Meduna abalado
por maneco nascimento
A última quinta feira(11), durante a madrugada, foi testemunha da decadência de obra iniciada às margens da avenida Mal. Castelo Branco, vizinha ao rio Poti. A estrutura de construção civil (de)caída, que fincada no quintal do antigo hospital de “alienados” Meduna, estava sendo plantada como a última novidade de grande centro comercial e condominial para absorver o mercado consumidor local.
por maneco nascimento
A última quinta feira(11), durante a madrugada, foi testemunha da decadência de obra iniciada às margens da avenida Mal. Castelo Branco, vizinha ao rio Poti. A estrutura de construção civil (de)caída, que fincada no quintal do antigo hospital de “alienados” Meduna, estava sendo plantada como a última novidade de grande centro comercial e condominial para absorver o mercado consumidor local.
(Shopping Rio Poty (de)caído/foto: Yala Sena)
Da
noite para o dia e investimento de b(m)ilhões de reais, o Grupo empresarial
responsável pela obra “faraônica” mantinha aceno governamental, ambiental e
estrutural de mercados e futuros à meca de atrativos e injeção imobiliária na
cidade e às margens do velho Poti, em área geográfica municipal + cara da
capital. Algum cálculo arquitetônico e financeiro deu errado e a falha, graças
aos céus, feriu apenas uma pessoa, se é que deveria macular alguém.
“Parte da obra do shopping Rio Poty em Teresina, no Piauí, desabou no início da madrugada desta quinta-feira deixando um operário ferido. O desmoronamento ocorreu por volta da 0h50 ruindo as paredes dos quatro andares do prédio. O funcionário foi soterrado e resgatado com vida. Daniel da Silva Ramos, técnico de almoxarifado, sofreu fratura nas pernas e foi levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele não corre risco de morte.” (‘PI: obra de shopping desaba e operário fica ferido em Teresina’, por Yala Sena/http://noticias.terra.com.br 11 de Julho de 2013•12h47)
Por sorte, parecia não haver, no horário, todo o serviço formigueiro de empregados envolvidos nesse tipo de ação da moeda + eficiente do mundo novo capitalista investidor. O dia de trabalho não estava em seu completo de atuação. Só uma vítima, não fatal, foi registrada nessa queda dos negócios de escritório de engenharia de construção civil. A obra muito longe da entrega prevista à comunidade, graças a Deus, não possibilitou fazer vítimas, nem gerar tragédia durante o pão e circo inaugural.
“O empreendimento é do Grupo Sá Cavalcante, que anunciou investimento da ordem de R$ 1,2 bilhões. A primeira etapa da obra estava prevista para outubro deste ano. No shopping estava sendo construído 300 lojas, salas de cinemas, e seria entregue um centro comercial e mais de mil apartamentos de moradias. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 70 % das obras da primeira etapa do shopping desabaram. Os moradores próximos disseram que ouviram um estrondo parecido com o de queda de avião. ‘O desabamento ocorreu como uma espécie de efeito dominó. Tinha 16 operários na obra e deu tempo de saírem correndo. Mais um ficou ferido e a ambulância do Corpo de Bombeiro fez o socorro’, disse capitão Oziel de Sousa, do Corpo de Bombeiros.” (Idem)
O Grupo de atração imobiliária adquiriu área nobre e “obsoleta” que durante décadas abrigou cinturão verde, quinta ampla e geografia de um dos + tradicionais hospitais abrigador de pessoas com distúrbios psicológicos. O Sanatório Meduna, prédio que ainda se vislumbra ao fundo da nova construção, foi referência de tratamento e apoio a pacientes do estado e meio norte do país num serviço idealizado pelo quixotesco Clidenor de Freitas (Clidenor de Freitas Santos, nascido em Miguel Alves, 16.02.1913 e desaparecido, em Teresina, aos 2 de abril de 2000. Na carreira profissional foi médico, professor e político brasileiro, como deputado federal pelo Piauí).
Depois de fechadas as portas da Instituição hospitalar, foi aberta a margem à especulação imobiliária e assim surgiu o projeto Shopping Rio Poty, enviando às margens da memória e história da saúde psiquiátrica local o Sanatório Meduna.
