terça-feira, 18 de novembro de 2014

Cobras do Ano 2014

+ cobras, Impossível.
por maneco nascimento

A noite do dia 17 de novembro, desse 2014, foi de muita alegria, diversão e cobrisses altamente saudáveis.

 Após a entrega dos Melhores do Ano do Teatro Piauiense 2014 (realizado por Aci Campelo, Jesus Viana e Edson Jr.), o público percorreu trilhas, caminhos e veredas paralelepipedadas e se acomodou no Bar do Clube dos Diários à festa de confraternização do MeATeaPi 2014 e aos trabalhos de eleição da Cobra do Ano 2014.

Festa regada a coquetel e encontro e despedidas dos premiados às duas Atrações (Teatro e Cobras 2013) e passagem de faixas aos agraciado(a)s do Ano 2014. O Prêmio Cobras do Ano 2014 – Ano Humberto Pequeno, mas com peles + velhas que o mundo - recebeu à esta versão as seguintes categorias concorrentes:

Cobra Coral – listada, ou cinza grená – mas o matiz tá na presa postiça; Cobra AiAiAi – não envenena espetáculo contemporâneo, mas papa um bom pintassilgo em destiladas interjeições; Cobra Coitadinha – faz caras e biquinhos de pobrezinha perseguida, mas se aparecer uma perseguida, papa, depois de inocular olhinhos de atração; Cobra Polêmica – filha da encrenca e prima do disse que me disseram, sempre tem razão de sobra, mas nada de presas aprisionadas pra mordiscar; Cobra Virtual – tá sempre por trás de um fake, falsa até quando as operadoras nada destilam, mas quando se enroscam na rede não há presa que escape.

(imagens divulgação dos bichinhos, inocentemente, originais)

Durante o sufrágio, houve a parte cultural musical. Abriu o expediente, Esaú Barros e seu bom repertório Pop Rock MPB afinado. Na sequência, Ernani Filipe também deu seu ar de graça musical e, antes que a contagem dos votos às eleições do Cobras do Ano 2014 fosse realizada, Rosinha Amorim e seu parceiro de violão luxuoso, Rubeni Miranda, deram a cancha improvisada. A voz de rouxinol, em pérolas da MPB, marcou a festa. Como disse a atriz Vera Leite, Rosinha continua a mesma, é pura juventude em voz e tempo de existir.
(cobra Rainha/imagem divulgação)

Com o tema, Seja Cobra. Indique-se ou Indique, o Cobras do Ano 2014 abriu, no mês de novembro, até os últimos minutos que antecederam o fechamento da urna, tempo de votação. A Comissão de Cobrisses pré-indicou candidatos à abertura de possibilidades de eleitos.

Os candidatos pré-indicados às Cobras específicas. Cobra Virtual: a jornalista Deborah Radassi, o jornalista e professor de inglês, Eugênio Rêgo e o produtor cultural e ator Francisco Pellé; Cobra Coral: ator Edson Jr., ator e diretor Siris, produtor cultural Walfrido Salmito; Cobra Polêmica: a musicista Carla Ramos, a atriz Reijane Dias e o compositor Zé Marx; Cobra AiAiAi: o ator e diretor Avelar Amorim, o ator, diretor e produtor cultural Vitorino Rodrigues, o coreógrafo bailarino Samuel Alvis; Cobra Coitadinha: o ator e diretor Adalmir Miranda, o ator Lívio Bastos, o jornalista Kenard Kruel; Cobra Virtual Internacional - Prêmio Especial -: João de Brito (EUA), Irene Lima (Londres), Valdemar Santos (Brasília – DF - Brasil).

Levaram a pele nova da Cobra rainha do Ano, Siro Siris, com 10 votos (Cobra Coral), vencendo Francisco Pellé, 07 votos e Reijane Telma, 04 votos; Avelar Amorim, com 09 votos (Cobra AiAiAi), passando a perna em Adalmir Miranda, 05 votos e Edson Jr., 04 votos; Adalmir Miranda, com 08 votos (Cobra Coitadinha), em superação às peles lustrosas de Francisco Pellé, 04 votos e Kenard Kruel, 03 votos; Reijane Telma foi eleitíssima com 10 votos (Cobra Polêmica) e deixou no ninho de ovos eclodidos as cobras, já criadas, Carla Ramos, 04 votos e Zé Marx, 03 votos. 

