Itararé, eternamente
por maneco nascimento
Itararé, a República dos Desvalidos, texto escrito por José Afonso de
Araújo Lima e encenado pela primeira vez em 1986. Sucesso da década de 80, teve
uma nova leitura à cena em 2006, quando computou vinte anos desde a primeira
montagem e, em 2014 abre o leque a + uma leitura. Na primeira iniciação,
Zé Afonso era o diretor do espetáculo, lembra o ator e diretor de teatro Wilson
Costa, que continua na equipe da peça.
(Zé Afonso, autor e diretor de duas montagens/imagem reprodução)
Wilson diz que foi convidado por Afonso para ser assistente de direção do espetáculo. "Sim. eu estava em um momento que iniciava no teatro. Fui convidado pelo Zé Afonso pra ser assistente de direção. Comecei muito a aprender sobre teatro, vendo ele dirigindo. Sempre fui fã do pessoal que fazia teatro, Lari, Fábio, Eleonora", lembra. Informa que depois entrou o José da Providência e "transformou em cenário de circo e os figurinos mais leves ficaram", conta.
(Provi deu a leveza do circo à peça/imagem reprodução)
A montagem de 2006, relembra o ator, tinha a Orquestra Sinfônica. "Mais clássica, entraram o Marcel e Bid e Claudinha, fazendo a beata", aponta Wilson. Também desfia as outras beatas que passaram pelas montagens, Cândida Angélica, a primeira beata, Izinha Ferreira, a segunda, Claudinha, a terceira, e "agora, a Edithe Rosa, a quarta beata, nessa montagem de 2014". Passaram pelo espetáculo, ainda, a atriz paraibana, Eleonora Montenegro, que fez a Rosa Pacu.
Wilson diz que foi convidado por Afonso para ser assistente de direção do espetáculo. "Sim. eu estava em um momento que iniciava no teatro. Fui convidado pelo Zé Afonso pra ser assistente de direção. Comecei muito a aprender sobre teatro, vendo ele dirigindo. Sempre fui fã do pessoal que fazia teatro, Lari, Fábio, Eleonora", lembra. Informa que depois entrou o José da Providência e "transformou em cenário de circo e os figurinos mais leves ficaram", conta.
(Provi deu a leveza do circo à peça/imagem reprodução)
A montagem de 2006, relembra o ator, tinha a Orquestra Sinfônica. "Mais clássica, entraram o Marcel e Bid e Claudinha, fazendo a beata", aponta Wilson. Também desfia as outras beatas que passaram pelas montagens, Cândida Angélica, a primeira beata, Izinha Ferreira, a segunda, Claudinha, a terceira, e "agora, a Edithe Rosa, a quarta beata, nessa montagem de 2014". Passaram pelo espetáculo, ainda, a atriz paraibana, Eleonora Montenegro, que fez a Rosa Pacu.
Das experiências de Costa, diz que trabalhar com Providência, em
1986, foi quando passou a criar adereços e foi assistente de figurinos, criados
por Helô Cristina. Também assistente do espetáculo, de modo geral, "fiz
maquiagem e contrarregragem".
(cena da macumba, de 2006/imagem reprodução)
Da montagem de 2006, direção de Zé Afonso, contribuiu como aderecista, maquiador e contrarregra. "2014, somos hoje. Faço adereços, sou contrarregra e maquiador. A experiência é muito interessante, porque você vê o pensamento e a visão de cada diretor, sobre a dramaturgia de Zé Afonso. Agora, em 2014, o circo tá mais forte. Mais escrachada, mais leve. Eu lembro que, com essa montagem, me vem à cabeça o primeiro espetáculo que vi do Grutepe, que foi Guerra dos Cupins. Lorena, Lari, Fábio, Lurdinha, em cena, me apaixonei pelo teatro", finaliza.
(cena da macumba, de 2006/imagem reprodução)
Da montagem de 2006, direção de Zé Afonso, contribuiu como aderecista, maquiador e contrarregra. "2014, somos hoje. Faço adereços, sou contrarregra e maquiador. A experiência é muito interessante, porque você vê o pensamento e a visão de cada diretor, sobre a dramaturgia de Zé Afonso. Agora, em 2014, o circo tá mais forte. Mais escrachada, mais leve. Eu lembro que, com essa montagem, me vem à cabeça o primeiro espetáculo que vi do Grutepe, que foi Guerra dos Cupins. Lorena, Lari, Fábio, Lurdinha, em cena, me apaixonei pelo teatro", finaliza.
Nessa montagem de 2014, sob a direção de Arimatan Martins, outro viés é
apresentado pelo dramaturgo de cena do Grupo Harém de Teatro. Arimatan diz que
nessa nova leitura, o resultado se chamará República dos Desvalidos.
"Perde o nome Itararé", confessa ao direcionar novo foco dramático a
um dos + vistos e aplaudidos espetáculos que Teresina já viu e que outros
estados e festivais premiaram.
