresentou os músicos, cada um + refinado ao coletivo musical. Beijou-os. Brincou, bebeu, riu, cantou muito + e parecia que estava num fundo de quintal carioca.

Uma cantora, uma mulher, um erê para todas as rodas, cirandas, sambas, sambas bossa, pagodes e sua musicalidade intrínseca e, expressivamente, intérprete para economias musicais e afinações liberadas que giram, gingam e fazem girar a vida de samba.

Monarca, Dona Ivone Lara e + bambas por seu repertório brilharam e as vozes do samba do papai Martinho, com delicadezas vocais do seu Velho, o chapa, que se lhes fizeram herança perolada e lhe dão um misto de sua melhor identidade musical com o Vila, que não nega o sangue vocal, de suaves e doces melodias em samba tradição.

(é átomo do samba/ft Jorge Carlo)

Mart'nália, se não existisse teria sido inventada mesmo assim, porque já nasceu dona de seu carisma em bem cantar.

O público riu, tocou-a, jogou loas e recebeu respostas e carinhos, abraçou-a quando ela foi pra galera, praticou seus selfies e urdiu material para you tube, cantou com ela, bateu palmas e transversou dengo para suas respostas de cafuné, "porres", disritmia ritimizada e muita alegria contagiante, contagiada pela força e energia luz e cor musical de Mart'nália para piauienses que foram ao Seis&Meia.

Nunca fomos tão felizes em ver, ouvir cantar e recepcionar a arte de ser artista e ser cantora e ser vida dedicada a seu público, e nós éramos seu público da hora, de + de uma hora de show energético, feliz, musical e muito cheio de prazer doados a quem estava, e todo mundo estava, concentrado em Mart'nália.

Foi, é, um furacão silencioso de emoção compartilhada na roda da ciranda do samba, de Mart'nália em samba!

Seis&Meia fechou um ciclo de excelentes edições do Projeto. Como é bom poder estar testemunho da história que irriga a memória da canção brasileira de todas as estações que se instala nesse Projeto.

Para março de 2016, no Dia Internacional da Mulher, divulgou o Secretário de Estado de Cultura, Fábio Novo, a  agenda se confirma para Zizi Possi. Aguardemos ansiosos.

Por hora, regurgitemos o prazer e emoção vividos, na noite de 17 de dezembro, pois de memória ficamos regados do bom samba à força das bambas Beth Moreno e Mart'nália.

Saravá, grandes artistas!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Show adiado

Mautner virá noutra ocasião
por maneco nascimento

O Harém de Teatro comemora, nesta semana de 7 a 12 de dezembro, o aniversário de 30 anos de carreira do Grupo. 

Entre as atrações planejadas para os festejos do Harém 30 anos, constava a vinda de Jorge Mautner a Teresina para realizar grande show. Seria dia 12 de dezembro, data de aniversário de fundação do Grupo Harém. 

O Show Litero-Musical de Jorge Mautner, às 21 horas, no Espaço Cultural Trilhos (antiga estação de trens da RFFSA) fecharia a programação do Festival Harém 30 Anos.  

Também na programação da noite do Harém 30 anos, a participação da Banda Batuque Elétrico.

Devido a problemas de saúde, o artista ficou impossibilitado de deslocar-se até Teresina

O escritório de Produção do artista informou que Mautner passou por avaliação de um médico da sua confiança e que foi dada a recomendação para que não realizasse a viagem. A família do músico também compactuou da posição do médico e foi confirmado o adiamento do show.
"Agradeço imensamente a iniciativa do Grupo Harém de Teatro e Navilouca produções e ficaremos acompanhando o estado de saúde do Jorge Mautner, para no futuro posicionar você de uma nova possível data para realizarmos esse grande show", concluiu a produção de Jorge Mautner.
 [Em Terça-feira, 8 de Dezembro de 2015 13:11, Glauber Barravento escreveu:
querida soraya
venho aqui informar que infelizmente o Jorge Mautner não poderá viajar para Teresina, para cumprir nosso compromisso do show do dia 12/12
ele passou por um médico de sua confiança e ele não recomendou a viagem. sua família também compactuou dessa posição e sendo assim, o show terá que ser adiado
agradeço imensamente a iniciativa da Navilouca Produções e ficaremos acompanhando o estado de saúde do Jorge Mautner, para no futuro posicionar você de uma nova possível data para realizarmos esse grande show
atenciosamente
Glauber Amaral
55 11 3259-0808
Skype: glauber.amaral
Mobile: 55 11 9 9485-1903
glauber@barraventoartes.com.b
r]

O Festival Harém 30 Anos realizou a remontagem e apresentação de "A Casa de Bernarda Alba", de Federico Garcia Lorca e direção de Arimatan Martins. A temporada aconteceu no Teatro Estação (Nos Trilhos do Teatro), dias 07 e 08 de dezembro.
(mas as Bernardas na sala de jantar/foto Magareth Margô Leite)

E dia 11, no Theatro 4 de Setembro, às 20 horas, tem a apresentação especial e extraordinária do espetáculo mais premiado, visto e viajado do Harém, "Raimunda Pinto, Sim Senhor!, de Francisco Pereira da Silva. Dirigido por Arimatan Martins.
(Raimunda[Pellet], Lindalva[KK], Izaura[Moisés] e Jorge Carlo[Mãe]/acervo Harém)

Serviço:
dia 11 de dezembro
às 20 horas
no Theatro 4 de Setembro
"Raimunda Pinto, Sim Senhor!"
Classificação Livre

sábado, 5 de dezembro de 2015

Aos céus de Estelares

Uma Diva 
por maneco nascimento

Nem sempre nos damos conta de que o imponderável pode nos colher de surpresa,
a qualquer instante, no abrupto da hora, com avisos demonstrados em sinais deixados
no cotidiano, ou com tempo de depurar a espera.

