terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Integrar para não entregar.

Integrar para não entregar.
por maneco nascimento
Bingo! Seria a palavra chave, ou pedra base do jogo da felicidade do lucro. Dia 02 de janeiro foi data de grande novidade para os cidadãos, usuários de ônibus, teresinenses quando a manhã tomou forma de ano novo, saído das festas do velho ano em que se gostaria de deixar tudo para trás, inclusive velhas dificuldades.
A novidade é que o Brasil é também sertão, para terras sem mar e, nessa falta de mar, as terras de asfalto ganham a vida sendo administradas por burocratas oficiais que planejam dias melhores à grande maioria, que nesse momento, paga em Teresina uma passagem de R$ 2,10(inteira) + 1,05(meia passagem) pela integração de apenas 33% das linhas de ônibus de Teresina que, segundo reportagem do jornal O DIA(transporte público: 03 de janeiro de 2012), atenderia a 42% da população.
Em matéria de capa, especial para EMDIA(caderno cidade), de Wenner Tito e edição de Diego Iglesias o assunto vem à tona. Levantado um comparativo com outras capitais brasileiras a matéria aponta que “(...) por enquanto, o modelo de Teresina tem benefícios apenas na primeira viagem (...)”. Dados coletados dão conta que em São Paulo a passagem custa atualmente R$ 3,00 e a de metrô R$ 4, 49 com o cartão bilhete único para até quatro viagens em período de 3 horas, ao preço de uma tarifa. (Idem)
Goiânia há integração para serviço de terminais e cartão. Trânsito de terminais é sem pagar segunda tarifa, nem limite de tempo ou quantidades de viagens pela integração. Na segunda viagem, com o cartão, o limite é de duas horas. O cartão é recebido de graça em casa após o cadastro. Valor da tarifa R$ 2,50. (Idem)
Natal, no Rio Grande do Norte, o sistema se assemelha com o de Teresina, segundo a matéria, a passagem custa R$ 2,20. O cartão passe livre deverá substituir os terminais. Com o cartão o usuário poderá fazer nova viagem no prazo de uma hora. A diferença em relação a Teresina está na forma de integração das linhas, não existe uma relação entre elas “(...) você pode descer de qualquer ônibus, em qualquer ponto do trajeto, e pegar o outro ônibus que quiser, desde que respeite o limite de uma hora.” (Idem)
Na minha primeira viagem, no sistema de integração teresinense, pesquei conversa de uma cearense radicada em Teresina. No final da viagem conversei com ela sobre as informações que trocara com o cobrador sobre a integração em Fortaleza. Da conversa com Marlene Santana tirei que foi a praia, pegou o ônibus no terminal João XXIII, passou pelo Lagoa e Centro. Pagou R$ 2,00. Resolveu não descer e voltou na mesma condução. Fez seis viagens.”Fui e voltei.” Apontou Marlene.
Ela viajou por três bairros, três terminais de integração e uma só passagem. Acredita que para cá o poder público deveria preparar terminais. “Teresina é pequena, então dois terminais, ou mais, resolveriam.” Finaliza.
Ainda sobre a matéria de O Dia “(...) para usufruir da integração, o usuário precisa ter um cartão, que pode ser estudantil (que garante a meia passagem), vale transporte eletrônico (fornecido pelas empresas aos seus funcionários) ou pode ser adquirido um cartão expresso avulso, que custa R$ 6,30.”
Já sobre a meia passagem da segunda viagem, ai é que entra a novidade meio árida “(...) o usuário deve pegar uma linha que esteja integrada com a primeira, em algumas paradas pré-determinadas. Caso a segunda viagem não se inicie dentro de uma hora do início da primeira, o benefício será perdido.” (Idem)
Assim, a fase experimental parece que vai pesar para o lado do usuário. Uma hora de trânsito fechado de Teresina, com um inchaço natural do carro popular, talvez uma hora seja tempo muito esperto para se perder dinheiro. E na bandeja do empresário poderá sobrar alguns poucos trocados ajuntados de tempo perdido.
Como se aprende com erros, a cidade vai conviver com a novidade. E, é melhor integrar para não entregar de vez.

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