por maneco nascimento
Dia 29 de maio, a partir das 18 horas, no palco do Theatro 4 de Setembro, o espetáculo de dança teatro, originalmente estreado em 2009, “Ela”, que volta com toda sua força e energia que repercutem o tema Mulher.
Ainda na noite será lançado, em seguida, o livro "Genu Moraes - A Mulher e o Tempo", organizado pelo jornalista Kenard Kruel, a partir de depoimentos da própria Genu.
Agenda de repercussão que festeja o tempo e a hora das Mulheres, seu histórico de mudanças e atitudes à reinvenção da própria representação do gênero feminino. E é em seu tempo e sua história que o espetáculo de dança teatro recebe nome + amplo e reitera a homenagem à personalidade Genu Moraes.
"Ela - Tributo a Genu Moraes" confirmará a ideia original, de João Vasconcelos, em homenagear a todas as Mulheres, enquanto homenageava a Dona Genu. Ao convidá-la, pessoalmente, para abrir o espetáculo com um depoimento sobre sua vida e vivência de Mulher, seu tempo de construir a própria história, possibilitou a Teresina conhecer + a Genu, na sua simplicidade e carisma de representar-se e contar a própria história na construção social piauiense.
(Elas são Ela/ft. Cleyde Fernando)
O espetáculo "Ela", assinado pela Trama Cultura, tem Roteiro de Dramaturgia e Direção Geral de João Vasconcelos + coreografias de Valdemar Santos, reúne paixão incondicional por Elis Regina que interpreta a canção "Ela", composição de Joyce.
(cena mulheres na fábrica em produção continua/ft. Cleyde Fernando)
Ainda na trilha musical, construída por Roraima, as músicas "Ela faz cinema" (Chico Buarque, disco de 2009); "Arquitetura de Morar" e "Bôto" (Tom Jobim, do disco Urubu de 1976); a música instrumental de abertura (composta por Roraima, especialmente ao espetáculo); Odeon (chorinho tradicional de Nazareth) e dança, teatro, direção de cenas e dramaturgia para o imagético e signos emblemáticos e coreografias e essa Mulher que nos pariu a todos e debelou as veredas da salvação para contar seu próprio memorial de destinos.
(arte cartaz Ela, criação Tupy)
Enredam a mora e a trama a flor rubra, tendo como estrume e raiz de oxigênio a Mulher; nasce o macho que despenca da alcova do gineceu. Em meio às tempestades da criação, o gérmen criador (a gestação) ganha espacialidade e, no milagre da evolução natural, perde a casca primordial para dar nascença à Mulher primitiva, que recolhe as peles transmutadas do rebento. Acolhidos, os filhos, na manjedoura (colo), confeccionada dos cabelos de palha da Velha (ancestrais Obaluayê, senhor da terra, da morte e da vida).
Enredam a mora e a trama a flor rubra, tendo como estrume e raiz de oxigênio a Mulher; nasce o macho que despenca da alcova do gineceu. Em meio às tempestades da criação, o gérmen criador (a gestação) ganha espacialidade e, no milagre da evolução natural, perde a casca primordial para dar nascença à Mulher primitiva, que recolhe as peles transmutadas do rebento. Acolhidos, os filhos, na manjedoura (colo), confeccionada dos cabelos de palha da Velha (ancestrais Obaluayê, senhor da terra, da morte e da vida).
(gérmen criador - a gestação/ft. Cleyde Fernando)
A Mulher primordial é a própria Eglantine (palavra da língua francesa que é usada com referência a diversas flores, como Dália, Jasmin, Lis, Lótus, Rosa Violeta, entre outras) que mimetiza-se na flor rubra e vai parir novos rebentos com a determinação de quem revelará, através de seu útero (gineceu ancestral) a garantia da continuidade da própria espécie.
Um confronto de gerações; a Mulher parideira; história; memória; crença da fêmea revelada e o alter ego da Mulher (menina moça) que faz o corte e alinhavos do tecido antropológico da história.
(Beth Batalli é Ela em vermelho/ft. Cleyde Fernando)
O enredo do acasalamento ilustra idílio que percorre momentos de lazer e vaidade naturais das kunhãs, cunhatãs e curuminhas em volta do lago, preparando-se para as festas da escolha/encontro do parceiro prometido. A preparação emblemática da dança das virgens e a de apresentação do varão percorre linguísticas culturais.
(a Mulher da era industrial: 16 horas de trabalho/ft. cleyde fernando)
O abayoni (encontro feliz em yorubá) dá-se entre a cunhã e o guerreiro da tribo a quase “uma caça premiada” para emprenhar o futuro branco dos centros urbanos e suas fábricas de produção moto contínua. Em representação do libelo da liberdade, o coletivo de “Ela” transmuta o tempo para o ano de 1857.
No dia 8 de março de 1857 “(...) as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas trabalhadas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde se declarara um incêndio e, cerca de 130 mulheres morreram queimadas.” (www.eselx.ipi.pt/cienciassociais/temas/direitosmulher...)
(a queima dos sutiãs/foto Victória Holanda)
De volta das cinzas, qual fênix, “Ela” queima o sutiã e revela-se em Ela, a canção de Joyce. O alter ego da Mulher prepara a casa da Mulher contemporânea, em seu diverso de sedução ao homem, o parceiro de memórias. Do oitavo andar repassa sua história e flagra o álbum de fotografia em cores.
A agenda está Formidável e a Entrada é Franca!
Serviço:
"Ela - Tributo a Genu Moraes" e
Lançamento do livro "Genu Moraes - a Mulher e o Tempo", de Kenard Kruel.
dia 29 de maio de 2015
a partir das 18 horas
no Theatro 4 de Setembro
Classificação etária: Livre
Duração: 45 minutos
*Ficha técnica do "Ela"
Realização: Trama Cultura
Texto dramatúrgico e Direção: João Vasconcelos
Coreografias: Valdemar Santos
Realização: Trama Cultura
Texto dramatúrgico e Direção: João Vasconcelos
Coreografias: Valdemar Santos
Atuação: Elizabeth Bátalli, Victória Holanda, Cleyde Fernando, Artenildes Afoxá, Márcio Gomes e Izadora Myrlla
Música tema: “Ela”, de Joyce, na voz de Elis Regina
Figurino Siro Siris
Cenografia: Tupy e João Vasconcelos
Iluminação: Renato Caldas
Operação de Luz: Renato Caldas
Operação de Sonoplastia: Maneco Nascimento
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