maneco nascimento
[Do latim pactu -, {{acordo}}, pelo italiano patto, {{quite}}, pelo francês pat, {{idem}}]
fonte: (www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/Patões)
O Giratório sesc nacional girou por Teresina e, na tarde do dia 11 de abril, abriu as porteiras ao riso, entretenimento e lúdicos circenses transportados pela caravana da companhia paulista do riso, Parlapatões.
Com a agenda para as 15 horas, no Theatro 4 de Setembro, trouxe o Espetáculo de Repertório Parlapatões Clássicos do Circo, na pérola "Os Mequetrefes".
Uma companhia com um quarto de século, não poderia não ter um salto de gato manhoso, voo de colibri audacioso, ou passos de neandhertal sapiens sapiens sapiens das ironias e do humor afiado aos sketchs e dramas de picadeiros, que suprassumam o poder mágico e delicado brechtniano de bem fazer rir às gagues do rei do picadeiro, sua excelência O Palhaço parlapatões.
Quatro atores, quatro Dias, em um dia caído na tarde, para cumprimento do rito anarquista e ritual da alegria facilitada para a boa risada, ao cooptar a gargalhada e atrair nubentes, infantes, jovens e adultos que acorreram à agenda da tarde de 11 de abril, à pauta parlapatanense de "acordo" tácito de lançar e recepcionar boas respostas do jogo que, "quites", artista e plateia, quando soa a verdade do teatro do humor.
A cenografia, duas escadas pirâmide que transformam-se em tudo que a imaginação possa acionar ao ato atomizado. Quarto com beliches; navio, carro, ônibus, um mundo de descobertas transformadas ao mágico imagético e o lúdico risível de quem aprendeu a apreender o construtivismo cênico das ações de palhaçarias e ótima persuasão de dinamizador e método de atrair público.
Compõem ainda, na contrarregragem do espetáculo, dois "tambores" (latões grandes) e dois latões (médios), que viram pequenos e grandes "chefes" do serviço público; abajus, cordas e outros pequenas "artes" de emendar e coser bem o enredo e narrativas que levam os Palhaços do sono, passando pelo "real" e fantasias, aos cotidianos de trabalhos e magias de fuga da realidade que quer devorar a história contada. Tudo em cumplicidade de carpintaria, acertos de ciência e sensibilidade artísticas e devoção ao teatro nosso de cada ato.
Difícil não envolver-se com essa ação dos quatro ases de bem fazer rir. Cada um no seu melhor de ser maior, sem perder o foco de serem sempre os melhores em o que melhor sabem fazer, cumprirem o grande teatro de gigantes na cena.
E, 25 anos não são vinte e cinco horas trabalhadas, mas algumas dezenas de horas multiplicadas por duas décadas e meia de teatralização e histrionismos experimentados. Show de parlapatanices à toda prova.
Quem perdeu essa primeira entrada do Giratório Sesc nacional, neste abril de fins de chuvas de verão, não marcou, na própria agenda de espectador, os 20 anos contados do Projeto Giratório sesc nacional, que aqui veio festejar suas duas décadas de defesa da arte circular, abrindo a temporada 2017, no 4 de Setembro, às 15 horas, a público de infantes e quem + correu à plateia da Casa de espetáculos.
Quem não viu, não riu, nem guardou essa boa memória do teatro nacional que responde pelo nome de Parlapatões e seu "Os Mequetrefes". Vai ter que se contentar com a próxima agenda do Projeto que chegar ao palco do Theatro 4 de Setembro.
fotos/imagem: (divulgação)
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