segunda-feira, 31 de março de 2014

FestCênico - Cenas Curtas

Aos divinos e bacantes
por maneco nascimento

A cereja do creme do Dia Mundial do Teatro ganhou sabor de doce delícia, ou dado deleite de que foi ao evento para vingar mesmo. A partir das 20h30, no Espaço Cultural “Osório Jr.”/Bar do Clube dos Diários, os deuses conspiraram e o universo foi show de arte e teatro para todas as cenas.

Na concorrência pelo Prêmio do Festival Cênico – Cenas Curtas e Troféu Rosalina Sousa houve uma acirrada disputa que tornou o evento não só muito humorado, mas recheado de bons números de circo, teatro, dança, teatro e música, performance, humor, dublagem/transformismo. Uma noite criativa e criadora de um sentimento de que arte do teatro se estabelece sempre.

Foram treze números inscritos. Cada um deu seu ar de ação e reação confirmada ao teatro. Battali Cia. Dança (Beth Battali); Grupo Tempus/UFPI Picos (Robson Lima); Grupo de Teatro Oficinão (Adalmir Miranda); Lari Sales e Edith Rosa; Grupo Ápice (Jimmy Charles); Samuel Alvis; Coletivo Piauhy Estúdio das Artes (Silmara Silva); Studio Tucunzeiro (Roberto Piau e Rutênio);  Associação Cultural UniArtes (Andrade Gurgell); Avelar Amorim; Só Homens Cia. de Dança (Adriano Abreu e DAkson Michael) e Grupo Utopia de Teatro (Chico Borges).

Os trabalhos + destacáveis por ordem de muito boa representação e representatividade entre os inscritos, Jimmy Charles como um pastor da "Igreja do Capital Divino" denotou um resultado muito legal, em conotação crítico-humorada bem resolvida pelo intérprete; a direção de Silmara Silva para “A mais forte” apresentou Ianca Alves e Jenieli Silva num ato de dança/teatro bem redondo, com duas atrizes lindas e de talento expressivo.

Lari Sales e Edith Rosa, em cena cômica de ilustração a uma delegacia de polícia e o stress de receber uma mulher que sofre violência do marido, deu-se reservado no talento das atrizes. Edith Rosa conseguiu melhor destreza na cena; Andrade Gurgell, com “Carta aos demônios” trouxe uma riqueza de figurino e uma dramaticidade concentrada; Chico Borges, com seu número de teatro/dança surpreendeu pela eficácia de movimentos precisos dos atores dançarinos Nailton Meireles, Lettícia Araújo, Josiane Lee e Mirian.

Foi uma tarefa árdua da Comissão Julgadora na hora da escolha dos Melhores da noite. Os jurados Scheyvan Lima (Fundac), Márcio Américo (ator e diretor de São Paulo), William Lemos (ator e produtor de São Paulo), Tommy Germani (ator angolano), Joaquim Jorge (empresário português), Izabelita Kennedy (atriz transformista) e Luciano Brandão (diretor de teatro) acabaram finalizando bem as escolhas dos Melhores.
 (Na Lama, de S. Alvis/da linha do tempo de Samuel Alvis)

O Prêmio do Festival Cênico – Cenas Curtas e Troféu Rosalina Sousa agraciou, em 1º. Lugar, a performance “Na Lama”, de Samuel Alvis, com R$ 1500,00; o 2º Lugar foi para “Palha Assada”, de Adalmir Miranda, com Romário Ferreira e Ademir Costa, com R$ 1000,00 e o 3º. Lugar ficou com “O Lago”, da Só Homens Cia. de Dança, com Adriano Abreu e Dackson Michael, que levou R$ 500,00.
 (Palha Assada, de A. Miranda/da linha do tempo de Samuel Alvis)

O Troféu Especial de Júri Popular foi abocanhado por “Batalhando um personagem”, de Avelar Amorim, com Edith Rosa e Avelar Amorim. Edith Rosa + uma vez provou a boa atriz que se tornou, foi show em duas participações durante o FestCurtas Rosalina Sousa.
 (O Lago, da Só Homens Cia. de Dança/da linha do tempo de Samuel Alvis)

Ainda foram agraciados com o Troféu “Rosalina Sousa”, a camareira aposentada que emprestou o nome ao Prêmio, Rosalina Sousa (Dona Rosa); o ator Wilson Gomes (Shana de Souza); o Grupo Harém de Teatro (Abrigo São Loucas); o Coletivo Piauhy Estúdio das Artes (Fogo) e o presidente da Fundac, S. Lima.

O FestCênico - Cenas Curtas - Prêmio “Rosalina Sousa” foi o bicho. Nunca houve tanto entrosamento, diversão, interação, participação maciça do público, fiel até o fim, e um grande encontro da classe artística e sua energia de fazer valer muito + o Dia Mundial do Teatro.

 Vale ainda o registro do Mágico Zaron, que, numa carinhosa participação, não só homenageou o circo, como também a própria profissão na data em que também se comemora o Dia Nacional do Circo.

 Uma noite adocicada com a arte das cênicas e lavada com a alegria, força e prazer da arte, em primeiro momento, e depois pela boa chuva que caiu lavando os rastos da festa bacante.

 Foi uma noite de produções dinâmicas e eficazes, que o digam a JV Produções que Vingam.

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