por maneco nascimento
“De um ministro do STF para outro, no MSN: ‘Lewandowski ainda não saiu de São Bernardo’. É o berço do PT, onde ele morou e se formou.” (Humberto, Cláudio. Jurista de São Bernardo/meio norte/ Geral/06 de outubro de 2012/A10)
A cidade Brasil está acompanhando, com atenção de ibope de novela das oito, o desenrolar do julgamento do mensalão. Esse processo exemplar, no Supremo Tribunal Federal, até já sofreu tentativas de ser desqualificado, numa insistente estratégia em transformá-lo em lenda, ou mito do saci pererê.
Os carros em chefe, defensores de mensaleiros e parceiros de manobras do mensalão, bem que tentaram transformar o assunto em factóide criado pela oposição, ou pela mídia sujeita a firulas, marolas e outros maneirismos da imprensa perseguitória do governo e de seus mentores de legenda feita estado à época. Não colou muito bem, né não?
Mesmo com algumas divergências, democráticas, de votos apresentados por membros da Suprema Corte, parece que as investigações e lei e relatoria e revisionismos do assunto comprovam a existência do propinódromo instalado no Planalto Central que confirmava, às custas do contribuinte, o apoio político ao governo nas pautas de votação do Congresso nacional.
“O ‘soçiólogo’ petista Emir Sader perdeu toda a modéstia, insinuando no Twitter que ‘JB’ (Joaquim Barbosa) está em campanha ‘grotesca’ para presidente. Nada mais falso. ‘JB’ quer ser apenas um magistrado.” (Humberto, Cláudio. Tola Fantasia/meio norte/Geral/06 de outubro de 2012/A10)
Em dias e véspera de eleições em todo o país, na nação em que políticos e legendas tentam manter hegemonia de direitos adquiridos à força de estratagemas de perpetuidade, continuísmo incontrolado e exercício de herança e transferência do que consideram o negócio de políticas, também as escusas, à gleba dos seus, qualquer político envolvido ativa, passiva, indireta ou diretamente com o mensalão, tem mesmo que estar muito preocupado.
O julgamento da escala “menor” já rendeu algumas mudanças expressivas no quadro de concorrência a cargos eletivos este ano, recolhimento à espera do segundo momento, a definição das penas.
(José Dirceu/foto colhida da wikipédia)
(José Dirceu/foto colhida da wikipédia)
(Delúbio Soares/foto: Antonio Cruz/ABr)
Agora se acompanha a votação dos tubarões de marés vermelhas. José Dirceu (ex-chefe da Casa Civil do governo da era Lula), José Jenoíno (presidente do Partido dos Trabalhadores àqueles prósperos anos petistas) e Delúbio Soares (tesoureiro de campanhas financeiras do PT para negócios do partido) estão na esteira de condenação, ou absolvição.
Seu comandante ex-Chefe bem que tentou, insistentemente, modificar os rumos desse caminho que levava ao Supremo. Não foi possível e o Brasil contribuinte agradece. Joaquim Barbosa, o relator do Julgamento do mensalão tornou-se um herói nacional e exemplo de magistrado a orgulhar qualquer brasileiro.
Há os que saem em defesa dos mensaleiros, natural em qualquer democracia, como há os que entendem que o Brasil deve alcançar novos rumos. O contribuinte está farto de investigações que acabam em pizzas consensuais dos interesses políticos, em detrimento da malha social honesta e pagadora de impostos.
“Policial experiente, Romeu Tuma Jr. se impressionou com o ministro Lewandowski tentando desqualificar depoimentos contra mensaleiros: ‘Não se pode julgar testemunhas, mas seus testemunhos’. Lembra que testemunha idônea pode prestar um testemunho inidôneo e vice-versa.” (Humberto, Cláudio. Estratégia Equivocada/meio norte/Geral/06 de outubro de 2012/A10)
O Brasil testemunha respostas expiadas no olho de um furacão chamado mensalão. Desse triângulo das cuecas vermelhas escarafunchado, que ora parece confundir-se com um quadrilátero de decisões que arrastaram os recursos brasileiros para destinos (des)conhecidos, algo terá que sair, como resultado em jurisprudência nacional a contemplar lei e ordem.
Há de surgir desse mar revolto, de águas sujas, justiça e resultados + ilibados, fora do circuito fechado e de rica forja a mensalão, mensaleiros, mensalinhos e sua rede de corrupção ativada por ambição deslumbrada por poder.
A partir de momento jurídico-político, ato de consensual democracia do Supremo, na quebra do paradigma do “Me ajeita que eu te ajeito!” que parecia ser a moral de todas as campanhas de voto e eleições, o Brasil poderá sair + ficha limpa desse julgamento histórico realizado no Tribunal do STF.
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