quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Vai uma passagem ai?

o "troco" não tá dando...
por maneco nascimento

Sim, estamos com passagem de transporte público coletivo + cara. E, considerando que o serviço de deslocamento, nos ônibus disponibilizados à cidade, sempre estiveram a desejar, então temos uma das passagens + caras do país. 









(nossas paradas de ônibus de cada dia/imagem reprodução)


De R$ 2,10 a R$ 2,50, um salto olímpico de R$ 0,40 centavos saídos, forçosamente, do bolso do usuário ao curso da caixinha do empresário de transportes coletivos que domina trechos da capital e, das franjas da sociedade crescida à grande Teresina e zona rural.

Presente de grego, na acepção de quem sabe, premeditadamente, o que alcançar e na posterizada história da tomada de Tróia, pela esperteza do estrategista de guerra de reinos dominadores e cerco grego espartano.

De toda forma, um presente surpresa dos acordos e cálculos do toma lá dá cá na envolvente relação prefeitura de Teresina e resultado de eleições municipais e empresários de transportes públicos coletivos e aporte generoso, em campanha eleitoral, que merece retornar aos cofres do santo ofertador de milagre à caravana do voto certo.

Na maquinada manobra de “agradar” estudantes que se manifestam e realizam atos que deixam empresários e prefeitura de orelhas incontinenti, a pmt, strans e setut resolveram dar um gracejo à meia passagem, mantendo-a no valor de R$ 1, 05, e catapultar a inteira a R$ 2,50.
(será que meu ônibus já vem?/imagem reprodução)

Passageiro da tarifa inteira não parece, no raciocínio oficial/empresarial, muito disposto a incorporar manifestação. Então, num lampejo de esperteza raposa velha, aumenta-se a passagem inteira e mantém a meia passagem a custos que não arrepiem a quem faz barulho e cria confusão.

Tá esperta, a prefeitura, ao benefício da setut e seus desdobramentos lucrativos empresariados na má prestação de serviços públicos coletivos de deslocamento urbano. Colou, vai colar? Ainda não se sabe ao certo. 

É certo que entidades representativas, líderes de movimentos populares e quem “não aceita a noite mansa” não deixaram assim tão fácil esse açúcar no fel e, do alto de interesses coletivos, jogaram água fria nessa fervura de inteligentsia matreira.

Acionado o Ministério Público do Estado do Piauí, reuniu, na segunda feira, dia 9 de fevereiro, à primeira audiência pública sobre o aumento da tarifa de passagem, justificada pela integração dos ônibus, representantes dos negócios de transportes coletivos e parceiros oficiais da pecha municipal + os reclamantes do abuso, que disfarçado de boa fé. 

Ficou acertado que a pmt, e seus representados no ato de aumento da passagem de ônibus, deve se manifestar em cinco dias e explicar por que cálculos justificativos de aumento da passagem não pareciam muito convincentes, mesmo determinantes de abusiva manobra tão dotada de intenção generosa.

[O promotor Fernando Santos, responsável pela condução da audiência, solicitou a imediata redução do valor da passagem e deu prazo de cinco dias para manifestação do prefeito Firmino Filho.
De acordo com o promotor, após verificar as planilhas de custos da Strans referentes a maio de 2013 e novembro de 2014, foram detectadas diversas irregularidades, como erro nos cálculos sobre a quantidade equivalente de passageiros no período de 12 meses e aumento nos coeficientes relacionados à rodagem dos veículos e índice de consumo.

“A Prefeitura não explica o aumento dos coeficientes de 2013 e 2014. E esses coeficientes são determinantes para o cálculo da tarifa de ônibus urbano em Teresina. Ora, se aumentamos os coeficientes, aumentamos o valor da passagem. No entanto, a Prefeitura não diz o porquê de eles serem alterados de uma planilha para outra”, diz o promotor.] (www.meionorte.com/blogs/efremribeiro/mp-quer-reducao-de-passagem-de-onibus-e-da-prazo-para-firmino-filho/por E. Ribeiro, ••• atualizado em 09 de Fevereiro de 2015 às 15:01/acesso 11.02.2015, às 14h30)

Determinou o MPE - PI que a pmt retroaja o preço da passagem para o valor praticado antes desse desvio esperto, percurso de jogar um barro na parede e esperar que ele solidifique e incruste na boa fé do passageiro de transporte coletivo. Retroagir no preço da passagem de ônibus e demonstrar melhores justificativas que caracterizem esse aumento de R$ 0,40 no bolso do trabalhador usuário do serviço do Setut.

