quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Reflexões breves e poesia


 Reflexões breves e poesia
por maneco nascimento

Hoje, 14, em véspera de feriado de comemoração à proclamação da República brasileira, ocorrida em idos do século XIX, sem muitas delongas, vou refletir um pequeno olhar curioso para dias, desse presente, que nos absorvem nesse mundo cão, de Deus brasileiro.

O Homem em ‘neutro’ de proteção ao mundo que o domina. O rodapé da parede carcomido, a porta pichada, a vitrine superinformada e, refletindo um carro, ao largo da rua. Da vida que é possível ao sujeito observado.” (nascimento, maneco. A foto do homem de rua [Pequena poesia]. Teresina/março de 2012)

(morador de rua, usuário de crack/foto: noticias.uol.com.br)

Agora se o assunto é história e memória nacionais, que se lembre da nossa proclamação da república, quebra de domínio de governos monárquico-brasileiros e quaisquer sinais que pudessem, ainda, sobrexistir de heranças da metrópole portuguesa, nossos troncos imperiais. 

A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II. Foi, então, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.

A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.


(Proclamação da República[Benedito Calixto, de 1893, óleo sobre tela]/Acervo Pinacoteca Municipal de São Paulo)


Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.” (www.wikipedia.com.br/acesso: 14/11/2012, 19h10)

Já o mundinho de “nosotros”, em hoje que somos herdeiros daqueles primeiros heróis da liberdade republicana brasis, é também caminhos de pedras e outros percalços a serem debelados a cada rojão das manhãs nacionais, seja nos grandes centros urbanos, seja nas vilas, favelas e moradias das franjas do Brasil de ordem e progresso assegurados à força de quem tenha melhor desempenho à sobrevivência.


(morador de rua/foto: agenciabrasil.ebc.com.br)


Esse ano de 2012, de eleições municipais, o país teve sua cota de exageros, (in) disfarçáveis estratagemas de tomar a eleição do adversário e viva-se bem com isso, porque daqui a pouco, desde já começam as artimanhas do próximo pleito, serão dias das eleições governamentais 2014.

Sobre as eleições últimas que já vêm prontas e tabeladas, é somente requentar e usar” (Caê), descobri que é uma briga de cachorros grandes, difícil ao eleitor, ingênuo, é saber quem enterrou o maior defunto.” (nascimento, maneco. Uma briga de cachorros grandes [Pensando alto]. Teresina/27.10.2012, às 12h53)

Mas é o nosso Brasil e sua democracia praticada na esteira de seus 123 anos de república proclamada. Nesse admirável mundo de nossos dias há, ainda, muita corrupção pipocada em novos temas a cada instante, há também uma atual disputa de poder que envolve polícia heróica, polícia bandida e comandos bandidos armados, nos grandes centros urbanos e há + ainda em todo o país, no fogo cruzado das mazelas reverberadas, a esperança de dias melhores desejada aos que (de)verão nação melhor.

Queria ter a/sorte das pedras/só o tempo/as desgasta/quando/o silêncio/as faz sóbrias.” (nascimento, maneco. A Dobal e J. C. de Melo Neto [Falas da pedras]. Teresina/26.10.2012, às 9h54)

"A solidão está povoada de presenças” (Genet). Então, mesmo no silêncio ou no barulho que se faça a comunicação para o melhor entendedor e seu contexto. No Grito do Ipiranga, no da República ou no das novas armas de Jorges, Pedros, Franciscos e Manoéis, se viva a liberdade e salve a república democrática brasis.

(morador de rua/foto: agenciabrasil.ebc.com.br)


Porque nesse 15 de novembro, como em todos os outros trezentos e sessenta e quatro dias, se continua em testemunho da brava luta de gentes para sobreviver bem e com a dignidade que nos sobrar. 

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