Espaço de Cultura&Arte
por maneco
nascimento
A menor
Galeria de Arte do mundo está com nova Exposição à curiosidade de amantes, aficcionados
e obreiros da boa arte e cultura brasileira. O local de curiosa visitação fica
logo ali, ao lado do Mercado do Mafuá, entre lojas e trânsito de mercados e
futuros às antropologias exercitadas. Na área de sobrevivência, você compra ração para animais,
arroz, feijão, farinha, carne, peixe, frutos, legumes, filhotes de animais domésticos,
necessidades buscadas em armarinho e obras de arte.
O Espaço Cultural
São Francisco está de portas abertas para aquecer as manifestações culturais de
arte visual e receber amigos, parceiros, artistas, turistas, curiosos e a
clientela contumaz do Armarinho São Francisco, que persiste à vida de
convivência social, há algumas boas décadas contadas.
O artista
plástico Cícero Manoel mantém o Espaço Cultural São Francisco, contido no
Armarinho que herdou dos pais. Lá se acham aviamentos, agulhas, botões, etc., e,
no paralelo, peças de colecionadores, assuntos para presentes e souvenirs,
reservas de memória de outras épocas, marcas que desapareceram, mas deixaram
registros em objetos de uso, consumo e lembranças do tempo de criança.
E, no
cotidiano do Armarinho, viceja a arte da resistência e permanência em contar a
história da arte pictórica para escambos, demonstrações e exposições visitadas,
sempre coordenadas pela curadoria de Cícero.
Nesse novembro,
o Espaço Cultural São Francisco recebe uma Exposição que atrai atenção a acervo
de Fernando Dib Tajra. As telas reunidas trazem pincéis para uma obra do
paulista Tiago Gualberto; uma do gaúcho Carlos Scliar, fundador do Clube de
Gravura do Rio Grande do Sul e que já realizou permuta de obras com Cícero e
seu empreendimento cultural às horas ardentes da Teresina inquieta.
Outras peças
expostas, sete pequenas telas assinadas por Tupy; J. Batista, do município de Pedro II (PI), revela, em
duas obras, o cotidiano de um bar em cidade do interior e suas peculiaridades
de mesa de bar, forró, mulheres em anatomias sensuais, homens e músicos na
paquera, na conquista e na estratégia de converter em seu favor as sugestivas
situações, ativa ares de romance de Jorge Amado. Cores quentes, mas sóbrias e
representações da alegria brasileira de qualquer rincão nacional.
Outras
assinaturas levam o nome de Portelada, numa cena de caminhão pau de arara a
caminho de Juazeiro e Canindé. Os fiéis em suas simplicidades de bata marrom e
imagem de São Francisco, no colo do romeiro, seguindo viagem para benzimento na
matriz de Canindé. Mestre Expedito também tem uma leitura do religioso popular
e ilustração na fé e nas cores sóbrias, diversificadas no azul do manto de nossa
senhora, a representar, no preenchimento do quadro, um ostensório composicional à base de filhos de Maria.
Afrânio
Castelo Branco também está no acervo do colecionador Fernando Dib. Três obras afinam
o traço e estilo afraniano. Suas cores de mezo alto relevadas, a claros
escuros de tradição transitória, à releitura do padrão estético da escola de
óleo e vastidão humana. A representação desconstruída da natureza social que
revela o feio pela estética da novidade que aponta, de perto ninguém é normal.
Uma mini
Exposição, com quinze peças e sete artistas, preenche a pequena Galeria de
luz e arte pictórica moderno-contemporânea de qualificada representatividade.
Para Cícero Manoel que vive se reinventando, sem perder a própria
prática dos pincéis às telas, gravurismo, montagem de telas e emoldurações de
obras para clientela e revenda de produtos de parceiros, não há do que
reclamar.
Em seu
espaço próprio de circulação cultural encontra-se margem para garimpar obras
inéditas e incomuns que mantêm clientes e consumidores próximos de empório praticado.
Segundo Cícero, “o Espaço sobrevive do garimpo de obras, o que começou como
colecionador, virou um negócio que faz com que sobreviva o Espaço Cultural São
Francisco”, diz. O Armarinho, herança dos pais, permanece. “Faz parte do
conjunto do Espaço. Paga o aluguel e dá pra comprar novas peças para exposição
e venda”, completa.
Quem quiser
comprar da novidade, ou do inusitado, no E. C. São Francisco há. Bola de gude,
peteca, abridor de lata, rádios, máquinas fotográficas e telefones antigos, despertadores,
candeeiros, lamparinas e lampiões, chaveiros, prendedores de papel, suportes de
canetas, saleiros, açucareiros e pratarias temáticas, imagens e ícones
publicitários, discos, livros, artesanato em barro, madeira, desenhos, gravuras,
pinturas e cultura em dinâmica de preservação.
Para conhecer, procure saber. Mas fica a dica, ao lado do Mercado do Mafuá,
dividindo ambiente com lojinhas de víveres alimentícios, em frente a um
barzinho simples, de tradição de cinquenta anos, e bem perto da curiosidade provocada.
Espaço
Cultural São Francisco, a menor Galeria do mundo começa a despertar também a
curiosidade do Guiness Book e tem encontrado apoio de divulgação dos amigos da
confraria de antiquários e memoriais. Plantado na Rua Lucídio Freitas, 1633 – Mercado
do bairro Mafuá, norte, em Teresina – Piauí, é agenda nunca desprezável.
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