quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dança dance

sempre
por maneco nascimento


A Escola de Dança do Estado "Lenir Argento" começou suas ações de encerramento do final do ano.

Seu Festival de Dança, nos dias 22 e 23 de novembro, para sessões das 17h e 19h30, no palco do Theatro 4 de Setembro. Uma pausa, e as últimas apresentações dias 25 e 26.

Os resultados escolásticos que envolvem todo o corpo de aluno(a)s, em média de oitocentos estudantes, e os mestres professores coreógrafos, ensaiadores, e facilitadores da arte e técnica de dançar e expressar as falas do corpo, através da práxis de dança.

É sempre bom ver as gerações de aluno(a)s deslizando seu aprendizado no linóleo do Theatro 4 de Setembro e acompanhar as diversas partituras corporais, em construção, as gradações e feitos e efeitos que a escola de dança pode proporcionar a quem ocupa um espaço de sala de aula, naquela Instituição de ensino e aprendizagem da arte de dançar.

Uma participação especial abrilhantou mais ainda as sessões de demonstração dos exercícios escolares. A pequena prodígio, a nossa bailarina Anne Jullieth, compôs a cena da Escola, apresentando três números, entre trechos da peça "Diana e Actaeon". Anne não é só um talento expressado em toda delicadeza e afinação da arte, de técnica ascendente, que vem desenvolvendo há mais de uma década de atenções ao clássico.
(Anne Jullieth/imagem page Frank Lauro)

Jullieth apresentou três belas coreografias. Entre os números, o solo clássico Chamas de Paris (Prof. e Coreógrafa Ana Maria Campos, da Especial Academia de São Paulo e O Maitre Guivalde Almeida) e, em cada uma das coreografias dançadas, mais afinco, destreza e delicados sabores de felicidade compensados pelo amor à arte de escolha e profissão que começa despontar para a profissionalização.
(a pequena prodígio Jullieth/foto Cleide Fernando)

Enquanto dança, a pequena bailarina, desempenha algo da arte do clássico que, ousaria dizer, é ver-se florescer uma pequena e nova Ana Botafogo. Um orgulho ver dançar Anne Jullieth.

Dos números apresentados pela E.D.E.Piauí "Lenir Argento", atos de o "O Quebra Nozes" (Ato II) e "Diana e Actaeon". Bonito de ver tanta vivacidade e variação de energias empenhadas, nas lições de cor, das coreografias reproduzidas para os belos tempos, das partituras criadas, aos clássicos das danças em clássico.








(sincronia e beleza ao exercício clássico/imagem Paulo Beltrão)

Crianças, pré-adolescentes, adolescentes e, aspirantes a jovens se completaram na noite. Houve também solenidade de formação, no entremeio das apresentações de números de dança, que envolveram, naturalmente, a participação de formandas.

(Diana e Actaeon; número contemporâneo e solenidade de formandas/imagem Secult)

Algumas alunas, que ficaram doze anos praticando a arte de emoção e paixão dedicadas à apreensão da técnica de bem dançar o clássico e variar também, em vezes de contemporâneo, incluído na práxis de tradição.


Escola pública, com facilitados de inclusão e aproveitamento de crianças pobres das diversas regiões da cidade, com ingresso a partir de teste seletivo, o material humano que expressa dança no palco detém uma diversidade de cores, alegria e graciosidade em dançar e exercitar os caminhos da arte de ser artista.

(Ato II O Quebra-Nozes/imagem Fábio Novo)

Garotas brancas, pardas, negras, garotos idem, se miscigenam na arte e cultura da dança, um corpo escolástico feliz dá a prova dos nove e fazem riqueza cultural, quando entram em cena e perfilam dinâmica e simetrias variadas nos intertextos corporais, previstos aos atos coreográficos apresentados.

Para "O Quebra-Nozes", uma mistura feliz de um casal de bailarinos, em que Clara é representada por uma bailarina negra e o  Príncipe Quebra-Nozes por bailarino pardo. Duas cores, duas misturas da cor brasileira representadas em atos de clássico que, tradicionalmente, seriam, ou foram ao longo do histórico de ballet, representados por bailarinos brancos. A democracia e inclusão da Escola de Dança do Estado quebra as barreiras de cor e mantém, na arte e cultura expandida, ação democrática e representação do artista e não da etnia.

No Segundo Ato do "O Quebra-Nozes", a diversidade de pequenos e pequenas artistas então é de encher os olhos. Empertigados os intérpretes dão o seu melhor e representam muito bem a Escola que lhes dá guarida e lição de vida artístico cultural.

