barro dá vida
por maneco nascimento
“Homem Texturas Faz e se Desfaz
no Chão ou Não”, acena em projeção, na abertura, do espetáculo com homem suspenso na efígie da
lua, em sinergia do homem integrado no círculo de barro, no chão. Yi Ocre espetáculo de dança.
(ícone de identidade Yi Ocre/reprodução)
(tensão corporal no círculo do barro/reprodução)
Com duração de 40 minutos, o
espetáculo de expressionismo de marcas e falas do corpo, um diálogo em
sinergia mimético de homem corpo barro, círculo de vida e carne e sangue e
pulso e coração da espécie, dialética criacionista e metáforas antropológicas e
filosóficas da espécie natural, em ciclos evolutivos de terra e ar,
respectivamente.
(seu barro - em círculo - sua terra/reprodução)
Concepção Coreográfica de
Odacy de Oliveira e Alan Panteón; Pesquisa
Musical, de Marcos Tubarão com
interpolação de Alan Panteón e
Odacy de Oliveira. A Projeção/Sonoplastia, de Marcos
Tubarão e Iluminação, de Carol
Calderaro. A Pintura Corporal, de
Odacy de Oliveira. A
dramaticidade apresentada leva a assinatura dos intérpretes criadores Odacy de Oliveira e Alan Panteón.
A cenografia, dois círculos de barro em que as
espécies masculinas, territorializam as narrativas de corpos falantes. As
projeções no terceiro círculo, parede ao fundo (lua cheia, de sangue, e ou branca) completa o
triângulo da vida circular para céu e terra.
(o homem da terra e da lua Yi Ocre/reprodução)
Os homens, em perfis do macho, um
para antropóide primitivo em reverbero de atos pós contemporâneos, de
narrativas expressivas e, o outro em similar impressionismo exteriorizado +
para penso, logo cartesiano, mesmo com o pertencimento de igual raiz em arraigo
na sinergia com o do primeiro.
A maquiagem, à base de barro e lama primitiva, a segunda pele a
signos de aproximação do homem bicho à identidade urbana. Define as personagens
ao cerco de sobrevivência e espasmos de expansão lingüística corporalizada que
marca os tempos e pulsos de vida expiada. Butô, marinerismo, partitura de
olímpica expressão, homo erectus, neandhertal, sapiens e descarteano recoberto
de caulim.
A música, cifra de
injeção e dinâmica à pulsação vital, inflama a dramaturgia e energiza as
personagens construídas e dão + vigor expressionista. Dialoga com o tempo das
personagens e com a sanguinidade fluxionada na vida representada na cena.
As
dublagens às sonoras vazam do neutro denso ao preenchimento do vácuo da matéria
e impregnam os corpos alfas e a recepção que os vê e identifica como marca
d’água da mesma cepa.
Os figurinos ao corpo nu,
o barro criacionista ou caulim evolutivo recompõe a pele e vestem bem as
personagens em revisitação do próprio ciclo vital atomizado.
Segundo os intérpretes criadores,
a linguagem não está datada a nenhuma estética ou escola. Há uma tendência já
natural de criações e montagens que afluem a hibridismo de estilos, é dança,
teatro, improviso e recorre sobre as experiências profissionais da equipe da
montagem que inclui artistas visuais, músico pesquisador dj, ator bailarino e
iluminador.
(arte divulgação espetáculo amazônico/reprodução)
O barro da vida, o barro dá vida.
Yi (barro) Ocre, cor terral da natureza que recobre os tempos, memórias e
histórias da humanidade e, para efeito religioso, “do barro ao barro”.
Para
efeito de pés na terra sob os pés e sobre a pele, o barro dá vida de arte e
cena de Manaus, que por aqui girou. Essa Amazônia é mesmo legal!
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