por maneco nascimento
Vivemos, graças a Deus, sociedades + liberadas em que
mulheres, no RS, podem correr nuas e livremente nas ruas; podemos alardear, publicamente, nossas convicções políticas, religiosas, de orientação sexual; de
livre arbítrio às conquistas cidadãs que, declaradamente, os direitos humanos
buscam, lutam e reverberam ao olhar de sensibilidade e apreensão que valorizem a
natureza humana e suas, também idiossincrasias, caso estejam na pauta da defesa
de direitos cidadãos.
Mas nem tudo poderia ser liberalidades, caso não se tenha ainda
passado por discussões populares + afirmativas e ou declaradas por Leis, ou
discriminação. Seria o que rezam as convenções sócio democráticas. Senão, vejamos. O uso da maconha é de natureza humana. De
coptação das civilizações primitivas, o uso desse entorpecente ganhou o urbano e
virou negócio de negócios, seja do tráfico, violência disfarçada, da dependência que movimenta o
capital de outrem, seja do prazer que possa dar ao usuário.
Aliás, enquanto ciência, pesquisas e direcional à saúde, o uso da maconha para fins medicinais é um bem
necessário e a humanidade, seguramente, agradecerá os avanços científicos e
humanitários a partir da “cannabis sativa”, mas usar em afronta aos espaços de
convivência de quem também não usa, nem é apólogo de drogas, beira ao discurso que precipitaria, talvez, ao passo em falso de liberdades.
Sem moralismos, use quem quiser e como quiser. Mas, enquanto
não discriminado o uso dessa substância que dá “um barato”, o “chá”, a
“bolacha”, o “beque”, ou qualquer outra designação criativa que venha a levar, a
maconha ainda estaria reservada a lugares + particulares, domésticos,
familiares, de grupos fechados, ou em veias de adrenalina perseguida, porquanto
ainda for tabu fumar maconha em qualquer lugar.
Fumar maconha em mesa de bar, plantado dentro de Complexo
Cultural do Estado, seria no mínimo descortês com outras pessoas que, necessariamente, não precisam conviver com usuários de drogas, ainda ilícitas. A administração do Bar e demais clientes não precisam deste expediente, haja vista o local não ser clube de usuários de maconha.
Alguns meses, ou dois anos atrás, o mesmo estabelecimento
sofreu um incidente similar. Uma professora pedagoga achou natural acender
um cigarro de maconha no balcão do Bar do Clube dos Diários. À época, o mesmo
administrador concessionário do Bar combateu a atitude libertária da
professora pedagoga, solicitando que ela procurasse outro local para fumar
seu prazer.
(espaço de convivência sócio cultural/imagem reprodução)
O assunto foi tornado público, através das redes sociais, ela
desapareceu do estabelecimento por alguns meses e retornou quando as eleições
indicavam a volta, pelas urnas, do governador eleito pelo PT. Arvorada de
militante das fileiras petistas e gozando de proximidade com o senhor
governador/senador e futuro governador do estado do Piauí a partir de janeiro
de 2015.
Falar alto, riso + alto ainda, discutir teorias de senso
comum como se cantasse a pedra de roseta, tornar-se centro de atração pelo desgaste
do muito ruído na comunicação e barulho estridulante, por nada, às vezes, incomoda quem aprendeu a, pelo menos, sonhar com “o silêncio das línguas
cansadas” (tavito e zé rodrix: casa no campo).
Assim a professora pedagoga, que parece ter aprendido ao
risco das orelhas de livro a pedagogia que leva para vida, vai empurrando às
custas da barriga seu modus operandis, de gritar para intimidar e fazer parecer
que se está falando é com ela e que quem não gostar, que vá reclamar pro vazio.
Mas, o mundo é de bons ouvintes, pois a pedagogia da construção de troca, de aprender
a aprender e ouvir +. Melhor ainda seria um mundo interacional, de boas
conversas, didáticas e dialética de aproximação, agregação e não de resistência à pessoa da pessoa que se se apresenta ao convívio comum das horas de diversão e entretenimento seu e dos outros também.
Na noite do dia 11 de novembro de 2014, a professora
pedagoga voltou a atrair a atenção para seu maneirismo de parecer vítima,
quando não parece conseguir a sintonia de quem precisa sobreviver a partir de
regras de boa convivência e observação de direitos e deveres na relação social.
