sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Batalha musical


Batalha musical
por maneco nascimento

Um grupo de + de 50 artistas de Teresina prepara-se para + uma Batalha cênica. O espetáculoA Batalha do Jenipapo”, encenado em Campo Maior, há + de uma década, reinventa a memória da guerra de foices contra canhões e voltará a ser reapresentado dia 13 de março de 2013, a partir das 18 horas, na cidade dos carnaubais, ao norte do estado. O palco aberto será em campo de cena ao lado do Monumento Heróis do Jenipapo (criado em 1973), às margens da BR 343. Um espetáculo sempre esperado.
(Memorial Heróis do Jenipapo/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

Projeto nascido das forjas do governo do estado, à época do governador Mão Santa, ganhou agenda no calendário oficial e desde então tem-se mantido fiel à memória e história contada e visto por muitas autoridades políticas, convidados, estudantes e o povo que acorre ao palco da encenação.  No início teve dramaturgia literária realizada a partir de pesquisa do jornalista Chico Castro e texto adaptado por Aci Campelo. A direção de cena, durante alguns anos, foi de Arimatan Martins.
(publicação de Chico Castro/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

A Batalha do Jenipapotambém já teve uma versão dirigida por Siro Siris. A atual direção é do ator, autor, diretor de teatro e cinema, Franklin Pires que, nesse ano de 2013, traz + uma boa novidade. A Batalha desse ano será musical. Com texto adaptado por Bernardo Aurélio, a partir de seu próprio livro, em quadrinhos, “Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo”; a direção geral é de Franklin Pires; a direção de movimentos coreográficos de Valdemar Santos e a direção musical e preparação vocal de Edivan Alves e Gislene Danielle.
(Ator representando D. Pedro I, na encenação/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

Já pesquisaram esse assunto e registraram, em livros, os piauienses, a professora-doutora  em história Claudete Maria Miranda Dias, Francisco Castro, Abdias Neves, Caio Tiago e Bernardo Aurélio. Cada um registrou seu olhar e pesquisa a esse episódio sangrento de piauienses contra portugueses.
Claudete Maria Miranda Dias relata que mais de 2.000 pessoas entre fazendeiros, oficiais militares, vaqueiros, lavradores, artesãos, escravos e roceiros foram lutar contra os soldados portugueses no campo de batalha, usando foices, facões, machados, enxadas bem como outros instrumentos domésticos."(meuartigo.brasilescola.com/por: DOURIEDSON ALVES DA SILVA)
Essa história real de adesão à Independência do Brasil é contada através do teatro a céu aberto e fideliza arte, cultura e educação na forma de dramatização de um dos primeiros movimentos que aderiu ao Brasil livre de Portugal. E a história registrada nos lega dados impressionantes. O exército português era poderoso contra as gentes simples piauienses.
Do lado oposto havia soldados treinados, entre 1.600 a 1.800 homens, na cavalaria, fuzilaria, homens de infantaria, todos equipados e armados, com 11 peças de artilharia, um canhão e lançadoras de granadas, conforme relata a professora Claudete Maria Miranda Dias.” (Idem)
A história idealizada à encenação reúne dramaturgo, diretores, atores e atrizes, cantores líricos, coreógrafos, bailarinos e bailarinas e a energia do teatro do fingimento e da recuperação da arte e cultura dramáticas. A dramaturgia de cena, em todas as versões vistas, procura dar vida e documentar cenicamente um fato que marcou a história brasileira e definiu força para que o restante do país apoiasse a causa nacional.
A batalha do jenipapo ocorreu junto do Riacho Jenipapo na cidade de Campo Maior – Pi. Houve uma importante luta sangrenta envolvendo soldados treinados do governo de Portugal, fortemente armados, e cidadãos comuns piauienses, na data de 13 de março de 1823, cujas circunstâncias históricas consistia em tornar o Piauí livre da dominação Portuguesa, uma vez que em 7 de setembro de 1822 o Brasil oficialmente se declarava independente de Portugal.” (Idem)
(campos de Campo Maior/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)

Em 13 de março de 2013, no campo do Memorial Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, + uma vez a prática teatral, na mímesis da vida real, reproduzirá a Batalha do Jenipapo, com o corpo falante de um elencão de atores profissionais e amadores da cidade verde, que (en)cantarão numa Batalha cantada.

Quem viver, verá que o teatro praticado na cidade de Teresina tem vida útil, própria e criativa, ousada e, especialmente, aristotélica para ficar no berço da memória original do teatro ocidental.

Será um outro olhar dramático, variando sobre o mesmo tema real histórico e  garantirá aos artistas da cena de Teresina uma nova batalha de palco, de diálogos ardentes e cena viva. Vem ai A Batalha do Jenipapo ”, musical.




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