Espera-se, da pmt, a resposta que o MPE solicita. Será que vai ter que capitular o gerente em chefe administrativo executivo do município e atender a determinação judicial, ou ficará fingindo-se de morto, enquanto houver brechas que permeiem a movimentação da lei e seus ditames de sobrevivência “lex et order”?

Desde primeiro de fevereiro, o usuário da passagem inteira tem dobrado seu gasto de orçamento, já exíguo, e se desdobrado em pagar R$ 5,00 a duas passagens diárias, ou R$ 10,00 a quatro deslocamentos.

Ainda que o valor da passagem retroaja ao valor anterior, mesmo assim o empresário de transportes coletivos urbanos já terá gerado, a seus cofrinhos geniosos e genuinamente eficazes em juntar negócios e lucros à custa do usuário do serviço público de ônibus, uma pequena fortuna. Valor que não retrocederá ao bolso do passageiro.

Então, mesmo pedra extraída do sapato gasto do usuário, fica um prejuízo. Este sim, significativo no bolso do cidadão comum e contrapõe-se à chorosa e inconvincente lamúria de empresários que alegam déficits financeiros, por não contarem com o aumento da passagem.

Percursos pequenos, realizados pelos usuários de transportes coletivos urbanos; ônibus lotados e reduzidos nos locais de atendimento das pessoas que necessitam, efetivamente, do serviço; atrasos e paradas de ônibus superlotadas, em horário de pico nas estações de clima típico da cidade e uma infindável desmesura da prestação de serviços que coloca em xeque o motorista e trocador que, empregados, devem obrigações ao patrão, e o trabalhador que usa o deficiente serviço prestado.
(a desproteção das paradas de ônibus na cidade/imagem reprodução)

Tudo se vai consumando à imposição de quem retém a caneta determinante de como o serviço público de transportes coletivos urbanos será jogado à seara do passageiro de ônibus.

Quanto à ranhura oficial de apresentar novas perspectivas de melhorias das condições de atendimento ao público consumidor de novos serviços, feito + à mídia persuasiva, a cidade apenas observa e dá crédito, que não se precisa ser + céticos, que o já tornados, pelos modelos administrativos de setor público.

É da Lei a implementação de real e eficaz licitação para novas entradas de empresas de transportes públicos coletivos urbanos e possibilitar a fuga do azeitado clientelismo e capitanias hereditárias de concessão do serviço público, como se fosse moeda de troca aos interesses + privados, aliados à manobra de aptidão generosa oferecida pelo poder público.

Concretizar o serviço de integração é de direito do cidadão. Pois como justificativa de diminuir o prejuízo do usuário do serviço de transportes público e coletivo urbanos. Usuário, que paga caro por prestação de serviço, aquém das condições dignas que necessitaria para deslocar-se da casa ao trabalho e, deste, ao retorno a local de descanso de um dia extenuante de sobrevivência, quer + respeito.
(as longas esperas pelo ônibus/imagem reprodução)

Então, caros “domine polis et politikae”,  a cidade necessita de ônibus novos e confortáveis; rotas eficientes e maior quantidade de veículos ao atendimento da população; integração necessária, justa e efetiva; preços regulares e ajuizados, se preciso, da passagem de ônibus; percursos extensivos às novas Teresina que têm surgido  e merecem gozar, também,  desse serviço público. Respeito é bom e todo mundo gosta, na cobertura da Lei, nas linhas, entrelinhas e para além das linhas legais.

O cidadão não é tartaruga, de carapaça de dinheiro, (em)carregada a despejar seu labor nos cofrinhos de empresários de transportes públicos coletivos urbanos. Não podemos carregar esse serviço público às costas.

Temos nossas obrigações e deveres e os direitos não podem ser vilipendiados por manobras espertas do administrativo público em apoio aos negócios privados de empresas e lucros abusivos de empresários de ônibus.

Não podemos achar usual, casual, natural e irrevogável o maneirismo político que sempre acarreta prejuízo ao cidadão. Vai uma passagem ai? Vai, sim. Mas que valha à pena o serviço, porque o troco não tá dando...

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