Poesia de Rabecas
por maneco nascimento
“Poetas, seresteiros, namorados..." (Gil), lembrai. Chegada é a hora de curtir e lembrar as verdadeiras noites de
rabecas, mestres rabequeiros, artistas das gaitas, das latas, dos foles e
folias rurais, da música de tradição e da nova em transformada aceitação.
VI Festival da Rabeca de Bom Jesus, de 22 a 24 de agosto.
Oficinas, palestras, encontros, trocas de fichas, de linguagens, de palhinha
musical, de mostrar ao povo que a cultura resiste porque há quem insista em
tê-la sempre-viva.
Uma flor nasceu na região do Gurgueia e estreitou o mundo da música da Rabeca e sua virtuose de canção rural e das gentes de memórias naturais à história das sociedades.
Uma flor nasceu na região do Gurgueia e estreitou o mundo da música da Rabeca e sua virtuose de canção rural e das gentes de memórias naturais à história das sociedades.
Três dias sob a lua luminosa e o céu que
nos protege. Resposta pancada para projeto que interage cultura, comunidade,
escola, mestres do saber popular, acadêmicos, eruditos transversais e a cidade
de Bom Jesus, maior neste últimos três dias, com o privilégio de acolher e ser
partícipe do maior encontro de Rabecas e seus artistas afins.
Festival de três dias pé dentro, não dá
para se construir sem realizadores e patrocínio. A realização da Associação dos
Filhos e Amigos de Bom Jesus e do Governo do Estado/ Fundac encontraram terra de
apoio financeiro do Governo Federal, SIEC Sistema de Incentivo Estadual à
Cultura, OI Cultural, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Prefeitura de
Bom Jesus, Coca-Cola e Comercial Carvalho.
VI FestRabeca de Bom Jesus. O maior
espetáculo da terra do Gurgueia e seus sons expandidos às fronteiras locais,
nacionais e internacionais. Música, rabecas, mestres do saber tocar o instrumento, resultado de oficinas de rabeca, dança, teatro, shows indispensáveis e a alegria orgulhosa
de ser de Bom Jesus, da proteção e da terra da Rabeca.
(Reisado de Mestre Severo/fotos: F. Novo)
Nas horas que antecederam o último dia das Rabecas, a cidade disse sim. Não se pode + viver sem essa festa, não se pode prescindir do FestRabeca e tenham dito.
No cair da tarde, a partir das 17h 30, o rebuliço cultural se instalou na Praça do Fórum e os fazeres populares e de raiz se achegaram com o Reisado de Mestre Severo. Na seguida da batida artística, em tradição expandida, foi a vez da apresentação da Oficina de Rabeca. Lição de cor aprendida e repassada aos novos criadores desse som da nossa gente.
A Escola de Dança do Estado “Lenir Argento” também se afinou com a festa, no espetáculo “A Dança Popular”. Zé Carlos di Santis facilitou, em mostra, a oficina de dança concluída. A noite de sábado estava no seu melhor de início das atrações.
(Datan Izaká e o resultado Oficina de Dança/fotos: F. Novo)
No palco principal, na Praça de Nossa Senhora das Mercês, o centro de Bom Jesus fervilhou de alegria e boa praça para cultura e diversão. Das 18 horas em diante a arte se espalhou + ainda, com a presença do KGB e Alunos Cemti Franklin Dória (Bom Jesus – PI), da Banda TL (PI); o Grupo Suzuki, Projeto – Música Para Todos (PI).
No palco principal, na Praça de Nossa Senhora das Mercês, o centro de Bom Jesus fervilhou de alegria e boa praça para cultura e diversão. Das 18 horas em diante a arte se espalhou + ainda, com a presença do KGB e Alunos Cemti Franklin Dória (Bom Jesus – PI), da Banda TL (PI); o Grupo Suzuki, Projeto – Música Para Todos (PI).
A hora e a vez festejada dos Mestres da
Rabeca e rabequeiros ilustres, Jeferson Leite, Cláudio Rabeca, Ricardo Herz e Seu
Luiz Paixão não foi pra ninguém. A música e sons e tons da poesia cifrada deram
nota também com o 3 no Brega (DF), sem cerimônias.
(Daniela Mercury e + de 10 mil pessoas na Av. Josué Parente/fs: F. Novo)
Daniela Mercury, um meteoro de energia
cruzou o chão, abaixo do céu de Bom Jesus e encantou para + de 10 mil pessoas,
em um ajuntamento cultural espetacular. O Mestre rabequeiro, Jeferson Leite,
dividiu palco com a estrela da diversidade. Tocou para a sua majestade, o Sabiá
baiano, as canções do cancioneiro nacional e popular nordestino, "Asa Branca" e "Olha pro céu, meu Amor".
(M. Jeferson e Daniela entoam "Asa Branca" e "Olha pro céu..."/fs: F. Novo)
Os metais vocais de Daniela Mercury e os
acordes de cordas e arco rabequeiros, de Jeferson Leite. Uma lâmina invisível
de ternura musical em melodias cortaram o ar. Era noite livre do sertão
festejado no Vale do Gurgueia. Terra da melodia e dos acordes fiéis à tradição
da Rabeca e seus sons de raiz transversalizados.
A noite estava quente, mas só ferveu
alegria. Janaína e Banda (PI) se garantiu e + energia contagiante permitiu a
quem se agendou na busca da felicidade compensada. Até que a madrugada vencesse
e a aurora chegasse, ao dia seguinte, para bater continência ao 25 de agosto, o DJ
Márcio Brito arrombou a festa.
Nada será como antes, depois da VI edição
do FestRabeca de Bom Jesus. Entre o céu e lua “bisbilhoteiros” das
manifestações mortais e a terra do Vale do Gurgueia que presenciou + essa maratona cultural, nada
a declarar. A não ser que a saudade já morde as gentes na espera do VII
Festival da Rabeca de Bom Jesus.
(Público e artistas do FestRabeca/divulgação)
(artistas no palco e rabequeiros em Oficina/divulgação)
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