Vamos ao Teatro?
por maneco nascimento
Ir ao teatro caracteriza prática social desde que
o mundo é mundo pensante e conflituoso. Não há teatro sem conflito, nem
conflito sem sociedade inquieta. Assim para a cena, a mímesis das crenças, a
referência ao cotidiano, os ritos e rituais de vida e sobrevivência acabaram
tomando formas mágicas e lúdicas de se espelhar arte, cultura e sociedades
representadas.
O Teatro estava lá há dois milanos e nosotros reproduzimos essa arte do fingimento e do convencer ao outro enquanto interação social.
O Teatro estava lá há dois milanos e nosotros reproduzimos essa arte do fingimento e do convencer ao outro enquanto interação social.
Então o melhor é ir ao teatro para se ver
representado, se divertir, se entreter e refletir valores e costumes que da
própria natureza humana, pois não? De Téspis a Chico Pereira da Silva, para
chegar-se à aldeia local, o teatro em suas epifanias e paixões representadas
ganhou o público e também detém curiosidade aos gentis e novos gentios da terra
do sol do equador.
Teresina mantém sua flâmula sinalizada e sua
chama aquecida quando o assunto é prática de teatro. Nos quintais, em salas
emprestadas, na Escola Técnica de Teatro Professor “Gomes Campos”, nas oficinas
permanentes e eventuais, nos laboratórios de iniciação teatral, lá está o
teatro pulsando vida e bombando sangue a corações apaixonados, teatrais.
Pois hoje
é dia de Teatro e o endereço do encontro é o Theatro 4 de Setembro, às 20
horas, com Entrada Franca! Na noite de hoje, o Núcleo de Estudos Dramáticos
apresenta “Corredor Polonês” com direção e mapa de cena assinados por Chiquinho
Pereira. É nesse 16 de julho que o teatro de Chiquinho Pereira volta à cena e
com a força que só esse ator e diretor dramático sabe dar à dramaturgia de
pesquisa, compreensão do ato facilitado e entendimento da arte de fingir.
(arte cartaz Corredor Polonês/divulgação)
Na travessia do “Corredor Polonês” um elenco
afiando o fio da navalha e esgrimando a lâmina da atuação. Giselle Tôrres,
Giordano Bruno, Orlene Araújo, Célia Lopes, Valdênia Carvalho, Rayara Medeiros,
Flávia Souza, Afonso Lopes, Julia Rahab dividem emoções e sua arte iniciática
de fazer o público participar do teatro de nossas vidas.
A arte do aprendizado, de repetir para aprender e
enfim sobreviver ao exercício do exercício dramático que todo aprendiz do
tablado espera alcançar. A alquimia do invisível tornado visível para
convencimento da plateia enleada pelo drama ou comédia representados. É assim o
trágico ou cômico da vida humana reproduzidos ao deleite da assistência.
Teatro!
E é um
exercício do exercício que Chiquinho Pereira traz à cidade. Um dos idealizadores
da Associação de Teatro Circo Negro, Chiquinho já experienciou montagem com
essa mesma temática, no ano de 2006, com atores da agremiação teatral que
desenvolveu. “’Corredor Polonês – O Grupo de Teatro Circo Negro apresenta
amanhã dia 07/11 na Universidade Facime a peça de teatro Corredor Polonês as
19:00h. A peça é de Ítalo Gustavo e conta com a direção de Chiquinho Pereira,
participação de Carla Senna, Luciano Mello, Fatima Silva, Anael Queiróz, Josè
Maria e Daniel Feirosa.’” (CASCA – VERDE Blog da Associação de Teatro
Circo Negro/Segunda Feira, Novembro 06, 2006)
Outras iniciativas também ganharam força para
teatro e dança. No Rio de Janeiro, por
exemplo, “A
peça, que faz parte do Projeto Tolstoi nos 20 anos do Studio Stanislavski,
aborda a forma de punição que surgiu quando a Polônia adquiriu uma estreita
faixa de terra que dava acesso ao Mar Báltico e lhe foi tomada pela Alemanha.” (http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/pecas/corredor-polones-/acesso
16.07.2013 às 15h06)
Dados históricos dão conta que “Corredor
polonês ou Corredor polaco é a denominação dada a uma estreita
faixa de terra na qual se encontra a maior parte do curso inferior do rio Vístula, na Polônia. Sua extensão é de 150 km, e a
largura variável entre 30 a 80 km, aproximadamente, tendo sua posse sido
transferida do Império Alemão para a recém-recriada Polônia no ano
de 1919,
em virtude da imposição do Tratado de
Versalhes. Pelos termos do tratado, a cidade alemã de Dantzig (hoje Gdańsk)
teria um governo autônomo, apesar de sua localização geográfica no meio do
Corredor Polonês.1 2
De 1919 até 1939,
a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois
países, mas durante esse período a Segunda
República Polaca construiu
várias linhas ferroviárias no referido "corredor".
Porém, em
março de 1939 a Alemanha Nazi pediu a devolução de parte desse
território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que
contribuiu de forma decisiva para a eclosão da Segunda Guerra
Mundial. Invadida e ocupada pelos alemães em 1 de setembro de 1939, a região foi devolvida à
Polônia em 1945,
ao final do conflito armado.” (www.wikipédia.com.br/acesso
16.07.2013 às 15h19)
(arte cartaz Corredor Polonês/divulgação)
Já para a expressão popular, segundo a wikipédia, “Corredor
polonês é o nome popular dado
a uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas alinhadas lado a
lado, todas voltadas para o centro. O objetivo é maltratar, seja com pancadas
ou com o uso de porretes ou arma branca, quem é forçado cruzar a passagem, como
forma de represália a alguém que se posiciona contrário a certo ideal ou
pessoa.” (www.wikipédia.com.br/acesso
16.07.2013 às 15h19)
Quanto à montagem, feito cena em Teresina, a estreia,
só hoje, às 20 horas, no palco do 4 de Setembro. Um olhar de dramas expiados no
“Corredor Polonês” e espiados pelo público da cidade. Não há agenda melhor. É ver
para crer que teatro se faz quando se quer viver melhor. E mesmo que se endureça,
mas sem perder a ternura jamais, vamos ao teatro!
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