(Ari dirige "República dos Desvalidos", montagem de 2014/imagem reprodução)
Lari Sales, que recebeu a alcunha de Dama do Teatro Piauiense, com + de quarenta anos de serviços prestados ao teatro amador do estado, também tem ótimas lembranças das revisitas ao espetáculo. E Itararé, a República dos Desvalidos é muito e tudo que melhor já conseguiu realizar no Grutepe. E quando fala da montagem de 2014 credita que há sempre uma novidade. "Tô, tudo um sentimento novo pela peça, agora. Tô tudo três visões das montagens. Cada uma é um espetáculo diferente. Fazer Itararé agora é trazer de volta o que tem de melhor do espetáculo piauiense", se empolga a atriz.
Lari Sales, que recebeu a alcunha de Dama do Teatro Piauiense, com + de quarenta anos de serviços prestados ao teatro amador do estado, também tem ótimas lembranças das revisitas ao espetáculo. E Itararé, a República dos Desvalidos é muito e tudo que melhor já conseguiu realizar no Grutepe. E quando fala da montagem de 2014 credita que há sempre uma novidade. "Tô, tudo um sentimento novo pela peça, agora. Tô tudo três visões das montagens. Cada uma é um espetáculo diferente. Fazer Itararé agora é trazer de volta o que tem de melhor do espetáculo piauiense", se empolga a atriz.
Para ela é a oportunidade de mostrar à nova geração que não conhece
essas pessoas e o quanto elas são capazes de realizar, informa, ao se referir ao
elenco que reúne ela, Vera Leite, Bid Lima, Edith Rosa, Marcel Julian, Eliomar
Vaz e Fábio Costa, todos sob a direção de Arimatan Martins e Produção Executiva
de Zé Afonso.
Reforça Lari Sales o crédito que esta é a terceira e última intervenção
que Itararé vai sofrer. A primeira era pop, aventura musical. Uma juventude
numa aventura no próprio espetáculo. Foi divisor de águas do antes e depois.
"Então a gente tinha a intenção de mostrar a segregação de quem morava em
conjunto habitacional. Em 2006 era um pretexto à remontagem. Era tão bom, era
acadêmico. É um clássico. Mais erudita e tão popular que talvez a experiência
de eruditizar não tenha funcionado muito bem ao público", confessa.
Lari defende que "somos populares demais. Somos circenses demais. O
erudito era bonito, mas o popular engolia a dramaturgia" e ainda assim
ficou de lado. A montagem mais erudita, seria mais musical. A música tem muito
destaque, afastou o público", diz. "A erudição desviou o foco principal. O
público comum se afastou. O erudito sobressaiu e o resto ficou apagado. Na
minha opinião pessoal, não funcionou a erudição, houve descontinuidade",
constata.
A terceira edição, reflete Lari Sales, está fechando com o Teatro
Pesquisa. "A terceira resgata o ator e a cena, a música vem
colaborar. É a hora dos atores, do teatro aparecerem. A música e a expressão
corporal trabalham em função do ator. Vamos pegar pelo humor nordestino, do
drama do circo. uma surpresa para quem viu as duas montagens anteriores. A
leitura do Ari foi de envolvimento de todo o elenco, estímulo aos atores e à
plateia", garante Lari.
Na montagem passada, se refere a 2006, "nossa, que música linda. Na
primeira, Eleonora sabia dançar. Na segunda, a Vera sabia cantar e agora a peça
será dos atores. Mergulho na dramaturgia do autor para os diretores e atores.
Eu queria essa mudança. Essa montagem é a definitiva. Vai satisfazer a gente.
As três montagens é em forma de poucas temporadas", computa, ao incluir a
direção de Zé Afonso, primeira, a de Providência, dentro da primeira, que seria
a segunda e, de novo, a de Zé Afonso, a segunda, tida como terceira, no raciocínio da atriz .
E adianta, "sucesso. Pausa. Dessa vez é botar o espetáculo em cena,
mostrar a todo o Piauí. Se fazer com que ela valorize a plateia. Não tem que
ficar na bagagem, tem que ir para o público", fecha o assunto.
Itararé, a República dos Desvalidos, ou República dos Desvalidos, como vaticina
Arimatan Martins, o espetáculo tema de Zé Afonso volta à cena, nesse dezembro.
Faz pré-estreia, nesse dia 16, terça feira, no Equipamento Cultural CEU,
localizado no bairro Santa Maria da Codipi.
O elenco azeitado, à essa nova investida, começa a demonstrar o circo
brasileiro dos Desvalidos, a partir das 20 horas. E promete que vai quebrar o
gelo de quase trinta anos, desde a primeira montagem. Em janeiro faz temporada
no Theatro 4 de Setembro e circula o interior do estado e Brasil afora.
É ver pra crer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário