governo Mal educado
por maneco nascimento
A forçosa manobra de governo e impositiva postura de “quem manda aqui sou eu” tem empurrado o primeiro semestre das escolas públicas estaduais “às cucuias”. Os professores da rede estadual de ensino estão em greve, de direito, desde o dia 27 de fevereiro de 2012. A proposta governamental ainda cheira a descaso não só com os profissionais da educação, mas, especialmente, com centenas de alunos dependentes do serviço público da educação formal.
por maneco nascimento
A forçosa manobra de governo e impositiva postura de “quem manda aqui sou eu” tem empurrado o primeiro semestre das escolas públicas estaduais “às cucuias”. Os professores da rede estadual de ensino estão em greve, de direito, desde o dia 27 de fevereiro de 2012. A proposta governamental ainda cheira a descaso não só com os profissionais da educação, mas, especialmente, com centenas de alunos dependentes do serviço público da educação formal.
(FONTE DA FOTO : http://www.cidadeverde.com/greve-na-educacao-completa-uma-semana-atila-lira-dara-coletiva-)
Para o professor aposentado, da rede pública estadual, Alborino Teixeira da Silva, sobre a proposta oficial de reajuste aos trabalhadores em educação “(...) Agora apresenta com o maior desrespeito à categoria uma proposta indecente afirmando que vai pagar o Piso somente para as classes A e B, acabando com a carreira do magistério, como se as outras classes não tivessem direito ao Piso estabelecido em Lei (...)” (Silva, Alborino. Pleno Descaso. Opinião. Teresina: ODIA, 31.03.2012, pag. 6 – Artigos)
Quando há uma campanha em busca de melhorias de condições de trabalho e salarial, naturalmente que são envolvidos não só professores e professoras, mas todo um corpo de profissionais que despendem sua força de trabalho para manter uma escola viva e em andamento.
O profissional da sala de aula acaba à frente de movimentos dessa ordem porque teria, talvez, poder de argumentação e arregimentação coletiva de interesse comum.
Nesse momento, os professores e professoras reivindicam o Piso Salarial como vencimento básico, como manda a lei, mas há também uma necessidade de aclarear a opinião pública acerca de direitos trabalhistas, para que não pareça que, mesquinhamente, esses profissionais educadores estariam centrados só em seu salário.
Segundo Alborino, além da implantação do Piso à categoria, há também reivindicações quais “(...) reajuste da regência de classe; regularização das transposições; quadro de professores completo nas escolas; auxílio transporte; reforma no Plano de Cargos, Carreira e Salário do Magistério; agilidade nas aposentadorias (...) condições concretas e dignas de trabalho; redução da carga horária de trabalho (...) Licença-Prêmio sem discriminação; regularização das férias dos vigias e reajuste para todos os trabalhadores técnicos e administrativos (...)” (Idem)
Como se percebe há um corolário de necessidades reais para que as escolas funcionem a contento. Há, inclusive, argumentos de necessidades que, aparentemente, estariam embutidas na vida prática da relação professor/aluno/sala de aula/escola. O governo do estado amplia a agonia de pais e estudantes atrelados na escola pública ao anunciar que:
“O governador Wilson Martins vai enviar à Assembleia Legislativa, na próxima segunda, proposta de pagamento do piso nacional do magistério retroativo ao mês de janeiro, a partir de maio – todos os professores, em qualquer cargo, receberão reajuste com adoção do piso salarial de R$ 1.451 (...) A proposta governamental significa uma ampliação do prisma do salário, já que a lei que regulamenta o piso salarial da categoria garante o pagamento apenas aos professores do cargo inicial de carreira (...)” (Opinião. Da Redação. Teresina: Meio Norte, 31.03.2012, A/4 – Política & Justiça)
Educandos da rede pública de ensino estarão sempre à mercê de administradores com propostas escorregadias e discursos simbióticos quando o assunto é protelar a finalização de interesse de quem está na ponta do problema.
Aluno(a)s, às centenas, sem aula na capital e em todo o estado. O período letivo já quase comprometido e o maneirismo político de estratagemas de tentar vencer pelo cansaço quem reclama por melhores condições de vida e trabalho. As escolas do município também enfrentam problema semelhante. São dias difíceis.
Chefes de executivo e políticos, seus assessores, não têm problemas com encolhimento educacional. Grosso modo, estes vêm de condições sócio-econômicas que dispensam preocupação, ou sequer passagem pelo serviço da educação pública. Serviço público é para maioria que não teria outra escolha, senão depender do instituto público oficial, custeado com imposto coletivo.
Enquanto o eleitor brasileiro trocar o seu voto pelo discurso de holofotes e carisma genealógico e nepótico de quem é alçado a representante do povo, nada poderá ser diferente do Brasil que conhecemos e achamos natural em sua representação política.
governo Mal educado para tratar de assuntos de interesses públicos coletivos tem educação e status social suficientes e costas largas para bancar-se a si e aos seus, sem necessidade de recorrer aos serviços de educação, saúde, transportes urbanos, etc., essas necessidades são da maioria e essa maioria é útil em números de votos.
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