sábado, 3 de setembro de 2016

Porque Ela é

Show!
por maneco nascimento

Ela show. A semana (de 01 a 04 de setembro); a data (4 de  setembro); a ação teatral de todo o dia, que entrou pela noite brilho adentro; noite que demonstrou vários exercícios cênicos, que já corriam vida dinâmica, desde a manhã e vibrou atos à tarde também;  Performance nas performances do FestPerformancea 2016; a atriz, artista transformista, dubladora woman show biz, Isabelita Kennedy. Ela é que são Elas homenageada com o nome do Troféu FestPerformances 2016! 
 (A homenageada Isabelita Kennnedy/foto: João Vasconcelos)
 (público do FestPerformances 2016)

O dia 02 de setembro, dentro das comemorações de aniversário do Theatro 4 de Setembro - 122 Anos, rendeu arte e práxis do matiz diverso da cena teatral local e atraiu público a todas as pautas. Pela manhã , às 10 horas, a AbraCadabra Cia de Teatro abriu a cena, com seu teatro infantil fabular, "Frozen - O Musical". Sim, a cena infantil marcou a manhã do palco do Theatro 4 de setembro.

Na tarde, uma bateria pé dentro, começou às 15 horas, no 4 de Setembro, com a peça "Anjo Negro" do Grupo de Teatro "Procópio Ferreira". Texto de Nelson Rodrigues e direção de Luciano Brandão. Uma "Flor de Obsessão" expiada e em percurso afiado de ex-integrantes e formados pela Oficina Permanente de Teatro "Procópio Ferreira".

Às 16h30, uma Cena/Percurso iniciada no Auditório Chico Pereira, Hall do Theatro, porta do 4 de Setembro, rua 13 de maio até chegar ao Club dos Diários (Galeria de Arte "Nonato Oliveira". O resultado apresentado veio a partir da Oficina de Palhaçaria  "Do Brincante ao Palhaço - Ou Vice-Versa", ministrada pela ator e Palhaço Jean Pessoa (PI/RJ), no período de 29 de agosto a 01 de setembro. O público facilitado à técnica, aluno(a)s da Oficina "Procópio Ferreira" + comunidade. Um exercício lúdico e espalhaçatoso de bem resultar.

O Teatro "Torquato Neto", recebeu, às 17 horas, o Núcleo de Estudos Dramático?Escola Técnica Estadual de Teatro "Gomes Campos", com seu exercício escolástico para "Dádiva". Formado por ex-integrantes da Escola "Gomes Campos", o NED experimenta e mergulha em novas experiências e reinventa-se na práxis dramática de exercer o fingimento e persuadir público. Repercute bem a lição formativa da arte do ator.

O Grupo Harém de Teatro foi a próxima atração. A partir das 18h, a Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira" virou palco de cena e sala, copa, cozinha e camarinha de "A Casa de Bernarda Alba". Com texto do andaluz Garcia Lorca e a reapropriação dramatúrgica de Arimtan Martins, a peça convidou público a dividir a vida cercada das nove mulheres presas à Casa da matriarca Bernarda.

Elenco enxuto, linguagem estética e direção de arte de uma plástica invejável, Arimatan e Emanuel Andrade (cenografia e adereços)/Bid Lima (figurinos)/Fernando Freitas (maquiagem)/Assai Campelo (luz e desenhos de iluminação) viram conceito e oferecem uma pintura em movimento, iconográfico artístico visual impactante e definidor de boa recepção de olhares que pescam arte transgressora na verve poundiana.

Interpretações emblemáticas, empoderadas das falas das personagens e das vozes sociais incisivas do "cão andaluz" que ladrou costumes arraigados da tradição espanhola espiada na roda da licença poético dramática lorquiana.

As criadas, endossadas por

Francisco de Castro [foto: Margô Leite]e Luciano Brandão, costuram as beiradas da família matriarcal especulada. 

Bid Lima, na pele da filha Angústia, se supera e, boa atriz que não se nega a desafios, amplia a própria cena, tinge partituras amareladas, e ganha pontos na carteira profissional inafiançável.

