segunda-feira, 23 de abril de 2012

Salve, Jorge!


Salve, Jorge!
Salve, Jorge!
por maneco nascimento

O homem Jorge (275 – 23 abril de 303), pela tradição foi padre e soldado romano do exército do imperador Diocleciano. Venerado como mártir. Como santo, São Jorge é um dos santos + venerados no catolicismo, quer seja na Igreja Católica Romana, na Igreja Ortodoxa, como na Comunhão Anglicana.

Nos diversos cultos das religiões afro-brasileiras é cultuado e sincretizado na persona de Ogum. Ascendente à imortalidade no imaginário popular conta-se que mata o dragão e é um dos catorze santos auxiliares.

Um dos + destacáveis santos militares, sua memória recebe celebração em 23 de abril e, também, em 3 de novembro, data que, em toda a parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele em Lida (Israel), base de proteção de suas relíquias. O relicário foi erguido por ordem de Constantino I.


Santo padroeiro da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da Rio de Janeiro, cidade que tem como titular o padroeiro São Sebastião. Também legenda fé de protetor aos escoteiros, ao S. C Corinthians Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro.

A tradição aponta o ano 303 como o de sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção ao homem Jorge feito santo Jorge se espalhou por todo o mundo. O olhar fiel a São Jorge também amplia-se por origens na mitologia nórdica, na figura de Sigurd, o caçador de dragões.

A lenda estabelece que Jorge nasceu na Capadócia, região central da Anatólia, hoje incorporada à República da Turquia. Após perder o pai em batalha, muda-se com a mãe à Palestina, Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe, natural daquele país.

A carreira militar, abraçada, logo o levou a capitão do exército romano. Dedicação e habilidade foram qualidades que fizeram com que o imperador o premiasse com o título de conde da Capadócia. Na corte imperial, em Nicomédia, aos 23 anos, exerceu a função de Tribuno Militar.

Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.

O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião, declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo.

Império representado e atônito com as palavras de um membro da suprema corte romana, ao deparar-se com ousada defesa de fé a Jesus Cristo. Questionado por um cônsul, Jorge defendeu como fé a Verdade. Perguntado sobre “O que é a Verdade?”, teria respondido:

"A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Senhor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."

Fiel ao cristianismo, o império tentou dissuadi-lo de sua fé, sofreu várias torturas e após cada sessão era levado ao imperador para renegar Jesus e adorar os ídolos. Sua fé reafirmada ganhou notoriedade e muitos romanos tomaram suas dores, inclusive a mulher do imperador que se converteu ao cristianismo.

Diocleciano, sem êxito da empreitada, ordena que o jovem militar Jorge seja degolado, aos 23 de abril, em Nicomédia (Ásia Menor). Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida, onde foi sepultado.

(brasão de São Jorge, em Moscou/imagem colhida da wikipédia)

+ tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto às visitações de fiéis, de forma que a devoção ao santo se espalhasse por todo o Oriente. Já no século V, em Constantinopla, havia cinco igrejas dedicadas a São Jorge.

A ligação do Santo com a lua é algo atribuído ao Brasil, em forte influência da cultura africana. Em Salvador, na Bahia, São Jorge foi sincretizado a Oxóssi. Na religião da umbanda, é associado a Ogum.

A tradição se firma em que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada em defesa a quem busca proteção.
(são jorge/ de avelar amorim)


“Jorge, da Capadócia,/ Jorge, da Capadócia/Jorge sentou praça/na cavalaria/Eu estou feliz porque/eu também sou da sua companhia/Eu estou vestido com as roupas/e as armas de Jorge/Para que os meus inimigos tenham pés/E não me alcancem (...) para que meus inimigos tenham olhos/e não me vejam (...) Jorge é da Capadócia,/viva Jorge!/Jorge é da Capadócia,/salve Jorge!/Ogã, toca pra Ogum/Ogã, Ogã, toca pra Ogum/Jorge é da Capadócia/Jorge é da Capadócia (...)” (Jorge de Capadócia/Jorge Ben Jor)

Salve, Jorge!

fonte: wikipédia a enciclopédia livre/acesso: 23/04/2012, às 18h.

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