terça-feira, 25 de abril de 2017

Maria...

parda ao Lusitano
por maneco nascimento

Jesus Viana, ator profissional com DRT/MTE e associado ao SATED-PI, sindicato que sinaliza entidade de classe das cênicas, em Teresina, fez estreia de + uma ação de seu teatro para nossa cidade que não tem + fim.

Na noite do dia 04 de abril, foram abertas as fronteiras do Projeto Terças da Casa - Terça Teatro para receber exercício Solo do artista e pedagogo e, se nos aproximar do teatro medievo de genial lusitano Gil Vicente.

Às 19 horas, o Theatro 4 de Setembro cumpriu ritual de receber o artista e dar-lhe vez e voz de sua arte e cultura em cena. O Terças da Casa + Jesus Viana + "O Pranto de Maria Parda", com direção de Rosa Costa.

A dramaturgia de palco optou por semi-arena, na quebra da quarta, quinta e sexta paredes que quisessem prender ator e método, público e curiosidade de colegas de teatro. O ar estava para respirações conjuntas e regurgitos interativos do intérprete a seu público.

Diálogo direto-indireto marcou a espacialidade da personagem Maria Parda, à pele de Viana, e deu margem para "conluio"ou não, com a trama inspirada pelo Viana e sua diretora de cena.

A densidade da atuação marcou equilíbrio horizontalizado e, em alguns aspectos, com cardiograma sem pulsos + ardentes e inflexivos de sangue venoso, que rompessem veias e artérias de carga dramática à fuga do conforto do teatro tradicional e de pouca ousadia, em decaída do lugar comum.

Imergiu, Jesus Viana, na obra de Gil Vicente, dramaturgo português (o nosso Pierre Corneille [pai da tragédia clássica francesa], caso às tragédias, ou o Jean-Baptiste Poquelin, o conhecido Molière [pai da comédia francesa].

Gil + para caso de risos, já que Vicente incursionou bem pela crítica de costumes e ironias e farsesco  de carpintaria do humor e histrionismo. Mas, não refutou as tragédias, já que consta em seu repertório criador atos trágicos também

O olhar de Viana e Rosa fincou-se na saga tragicômica de Maria Parda. Em "O Pranto de Maria Parda", Jesus se instala no passeio que o lança a cumprir as memórias e personagens saltadas da lembrança dramática da personagem gilvicentiana, enquanto andeja e amarga entre andrajos, pedintismo e sobrevivência à própria sorte.

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