“Depois de 56 anos de funcionamento, o Sanatório Meduna, localizado na zona Norte de Teresina, já tem data para fechar. Alegando não ter mais condições de funcionamento, a direção comunicou ao Ministério Público Estadual que fechará suas portas no dia 23 de maio deste ano. ‘A direção comunicou que não tem condições de funcionamento. Isso foi uma decisão do próprio hospital e que pegou todos nós de surpresa’, afirmou a promotora do Ministério Público, Cláudia Seabra. Atualmente, o Meduna, um dos primeiros hospitais psiquiátricos particulares do Brasil, tem 200 pacientes e funciona com a sua capacidade total. Parte desses pacientes é mantida pelo Sistema Único de Saúde. Ao longo dos próximos meses, eles serão encaminhados para outros locais de atendimento psiquiátrico.” (Fonte: Aline Rodrigues/ Jornal O DIA Edição: Portal O Dia. 16/01/2010[www.portalodia.com] Acesso 12. 07.2013 às 15h58)
O médico psiquiatra Clidenor Freitas era “graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Recife, em 1936, com especialização em Psiquiatria, retornou ao Piauí e foi professor de Filosofia no Colégio Estadual do Piauí, diretor do Hospital de Psiquiatria de Teresina, além de criador e idealizador do Sanatório Meduna, que encerrou suas atividades em 2010.”(www.wikipédia.com.br/acesso: 12. 07. 2013 às 16h08)
A área de hospital privado dispunha de prerrogativas de atendimento também a público do SUS. Salvara muitos pacientes durante os incêndios criminosos, da década de 40, quando o médico abriu uma ala especial a queimados e para acompanhar pessoas com sequelas de transformadas em pira humana. Após o desvio da função primeira, essa mesma extensão espacial ganhou ares de novos futuros e olhar especulador de negócios e mercados promissores da construção civil e seus lucrativos desdobramentos. Às vezes as projeções falham, pois da natureza humana também ser falha.
“Parte da obra do shopping Rio Poty em Teresina, no Piauí, desabou no início da madrugada desta quinta-feira deixando um operário ferido. O desmoronamento ocorreu por volta da 0h50 ruindo as paredes dos quatro andares do prédio. O funcionário foi soterrado e resgatado com vida. Daniel da Silva Ramos, técnico de almoxarifado, sofreu fratura nas pernas e foi levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele não corre risco de morte.” (‘PI: obra de shopping desaba e operário fica ferido em Teresina’, por Yala Sena/http://noticias.terra.com.br 11 de Julho de 2013•12h47)
Por sorte, parecia não haver, no horário, todo o serviço formigueiro de empregados envolvidos nesse tipo de ação da moeda + eficiente do mundo novo capitalista investidor. O dia de trabalho não estava em seu completo de atuação. Só uma vítima, não fatal, foi registrada nessa queda dos negócios de escritório de engenharia de construção civil. A obra muito longe da entrega prevista à comunidade, graças a Deus, não possibilitou fazer vítimas, nem gerar tragédia durante o pão e circo inaugural.
“O empreendimento é do Grupo Sá Cavalcante, que anunciou investimento da ordem de R$ 1,2 bilhões. A primeira etapa da obra estava prevista para outubro deste ano. No shopping estava sendo construído 300 lojas, salas de cinemas, e seria entregue um centro comercial e mais de mil apartamentos de moradias. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 70 % das obras da primeira etapa do shopping desabaram. Os moradores próximos disseram que ouviram um estrondo parecido com o de queda de avião. ‘O desabamento ocorreu como uma espécie de efeito dominó. Tinha 16 operários na obra e deu tempo de saírem correndo. Mais um ficou ferido e a ambulância do Corpo de Bombeiro fez o socorro’, disse capitão Oziel de Sousa, do Corpo de Bombeiros.” (Idem)
O Grupo de atração imobiliária adquiriu área nobre e “obsoleta” que durante décadas abrigou cinturão verde, quinta ampla e geografia de um dos + tradicionais hospitais abrigador de pessoas com distúrbios psicológicos. O Sanatório Meduna, prédio que ainda se vislumbra ao fundo da nova construção, foi referência de tratamento e apoio a pacientes do estado e meio norte do país num serviço idealizado pelo quixotesco Clidenor de Freitas (Clidenor de Freitas Santos, nascido em Miguel Alves, 16.02.1913 e desaparecido, em Teresina, aos 2 de abril de 2000. Na carreira profissional foi médico, professor e político brasileiro, como deputado federal pelo Piauí).
