terça-feira, 16 de julho de 2013

Vamos ao Teatro!

Vamos ao Teatro?
por maneco nascimento

Ir ao teatro caracteriza prática social desde que o mundo é mundo pensante e conflituoso. Não há teatro sem conflito, nem conflito sem sociedade inquieta. Assim para a cena, a mímesis das crenças, a referência ao cotidiano, os ritos e rituais de vida e sobrevivência acabaram tomando formas mágicas e lúdicas de se espelhar arte, cultura e sociedades representadas. 

O Teatro estava lá há dois milanos e nosotros reproduzimos essa arte do fingimento e do convencer ao outro enquanto interação social.

Então o melhor é ir ao teatro para se ver representado, se divertir, se entreter e refletir valores e costumes que da própria natureza humana, pois não? De Téspis a Chico Pereira da Silva, para chegar-se à aldeia local, o teatro em suas epifanias e paixões representadas ganhou o público e também detém curiosidade aos gentis e novos gentios da terra do sol do equador.

Teresina mantém sua flâmula sinalizada e sua chama aquecida quando o assunto é prática de teatro. Nos quintais, em salas emprestadas, na Escola Técnica de Teatro Professor “Gomes Campos”, nas oficinas permanentes e eventuais, nos laboratórios de iniciação teatral, lá está o teatro pulsando vida e bombando sangue a corações apaixonados, teatrais.

 Pois hoje é dia de Teatro e o endereço do encontro é o Theatro 4 de Setembro, às 20 horas, com Entrada Franca! Na noite de hoje, o Núcleo de Estudos Dramáticos apresenta “Corredor Polonês” com direção e mapa de cena assinados por Chiquinho Pereira. É nesse 16 de julho que o teatro de Chiquinho Pereira volta à cena e com a força que só esse ator e diretor dramático sabe dar à dramaturgia de pesquisa, compreensão do ato facilitado e entendimento da arte de fingir.


(arte cartaz Corredor Polonês/divulgação)

Na travessia do “Corredor Polonês” um elenco afiando o fio da navalha e esgrimando a lâmina da atuação. Giselle Tôrres, Giordano Bruno, Orlene Araújo, Célia Lopes, Valdênia Carvalho, Rayara Medeiros, Flávia Souza, Afonso Lopes, Julia Rahab dividem emoções e sua arte iniciática de fazer o público participar do teatro de nossas vidas.

A arte do aprendizado, de repetir para aprender e enfim sobreviver ao exercício do exercício dramático que todo aprendiz do tablado espera alcançar. A alquimia do invisível tornado visível para convencimento da plateia enleada pelo drama ou comédia representados. É assim o trágico ou cômico da vida humana reproduzidos ao deleite da assistência. Teatro!

 E é um exercício do exercício que Chiquinho Pereira traz à cidade. Um dos idealizadores da Associação de Teatro Circo Negro, Chiquinho já experienciou montagem com essa mesma temática, no ano de 2006, com atores da agremiação teatral que desenvolveu. “’Corredor Polonês – O Grupo de Teatro Circo Negro apresenta amanhã dia 07/11 na Universidade Facime a peça de teatro Corredor Polonês as 19:00h. A peça é de Ítalo Gustavo e conta com a direção de Chiquinho Pereira, participação de Carla Senna, Luciano Mello, Fatima Silva, Anael Queiróz, Josè Maria e Daniel Feirosa.’” (CASCA – VERDE Blog da Associação de Teatro Circo Negro/Segunda Feira, Novembro 06, 2006)

Outras iniciativas também ganharam força para teatro e dança.  No Rio de Janeiro, por exemplo, “A peça, que faz parte do Projeto Tolstoi nos 20 anos do Studio Stanislavski, aborda a forma de punição que surgiu quando a Polônia adquiriu uma estreita faixa de terra que dava acesso ao Mar Báltico e lhe foi tomada pela Alemanha. (http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/pecas/corredor-polones-/acesso 16.07.2013 às 15h06)

Dados históricos dão conta que Corredor polonês ou Corredor polaco é a denominação dada a uma estreita faixa de terra na qual se encontra a maior parte do curso inferior do rio Vístula, na Polônia. Sua extensão é de 150 km, e a largura variável entre 30 a 80 km, aproximadamente, tendo sua posse sido transferida do Império Alemão para a recém-recriada Polônia no ano de 1919, em virtude da imposição do Tratado de Versalhes. Pelos termos do tratado, a cidade alemã de Dantzig (hoje Gdańsk) teria um governo autônomo, apesar de sua localização geográfica no meio do Corredor Polonês.1 2
De 1919 até 1939, a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois países, mas durante esse período a Segunda República Polaca construiu várias linhas ferroviárias no referido "corredor".
Porém, em março de 1939 a Alemanha Nazi pediu a devolução de parte desse território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que contribuiu de forma decisiva para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Invadida e ocupada pelos alemães em 1 de setembro de 1939, a região foi devolvida à Polônia em 1945, ao final do conflito armado.(www.wikipédia.com.br/acesso 16.07.2013 às 15h19)

(arte cartaz Corredor Polonês/divulgação)
Já para a expressão popular, segundo a wikipédia, “Corredor polonês é o nome popular dado a uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas alinhadas lado a lado, todas voltadas para o centro. O objetivo é maltratar, seja com pancadas ou com o uso de porretes ou arma branca, quem é forçado cruzar a passagem, como forma de represália a alguém que se posiciona contrário a certo ideal ou pessoa.” (www.wikipédia.com.br/acesso 16.07.2013 às 15h19)

Quanto à montagem, feito cena em Teresina, a estreia, só hoje, às 20 horas, no palco do 4 de Setembro. Um olhar de dramas expiados no “Corredor Polonês” e espiados pelo público da cidade. Não há agenda melhor. É ver para crer que teatro se faz quando se quer viver melhor. E mesmo que se endureça, mas sem perder a ternura jamais, vamos ao teatro!

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