Como tradição de polemizar, a vencedora Reijane Dias contestou o resultado de seus votos, alegando ter computado, no paralelo, 17 votos. Os juízes eleitorais não discordaram, mas justificaram que a média de 10 votos já garantia um grande resultado e o excedente poderia ser ofídico às outras Cobras eleitas.

O artista Francisco Pellé foi diplomado com o Cobra Virtual, 07 votos. Engoliu as outras concorrentes Deborah Radassi, 06 votos, e Eugênio Rêgo, 04 votos. A Cobra Virtual Internacional – Prêmio Especial - deu bote certeiro, sem muita surpresa, a João Brito, 08 votos. As concorrentes, calcanhar a calcanhar, Irene Lima papou 06 votos e Valdemar Santos, 04 votos.

Cobras premiadas, receberam assim: Cobra Coral (Siro), um búzio para ouvir o sibilar das cobras marítimas e manter comunicação. Cobra AiAiAi (Avelar), um cortador de unhas para confundir as interjeições de aiaiai!, sejam de dor ou proteção de ofendidos; Cobra Coitadinha (Adalmir), um jogo de dados para distrair-se nas horas de descanso de coitadisse-me. Cobra Polêmica (Reijane), cd Batuque Elétrico para tirar um jingle a sua campanha a vereadora, que tem como plataforma investir em recursos ao Butantã e, por fim, Cobra Virtual (Pellé) agraciado com uma máscara, já que tão fake, precisa de uma máscara para se disfarçar.

Ainda houve os Prêmios ultra Especiais. Cobra que Inferniza, dá o bote e some sorrateiramente. Essa graça ficou com o ator Francisco de Castro. O Cobra Cupim, especial a dramaturgos e aspirantes à arte de carpintaria dramática, foi levado em missiva especial por Avelar Amorim ao ator Waldílio Siso. A ausência, de cobrisse premeditada, não o livrou da comenda chocada na observação dos rastros deixados. 

Nos últimos instantes da apuração dos votos, chegou via Sedex, à cobra AiAiAi, um voto anônimo para  Marcelo Evelin. 

Cobrisse de boca de urna foi artimanhada por Ricardo Totte e Clênya Moreira que, além de venderem seus respectivos votos, ao preço de mercado das cobras, ainda fizeram campanha, à “boca da matança”, ao ator Francisco Pellé.

O cobra à cobra, em campana de Totte&Clênya, da hora, desbancou o possível eleito, em pesquisa realizada pela Instituto DataCobra que dava a Eugênio Rêgo 89,98% de percentual a eleito. Eugênio, por favor, não faça o prometido, que seria falar mal do evento, caso não eleito. Procure o morador da Rua Rui Barbosa e acerte com ele. 

Destilados os “venenos”, de pura cobrisse sem qualquer maldade, encerrou-se os serviços eleitorais da noite do Cobras do Ano 2014 – Ano Humberto Pequeno, mas com peles + velhas que o mundo.

Registros, na festa, da presença de Chico Castro, jornalista; o dramaturgo e um dos criadores do Prêmio Melhores do Ano do Teatro Piauiense, Aci Campelo; Socorrinha Martins, educadora física (IFPI) e odontóloga; Dino Alves, que recebeu um voto de cobra que envenena com seus cartuns; o fotógrafo publicitário Cândido Neto e sua mulher que adoraram a noite.

Confessaram pessoalmente, estes últimos, ao administrador do Bar do Clube dos Diários, João Vasconcelos, que se divertiram bastante. “Não sabia que o Bar tinha essas atividades tão agradáveis, nos divertimos muito. Vamos voltar”, disse Cândido Neto, ao despedir-se da festa.

Também recebe registro de bordereau o Grupo Cabeça de Sol (Caxias – MA), coordenado por Jean Pessoa e Alinie do Carmo. Eles e o elenco maranhense apresentaram performance pontual.

Entre tradições de memórias coloniais e novos colonialismos adaptados aos contextos do mundo de hoje, Jean, Alinie et al deram recados em meio a burburinhos, aos que dedicaram olhar e aos que, de todos, “estão surdos”. Parabéns ao Cabeça de Sol que, em partitura livre, repercute teatro intervencionista e reflexivo.

Dadas as baterias aquecidas e descarregadas durante o Prêmio Melhores do Ano do Teatro Piauiense – 2014 e o Cobras do Ano 2014, despediram-se concorrentes e premiado(a)s e a noite de 17 de novembro deixou marca de alegria, entretenimento, encontros e despedidas às expectativas de 2015.

À noite de 17 de novembro: cobras, impossível não comprar a ideia. Bravos!!! 

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