Assim culmina a humanidade. Para realizar a máxima de nascer, para a vida e à vida do
palco, da cena, da profissão escolhida.

Crescer para a independência, para conquistar novas terras e horizontes ampliados.
Reproduzir os exemplos, aprendizados e as referências de passagem por este planeta e
fenecer pelo sono, descanso físico e o espiritual que alça o missionário ao segundo
plano, ou primeiro na escala de ascensão da alma.

Entender, aceitar, conseguir desligar-se dessa estadia de aprimoramento moral,  de
etapas a serem conquistadas na gradação do espírito ao lúmine primordial. Assim
nasce-se e assim morre-se. Faz parte do “show” de cada um(a), brilhar e depois
recolher-se ao ocaso natural da natureza humana, em qualquer que seja a experiência
a ser laborada.

A madrugada deste sábado, 5 de dezembro, nos colheu a todos com uma surpresa de
algo já esperado.

A transição da doce e deleite senhora da cena, Marília Pêra. Uma das maiores atrizes
do teatro, por excelência, cinema e televisão brasileiros. Ela que conseguiu, através da
telinha mágica alcançar maior platéia nacional e estrangeira, também, haja vista a
exportação da teledramaturgia brasileira.

Senhora do palco, para dramas e musicais. Premiada no cinema com um tempo de
entrar, dizer muito bem um texto que arrecadasse a atenção de seu público e
desaparecer com seu sorriso característico. 

Introduzir suas ironias delicadas, seu
humor degustado para causar maior efeito sobre o riso da recepção, sua voz anasalada
e de nuances ricas de intenções e atenções às vozes sociais e falas devotadas de
autores, dramaturgos, roteiristas e de detentores/as da magia da mentirinha, do fingimento,
da arte de persuadir, através da construção da personagem, sempre em busca de um
autor(a) e de um(a) intérprete.

(Marília em foto de 2012/fonte wikipédia)

Esta, Aquela, eis a Diva das estações dos dramas e comédias ampliados na arte e ofício
de ser atriz e diretora de teatro, cantora e outras facetas que acompanham a
personagem das personagens da construtora de verdades, através do fingimento.

Marília era, é assim. Intensa, íntegra em suas personagens, carismática e dominante da
cena pensada nos solilóquios e monólogos interiores, que se nos dominam quando
envoltos com sua majestade a personagem. 

Era a sempre mulher da cena e das verdades cênicas. A Marília, de Pixote, premiada. A
Marília, de um telefonema em Central do Brasil. A Marília, de Dias Melhores Virão, em
que rouba o emprego da amiga ingênua e segue em seu lugar ao estrangeiro.

A televisão perde um dos seus mais respeitados e humorados tempos de dizer um
texto simples. Garimpar no varejo melhores intenções ao texto teledramático e ainda
dar um ganho às personagens que chegaram as suas mãos.

O teatro, sua fama e sua lua de São Jorge e de Gagarin. De Roda Viva; Adorável Júlia;
Doce Deleite; Brincando encima daquilo; A Estrela Dalva, Elas por Ela e um infindável
mundo da fantasia e do prazer de ser atriz. 

Seu último trabalho na televisão, com o parceiro Miguel Falabela, foi na divertida série Pé na Cova, em que dividia carinho,
afetos e refresco do conturbado mundo biz do(a) artista, ao representar quase ela mesma
em tom confidente com o grande amigo de palco e bastidores.

[ATRIZ MORREU NESTE SÁBADO (5), NO RIO DE JANEIRO
Marília Pêra morreu na manhã deste sábado (5), aos 72 anos. A atriz estava em
sua casa, em Ipanema, Rio de Janeiro, e sofria com um desgaste ósseo na região
lombar - ela chegou a ser operada e precisou se afastar do trabalho por um ano.
Rumores recentes indicavam que a veterana havia sido diagnosticada com câncer
no pulmão e seu estado de saúde inspirava cuidados. No entanto, a família da
artista fez questão de negar.
Durante a chamada do "Jornal Hoje", da Globo, Rodrigo Bocardi confirmou que
Marília sofria com a doença: "[...] morreu em casa, em Ipanema, no Rio, aos 72
anos. Ela tinha se tratado de um desgaste ósseo e já tinha sido diagnosticada
também com câncer".] (http://www.msn.com/)

Da atriz em seu tempo de ser Estrela
“Marília Marzullo Pêra (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1941 – Rio de Janeiro, 5 de
dezembro de 2015) foi uma consagrada atriz, cantora diretora teatral brasileira.
Além de interpretar, Marília cantava, dançava e atuava também como coreógrafa,
produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.
Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro
pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco
da companhia de Henriette Morineau.
Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre
eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília, ela
passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias,
o que era raro naquela época.[1] 
Outras peças como: O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no
papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena
Notável (1966), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln
Center, em Nova Iorque (1975), dirigido por Nelson Motta; na única apresentação A
Pêra da Carmem no Canecão em 1986, em 1995 e no musical Marília Pêra canta
Carmen Miranda (2005), dirigido por Maurício Sherman.
Marília é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público
infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas
telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de
Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek. A estreia como
diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado.
Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968)
de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma
segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a
residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.
Em 1992, apresentou o musical Elas por Elas, para a TV Globo. Ao lado da
cantora Simone e de Cláudia Raia (...)
Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella,
onde interpreta duas irmãs gêmeas." (www.wikipedia.com.br/acesso 05.12.215 às 16h51)


Em paz e à Luz o brilho da estrela Marília Pêra. Evoé, Marília!