(BCD/imagem reprodução)
A professora pedagoga sentou-se à mesa do Bar do Clube dos
Diários e, lá para tantas em companhia de uma ex-aluna da Escola de Teatro do
Estado, acenderam um “beque” e, na proximidade da mureta que dá acesso à rua 13
de Maio, marcaram pontos à própria felicidade. O concessionário do Bar foi
reclamar da ação das moças e, num acesso de zelo pelo espaço que está sob sua
tutela, acabou, segundo a professora pedagoga, ofendendo-as.
A profa. pedagoga disse ter sido tratada como moleca e que
estava vindo do trabalho, saindo da sala de aula e o que “tem eu ter o meu chá?”
e gostar de usar. Não se questiona as preferências, gostos, usos e satisfações.
O que talvez esteja em questão é que, enquanto não seja discriminado o uso de
maconha, em qualquer espaço da cidade e do país, regula-se em suas
particularidades para usufruto de seus prazeres entorpecentes em seus espaços
contumazes, que não é o Bar do Clube dos Diários.
(equipamento cultural Clube dos Diários/imagem reprodução)
Local de frequência distinta e diversa, é espaço para
artistas, professores, pedagogos, militares, agentes comerciais, fazendários,
turistas, curiosos, transeuntes, pedintes, engraxates e toda sorte de
passeantes, inclusive usuários de maconha, mas seguramente não é clube de
usuários.
Então, por que a ofensa por receber a reclamação? Ofendido
ficasse o concessionário do Bar, afinal não faz apologia ao uso de drogas. O
que no senso comum já seria espaço de "libertinos", acaba contribuindo, a atitude
da professora e da aluna, em acentuar imagem que não gostaria de ter o espaço de
livres iniciativas culturais. Com dez testemunhas, só amigos presentes, ou
nenhuma pessoa “careta”, o Bar não deveria abrir referência de local a uso de
drogas.
A professora pedagoga, ainda alegou que não deixaria de
frequentar o Bar, que aquele seria o único espaço que reúne artistas e amigos
comuns e que alguns artistas vivem amarrados ao medo de perder espaço.
Senhora professora pedagoga, invista na pedagogia das
leituras do mundo, sem se vitimizar e fazer parecer que o mundo é “careta” e
estaria contra suas atitudes. Não. O que não é possível, é que pareça natural que uma profissional das fileiras da arte de educar e formar cidadãos queira deformar o
discurso alheio, a partir da imposição do próprio discurso de liberdades
protegidas pelas expectativas de cargos e legendas políticas e poder de sombra
à afeição política.
+ trabalho, + pedagogia da construção social de direitos e
respeito aos deveres sociais e política de tangenciar-se entre os iguais e
diferentes, sem ostentação de poder alheio encamisado em benefício próprio. Não
se discute a quem “pertencerá” o Bar do Clube dos Diários, quando janeiro
chegar.
O que se espera é que se sonhe, sempre, com a liberdade de manter um
equipamento cultural da cidade e do centro, quase morto de Teresina, como um
local que receba a todos, indistintamente, mas que mantenha os hábitos naturais
dos que vêm pra ficar e os que vão para sempre voltar. Sem ter que conviver com
usuários de maconha, impondo seu prazer e tendo, ainda, como testemunhas pessoas que
não precisam conviver com essa preferência, e até meninos, em situação de vulnerabilidade, arriscando
encostar para pedir um “tapinha”.
Senhor futuro e já eleito governador do estado do Piauí,
excelentíssimo W. Dias, o Bar é público e pode naturalmente ser ocupado por
quem quer que sua caneta apontar, é justo, democrático e da decisão do cargo
que ocupará. Mas, seguramente, não é laboratório de formação a clube de
dependentes químicos. Eu, embora artista e não “careta” não vejo como normal,
acender um cigarro “de chá” em mesa de bar do Complexo Cultural Clube dos
Diários/Theatro 4 de Setembro.
(Clube dos Diários/imagem reprodução)
E, tenho dito, meus peitos não tão grandes assim servem para
exercício muscular de respiração, proteção frontal de pulmões e órgãos
circunvizinhos e, quando brade, que seja por questões + de construtivismo social
e nunca de apelo coitadista de ofendido(a), por receber reclamação ao usar drogas
em equipamento cultural do estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário