por maneco nascimento
Zé Afonso, na Produção Executiva e Coordenação Geral; Lari Sales, Vera Leite, Fábio Costa, Eliomar Vaz Filho, Bid Lima, Edithe Rosa e Marcel Julian, no elenco concentrado.
Aurélio Melo, músicas, arranjos e Direção Musical; Zé Dantas, Sonoplastia e Som direto; Wilson Costa, maquiagem, contrarregragem e adereços e Arimatan Martins, na direção da Comédia Musical A República dos Desvalidos.
O espetáculo tem pauta confirmada, incondicionalmente, aos dias 30 e 31 de janeiro e 01 de fevereiro, que se aproximam, no Theatro 4 de Setembro, para horário das 20 horas. A peça e seus artistas da alegria revisitada vão ocupar terras do drama e de palcos experimentados aos cômicos e dramáticos acentos à arte de convencer e persuadir pelo exercício do fingimento.
(cena da pré-estreia de a República dos Desvalidos/fotos: Francisco Pellé)
A República dos Desvalidos apresenta, na estreia a público curioso e cativo de outras montagens (1986 e 2006), a invulgar pessoa da atriz Edithe Rosa que investirá sua força cênica na voz da Beata Marta Carvalho, nessa revisitação do espetáculo em 2014. Quem já viu Edithe, em cena, sabe que ela não mija fora do caco e dará um aceno dobrado a essa personagem que já fez história nas vezes de Cândida Angélica, Izinha Ferrreira e Cláudia Amorim.
Outra ótima atriz que não deixa margem de dúvidas, quando o assunto é deslizar entre dramáticos efeitos, cômicos, sejam de improviso ou de tradição e escatológicos de expressão críticos gracejados, e farsescos estágios de lúdicos e histriônicos encenados e bem aceitos pelo público, é Bid Lima que também assina o Figurino da montagem.
(Bid Lima e Lari Sales/foto: F. Pellé)
Entre as profissionais das novas gerações de atrizes da cidade, ela está ai porque soube conquistar as próprias linhas de compor, desconstruir e viver teatro de intenções e propósitos teatrais.
Incorporada ao espetáculo, na montagem de 2006, Bid Lima encorpou seu tempo de observar, acenar, pesquisa e investigação de linguagens, entre o tradicional e contemporâneo da nova dança, e hora de ousar e impor sua verve de atuar.
A atriz diz que falar da montagem de 2006 e fazer comparações com essa nova investida em que também está muito envolvida, seria delicado. Cada montagem tem seu valor estético, plástico e cênico e sua história de existir.
A montagem de 2006, Itararé, a República dos Desvalidos, quando foi convidada a fazer parte do elenco, tinha um glamour e aquela energia poderosa que envolvia arranjos e arrojadas interpretações às músicas, com acompanhamento da Orquestra Sinfônica de Teresina. Era lindo e envolvente. Preenchia o Theatro e seu público e o teatro que desempenhavam.
(Banda ao vivo. Vera Leite e Fábio Costa compõem a lenda do Crispim pescador/foto: F. Pellé)
Já para esta + nova montagem, de 2014, com estreia conspirada a 2015, Lima aponta que está mais próxima da realidade, do teatro popular, mais pé no chão das estrelas conquistadas. A direção do Ari (Arimatan Martins) abriu margem de revalorizar o texto de Zé Afonso e reler, nas entrelinhas, algumas nuances que haviam ficado de fora da segunda montagem. Há um deslocamento do bairro Itararé e se apropria da realidade de mais Itararés do Brasil.
(cena aberta de A República dos Desvalidos/foto: F. Pellé)
"Não mais só a vida de um bairro, mas vários Itararés. A gente tá fluindo numa linguagem de moderno, contemporâneo, neobarroco", diz a atriz que confere estar o espetáculo circundando o mosaico do povo brasileiro, representado no "muito louvável ponto de vista do autor, que é muito atual e original, e muito bem aproveitado pelo Ari", conta a atriz.
Bid Lima destaca que nessa versão de agora muita coisa está melhor aproveitada. "Hoje lemos e relemos por outros olhos, desdobramentos de coisas mais políticas". O texto, muito atual do Zé, dá um grande prazer de fazer. "Foi muito bom fazer. Demais legal é que se discute os assuntos sócio políticos de forma lúdica. A gente brinca com a realidade, como já se brincava antes, mas agora se brinca mais. Legal, gostei de fazer", confessa ao se referir à montagem de 2006 e a esta que estreia nesse fim de janeiro.
(Bid e Lari dividem cena/foto: F. Pellé)
A República dos Desvalidos, direção de Arimatan Martins, reitera um histórico de sucesso do Grupo de Teatro Pesquisa - Grutepe - e reinventa temas tão bem capitaneados por Zé Afonso de Araújo Lima, em seu original Itararé, a República dos Desvalidos.
Confira pra você ver!
Serviço:
A República dos Desvalidos
- de Zé Afonso de Araújo Lima -
direção de Arimatan Martins
dias 30 e 31 de janeiro
01 de fevereiro
às 20 horas
no Theatro 4 de Setembro
Informações: 3222 7100
Nenhum comentário:
Postar um comentário