faltam três dias
por maneco nascimento
Depois de quase trinta anos, desde a primeira investida a palcos teresinenses e nacionais, Ela está de volta, chega já já.
Itararé, a República dos Desvalidos ganhou, desde a primeira montagem, em 1986, duas outras novas roupagens.
Uma em 2006 e a que sai, quentinha, do prelo, com laboratórios realizados em fins de 2014 e estreia marcada, incondicionalmente, para dias 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2015, a partir das 20 horas, no 4 de Setembro, como A República dos Desvalidos.
Não se surpreenda, o público, se + novidades estiverem inseridas nessa releitura que chega à cena daqui a três dias corridos.
Itararé, a República dos Desvalidos já foi juventude transversada, pop quente decantada, na década de 1980 [ano 1986]; músicos ao vivo acompanhando o elenco a rocks visitados e clássico dramático reservado, à cena de tragicômicofarsesco intertextual de Crispim e sua mãe vingativa, em composições de Aurélio Melo para poemas do autor da peça. Direção de Zé Afonso Lima/José da Providência.
Em meados da primeira década do século 21 [ano 2006], o espetáculo ganha erudição de arranjos orquestrados e a companhia luxuosa da Orquestra Sinfônica de Teresina, com a batuta de seu diretor, compositor, arranjador, Aurélio Melo, e um mar de músicos e instrumentos preenchendo, com sinfonias pop, os vácuos da Casa de espetáculos e a expectativa do público que acorreu a ver Itararé, a República dos Desvalidos, dirigido por Zé Afonso Lima.
(Zé Afonso A. Lima, ator, diretor e autor desse grande sucesso/imagem reprodução)
Para essa novíssima estreia, em fins de janeiro e primeiro de fevereiro, o texto original de Zé Afonso recebe intervenção de Arimatan Martins e novo batismo. A República dos Desvalidos, alcunhado por Ari, mantém a origem do texto, parte do elenco original de 86 (Lari Sales, Vera Leite, Eliomar Vaz Filho, Fábio Costa) somada aos que ingressaram em 2006 (Bid Lima e Marcel Julian). A boa novidade é a entrada de Edithe Rosa, no papel da Beata Marta Carvalho.
(Arimatan Martins dirige a nova montagem/imagem reprodução)
A leitura arimataneana recupera, também, o circo popular das picardias e histrionismo dosado por José da Providência, quando este convidado por Zé Afonso assumiu o desafio de dirigir e valorizar o teatro de identidade e pertencimento do povo, suas gentes e simplicidade de expressão, através da alegria do picadeiro.
(José da Providência, homenageado n'A República dos Desvalidos/imagem reprodução)
Diga-se, de passagem alegre, que Provi receberá homenagem nesta montagem, concluída em fins de 2014 e que se lança à cena nesse 2015.
Sucesso de público nos idos de 1986 e histórico de viagens por festivais nacionais e temporada no Rio de Janeiro, o espetáculo voltou uma outra vez +, à cena, em 2006, quando completava vinte anos da primeira investida.
Agora, beirando os quase trinta anos, desde que Zé Afonso reuniu colegas de cena e deu vida a Itararé, a República dos Desvalidos, um novo furacão ameaça pairar sobre a plateia do 4 de Setembro.
Deve abrir sinais de história e memória às novas gerações de público que não conhecem a vida em obra deste espetáculo e também saudar a plateia que acompanha esse fenômeno teatral, insistente em ensaiar retornos. Os que viram o tempo de alegria, em 1986 e 2006, poderão conferir novos tempos de felicidade em palco.
A República dos Desvalidos está plantada. Agora é só colher os frutos que hão de variar do "devez" à degustação madura da arte de fingir, sem desmerecer as já experimentadas versões da dramaturgia zeafonsianas do teatro piauiense.
Quem tem medo de A República dos Desvalidos? Quem não guardar qualquer resistência, há de comparecer, rente como boca de bode. Será tempo só de alegria.
Serviço:
A República dos Desvalidos
- de Zé Afonso de A. Lima -
direção de Arimatan Martins
dias 30 e 31 de janeiro
1 de fevereiro
às 20 horas
no Theatro 4 de Setembro
Informações: 086 3222 7100
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