por maneco nascimento
O Lume Teatro, de Campinas, São Paulo, deitou e rolou às expensas de palhaçadas, alegrias e teatro interativo entre a gague, o clown, em anarquia provocativa do caos dramático a equilíbrio de dramaturgia circenses contagiante, e "magias" e "erros" ao riso empático provocado pelo ato do Palhaço, definitivamente, dominante do público presente, na noite de 25 de março, no 4 de Setembro, às 20 horas.
Com um prólogo, em que o Palhaço Teotônio (Ricardo Puccetti) chega à cena, pela porta lateral, vindo da rua, já abre uma boa margem das surpresas que vêm povoar a hora de roubar riso da recepção.
Para um espetáculo de 90 minutos, de atuação presentemente dinâmica e recheada de novidades histriônicas, a cada nova cena do mapa cômico apresentado, o Palhaço andejou plateia acima, plateia abaixo, mexendo e integrando seu teatro à plateia, entre surpresa e desejosa de partilhar a experiência das quartas, quintas, etc, paredes debeladas.
Um fôlego de humor e de criativo estimulador da participação do público, Teotônio conseguiu não só excitar a plateia infantil, como dialogar direta e, por vezes, "ríspido feliz" com os infantes que não o deixavam correr, facilmente, com o roteiro.
As magias e truques reveláveis e os sketchs elementares do mundo do circo ganham uma força espetacular na arte e método do ator de bem fazer rir.
É preciso ter muita tarimba para manter presa uma boa plateia, como a presente àquela noite, por uma hora e meia de palhaçadas. E Ricardo Puccetti teve de sobra esse "timing"e, se deixasse vir a quebra do protocolo do riso, pensado na Criação e Concepção (de Ricardo e Nani Colombaioni), certamente teria + elementos para muito + tempo de riso e às gargalhadas provocadas.
A Cenografia e acessórios, de Ricardo, Nani e Abel Saavedra, e o Registro audiovisual, de Alessandro Soave, soam felicidade compensada ao equilíbrio da cartografia e respostas sinérgicas da atuação e determinantes do diálogo eficaz do intérprete/Palhaço e público, na verdade do fingimento risível e na indivisível comunicação entre, os cúmplices da cena, recepção e artista.
Lume é Luz apropriada, no exercício da arte dramática e define bem a tradição cunhada, na história e memória do teatro brasileiro construído, para a identidade da própria cena que catapulta a ação dramática proposta por esta Companhia paulistana.
Uma cena memorável. Um espírito feliz lavou alma do público que acorreu a ver o Lume e seu "La Scarpetta". As crianças, estas devem estar regurgitando, até agora, a hora feliz de pingue-ponguear com o Palhaço Teotônio os bons momentos do espetáculo, aplicado à SenThe-Teatro de Câmara, no 4 de Setembro.
Evoé, Puccetti. Faça-se Lume!
fotos/imagem: (divulgação)
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