por maneco nascimento
Hoje começarei por Ele, porque não dá pra não dizer nada, nem esquecer... porque Nelson é Nelson e, se não bastasse ser um Ser de grande carisma, calma, córrego tranquilo de águas mansas, em redemoinhos suavizados pelo bravio da missão, dotado de uma boa Luz que o fez ser alçado ao grande ator que é, sempre esteve a serviço da velha e boa dramaturgia de cena nacional.
Nelson Xavier também tem sobrenome do Chico e viveu, no cinema, este grande Ser de Luz, nosso querido Chico Xavier.
(Nelson Xavier por Alexandre Durão/G1)
Hoje, nesta feliz madrugada de começo da quarta feira (10) de maio, foi dia de partida. E, para essa manhã de Teresina nublada, tem-se a notícia correndo às redes sociais e outros mass media de informações corriqueiras de que Nelson Xavier nos deixou... subiu às Estrelas.
Transcendeu às Luzes, melhor acepção de sua partida, já que um sinal claro de quem cultivou nesse domo sua melhor forma de retornar ao princípio e concorrer aos Campos do Senhor, quando chamado.
Meu Lampião preferido, mas também o motorista, o malandro, o mineiro encarnado às boas novas kardecistas (Chico Xavier), as personagens das melhores falas e inflexões comedidas, e ou de humor econômico, tempo de concentradas, mastigadas, refletidas palavras ensaiadas à arte de compor, para maior efeito de intenções e nuances de fazer-se entender e gerar identidade do discurso e compreensão das falas e vozes, trazidas a sua boca pela boca das personagens construídas.
(Maria Bonita[Tânia Alves] e Lampião[Nelson Xavier]\\foto: reprodução web)
Quem não viu este ator no cinema, provavelmente o contemplou na caixinha mágica da teledramaturgia nacional, com sempre uma nova face e uma dignidade de profissão de fazer comunicação pela arte do fingimento, como tantos no hall da grande arte de interpretar, convencer, persuadir pelo ato do fingimento, de alçar o fingimento artístico da encenação.
Era, é e sempre será, nas nossas melhores memórias afetivas, a imagem do intérprete, nas vezes de Nelson, de Xavier, e de todas as construções da personagem que lhe chegou às mãos.
Porque uma feliz madrugada manhã para dizer do desenlace material de Nelson? Porque morrer não é o fim, ou porque tenha sido chamado a preparar-se a um novo retorno de auxílio em momento que se possa aproximar da humanidade e que Xavier seria partícipe importante. Ou ainda porque as esferas estejam sendo (re)colhidas ao primordial, porque algo começa a modificar-se na Terra e também os de Luz devem seguir.
Nos últimos dias, Jerry Adriani, Belchior, Almir Guineto, Nelson... algumas Estrelas da nossa era de convivência com celebridades. Mas, também, anônimos chegam à casa do Senhor. Todo dia, toda hora, a qualquer momento, num piscar do universo, uma nova Luz encontra o caminho da própria gênesis nesse curso do eterno ir e vir. Com o + recente, Nelson Xavier, também foi assim e é, por isso, uma alegria que tenha já conseguido (re)tornar ao seio da Luz.
Morreu, aos 75 anos de idade, de complicações pulmonares, às 0h45, em Uberlândia (MG), nesta quarta feira. A filha do ator, Tereza Villela Xavier, se pronunciou na própria página de facebook sobre a morte do pai.
["Lamento informar a quem possa interessar que
meu pai, Nelson Xavier, faleceu esta noite em Uberlândia. Seu corpo será
transferido, celebrado e cremado no Rio de Janeiro em cemitério ainda não
determinado. Agradeço desde já as mensagens de apoio. Ele virou um planeta!
Estrela ele já era. Fez tudo que quis, do jeito que quis e da sua melhor
maneira possível, sempre", escreveu ela (...)
Em 2014, durante o Festival de Gramado, Nelson
Xavier contou que fez tratamento contra o câncer de próstata em 2004 e que
estava livre da doença. Foi lá também que recebeu o prêmio de melhor ator com
"A despedida", um de seus últimos trabalhos.
Nelson Xavier já vinha sendo tratado em uma clínica
de geriatria na cidade, prestadora de serviço do Hospital Santa Genoveva (... ) "O ator faleceu próximo a amigos e familiares.
Estava com o semblante sereno", disse o o médico geriatra Tiago Ferolla. O
corpo foi encaminhado para uma funerária do município e deve ser levado no
início da tarde para o Rio de Janeiro.] fonte: (http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/nelson-xavier-morre-em-uberlandia...)
(Premiado em Gramado\RS. foto Edison Vara/PressPhoto)
Ator premiado pelo filme "A despedida" (2014), entre outros, parece que a fita antecipava algum sinal de que se despediria alguns anos depois? Quem sabe.
Mas, encontro e despedidas (para lembrar Milton Nascimento e Fernando Brant) fazem parte desse ir e vir da humanidade, seja partindo daqui ou d'alhures. " (...) Todos os dias é um vai-e-vem\A vida se repete na estação\Tem gente que chega pra ficar\Tem gente que vai\Pra nunca mais...", reclama o Poeta.
Fico com a sensação que estará de volta, não precisa é se anunciar, se não for o propósito. Mas os de Luz sempre voltam.
Nelson Agostini Xavier nasceu em São Paulo a 30 de agosto de 1941 e subiu aos céus entre a noite de 09 de maio ao desprendimento à madrugada de 10 de maio de 2017, em Uberlândia. Autor, Ator e Diretor de cena. Incursionou pelo Teatro, Cinema e Televisão. Deixou um legado à memória nacional irrecusável
[(...) Atuou no filme O Bom Burguês,
dirigido por Oswaldo
Caldeira, no ano de 1982. Trabalhou também em Eles não usam black-tie (1981), Narradores de Javé (2003) e vários outros filmes. Em 2010
ganhou maior destaque no cinema nacional ao participar da cinebiografia do médium Chico Xavier, onde
interpretou o papel principal (...)
Cônjuge: Via Negromonte (de
1989 a 2010), Joana Fomm (de
1964 a 1966)
fonte: (wikipédia.com.br)
Bon voyage, meu querido ator de cenas mestras!
Às Luzes que te reclamam, siga em Paz e Luz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário