quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Operárias Espartanas


 Operárias Espartanas
por maneco nascimento

Uma das profissões + antigas do mundo sofreu um revés, esta semana, com a detenção de empresário (a)s do ramo da prostituição em Teresina. É de longe sabido, a qualquer um, que a profissão do sexo, empresariado, sempre esteve nos circuitos de qualquer gleba social, seja para os grandes negócios, ou para os de porte de descendência + humildes. 

Riscos também há como em quaisquer negócios de capital. Os + espertos levam a melhor resultado, enquanto não houver uma queda da bolsa de valores, comprometimento ou exposição de investidores em detrimento, especialmente, de quem possa, por vezes, desavisado (a) cair nas malhas e tramas das especulações financeiras.

ERRO Nas Delegacias de Polícia Civil de Teresina não se fala de outra coisa. Que a prisão de Elisabete Lourdes de Oliveira, a Beth Cuscuz, foi deflagrada porque postou no Facebook fotografias da festa em torno da apresentação da Mulher Melancia, na semana passada. A fotografia se transformou em viral e está ameaçando casamentos de muitas autoridades piauienses.” (Ribeiro,Efrém. Informe/Opinião/meio norte, 15 de agosto de 2012, A/2)

Parece que o incômodo de serem partícipes, segundo o colunista, das festas privadas em estabelecimento de prostituição da cidade, talvez, tenha possibilitado mexer-se em vespeiro e tornar exemplar a prisão das “abelhas rainhas e suas operárias espartanas” e, quem sabe, coibir novas iniciativas de exposição pública de “zangões” da colônia tradicional.


(rainha marcada/foto colhida da wikipédia)



A professora aposentada Elisabete Lourdes Oliveira, a Beth Cuscuz, proprietária da boate Beth Cuscuz (...) e mais sete pessoas, entre elas o proprietário da boate Copacabana, Carlos Alberto da Silva Passos, o ‘Carlão’ e proprietários de sites de garotas de programas, gerentes e sócios de boates foram presos em Teresina.” (Ribeiro, Efrém. Beth Cuscuz é presa com mais sete. Polícia/meio norte, 15 de agosto de 2012)

Quando as condições são favoráveis para uma divisão da colônia ou quando a atual rainha começa a envelhecer, as operárias iniciam o desenvolvimento de novas rainhas. A rainha se desenvolve a partir de um ovo (algumas vezes a partir de larvas extremamente jovens) idêntico aos que dão origem a novas operárias. O desenvolvimento se diferencia devido à alimentação exclusiva através da geléia real, rica em proteínas e hormônios, produzida a partir de glândulas presentes na cabeça das operárias.” (www.wikipédia.com.br/acesso: 15.08.2012, às 11h54)

Negócio lucrativo o do serviço, de utilidade privada, ao interesse de “zangões”, iniciados e curiosos do prazer oferecido que, segundo investigações da “Operação Aspásia”, opera lucros extraordinários às “rainhas” desse modelo fordista do sexo a partir da força motriz de trabalho concentrado das “operárias”. 

A delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Teresina, Andrea Magalhães, afirmou que foram presas 8 pessoas de 3 estabelecimentos diferentes – Copacabana, Beth Cuscuz e Rancho e dos sites (...) Estão envolvidos Elizabete Nunes de Oliveira, a Beth Cuscuz, que estava com dificuldades financeiras, praticamente arrendando a boate a Keila Marina, conhecida como Cláudia Pires, e Rejane Ferreira de Melo, que tinha grande influência na casa e queria abrir seu próprio negócio.” (Ribeiro, Efrém. Beth Cuscuz é presa com mais sete. Polícia/meio norte, 15 de agosto de 2012)

Quando restar apenas uma rainha jovem na colônia, ela realizará o seu vôo nupcial, onde será fecundada por 12 a 15 zangões. Se as condições climáticas forem desfavoráveis, ela pode realizar outros vôos até completar o ato nupcial. A rainha guarda o esperma dos zangões em sua espermateca. Ela liberará esse esperma aos poucos, pelos seus 2 a 7 anos restantes de vida.” (www.wikipédia.com.br/acesso: 15.08.2012, às 11h54)

Ao contrário do cotidiano de labor obsequioso e determinista das colônias de insetos do mel, em sua sobrevivência ininterrupta, na qual as funções são imutáveis, as colônias dos tempos modernos não viabilizam que “zangões” fecundem qualquer “rainha”, nem mesmo as “operárias”, porque seria uma temeridade. Guardar espermas dos “zangões” em espermatecas, nem para uso indevido.

O que se espera desse negócio, no usufruto de operárias espartanas, são os lucros deixados pelos “zangões”. A força tarefa das operárias também fica com pequena parte do prazer rateado. Mas a “rainha” ainda é quem detém todo o maior esforço da energia despendida por suas obreiras. 

Ela é continuamente cercada de atendentes, que lhe provém alimento e cuidam de seus ovos, além de distribuir uma substância que contém um feromônio que inibe a construção de novas células de rainhas por parte das outras operárias.” (www.wikipédia.com.br/acesso: 15.08.2012, às 11h54)

(rainha cercada pelas operárias/foto colhida da wikipédia)

Cercada de obreiras que atendem os “zangões” generosos e necessitados do “desestress”, a “rainha” abelhuda será mediadora em fertilizar “ovos” capital e gerar atenção dos “zangões” às alcovas das operárias espartanas. As substâncias “distribuídas” a preço de ouro revertem-se ao caixa do castelo dos sonhos eróticos dos “zangões”. O feromônio é da natureza de todo bicho, abelha ou inseto outro e aproxima gentes ao sexo de negócios, ou de prazeres.

E já que estamos tratando de uma das melhoras válvulas de escape da humanidade, o uso dos prazeres, também trouxemos o assunto sexo, negócios e prostituição e negócios do sexo, em que naturalmente se lembra de Vênus, seja à camisinha de proteção ou à grande deusa da beleza e do prazer, na mitologia grega. 

O assunto policial de “higienização” de negócios escusos que envolvem dinheiro, poder e prazer, também leva nome de outra personagem da Grécia antiga.

A Operação Aspásia foi assim denominada em alusão à mulher da Grécia Antiga que foi uma das amantes de Péricles e encontrava-se no mais alto patamar das prostitutas da Grécia, personalidade detentora de poder, que teve sob suas rédeas os homens gregos.” (Ribeiro, Efrém. Beth Cuscuz é presa com mais sete. Polícia/meio norte, 15 de agosto de 2012)

Segundo história da prostituição, “(...) em território da civilização antiga, cada cidade uma autarquia (...) Em regra, mulheres livres, entre elas se recrutavam as sacerdotisas de Dionísos e de Vênus Cotito. A classe das hetairas, que se tem pretendido colocar como a de mais alto grau das prostitutas da Grécia, era constituída por mulheres livres, cultas e famosas,que recebiam em suas casas os políticos, os generais, os filósofos e os poetas, raras vezes, mantendo relações, simultâneas, com mais de um (...) Havia duas classe de hetairas em Atenas e Corinto (...) As primeiras não se vendiam às riquezas (...) se instruírem impelia-as a colocarem-se acima da opinião e a preferirem a vida livre à vida obscura da casa (...) Um exemplo das primeiras a sábia Aspásia, mulher de Péricles e sua inspiradora: (...)” (www.antroplogia.com.br/pauloapgaua...)

Do mundo grego ao universo contemporâneo, a Operação policial que homenageia prostituta grega elementou uma devassa nesses ambientes cafetins em vista de entrecruzamento de investigações que enleiam “incentivo e exploração da prostituição, formação de quadrilha, rufianismo e tráfico interno de pessoas”. A clonagem de cartões de crédito também favorecia a prostituição e transporte de garotas de programa, vindas de outros estados, segundo matéria de E. Ribeiro.

Parece que essa colméia foi assanhada por motivos graves a partir de investigações deflagadas à Operação Aspásia, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e da Comissão Investigadora do Crime Organizado (CICO).

Quem será ferroado no final e quem perderá o ferrão, para puerilidade vital de sobrevivência, só os desdobramentos dessa Operação poderão responder.

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