Depois de fechadas as portas da Instituição hospitalar, foi aberta a margem à especulação imobiliária e assim surgiu o projeto Shopping Rio Poty, enviando às margens da memória e história da saúde psiquiátrica local o Sanatório Meduna.
“Depois de 56 anos de funcionamento, o Sanatório Meduna, localizado na zona Norte de Teresina, já tem data para fechar. Alegando não ter mais condições de funcionamento, a direção comunicou ao Ministério Público Estadual que fechará suas portas no dia 23 de maio deste ano. ‘A direção comunicou que não tem condições de funcionamento. Isso foi uma decisão do próprio hospital e que pegou todos nós de surpresa’, afirmou a promotora do Ministério Público, Cláudia Seabra. Atualmente, o Meduna, um dos primeiros hospitais psiquiátricos particulares do Brasil, tem 200 pacientes e funciona com a sua capacidade total. Parte desses pacientes é mantida pelo Sistema Único de Saúde. Ao longo dos próximos meses, eles serão encaminhados para outros locais de atendimento psiquiátrico.” (Fonte: Aline Rodrigues/ Jornal O DIA Edição: Portal O Dia. 16/01/2010[www.portalodia.com] Acesso 12. 07.2013 às 15h58)
O médico psiquiatra Clidenor Freitas era “graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Recife, em 1936, com especialização em Psiquiatria, retornou ao Piauí e foi professor de Filosofia no Colégio Estadual do Piauí, diretor do Hospital de Psiquiatria de Teresina, além de criador e idealizador do Sanatório Meduna, que encerrou suas atividades em 2010.”(www.wikipédia.com.br/acesso: 12. 07. 2013 às 16h08)
A área de hospital privado dispunha de prerrogativas de atendimento também a público do SUS. Salvara muitos pacientes durante os incêndios criminosos, da década de 40, quando o médico abriu uma ala especial a queimados e para acompanhar pessoas com sequelas de transformadas em pira humana. Após o desvio da função primeira, essa mesma extensão espacial ganhou ares de novos futuros e olhar especulador de negócios e mercados promissores da construção civil e seus lucrativos desdobramentos. Às vezes as projeções falham, pois da natureza humana também ser falha.
(Shopping Rio Poty (de)caído/foto: portalAZ)
“Teresina
acordou ontem sob o impacto da notícia do desabamento de parte das obras do
Shopping Rio Poty, em construção na área do antigo Hospital Meduna, no bairro
Por Enquanto, à margem da Avenida Marechal Castelo Branco. As obras, iniciadas
em março de 2012, estavam adiantadas e a pleno vapor. O Shopping Rio Poty foi
lançado em Teresina pelo Grupo Sá Cavalcante com a promessa de oxigenar o
mercado de varejo local, com fluxo médio previsto de 30 mil pessoas por dia e
geração de empregos diretos (800 na obra de construção e 3.000 permanentes na
operação do shopping). A área total do terreno do empreendimento é de 79 mil
metros quadrados, com 287 lojas, sendo 13 âncoras e megalojas, além de 239
lojas satélites, 34 lojas de alimentação e 12 salas de cinema. Estão previstas
ainda 320 salas comerciais, com 2.214 vagas de estacionamento.” (Publicado Por: Zózimo Tavares –
180graus.com, a partir informações colhidas de www.sacavalcante.com.br/ acesso
em 12.07.2013 às 16h13)
Agora,
juntar os erros, reconhecer a imperfeição dos cálculos aplicados, corrigir o
projeto para que não ameace a vida e, especialmente, aprender o exercício da
humildade, ética e atenção concentrada ao consumidor que retornará em lucros os
investimentos injetados pelo empresário. Propósitos de lucratividades não podem
abusar da sorte, é para isso que existe a ciência. Nem a Torre de Babel ruiu,
segundo senso comum bíblico, por falha de projeto, mas por desvio de caráter
direcional, deslocado do Criador.
O Meduna mesmo arranhado por problemas que não
cabem nessa notícia, teve seu tempo de bem viver. Já o empreendimento Shopping
Rio Poty (Grupo Sá Cavalcante) não pode perder as pernas, até porque o
marketing aponta recursos de bilhões de reais. Então que o investimento seja
para preservar vidas e não forjar novas ameaças às vidas que deverão ocupar o
espaço comercial.
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