quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"Raul e os 10 Astrados"


 “Raul e os 10 Astrados”
por maneco nascimento

O que há de comum entre Elis Regina e Raul Seixas? Fora o fato de serem sucesso da música popular brasileira e continuarem na crista da onda? Eles são os mortos + vivos e festejados que a história da MPB registra.

Os Festejos do Bar do Clube dos Diários, abertos na noite do dia 01 de agosto, trouxe um projeto que vem na esteira do sucesso do show realizado, em março, pelo aniversário de 30 anos de morte de Elis Regina. Naquele mês, realizou-se um evento em que artistas convidados escolheram uma música do repertório da Elis e cantaram no palco do Espaço Cultural "Osório Jr." 

Eliomar Vaz gostou da idéia e queria que se fizesse um Projeto igual para os adoradores deRaul. Assim foi surgindo “Raul e os 10 Astrados” que cresceu tanto e deixou de ser projeto do Bar para tornar-se de todos que compraram a ideia.

Durante as edições do projeto Boca da Noite há sempre quem peça para o artista da hora tocar músicas do Raul: “Toca Raul, toca Raul!”. E, na reabertura do Boca da Noite, nesse segundo semestre, nada melhor do que se recomeçar não só os Festejos de um ano da nova administração do Bar do Clube dos Diários, como também com uma homenagem ao Raulzito.

“Raul e os 10 Astrados” reúne uma turma da pesada e cantante que trouxe de volta o brilho do Maluco Beleza, com suas belas canções de rock in roll da cepa nacional. E já que Ele nasceu “Há Dez mil anos atrás” e continua “Gita”, “Gita” , “Gita”, por que então não festejar-se o Pai do rock brasileiro. 

Raul Santos Seixas nasceu em 28 de junho de 1945, numa família classe média baiana. Desde pequeno já apresentava talento para vencedor. Em 1954 ganha, de seus pais, seu primeiro violão e, sozinho, começa a tocar algumas músicas. 

Raul conheceu alguns garotos que lhe apresentaram o rock in roll e emprestaram discos deElvis Presley, Little Richard, Fats Domino e Chuck Berry.

Seu primeiro grupo musical foi “Os Relâmpagos do Rock” que depois virou “The Panthers”.Já como “Raulzito e Os Panteras” passou a tocar em boates e shows em que brilhavam artistas da Jovem Guarda. 

Depois veio o Rio de Janeiro, os casamentos, as filhas, os discos, os contratos e os sucessos conhecidos. Em setembro de 1972, no VII Festival Internacional da Canção, inscreve as músicas “Eu sou Eu, Nicuri é o Diabo”, defendida pela nossa querida Lena Rios e Os Lobos, e “Let me sing, Let me sing”, uma mistura de rock com baião, defendida pelo próprio Raul, travestido de Elvis. Ambas foram classificadas. 

Esse mago da sociedade alternativa, criada por Ele e Paulo Coelho, incomodou a muitos eacabou na prisão do DOPS, sofrendo torturas. Deixou o país, mas a música “Gita” foi sucesso absoluto. Ganhou seu primeiro disco de ouro com essa canção. 

“Gita”, “Há dez mil anos atrás”, “O Dia em que a Terra parou”, “Maluco Beleza”, “Sapato 36”, “Metrô Linha 743”, “Cowboy fora da Lei”., entre outras, embalaram o Brasil desse Raul arretado. e seu tabuleiro em rock da Bahia de todos os nossos.

Esse cantor, compositor, rockeiro das terras brasis esteve, presente, na abertura dos Festejos do Bar do Clube dos Diários e, na noite do dia 1º. de agosto, foi dia em que a Terra parou para ouvir “Raul e os 10 Astrados” que, em “Muita Estrela e pouca Constelação” abriu a festa do primeiro Boca da Noite, nesse agosto que a cidade aniversaria. 

Um mundo de admiradores de Raulzito preencheu de mesma energia aquelas horas de felicidade e memória maluco belezas. Uma ótima Banda e as virtuoses de Roberto Seixas e Eliomar Vaz, dos corajosos cantores da ocasião e a tranqüila presença de Jerônimo Rocha.

Nunca tanta gente havia acorrido ao Espaço Cultural “Osório Jr.” Raul vive! Não há quem conteste. A prova dos nove virou dez Astrados.

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