Há um peso dramático e um efeito dominó sinérgico de respostas acertadas na cumplicidade dramática que se impõe por Lari Salles (Bernarda), Tércia Maria, Mayra Sousa, A. Martins (filhas e mãe de Bernarda, respectivamente), numa cena profissional. Belo trabalho para apreciação pública. Parabéns ao Harém.

Cláudia Amorim demonstrou cena performance de seu espetáculo "Apenas Um Saxofone", texto adaptado do original de Lygia Fagundes Telles e direção de Wilson Costa. A cena dada aos convivas foi no Café Literário "Genu Moraes", às 20 horas.

(Cláudia Amorim&Wilker Marques/foto: W. Marques)

Na sequência, O Theatro abrigou, às 20h30, cenas cantadas, Ensaio Aberto de "Amor Ardor", musical dirigido por Adalmir Miranda, com matiz de vozes e cantores/intérpretes de primeira linha. Bia Magalhães; Lucas Coimbra; Banda Bia E Os Becks; Gislene Danielle; Edivan Alves e um + de arte e artistas cantores.

Energia pura-arte, engrupindo corações curiosos que acorreram ao chamado da noite do Dia Teatro - Theatro 4 de Setembro 122 Anos. Um barulhinho bom e um "ruído" pancada, em sons e fúria comtemplados, musical.

(Ardor Amor/fotos: Laisia Maranhão)

O Oficinão de Teatro, apresentou, às 21 horas, "Palha Assada", espetáculo com temática clownesca dos risos e silêncios e imagéticos em lúdico dramático. Com direção de Adalmir Miranda, o libelo plástico de dramaturgias circenses curtiu alegria e concorreu felicidade cênica. Belo!

(Palha Assada/fotos: Laisia Maranhão)

Ainda havia a atração da noite, no Espaço Cultural "Osório Jr."/Bar do Club dos Diários, às 22 horas. A hora da homenagem a Ela, durante o Festival de Performances 2016. Nove inscrições de candidato(a)s e coletivos às veias de Performances.


A apresentação imperturbável e sempre indispensável de Stella Simpson trouxe, a cada tirada e pérolas comentadas sobre concorrentes e trabalhos, um gostinho de "doce" e bom humor peculiar, ao anfitrionar artistas que concorriam ao Prêmio Troféu "Isabelita Kennedy".

Quem julgou, os melhores da noite, apontou Roberta Angel (1o. Lugar - R$ 1.000,00); Samuel Alvis (2o. Lugar - R$ 700,00 ) e Jean Pessoa e Alinie Moura (3o. Lugar - R$ 500,00). 

Entre as performances apresentadas, algumas colhiam alguma surpresa do público, outras até tentaram reelaborar lugar comum e outras mais variaram entre a ideia cabeção para corpo de performance.

(FestPerformances 2016/foto: Cleverson Rodrigues)

E, ainda mais, as que exasperaram frenesi e overdrama encharcando as células da ideia de gordura trans e o colesterol "mal" acabou por esvaziar uma melhor possibilidade à linguagem prática de performance.

(FestPerformances 2016/foto: Cleverson Rodrigues))

A comissão julgadora, Bid Lima, Franklin Pires, Silmara Silva, Isis Baião e Isabelita Kennedy (Presidente da mesa) consensiaram em quem entenderam melhor afiar performance pelo trânsito-criativo-direto e efeito cênico mais afinado. Deu no que deu.

Artistas e arte e performances foram homenagens a Ela, Isabelita Kennedy, a grande premiada que levou o nome do Troféu, placa de registro do evento-homenagem, flores e carinho e respeito do público. O FestPerformances 2016 - Troféu "Isabelita Kennedy" foi best show biz!

(Isabelita Kennedy interpreta "La Vie Rose"/foto: Lilika Leal)

Antes e depois do FestPerformances, houve o carisma musical do cantor e compositor Vavá Ribeiro.

(arte divulgação/ascomSECult)

Era dia, era tarde, era noite, era  o Dia Teatro - Theatro 4 de Setembro 122 Anos. Ninguém dormiu no ponto, marcou felicidade em dia de comemorações do Teatro, em tempos de festejar o Theatro.

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