sábado, 23 de março de 2013

Rosas para Rosita


Rosas para Rosita
por maneco nascimento

Para quem cresceu vendo televisão, um dos canais de entretenimento que, nos idos das décadas de 1970 e 1980, mantinha muito + força criativa e de persuasão estética ao telespectador e sua época, sente alguma nostalgia das produções dos folhetins e dos elencos que povoavam a telinha brasileira, àquele período. 

De autores, entre tantos de sucesso, Janete Clair, Dias Gomes, Cassiano Gabus Mendes, Ivani Ribeiro, Lauro César Muniz, Mário Prata, et all. Dos novos que ganharam fama de excelentes magos dos folhetins, Gilberto Braga, Sílvio de Abreu, Maria Adelaide Amaral, Glória Perez, Manoel Carlos, João Emanuel Carneiro, Elizabeth Jin, Aguinaldo Silva e todo um grande “cast” de produtores de sonhos à caixinha mágica.

Nesse universo de “Espelho Mágico” desfilaram, desde o surgimento da televisão brasileira, muitos artistas que marcaram história na teledramaturgia nacional. 

Da era do rádio onde alguns começaram, houve uma migração natural para a televisão que começava a fazer espécie e empregar rádio-atores e rádio-atrizes e catapultar, de vez, a carreira de toda uma geração que construía junto com os empresários da televisão a referência de melhor perfil, de novelas, no mundo.

Da nossa memória da teledramaturgia, algumas peças raras do drama televisivo que já deixaram esse set em busca da aposentadoria nos estúdios do céu. 

Já no céu das estrelas Elza Gomes, Paulo Gracindo, Ida Gomes, Mário Lago, Zilka Salaberry, José Legoy, Léa Garcia, Armando Bogus, Dina Sfat, Milton Moraes, Miriam Pires, Walmor Chagas, Geórgia Gomide, Yara Amaral, John Herberth, Yolanda Cardoso, Yara Lins, Luis Carlos Arutim, Chico Anysio, Henriqueta Brieba, Luiz Armando Queiroz, Eduardo Dolabella, Carlos Zara, Carlos Augusto Strazzer, Jofre Soares, entre tantas célebres personalidades da televisão nacional.

A vida de artista passa, ficam os palcos, as luzes da ribalta, os camarins, os bastidores e as boas memórias da arte de fingir. O tempo conseqüente inspira tempo de dar sobrevivência a arte e seu operário e contar a história de quem vive seu próprio tempo. Depois o mundo segue passagem e outros contarão novos borderôs e vida de artista.

Nesse março, o obituário registrou passagens de também artistas, já que mortais. Chorão, Emílio Santiago e, no sábado, dia 9 de março, uma das estrelas da telinha e teatro nacional. A encantadora e classuda Rosita Thomaz Lopez. Os idos de março também nos deram notícias da esfinge de tradução que alça vidas mortais ao imponderável.

(Rosita T. Lopez/imagem: elencobrasileiro.blogspot.co.br)

SÃO PAULO – Na noite do último sábado (9), por volta das 20h45, a atriz Rosita Thomaz Lopes morreu de falência múltipla dos órgãos. Rosita se encontrava em seu apartamento, em Ipanema, Rio de Janeiro, na companhia de dois de seus três filhos. O velório e o enterro acontecem no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Carioca, a atriz completaria 93 anos em junho. Apesar de ter começado a carreira aos 40 anos, seu currículo como atriz é bem extenso, tendo passagens pelo teatro, cinema e televisão.” (entretenimento.br.msn.com)

(saudosa Rosita/imagem: www.wikipédia.com.br)

Sempre apresentou personagens variantes entre o chique e o “classé”. Interpretou personagens destacáveis. No teatro dividiu cena com Fernanda Montenegro e Renata Sorrah, de que muito se orgulhava. Os palcos, seu maior prazer, embora tenha passagem também pelo cinema.

Conhecida do grande público por interpretar nas novelas personagens ricas e elegantes como a Letícia de Brilhante, a Nanda de Louco Amor e a Úrsula Pelegrini em Pátria Minha. Também esteve em outros bons momentos na TV nas primeiras versões de Uma Rosa com Amor e Anjo Mau e nas novelas Marron Glacê, Guerra dos Sexos e na minissérie Avenida Paulista. Em 2005, a atriz, com 85 anos, colocou prótese na perna esquerda, depois de uma queda com fratura no fêmur e outra no punho. Seu último trabalho na TV foi a novela Força de um Desejo, em 1999.” (Idem)

(Rosita T. Lopez/imagem: elencobrasileiro.blogspot.co.br)

Rosas para Rosita. A roda da fortuna espiritual gira, Ela se desliga desse tempo material e guardamos boas lembranças. Dos fãs se lança “Uma rosa com Amor”.

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