Prata da Casa
por maneco nascimento
Com texto de Tatiana Belinky e montagem do Grupo As Petúnias de Teatro - uma Cia. das cenas da
região do Dirceu Arcoverde - se conferiu na tarde do dia 10 de outubro de
2012, em duas sessões da programação do SESC Teatro
Pipoca com Guaraná, no palco do Teatro Municipal João Paulo II, o espetáculo “O
Macaco Malandro”, dirigido por Marina Marques.
O enredo, a reunião de uma Raposa, um Lobo e um Macaco que faz as vezes
de juiz da floresta. Os dois primeiros bichos, famintos, encontram um pedaço de
queijo e começam uma questão de difícil solução. A quem pertenceria o alimento
encontrado? Sem chegarem a um acordo, decidem procurar o Macaco para receberem
um veredicto final.
O Macaco, malandro, embroma, enrola, adia uma decisão e acaba comendo todo o queijo dos
colegas famintos. O desfecho da fábula da esperteza é, naturalmente, do Macaco
levando a melhor. Moral da história, em terra de esperto quem se dá bem é o
esperto e meio.
As sessões das 15h e 16h fecharam o dia de teatro para criança promovido
pelo SESC Piauí, na região do grande Dirceu. Quem ainda é criança
aproveitou toda a malandragem lúdica apresentada na montagem de “O
Macaco Malandro”. Os que já deixaram essa criança lá atrás, recuperaram as próprias
memórias infantis ao ver o divertido diálogo dos bichos em
fabulosos discursos humanos transferidos à cena.
“O Macaco Malandro”, facilitado pela diretora/encenadora Marina Marques também faz parte do “cast”
dos projetos de encenação que mantém acuidade em realizar dramaturgia que
atenda ao público infantil e equilibre o envolvimento com a linguagem que
encante, atraia a atenção e interaja com o mágico mundo de expectativas da
criança.
Tatiana Belinky, Marina Marques, Lorena Campelo e o elenco afinado de “O
Macaco Malandro”nos dão uma mostra de sensibilidade, razão dosada de forte
emoção e senso construtivo de reflexão sócio-política através da função
literário-dramatúrgica e da estética do ato encenado, propriamente.
O ato praticado pelo Grupo As Petúnias de Teatro reflete prata
da casa, descentraliza da práxis do eixo central da cidade de Teresina e foca
no movimento amador em sedimentação no bairro Dirceu Arcoverde.
Informa, diverte, enleva, forma platéia e garante a sobrevivência de
projetos fomentadores da cultura de teatro, como também da memória e história
da teatro piauiense em constante mutação.
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