Ela Reginae est

na casa da vida de ser
por maneco nascimento

A Formidável Maria Genovefa de Aguiar Moraes fez história. Esse nome pomposo, poucos conhecem, mas Genu Moraes é doce na boca de admiradores, amigos, colegas de trabalho e de profissão, políticos e de todos aqueles que aprenderam a ver, conviver e admirar essa senhorinha elegante de prodígio de memória, radiante de energia feliz, graciosa e gentil, sempre disponível a ouvir e contar uma boa história.

Libertária, filha de governador do estado do Piauí, Eurípedes de Aguiar (1916 - 1920), jornalista; presidente do Sindicato de Jornalista do estado do Maranhão; vereadora pela Câmara Municipal de São Luis do Maranhão, no pleito de 1966, pelo MDB; autora e contadora de memórias fresquinhas da vida e obra que a tornaram Genu Moraes Reginae.

Rainha entre Reginas, Genu deteve seu tempo de acolher risos, simpatias pois carismática e Mulher que construiu seu próprio nome em nome da Mulher brasileira, de cepa piauiense. Guarda-se, Genu, em tempo de saudade e de lembranças que não se perderam na poeira do tempo, da areia que granula olhos, daqueles que abriram mão da felicidade e que tenham criado resistência a bens intangíveis.

De Mulher pra Mulher, outra grande personalidade da política local e da história em memória da construção social brasileira e de identidade piauiense, Regina Sousa, senadora piauiense, apresentou discurso no plenário do Senado, sobre o Dia Internacional da Mulher, em que também faz justa homenagem à Mulher Genu Moraes.

Homenagem às Mulheres no Dia Internacional da Mulher e justiça da lembrança, para não esquecer de lembrar da personalidade da Mulher brasileira que também nos é cara e senhora de seu Tempo de ser Genu.

(Regina Sousa/imagem page face da senadora)

Da senadora Regina Sousa, esta outra Mulher que o Piauí gerou, é senhora que abriu sua história, em rebento das primeiras horas, no dia 4 de julho de 1950, na cidade de União, terra de babaçuais, quebradeiras de coco e produtoras de azeite a talho em caldeirões de ferro e fogo a lenha. Uma política da terra brasis, em atual mandato no Senado Nacional, desde 1 de janeiro de 2015.

Formada em Letras Português e funcionária do Banco do Brasil, foi secretária de Administração do estado, nos dois primeiros governos de Wellington Dias. Consignou carreira na história da militância sindical em que presidiu o Sindicato dos Bancários e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Piauí. Nas eleições estaduais no Piauí, em 2010, foi eleita suplente de senadora.

Atualmente é Presidente do PT no Piauí e assumiu, para orgulho e confirmação da própria história política de discurso de políticas públicas de inclusão e reiteração de cidadania coletivas, o mandato de Senadora, com a eleição de Wellington Dias, para governador do Piauí, no pleito de 2014.

Aos 64 anos é uma das + destacáveis Mulheres piauienses e dona de seu tempo de ser Mulher e representante do gênero que a tornou personalidade à custa da própria construção de identidade e pertencimento da história da sua terra e sua gente.

Sobre Genu Moraes escreveu:

"Dona Genu Moraes, falecida recentemente, a contestadora de costumes que revolucionou o Piauí sem se considerar feminista, que se envolveu com política muito jovem e foi jornalista e cerimonialista que se casou muitas vezes e viveu uma vida plena e intensa. Considerada a mulher do 3º milênio pelo cartunista Albert Piauhy, dona Genu sempre trabalhou pela preservação da memória do Piauí. Consta que foi a primeira mulher a dirigir automóvel no Piauí, nos anos quarenta do século passado (...) No início da minha fala, fiz homenagem a mulheres guerreiras  que já não estão entre nós. Quero finalizar homenageando às que ainda têm a chance continuar lutando. Em nomes das Ângelas, das Fátimas, das Martas, das Glórias, das Roses, das Marias do Carmo, das Vanessas, das Lídias, das Anas e das Amélias, das Simones, das Sandras (...)  e das Reginas ( porque não) quero homenagear a todas as Marias ( seja qual for o seu nome de guerra) cantadas por Milton Nascimento, que apesar de tudo, ainda possuem a estranha mania de ter fé na vida.

Era isso que eu tinha a dizer, senhor presidente.

Muito obrigada." (Discurso de Regina Sousa ao Dia Internacional da Mulher/material colhido na Assessoria de Comunicação da senadora do PT)

Regina Sousa é, de Mulher pra Mulher, nome que constela no mapa da história nacional e Ela Regina est, como Genu, Marias, Franciscas, Anas, Conceições, Socorros, Raimundas, Sônias, Artenildes, Célias, Fátimas, Lurdes, Marietas, Bernadetes, Teresas, Geneides, Solanges, Desterros, Leilas, Andreas, Adrianas, Esther, Ruths, Saras, Reijanes, Lúcias, Lydias, Marlenildes, Josefinas, Carlas, Josélias, Janetes, Jandiras, Janaínas, Júlias, Hortências, Salânias, Normas, Jacquelines, Reginas...

e um + universo em expansão da força da Mulher que pariu o Brasil, ainda com deficiências, mas de diversidade que o faz tempo da Mulher brasileira, quebrando barreiras e ampliando fronteiras às falas e vozes femininas que Estelas brilham no céu da construção social brasileira.

(Genu, essa Mulher formidável!/reprodução)

Serviço:

"Ela - Tributo a Genu Moraes" e

Lançamento do livro "Genu Moraes - a Mulher e o Tempo", de Kenard Kruel.

dia 29 de maio de 2015

a partir das 18 horas

no Theatro 4 de Setembro

Classificação etária: Livre

Duração: 45 minutos

*Ficha técnica do "Ela"

Realização: Trama Cultura

Texto dramatúrgico e Direção: João Vasconcelos

Coreografias: Valdemar Santos

Atuação: Elizabeth Bátalli, Victória Holanda, Cleyde Fernando, Artenildes Afoxá, Márcio Gomes e Izadora Myrlla e Carla.

Música tema: “Ela”, de Joyce, na voz de Elis Regina

Figurino Siro Siris

Cenografia: Tupy e João Vasconcelos

Iluminação: Renato Caldas

Operação de Luz: Renato Caldas

Operação de Sonoplastia: Maneco Nascimento