"É brinquedo não!"

parece calote mesmo

por maneco nascimento

O mês foi junho. O evento com vitrine nacional e celebridades musicais sonoras, da melhor veia da música popular brasileira, convidadas e bem pagas. O nome do evento,  Festival de Inverno de Pedro II. Ação cultural que envolve recursos públicos do estado e do município de Pedro II, sede do FestInPe2.

 (shows imperdíveis à praça é em Pedro II/imagem reprodução)

 O ano de 2014, quase em fins de temporada e, para os artistas locais, também convidados àquele Festival, que se apresentaram e deram seu melhor, estão pra  lá com os prazos vencidos de receberem seus cachês. Parece que vão mesmo virar o ano e nem mesmo o Chapolin Colorado os poderá salvar.

De um artista, amigo, entre os que até agora não viram a cor de seu dinheiro pelos serviços prestados no Festival de Inverno de Pedro II, chega uma missiva, em desabafo, acerca do tempo e dinheiro parece que já perdidos, haja vista até o presente momento não haver qualquer segurança de que receberão seus cachês.

(Festival de Inverno Pedro II/imagem reprodução)

"BOOMBAA

Até a presente data, todas as atrações locais, fornecedores e empresa contratada para a realização do Festival de Inverno de Pedro II estão sem receber os devidos pagamentos. Os únicos pagos foram as atrações nacionais. Inclusive existem indícios de desvios de verba. A Prefeita e seus advogados já deram vários prazos e descumpriram todos. Com a palavra o MP.

O evento aconteceu em 19, 20 e 21 De Junho

Toda reunião é uma desculpa, a prefeita não aparece não fala sobre o caso. Enfim. Um enorme desrespeito com aqueles q realmente fazem acontecer o festival....os cachês não chega nem a 10% dos artistas nacionais, que recebem e pq a gente não foi pago? será q seremos sempre tratado assim. Sem o apoio do próprio estado com a nossa cultura o Piauí sempre será redemoinho bem fraco." (Lívio Nascimento/enviado em 10 de outubro de 2014, às 13:00)

Dias 19, 20 e 21 de junho de 2014. Estamos a 14 de novembro de 2014, a prefeita da cidade de Pedro II se omite, se esconde? Ou o artista local não tem mesmo qualquer valor para administrador público, com ascensão politica de interesses voltados só a assuntos políticos? Se não detém atenção de respeito a arte, cultura e artistas, por que então envolve em sua teia de descaso profissionais que sobrevivem da própria arte?

Com a palavra a prefeita Neuma Café. Senhora gestora, pague os artistas. Eles também têm compromissos capitaneados à perspectiva do trabalho realizado e das prestações de serviço a que são solicitados. Há boatos de que novo prazo, da prefeita, para pagar os artistas locais seria dia 20 de novembro. Seria + um empurrãozinho com a barriga do descaso, do (des)pretensioso calote ao negócio da cultura local.

(prefeita Neuma Café, um cafezinho ai?/imagem reprodução)

Durante o evento, seguramente, as luzes dos holofotes de celebrização eventual talvez deixe um(a) gestor(a) deslumbrado(a), com seu sucesso de empreendedor(a) de evento cultural que atrai a atenção de todo o país que aqui se vê representado por seus artistas.

Depois, passa a febre terçã da mídia imediatista e efeméride de aparição e, então, a gestora do município se omite? Finge que não deve nem satisfação aos artistas locais que  cuidaram para abrilhantar, naquele município e evento, promovido pela cidade em sua gestão de política de cultura de governo, dias de interação artístico cultural.

A dívida da prefeita Neuma Café, à frente da administração de Pedro II, para com os artistas locais, já incorre para os cinco meses. Até o dia 20 de novembro, quase meio ano terá corrido antes que a senhora Neuma Café tenha pago essa dívida com os cantores, músicos, fornecedores e empresa contratada para a realização do Festival.

Em estado que um certo Pablo Martins, pode inventar evento, contratar bandas e sumir na véspera, deixando o "Festival Planeta Brazuca Teresina - 2014" a ver navios e os artistas querendo uma resposta da cidade, do estado, da polícia e da família desse indivíduo (que não é filho de chocadeira), acerca do que teria sido feito de "Baby Jane?!?!". Ou melhor, do evento que ele teria inventado e do dinheiro que o público e bandas investiram para a agenda em Teresina. Alguma resposta?

Parece fichinha, dar calote em artistas? Então, senhora gestora de Pedro II, não faça como esse Pablo Martins. Assuma suas dívidas e compromisso com os artistas locais. Faça a diferença e sirva um café de gentileza, respeito, responsabilidade com contratados e, especialmente, demonstre uma ação política à cultura do estado e de sua cidade natal.

O Festival de Inverno de Pedro II construiu um histórico tão significativo, ao longo de suas edições anteriores a 2014, que mereceria manter um perfil de fechar as contas, sem preterir ninguém, muito menos quem abrilhanta o evento. "Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome". Artista é pra contar uma próxima participação no FestInPe2 e não pra receber calote.

Certifique-se e cumpra essa meta de priorizar pagar o trabalho de quem precisa brilhar e não morrer de fome.