segunda-feira, 12 de maio de 2014

Cena da Gomes Campos


Escola de Teatro mostra a Cara

Se você não sabia, o Piauí tem uma Escola de ensino profissionalizante, a nível técnico, para formação de atores, situada no centro da cidade de Teresina, com cinco anos de existência. 

Há, na cidade, uma boa maioria de cidadãos que desconhece a Escola. Em outro centro urbano, abriria filas de candidatos, concorrendo às matriculas que torna aspirantes em profissional dos palcos, cinema e televisão. 

Mas, essa realidade, de desconhecimento da Escola, está em franca mudança. Na última sexta feira, 9 de maio de 2014, à tarde, a Escola Técnica de Teatro Gomes Campos, mostrou a Cara e movimentou-se no centro da cidade.

A Escola de Técnica de Teatro Gomes Campos é mantida pelo Governo do Estado do Piauí, através da SEDUC, e ao longo deste período já colocou novos nomes no mercado teatral piauiense e serviu também para dar uma qualificação técnica a vários profissionais gabaritados que correram atrás de uma formação sólida. 
(alunos da Gomes Campos em manifestação estética/fotos divulgação)

Alunos como, Moisés Chaves, Nayara Fabricia, Valdemar Santos, Edithe Rosa, Zezinho Ferreira, Marina Marques, Dan Martins, entre outros, que já desenvolviam ações profissionais antes, cursaram período regular e se formaram técnicos em artes cênicas, com formação para ator.

Estruturado em três módulos semestrais, e com aulas diárias, o curso tem matriz curricular que não deixa a desejar a nenhum outro do país, certo? Errado, é o que declara a atual direção da Instituição. 

A Escola Gomes Campos vem funcionando de maneira precária, quase desabando em cima dos alunos e com um grande número de evasão escolar, justificada pela falta de infra-estrutura e também pelo descompromisso de profissionais da Secretaria da Educação que, há cinco anos, prometem melhorias na Escola. 

Na atual gestão, do também diretor de teatro e cineasta, Franklin Pires, a reforma reclamada, por fim, chegou. Não foi mérito só dele. É resultado de uma luta encampada, desde a atuação de gestores, como Aci Campelo, maior responsável pela existência da Escola, e depois continuada por Emanoele Timóteo e Lorena Campelo. 

Pires insiste em dizer que sua gestão, à frente da Instituição, será muito curta, por motivos profissionais. Franklin diz que o principal é fazer, agora, a Escola ser vista pela sociedade. “O Ator precisa ser visto, mostrar trabalho. Como vamos cobrar melhorias para uma Escola que ninguém sabe que existe, nem mesmo por vários profissionais de dentro da Secretaria de Educação”, aponta.

Para marcar esta mudança e deixar um legado para o próximo diretor, Franklin Pires, juntamente com a coordenadora Ivonildes e a professora Gracineia marcaram frente ao primeiro momento cênico da Escola. A Instituição foi de encontro à rua. 

Um momento que os estudantes mantiveram contato com o público, numa manifestação teatral, em que reivindicaram as melhorias ao equipamento cultural e também realizaram performances, divulgando o nome da Escola no percurso realizado pelo centro da cidade. 

Inicialmente, houve uma apresentação performática que tomou corpo, às 17h, em frente ao Museu do Piauí - Casa de Odilon Nunes, na praça da Bandeira, para criar visibilidade de que o espaço público é espaço de arte. 

Depois, os alunos seguiram, em passeata pelo centro, até o Clube dos Diários, onde houve shows dos próprios alunos e amigos, abertos ao público, no Espaço Cultural "Osório Jr."/Bar do Clube dos Diários. 

A marca das festividades da Escola, em tempo que não é apenas de reclamar a reforma estrutural, que se faz necessária para evolução da mesma, mas também uma reforma de pensamento. “ É hora da escola mostrar sua cara e dizer que está pronta pra receber novos pensadores do teatro”, defende Franklin Pires.
(máscaras trágicas em alunos da Escola/divulgação)

O momento serviu também para lançar o Edital de novas vagas, ofertadas para o segundo semestre de 2014. O telefone da escola é 3221-3766 e a sede, em reforma, fica à rua Benjamim Batista, em frente ao estádio municipal Lindolfo Monteiro, centro norte.

Um comentário:

  1. Parabens pelo contexto tão profundo de narrar a importancia da Escola de Teatro para formação de novos agentes culturais da nossa sociedade. Evoé!

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