Representam o Ato II de um dos Balés mais famosos e dançados no mundo. Obra do compositor Tchaikovsky. O fazem com muita alegria e orgulho de representarem seu melhor exercício, a dança que aprenderam na sala de aula.
(ensaio geral/imagem Escola de Dança do Estado "Lenir Argento")

"O Segundo Ato, no Reino dos Doces e Confeitos, onde Clara, a convite da Fada Açucarada, senta-se no trono real para assistir a uma sucessão de danças: espanhola, chinesa, árabe, russa, da Bombonière, das flores e ao Pas-de-deux da própria fada com o Príncipe Quebra-Nozes. 'Finalmente todos dançam a valsa de despedida para Clara e o Príncipe, que retornam para casa. Será que Clara sonhou?'" (wikipedia.com.br/acesso 25.11.2015 às 16h08)

A felicidade dançada por aspirantes a novos e novas bailarinas profissionais do clássico. As cores, os figurinos, os arranjos e a postura concentrada que exige a arte de dançar ballet clássico. Cenas bonitas de coletivo que enche os olhos de quem vê e preenche o espaço cênico de cores, vida, dança e energia atomizada ao fazer artístico articulado por corpos sincronizados ao libreto tchaikovskyano.

Entre os atos clássicos, um número contemporâneo que reúne um coletivo com domínio para mulheres e um só homem. Coreografia de composição ao urbano e street dance estilizado ao modo de câmara e em representação para recepções livres.

Logo a marca cênica coreografada se dá para saltos altos e um par de tênis, em que o domínio da mulher, executiva e independente, traduz os novos tempos de mercados e interlocução do feminino na força de trabalho e construção social da nova sociedade. Bom número de se ver, como expressão do outro viés da linguagem de dança.

O número do baby class, um libelo aos olhos de pais e plateia comum que vieram conferir os resultados de final de ano da Escola de Dança "Lenir Argento". É sempre bom ver as configurações de estímulo respostas do plano escolástico e reverbero da práxis de ensino aprendizagem.

A Escola está sempre de parabéns, por conseguir reunir tanto esforço concentrado para ato de arte e educação. O corpo de professores da Escola detém a arte de bem facilitar o aprendizado.

(hora de concentração/imagem Hellen Mesquita)

Hoje, quarta feira, 25 e amanhã, quinta, 26, continuam e encerram as atividades de representação de mais um ano de trabalhos dedicados à dança pela Escola de Dança do Estado do Piauí "Lenir Argento", em seu projeto de formação e informação arte educativos à dança.


"O Quebra-Nozes (em russo, Щелкунчик, Балет-феерия / Shchelkunchik, Balet-feyeriya; em francês Casse-Noisette, ballet-féerie) é um dos três ballets que Tchaikovsky compôs. Foi estreado em 17 de Dezembro de 1892 no Teatro Mariinsky, em St. Petersburg, então a capital da Rússia imperial. Baseia-se na versão de Alexandre Dumas, pai de um conto infantil de E. T. A. HoffmannO Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos/Ratos. Devido à sua temática, é tradicionalmente encenado na época natalícia.(wikipedia.com.br/acesso 25.11.2015 às 16h08)


Diana e Acteon
A história do pas-de-deux Diana e Actéon é uma lenda grega. Em todos os sentidos. Algumas versões sobre sua origem dizem que ele foi coreografado por Marius Petipa, e fazia parte originalmente de sua remontagem do ballet La Esmeralda, de Jules Perrot. Em 1931 Agrippina Vaganova teria recoreografado a peça nos moldes que conhecemos hoje (...)

Na versão de Petipa, o Pas de Diane era um pas de caractère baseado em personagens retirados da mitologia grega. O pas original consistia na personagem Diana (ou Artemis), a deusa virgem da caça, o caçador Endymion, um sátiro e oito ninfas. Petipa formou o Pas de Diane como um clássico Pas de Trois - constituído por uma Entrée, um Grand Adagio para os três solistas e oito ninfas (mulheres do corpo de ballet), dança para as oito ninfas e sátiro, variações de Diane e Endymion, e uma Grand Coda.

Em 1931, Agrippina Vaganova teria ressuscitado a versão de 1903 de Petipa, aí sim inserindo-a no relançamento da versão de 1932 de La Esmeralda para o Ballet Kirov. Por razões ainda não totalmente compreendidas, na versão de Vaganova, Endymion foi alterado para Actéon - uma mudança que é bastante incorreta no que diz respeito ao mito real e ao ballet original de Petipa (no mito Actéon lança olhares sobre o corpo da virgem Diana enquanto ela se banha com as ninfas. Como castigo por isso, Diana tira sua fala, acrescentando a condição de que, se tentasse falar, seria transformado em um cervo. Ao seu própri
o grupo de caça, ele tenta gritar, e é assim transformado. Seus cães de ataque o matam em seguida)”. (http://balletdf.blogspot.com.br/ acesso 25.11.2015 às 18h10)

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