Maratona Lusófona
por maneco nascimento
Chegou ao fim + uma semana de teatro, língua, linguagem e
lusofonia ampliada. De 26 a 31 de agosto, Teresina Piauí Brasil e países de
África e Portugal dividiram palco nessa alegria que é o encontro do Festival de
Teatro Lusófono.
Neste FestLuso 2013, novamente ficou confirmada que a cidade
de Teresina não pode prescindir desse grande encontro de povos e países e cidades
representados na Semana da Lusofonia.
Pelos palcos do Theatro 4 de Setembro, Teatro do Boi e Teatro
Estação (Miguel Rosa com Frei Serafim) muitas memórias da dramaturgia
transversal, trocadas e experimentadas por atores do Teatro sem Tradução. São
Paulo, Luanda – Angola, Maputo – Moçambique, Lisboa - Portugal, Teresina – Piauí,
São Luís – Maranhão, São Vivente – Cabo Verde, Recife-Pernambuco, Almada –
Portugal, Açailândia – Maranhão, todos deixaram seu rastro de arte praticada.
Deixaram um pouco de perfume de suas primaveras dramáticas,
no palco do Theatro 4 de Setembro, a Cia. de Teatro Os Satyros “Inferno Na
Paisagem Belga” (SP); Grupo Teatral Henrique Artes “A Orfã do Rei” (Angola);
Grupo de Teatro Mutumbela Gogo “Há Tigres no Congo?”(Moçambique); Quinta
Parede/Grupo Cassefaz “O Medo Azul” (Portugal); Grupo Harém de Teatro “Abrigo
São Loucas” (Piauí); Companhia Santa Ignorância Cia. de Artes “Pão com Ovo”
(Maranhão).
A marca da cena, no Teatro do Boi, foi deixada pelos artistas
dos Grupos de Teatro do Centro Cultural de Mindelo “Desespero” (Cabo Verde);
Mágico Rapha Santacruz “Expedição AbraCASAbra” (Pernambuco); Teatro Extremo “Salamaleque,
uma história das arábias” (Portugal); Cia. ASS de Dança e Teatro “Boa Noite
Cinderela” (Piauí); Intervenções de Clowns Cia. de Adalmir Miranda “Entre
tapas e Beijos” e “Malabares gravitacionais” (Piauí); Cia de Teatro da Tribo “Pink,
um musical de todas as cores” (Piauí);
No horário das 23h, no Teatro Estação, marcaram carreira o Grupo
Mosay de Teatro “Apareceu a Margarida” (Piauí); Grupo de Teatro o Grito “O
TEATRO de Emma Santos” (Portugal); Oficina Permanente de Teatro Procópio Ferreira
“Os sobreviventes” (Piauí); Grupo Cordão de Teatro “Enquanto Shakespeare não
vem” (Maranhão).
Na hora maldita, 00h, o Espaço Cultural Trilhos recebeu, para
shows de animação da lusofonia, as Bandas Os Caiporas, Ana Virgínia e Banda,
Narguilê Hidromecânico, Lado Blues e Full Reggae.
As oficinas culturais ocorreram no Galpão II Espaço Cultural
Trilhos e Casa da Cultura de Teresina, com as práticas de Workshop de Mágicas –
Rapha Santacruz, do Recife – PE e Oficina de Figurinos – Chico Coimbra, de São
Luís do Maranhão, respectivamente.
Lançamento de livros, “Identidades e Diversidade Cultural:
patrimônio arqueológico e antropológico do Piauí Brasil e do Alto Ribatejo –
Portugal”, na Galeria do Clube do Diários e "40 Anos de
Teatro de José Caldas", no Bar do Theatro 4 de Setembro.
Comunicações
interdisciplinares com Seminários do Teatro Afro-Brasileiro, “Teatro
Experimental do Negro no Brasil e Movimentos Teatrais nos PALOP”, com Fernando
Leão, de Fortaleza, no Ceará, na Sala Torquato Neto. Ainda houve o show
imperdível com A Velha Gaiteira, de Portugal, com sua virtuose de gaita de fole
e resgate da memória rural portuguesa, no Espaço Cultural Osório Jr./Bar do
Clube dos Diários.
O Encontro com os
Diretores Lusófonos ocorreu na Sala Torquato Neto para os diretores convidados
da Festa da Lusofonia, Flávio Ferrão (Luanda – Angola); Graça Silva (Maputo –
Moçambique); José Caldas (Portugal); Arimatan Martins (Teresina – PI); César
Boaes (São Luís – MA); Adilson Spínola (São Vicente – Cabo Verde); Rapha
Santacruz (Recife – PE); Fernando Jorge Lopes (Almada – Portugal); Márcio
Felipe (Teresina – PI); Franklin Pires (Teresina – PI); Avelar Amorim (Teresina
– PI); José Vaz (Almada – Portugal) Kaio Rodrigues e Ronyere Ferreira (Teresina
– PI); Xico Cruz (Açailândia – MA).
Teatro na cena, nas
discussões, nos seminários, em lançamento de livro, no café, no almoço, no
jantar, na hora dos shows. Vivemos e respiramos teatro em sua ampliada
lusofonia. Alegria, encontros de amigos e colegas de cena e pauta das nações do
teatro envolvidas, respirando arte e cultura. O FestlUso 2103 teve o patrocínio
OI e apoio da OI Futuro – Instituto de Responsabilidade Social, Governo do
Estado do Piauí, SIEC, Fundac e Prefeitura de Teresina.
A Semana da Lusofonia rendeu novas relações de teatro praticado e muitos
planos de reinventar a nova temporada que deve chegar em agosto de 2014.
Festival de Teatro Lusófono – o Teatro sem Tradução.
Realizado pelo Grupo Harém de
Teatro e Coordenado pelo ator Francisco Pellé, o FestLuso já virou patrimônio
da cidade, estado e Brasil. Da abertura das fronteiras lusófonas, a 5ª. Edição do
Festival de Teatro Lusófono leva consigo a certeza de que a abertura das relações
do Brasil com África e Portugal foi, senão a melhor, mas uma das +
significativas iniciativas para ações dramáticas tomada pelo Grupo Harém de Teatro.
Parabéns ao Grupo Harém de Teatro, a cena lusófona agradece de
fronteiras abertas.