Marilyn, Marilyn!
por maneco nascimento
Recentemente, através das campanhas de disputas pela estatueta do poder “business in movie”, descobriu-se que a história de Colin Clark, “Minha semana com Marilyn” entrou no páreo de concorrência a um Oscar, através do filme “Sete dias com Marilyn” em que a atriz Michelle Williams ganhou o Globo de Ouro pela atuação na pele da personagem da “Deusa” de Hollywood.
“1956, Colin Clark, um jovem inglês de 23 anos de idade, conseguiu um emprego como terceiro assistente de direção no set de ‘O Príncipe Encantado’. O filme, dirigido pelo renomado ator britânico Laurence Olivier, que também era um dos protagonistas, tinha como atriz principal o maior símbolo sexual de Hollywood, Marilyn Monroe – e as brigas entre eles entraram para as lendas do cinema.” (Clark, Colin. Minha semana com Marilyn. Tradução Carmen Fisher. São Paulo: Seoman, 2012. – Nota de orelha)
As confissões de Colin, que segundo o próprio autor só seriam publicadas após a morte da lenda viva, referem fidelidade a uma semana de convivência com a mulher + apaixonante, desejada, odiada, invejada, humilhada e confusa sobre qual seria seu papel, se de heroína, vilã, puta, atriz com ou sem talento, ou simplesmente alguém querendo ter liberdade para ir e vir, sorrir e conversar com alguém que não se interessasse por ela, só para levá-la à cama.
Esse jovem inglês, filho de amigos pessoais de Laurence Olivier, conseguiu o emprego através do tio Larry e tornou-se a pessoa + importante no set de gravação por ser a ponte despretensiosa e desinteressada entre a instável diva e todo o “staf “de gravação de cinema. A equipe inglesa dirigia-lhe olhar enviesado e não disfarçava a antipatia por Marilyn, ou o fato dele ter “passado” para o lado dela.
“Por toda uma gloriosa semana, a maior estrela do planeta buscou conforto nos braços do empregado mais jovem do set. Minha semana com Marilyn é o relato franco, doce e engraçado de como Colin Clark passou a partilhar os segredos de Marilyn Monroe – e até a cama dela!” (Idem)
O s relatos de Colin Clark que passou a escrever, em um diário, sobre o dia a dia das filmagens, desmistificam a imagem glamourosa da mulher + disputada e manipulada pela indústria de cinema americano. Marido, advogados, executivos, diretores, produtores, preparadores da atriz, cabeleireiros e maquiadores e toda uma gente envolvida na vida postiça de Marilyn ganham destaque de meio deus, meio diabo nas confusas interpretações da artista para jogo de poder da indústria mass media.
Pelas conversas entre a deusa de barro e o terceiro assistente de direção se consegue entender o redemoinho em que era envolvida. O rapaz tentava convencê-la de quem dava as cartas. Ela é que era o centro do furacão e os outros é que giravam em torno dela, agarrando-a para sobreviver ao fenômeno que representava, sem talvez ter consciência do poder ou ruína que atraía para si.
Entre as crises de baixa estima, comprimidos para dormir e total insegurança de não estar agradando o grande mestre do teatro britânico e seu diretor no set, ela acabava tendo com tábua de salvação os conselhos de Colin, talvez um dos poucos amigos que dispunha na Inglaterra e que tinha interesse em vê-la realizar o maior sonho, tornar-se a atriz que perseguia ser.
“Você tem talentos e vantagens que a maioria das pessoas só consegue sonhar. Você simplesmente não tem quem ajude a usá-los apropriadamente. Como todas as pessoas ambiciosas, você precisa crescer o tempo todo – crescer como atriz e também como pessoa. E crescer é doloroso, não há a menor dúvida. Dores do crescimento, como são chamadas (...)” (Clark, Colin. Minha semana com Marilyn. Tradução Carmen Fisher. São Paulo: Seoman, 2012. pag. 115)
Se tradução fiel ao original e original fiel as experiências vividas pelo autor, então ele não teria sido só um confidente ocasional, mas também o único amigo em quem ela confiaria, psicanalista de plantão e “amante” fortuito. Seu poder de convencimento a tirava da cama e a punha no set de gravação às 7h45m, para surpresa de todos. Ela o ouvia de verdade:
“(...) Mas você não quer ficar parada. Você não suporta ficar sentada pensando: ‘Eu sou Marilyn Monroe e isso é suficiente para passar por um filme desmiolado de Hollywood para outro.’ Se conseguisse fazer isso, você não estaria aqui agora. Você não teria se casado com um escritor famoso, não teria lido Os irmãos Karamazov nem concordado em atuar com Laurence Olivier. Você estaria dirigindo um Cadillac cor-de-rosa em Beverly Hills, almoçaria todos os dias com seu agente e ficaria contando o dinheiro que tem no banco.” (Clark, Colin. Minha semana com Marilyn. Tradução Carmen Fisher. São Paulo: Seoman, 2012. pag. 115)
“Minha semana com Marilyn”, de leitura rápida que, no momento, pode ser “da moda” por tratar-se de obra adaptada à telona. Mas traz uma luz difusa acerca da personagem mito do cinema americano.
