sábado, 26 de novembro de 2011

Escola de Arte

Escola de Arte
por maneco nascimento
A Diretora de teatro e professora da disciplina de Artes do Colégio Odylo de Brito Ramos, Marina Marques, facilitou uma prática de improvisação que envolveu aluno (a)s da disciplina e o ator do Grupo As Petúnias de Teatro, Elizânio Pedro. Um coletivo de quinze estudantes e aprendizes-intérpretes encenou texto do Grupo Galpão.
Atividade extra classe, promovida por iniciativa de Marina Marques e o empenho do grupo envolvido, aconteceu às 19 horas do dia 25 de novembro de 2011, na Praça Aberta do Teatro Municipal João Paulo II, representou uma cena de evangelização e pregação da palavra de Deus aos infiéis e pecadores do mundo de hoje.
Ponto intenso, a entrada da travesti invertido na pele de Elizânio Pedro. Confronto do discurso maniqueísta de céu e inferno e quebra do dramático apresentado pelo pastor e seu grupo de seguidores, a intervenção da travesti impõe-se como a cidadã que reclama seu direito de livre arbítrio e trânsito regular por pontos de logradouros públicos.
Há um tetê-a-téte entre os dois defensores de convicções sociais e sociabilidades representativas da própria identidade. Reflete postura acerca dos direitos cidadão disputados, já naturalmente, por qualquer pessoa que se julgue prejudicada. Esse tema se desenrola de forma brincada e com humor apreciável para o teatro do improviso e do teste de cena na rua.
Marina Marques, com carreira de professora da rede pública de ensino estadual, desenvolve em paralelo à sua vida de docente um exercício da arte também para a cena e, com a turma desse período, propôs trazer os aluno (a)s para a praça e testá-los ao livre ato de encenar.
Escola e arte transversalizam resultados construtivos de interação, integração de conteúdos teóricos e de cotidianos da sociedade que representam e espelham a comunidade natural de qualquer nicho social.
O que se viu foi uma leve intenção de aproximar temas sociais e comportamentais através da arte de interpretar, tendo como suporte de aplicação o palco da educação formal. Muito louvável o propósito e resultado conseguidos. Que não finalize atores e atrizes, mas abertos precedentes da arte de fingir.
Marina Marques e seus discentes emprestam corpo e discurso a uma das + antigas manifestações do sentimento humano, o teatro. Exercitam a escola de arte e a arte escolar de formar cidadãos mais antenados. Cumprem o papel cultural de informação e formação de novos pensadores sociais.
Parabéns a M. Marques, seus aluno (a)s e artistas da cena que despontam não só à arte de aprender a aprender, mas muito + especialmente à arte de apreender conhecimento e atitudes de cultura de sobrevivência sócio-artística.


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