quarta-feira, 24 de julho de 2013

Hã?! Onde?

Hã?! Onde?
por maneco nascimento

O Brasil nunca negou ser celeiro de um dos melhores laboratórios de humor mundial, de picardia refinada e com suas escatologias, ironias diretas e venais e algumas idiossincrasias facilitadoras do gargarejo nacional. Mas com representantes que marcaram a história do riso brasileiro.

Sem pestanejar se lembra, imediatamente, de Chico Anysio, Renato Aragão (cearenses da gema), Jô Soares, Walter D’Ávila, Ema D’Ávila, Sônia Pompeu, Berta Loran, Dercy Gonçalves, Costinha, Golias, os outros Trapalhões (Mussum, Zacarias e Dedé), Chacrinha, Jorge Lafond (Vera Verão), Os Cassetas (Bussunda et all), uma velha guarda inesquecível e um mundo de novos artistas do riso que mantiveram a vida acesa do humor de casa.

Hã? Você nunca ouviu falar de boa parte desses artistas? Não tem problemas. Depois do humor da era do rádio e da consequente tevê, vieram em seguida os filhos do humor tradicional e, na esteira do sucesso, também a eleição do bom humor cearense, grande exportador de talentos, os stand ups e fluxo imediato do you tube a milhares de acessos. Humor é pedra de toque nacional e ninguém tasca, mas leva consigo um riso declarado.

Pois se brasileiro tira riso de qualquer oportunidade, palavras, frases, interjeições e circunstâncias da hora, então nada a declarar que não passe também pelo bom riso. “É...”, com Elizabeth Savalla, de Millôr Fernandes, ficou anos em cena e repercutiu, vinte anos depois, o mesmo sucesso que conseguira na estreia, em 1977, pela Companhia Fernanda Montenegro. A montagem de 1996, com supervisão atualizada do texto, feita pelo próprio autor, foi dirigida por Camilo Átilla e Elizabeth era bamba.

“É...estreou em 15 de março de 1977, no Teatro Maison de France do Rio de Janeiro, com direção de Paulo José. Tinha no elenco Fernanda Montenegro (Vera Toledo), Helena Pader (Sara), Fernando Torres (Mário Toledo), Jonas Bloch (Oto) e Renata Sorrah (Ludmila).
Em 1996, Elizabeth Savalla e Camilo Áttila, montaram uma nova versão do espetáculo que se apresentou em 124 cidades de todos os estados brasileiros. Com Elizabeth Savalla (Vera), Otávio Augusto (Mário), Ana Luiza Rabello (Ludmila), Kátia Sassem (Sara) e Janser Barreto (Oto). A direção do espetáculo foi de Camilo Átilla.(www.wikipedia.com.br/acesso 24.07.2013 às 16h 50)

O teatro brasileiro venceu décadas, desde os tempos das grandes companhias teatrais, para dramas e comédias. Outro grande sucesso do humor nacional éTrair e coçar é só começar é uma comédia escrita por Marcos Caruso. É considerada um dos maiores sucessos de público no Brasil, e vem sendo encenada desde 1986. É a peça teatral há mais tempo em cartaz em todos os tempos, o que lhe valeu quatro menções no Guiness, o livro dos recordes mundiais. Trair e coçar é só começar já foi visto por mais de cinco milhões e 500 mil espectadores em mais de nove mil apresentações.” (www.wikipwdia.com.br/acesso 24.07.2013 às 16h56)

Teresina, através do Grupo Harém de Teatro, foi testemunha do maior fenômeno de público nos palcos locais e nacionais. “Raimunda Pinto, Sim Senhor!”, de Chico Pereira da Silva e direção de Arimatan Martins, esteve em cartaz por 19 anos ininterruptos e com elenco originalmente preservado. Quem não riu com a “Raimunda” perdeu um fio da história e memória do teatro local.

E já que humor é para ser revelado e de natureza da obra e arte de entreter, Miguel Falabella, pioneiro no teatro do besteirol, também fez carreira na televisão humorada (canal de sitcom à popularidade e aceitação das classes média e baixa) e à novela e cinema. Reinventou-se, no teatro de humor, com “A Partilha” e manteve-se em cartaz por vários anos, vencendo décadas e sempre abrindo possibilidades de remontagens. Atualmente detém assinatura em remontagens de musicais estrangeiros a la Brasil de país tropical. O humor nacional tipo exportação e, agora também de importação revigorado, fincou mula rumo à posteridade e marcou borderô às gerações futuras do riso e do entretenimento.

No diverso da geração de príncipes do humor das novas tecnologias, há os que linkam as novas mídias e não perdem o veio da tradição reinventada. Agora o reinado dos “stand ups” migra, naturalmente, para a tevê e as linguagens se misturam e o sucesso se transversaliza.
 
(Elas é Ele/fotos: divulgação)

Mas a tradição e ruptura de palco também persistem em manter-se em humorada atuação. “Hã?!” é um bom exemplo dessa futura geração. E essa interjeição, que ganha bom humor, estará em temporada, nos dias 3 e 4 de agosto de 2013, às 20h, no Theatro 4 de Setembro.
(arte cartaz/divulgação)

Na condução de “Hã?!” está Diogo Portugal quecostuma atravessar o Brasil apresentando seu solo de stand up comedy. O show que já foi visto por todas as regiões do país, é garantia de risada por onde passa. O humorista de várias facetas leva para as cidades o seu espetáculo Hã?!, que durante uma hora diverte a platéia com suas sacadas bem humoradas do dia a dia e fatos atuais, mostrando porque é um dos grandes nomes do humorismo no país, escrevendo, dirigindo e atuando.(material de divulgação)
 
(Diogo Portugal/foto: divulgação)

Diogo Portugal cunhou a própria imagem de sucesso e não está prosa, está brincando sério quando o assunto é fazer rir e amealhar o público da vez. Sabe por onde caminhar, as pedras contadas foram descobertas a tempo de maturar a profissão e só o tempo de labuta pode colher os frutos que agora o apontam um milagreiro da alegria e felicidade.

Humorista versátil, ele vai do Stand-Up Comedy – a chamada comédia de cara limpa, sem figurinos ou personagens – às tradicionais esquetes, encarnando os tipos mais hilários e diferentes, além de criar, interpretar e dirigir seus espetáculos. Finalista do primeiro Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro, ao lado da comediante Claudia Rodrigues, também participou do concurso de humoristas do Fantástico em 2005. Sucesso na Internet, é um dos humoristas mais vistos na web, com mais de 20 milhões de acesso no site You Tube. Portugal também se destacou na TV, onde fez seu personagem Elvisley, o ‘office boy’ do Programa Zorra Total, da Rede Globo, e em participações em outros programas da emissora.(material de divulgação)

Homem multishow, artista multifacetário e filho desse Brasil que matura talentos e vigor de representação da vida e cotidianos risíveis, é prova da máxima aristotélica que defendia queo homem é o único animal que ri de si mesmo", ponto. “Este ano Portugal também foi curador do 1ª festival de humor de São Paulo, o Risadaria. Com 5 tipos de apresentações diferentes, Hã?!, Senta pra Rir, Portugal é Aqui, Fritada e Acusticozinho, o humorista viaja pelo Brasil levando risos por onde passa.(material de divulgação)

“Hã?”. Você se interessou pelo assunto? Agende-se: nos dias 3 e 4 de agosto de 2013, às 20h, no Theatro 4 de Setembro. Só não rirá quem já encolheu o saco de risos. Diversão garantida!


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