Marilyn, Marilyn! A mulher + cobiçada do mundo parece que só desejava ser gente comum. Pagou o preço forjado a deuses mortais.
por maneco nascimento
Recentemente, através das campanhas de disputas pela estatueta do poder “business in movie”, descobriu-se que a história de Colin Clark, “Minha semana com Marilyn” entrou no páreo de concorrência a um Oscar, através do filme “Sete dias com Marilyn” em que a atriz Michelle Williams ganhou o Globo de Ouro pela atuação na pele da personagem da “Deusa” de Hollywood.
“1956, Colin Clark, um jovem inglês de 23 anos de idade, conseguiu um emprego como terceiro assistente de direção no set de ‘O Príncipe Encantado’. O filme, dirigido pelo renomado ator britânico Laurence Olivier, que também era um dos protagonistas, tinha como atriz principal o maior símbolo sexual de Hollywood, Marilyn Monroe – e as brigas entre eles entraram para as lendas do cinema.” (Clark, Colin. Minha semana com Marilyn. Tradução Carmen Fisher. São Paulo: Seoman, 2012. – Nota de orelha)
As confissões de Colin, que segundo o próprio autor só seriam publicadas após a morte da lenda viva, referem fidelidade a uma semana de convivência com a mulher + apaixonante, desejada, odiada, invejada, humilhada e confusa sobre qual seria seu papel, se de heroína, vilã, puta, atriz com ou sem talento, ou simplesmente alguém querendo ter liberdade para ir e vir, sorrir e conversar com alguém que não se interessasse por ela, só para levá-la à cama.
Esse jovem inglês, filho de amigos pessoais de Laurence Olivier, conseguiu o emprego através do tio Larry e tornou-se a pessoa + importante no set de gravação por ser a ponte despretensiosa e desinteressada entre a instável diva e todo o “staf “de gravação de cinema. A equipe inglesa dirigia-lhe olhar enviesado e não disfarçava a antipatia por Marilyn, ou o fato dele ter “passado” para o lado dela.
“Por toda uma gloriosa semana, a maior estrela do planeta buscou conforto nos braços do empregado mais jovem do set. Minha semana com Marilyn é o relato franco, doce e engraçado de como Colin Clark passou a partilhar os segredos de Marilyn Monroe – e até a cama dela!” (Idem)
(capa livro de colin clark/ retirada de: www.pensamento-cultrix.com.br/minhasemanacommarilyn)
Pelas conversas entre a deusa de barro e o terceiro assistente de direção se consegue entender o redemoinho em que era envolvida. O rapaz tentava convencê-la de quem dava as cartas. Ela é que era o centro do furacão e os outros é que giravam em torno dela, agarrando-a para sobreviver ao fenômeno que representava, sem talvez ter consciência do poder ou ruína que atraía para si.
Entre as crises de baixa estima, comprimidos para dormir e total insegurança de não estar agradando o grande mestre do teatro britânico e seu diretor no set, ela acabava tendo com tábua de salvação os conselhos de Colin, talvez um dos poucos amigos que dispunha na Inglaterra e que tinha interesse em vê-la realizar o maior sonho, tornar-se a atriz que perseguia ser.
“Você tem talentos e vantagens que a maioria das pessoas só consegue sonhar. Você simplesmente não tem quem ajude a usá-los apropriadamente. Como todas as pessoas ambiciosas, você precisa crescer o tempo todo – crescer como atriz e também como pessoa. E crescer é doloroso, não há a menor dúvida. Dores do crescimento, como são chamadas (...)” (Clark, Colin. Minha semana com Marilyn. Tradução Carmen Fisher. São Paulo: Seoman, 2012. pag. 115)
Se tradução fiel ao original e original fiel as experiências vividas pelo autor, então ele não teria sido só um confidente ocasional, mas também o único amigo em quem ela confiaria, psicanalista de plantão e “amante” fortuito. Seu poder de convencimento a tirava da cama e a punha no set de gravação às 7h45m, para surpresa de todos. Ela o ouvia de verdade:
“(...) Mas você não quer ficar parada. Você não suporta ficar sentada pensando: ‘Eu sou Marilyn Monroe e isso é suficiente para passar por um filme desmiolado de Hollywood para outro.’ Se conseguisse fazer isso, você não estaria aqui agora. Você não teria se casado com um escritor famoso, não teria lido Os irmãos Karamazov nem concordado em atuar com Laurence Olivier. Você estaria dirigindo um Cadillac cor-de-rosa em Beverly Hills, almoçaria todos os dias com seu agente e ficaria contando o dinheiro que tem no banco.” (Clark, Colin. Minha semana com Marilyn. Tradução Carmen Fisher. São Paulo: Seoman, 2012. pag. 115)
“Minha semana com Marilyn”, de leitura rápida que, no momento, pode ser “da moda” por tratar-se de obra adaptada à telona. Mas traz uma luz difusa acerca da personagem mito do cinema americano.
Marilyn, Marilyn! A mulher + cobiçada do mundo parece que só desejava ser gente comum. Pagou o preço forjado a deuses mortais.
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