sexta-feira, 14 de junho de 2013

Governo é força

Governo é força
por maneco nascimento

Estudantes agredidos, pessoas comuns e ou trabalhadores envolvidos na “guerra” de poderes, jornalistas também presos e machucados enquanto cobriam a notícia e ainda spray de pimenta, bomba de gás de efeito moral, balas de borracha, cassetetes, etc. e toda sorte da força policial em seu exercício de trabalho para manter a ordem do dia de serviço orgulhoso do poder delegado.

O governador Geraldo Alckmin defendeu hoje (14), durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, a ação da Polícia Militar ontem, para conter um protesto contra o aumento das passagem do transporte público na capital paulista. Alckmin disse que a polícia sempre trabalha para proteger os manifestantes. O governador declarou que o que foi visto ontem foram ‘atos de vandalismo e violência, deixando rastros de destruição’. Ele disse ainda que o que está ocorrendo é um movimento político (...) (noticias.br.msn.com/alckmin-defende-ação-da-policia-no-protesto-contra-aumento-de-passagem-em-sp/Atualizado: 14/06/2013 13:00 | Por Agência Brasil, Agência Brasil)

Desde que o mundo é mundo, o poder, a justiça do mandatário e a autoridade dada a quem defende “a ordem e a segurança públicas” têm seus próprios métodos de atuar e fazer valer sua força política, policial e ordinária de impor recuo de manifestações populares.

 A Comissão da Verdade, por exemplo, tem dado mostra do poder de fogo e truculência da polícia do estado, quando esta se sente confrontada. Ao revirar a história oficiosa, esta Comissão tem possibilitado que a sociedade aprenda como quebrar o mito, com pés de barro, criado pelas estratégias da política e seu poder manipulador.

Atos políticos sempre vão existir de todas as partes. O homem é um animal político, logo ser político será sua moeda de troca. Há os para melhores políticas e os de política sempre duvidosa, mas eficiente aos interesses e conveniências do mercado e negócios da política.

Quando a polícia, seus esquadrões e cavalarias escudados e seus comandantes de peito armado dão suas ordens, já as sabem de cor em receitas acertadas com suas hierarquias  de mando. Então quando um governante vai a público a apoiar as armas de jogos de poder sobre manifestantes e, ainda assim, fazer o discurso público de mea culpa e sinalizar com investigações e corregedorias, sabe-se bem que esse discurso faz-se só pela politica.
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(...) O protesto, que reuniu 5 mil pessoas segundo a Polícia Militar (PM), foi o quarto desde o dia 6. Em todas as manifestações houve confronto com a polícia e depredações por parte dos manifestantes. A força tática usou bombas de gás e balas de borracha. De acordo com a Polícia Civil, 232 pessoas foram detidas e desse total quatro pessoas permanecem presas e foram transferidas para um Centro de Detenção Provisória.
Alckmin informou também que as corregedorias vão apurar qualquer abuso que tenha sido cometido pela polícia no protesto de ontem na capital. (noticias.br.msn.com/alckmin-defende-ação-da-policia-no-protesto-contra-aumento-de-passagem-em-sp/Atualizado: 14/06/2013 13:00 | Por Agência Brasil, Agência Brasil)
(Polícia e estudantes/Estadão Conteúdo)

Como deve se posicionar a população, especialmente a de estudante que, corajosamente, vai às ruas em busca de justiça política e defesa do próprio bolso? Presume-se que de forma política. Quando a passagem de ônibus aumenta de 20 a 30 centavos de reais sobre o salário mínimo brasileiro, pais e filhos sabem o quanto isso vai pesar, diariamente, no bolso do trabalhador da terra festeira brasis. Alguém tem que ir às ruas em defesa do comum.

Por um lado, há os pais e as + novas despesas acrescentadas às preocupações, por outro há estudantes que pensam, logo existem e se posicionam porque esse custo jamais pesará no bolso elegante do governador, prefeito, secretário de segurança, ministro da justiça e até do comandante que comanda seu capitão, tenente, cabo e soldados que vão para as frentes de defesa do estado.

Os oficiais “inferiores”, quando tementes a Deus, também andam de ônibus e dividem os apertos e serviços comuns do sistema coletivo urbano com outros mortais. Também os motoristas e cobradores de ônibus, por vezes, têm os filhos usuários do serviço de deslocamento urbano, mas cumprem ordens na ordem do capital. Então cada um no seu quadrado cumpre seu papel social e sobra aos estudantes o do ato político.

E, sejamos práticos, ninguém precisa engolir a fábula petista de país sem inflação. Ela até pode ser maquiada. Os custos em defesa da não inflação saem também do bolso do usuário de ônibus e o recurso, que banca todos os serviços públicos e gastos e sobregastos, sai do suor do trabalhador que sempre vê seu dinheiro encolhido pela ordem político financeira.

 A corrupção do serviço público e a máquina de dinheiro que alimenta as campanhas políticas e os futuros acordos de campanha a serem cumpridos, custem a quem custar, saem de esforço comum e como dinheiro não cai do céu, também deverá vir do faturamento, aparentemente insignificante, da passagem de ônibus.

Quando no noticiário nacional se vê os comandantes e comandados da força do estado falando a mesma língua e defendendo a manutenção da ordem social, em detrimento da  justa passagem de ônibus a quem + precisa do serviço de coletivos urbanos, então há mesmo uma grave ameaça e não parece vir dos estudantes organizados e politizados.

O discurso oficial inflamado lembra notícias do período da ditadura em que um oficial comandante dizia, para justificar a truculência aplicada contra grevistas do ABC paulista, “foi só para conter os ânimos”. Justificativa hedionda, da justiça daquele contexto que se supunha nunca + presenciar.

 Agora quando a polícia democrática de São Paulo e do Rio de Janeiro ataca para se “defender” dos estudantes políticos e defensores dos próprios direitos, então seus meios justificam os fins. Nada pode ameaçar a ordem política de governos e os deveres financeiros aplicados sobre a população. Então borracha nela e que sobreviva quem tiver + poder de fogo.

A polícia diz que os manifestantes atacaram, provocaram a força policial e desencadearam a ação da ordem pública de segurança sobre a anarquia (perigo representado pelos estudantes). Os manifestantes dizem que não estão mortos e nem devem fingir descaso às balas de borracha, spray de pimenta, bombas de gás de efeito moral, cassetetes e a petulância protegida pelo governo.

A truculência policial brasileira é histórica e quando o governo vai para as ruas é para definir quem manda. O crime de Eldorado de Carajás; os 111 presos massacrados no Carandirú, entre outras virtuoses governamentais e policial, dão mostra da herança a que está sujeito quem confronta a ordem e a lei do estado.
                                                         
Fica no discurso público e midiático a “defesa” política de investigações e acionamento de corregedorias do estado para encontrar culpa no estado. O estado é soberano e quando o assunto é a defesa do estado, serve bem a máxima “para os amigos a leis, aos inimigos os rigores da lei”.

Em país de Deus brasileiro, terra de futebol, samba, carnaval e mulatas assanhadas, fora do rigor é ter brasileiro com coragem de ir às ruas defender a si próprio. As defesas político coletivas são da pecha dos direitos coletivos.

 A defesa do governo é da forja dos negócios e mercados políticos do governo. Assim culmina a humanidade governamental, na defesa das políticas público oficiais para discurso de democracia de gabinetes de governos, quer de direita, quer de esquerda.

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