por maneco nascimento
O Balé da Cidade de Teresina estreou, dia 21 de maio último, nova peça em seu memorial de repertório. Dessa vez a chamada de apelo vai à infância e persigna a língua, a linguagem, a fala às vozes dos corpos que brindam o universo conspirador ao tempo de ser criança.
"Cirandar", como se fosse brincadeira de roda, cantigas de roda, brinquedos infantis e memórias afetivas de pequena, média e longa distância de toda a gente que já foi uma criança e que nunca perdeu o tempo de revisitar a criança de cada um.
(um quarto de infâncias/foto: Marcos Montelo)
A cenografia, um quarto de brinquedos. Um tecido (malha) redoma e recorta o ambiente de largados da infância. Um amontoados de dorminhocos a um canto e um monte de bolas de plástico coloridas ao outro. A hora, do sono, vigiada pela preceptora de infantes que vela pelo descanso dos cuidados. À dramaturgia do lúdico, os peraltas despertam e infringem a hora da sesta e desenvolvem um mergulhar nas memórias de brinquedos e brincadeiras do tempo de ser e estar na viber da criança.
(tempo de crianças no quarto de infância/ft: Marcos Montelo)
A luz, Pablo Erickson, vai alimentando a dramaturgia e dinamizando as mudanças e ações dramáticas que elaboram a narrativa de contar velhas histórias vivenciadas. Sutileza e presença expandida retêm na iluminação os pontos de cerzimento dos tempos narrativos.
Os figurinos e maquiagem, Adriano Abreu, consignam estética e expressivo de ligar pontos e plasticizar a história contada às referências e identidade do universo infantil e identificação dos signos sociais que permeiam o mundo mergulhado às vozes de infância e as falas da construção social da sociedade em começo de aprender a crescer.
A coreografia, assinada por José Nascimento, compete à fórmula de propósitos, em repercussão dos efeitos que falam pelo corpo e reproduzem os códigos de linguística infantes, investida às anatomias naturais e adultas do artistas criadores, em linha de rotação na atmosfera da terra de pequenos.
O Balé da Cidade de Teresina, em seus + de 20 anos de atuação na cidade, no estado e alhures, revisita, na maturidade, a linha divisória entre a experiência e a desconstrução desta em imersão nas memórias comuns "(...) de brincadeira de criança, com o é bom, como é bom..."
O elenco versatiliza unidade criativa e expressionismo lúdico temático que não fogem da proposta e reiteram brinquedos e brincantes em aproximação da interação coletiva à recepção fim a quem é direcionada.
(brinquedos e brincantes na sala de memórias afetivas/ft: M. Montelo)
Adriano Abreu, Felipe Rodrigues, Jeciane Sousa, Hellem Mesquita, Natalia Nascimento, Samuel Alvis e Vanessa Nunes compõem estreita qualidade técnica ao mundo conspirado de arte e artista criador em expandido de efeitos cênicos e repertório de falas do corpo que gera o corpus às vozes sociais e linguísticas culturais.
(o corpus que dança do BCT/ft: M. Montelo)
Completam equipe de trabalhos a resultados técnicos estéticos de "Cirandar" e repertório do BCT, na práxis do exercício do exercício aos feitos de propósitos, a ensaiadora Francisca Silva; a produção de Ingrid Gomes; serviços de secretaria, de Edilene Santos e a direção geral da Cia. de Dança municipal, com viés contemporâneo, de Carla Fonseca.
(arte divulgação de estreia/acervo BCT)
A estreia do espetáculo "Cirandar", dia 21 de maio, no palco do Theatro 4 de Setembro, revitaliza o postfólio do Balé da Cidade de Teresina - BCT, em marca registrada de + uma entrada do que melhor se produz de dança na cidade de corpus do corpo que fala, enquanto dança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário