Por que o Sinos dobra-se
por maneco nascimento
O Grupo Sinos de Teatro, responsável pela quebra da tradição de teatro de câmara e representante, na cidade, da linguagem de teatro de rua, é também quem persiste em ampliar as fronteiras desse exercício cênico que encontra campanha consolidada em outras regiões do país.
Por aqui o Sinos guarda insistência nesse teatro não só para tatuar memória, como também para ampliar convivências de uma das marcas teatrais que, em espaços alternativos e logradouros públicos, reinventa a primitiva escola da “commèdie d’larte”.
Definidas as devidas proporções de Teatro na rua e Teatro de Rua, a agremiação piauiense, + aproximada da segunda orientação de palco livre, já encontrou identidade de representação em festivais nacionais por onde demonstrou a “nossa” técnica e dividiu experiências com outros artistas nacionais. E é na Rede Nacional de Teatro de Rua que o Sinos se incorporou para interagir linguagem e reafirmar a “nosotros” por quem dobra-se.
Dobra-se por uma felicidade teatral presente em Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e outras plagas nacionais onde o gérmen da cena de rua contagiou artistas e sua coragem fascinante de atrair a atenção de transeuntes à hora do espetáculo.
Tá na Rua” uma tradição de improviso e partitura de sons e fúria a Sampa e alhures. “O Pessoal do Tarará” está entre bufões, palhaços, arte e compromisso em tradição e ruptura refinadas a Rios grandes e nortes definidos do bom teatro brasileiro.
Na terra do sol do equador o Sinos também engatinha novas propostas, mas já aprendeu a decifrar o segredo da esfinge e se de pés inchados a tragédia se confirmava em dias primitivos, a comédia se estabeleceu, em paralelo, à didática e metodologia iniciáticas dos dois versos da moeda da dramaturgia ocidental que as novas fronteiras herdaram para deleite e releituras do velho teatro de sempre.
O Sinos encantou a cidade e outras praças com montagens como “Dona Flor e seu único futuro marido” e, segundo Alinie Moura, o Grupo que montava um espetáculo por ano, mas parecia estar repetindo uma fórmula de margem, precisava concentrar maior esforço, pesquisas, novos estudos e reiterar a ousadia de manter a cena na rua. Para esse 2013, as novas intenções já ganham força e liberdades criativas.
(Alinie Moura em "Dona Flor..."/fotos: divulgação)
“Salão de Beleza”, uma das peças do projeto de pequenas cenas, como exercício de repertório do Grupo, já obteve aplausos e reconhecimento de esforço afinado. O ator da companhia, Cleverson Rodrigues, interpõe personagem da obra de Jessé Quirino e nos apresenta sua construção às vozes da mulher em processo de “mutação” e reinvenção da própria imagem para efeitos de transformação e intervenção de beleza, vaidade, atenções íntimas e discurso afirmativo da própria identidade. Tudo elaborado ao lúdico do teatro com estética, técnica e domínio sincero da obra exposta.
“Salão de Beleza”, com direção e figurinos de Alinie Moura e atuação de Cleverson Rodrigues, abocanhou o 1º. Lugar no Festival de Cenas Curtas, da virada cultural realizada pela OPEQ, no maio último. Cleverson brinca com qualificada alegria de representar e fingir a arte da própria escolha de profissão e não decepciona.
Esse mesmo exercício foi visto dia 11 de junho, integrando o Projeto “Eu, Você e o Teatro da minha vida”, que se manifesta sempre às terças feira, a partir das 20 horas, no Bar do Clube dos Diários. Informa, ainda, Alinie que a performance interagiu alegria na reabertura do Parque Potycabana.
Enquanto “Salão de Beleza” faz carreira desejada, o Sinos injeta outros exercícios para ganhar as ruas. “Agúrias da lata d’água”, com Rafaela Fonteneles, e “Virgulino Lampião Deputado Federal”, com Alinie Moura, já estão aquecidos e prontos para saltar à cena. O texto original das novas montagens também leva a assinatura de Jessé Quirino. A direção segue um padrão de discussões coletivas no Grupo e finalização dramatúrgica de “palco” a cargo de Alinie Moura.
É a nova peça premeditada, em azeitado processo de confirmação de identidade e identificação cênicas, que o Teatro Sinos de Rua traz à nossa convivência e apreciação. Porque o Sinos dobra-se pela cena da cidade e pela memória e história do teatro brasileiro em pulsação dinâmica.
O Grupo Sinos de Teatro, responsável pela quebra da tradição de teatro de câmara e representante, na cidade, da linguagem de teatro de rua, é também quem persiste em ampliar as fronteiras desse exercício cênico que encontra campanha consolidada em outras regiões do país.
Por aqui o Sinos guarda insistência nesse teatro não só para tatuar memória, como também para ampliar convivências de uma das marcas teatrais que, em espaços alternativos e logradouros públicos, reinventa a primitiva escola da “commèdie d’larte”.
Definidas as devidas proporções de Teatro na rua e Teatro de Rua, a agremiação piauiense, + aproximada da segunda orientação de palco livre, já encontrou identidade de representação em festivais nacionais por onde demonstrou a “nossa” técnica e dividiu experiências com outros artistas nacionais. E é na Rede Nacional de Teatro de Rua que o Sinos se incorporou para interagir linguagem e reafirmar a “nosotros” por quem dobra-se.
Dobra-se por uma felicidade teatral presente em Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e outras plagas nacionais onde o gérmen da cena de rua contagiou artistas e sua coragem fascinante de atrair a atenção de transeuntes à hora do espetáculo.
Tá na Rua” uma tradição de improviso e partitura de sons e fúria a Sampa e alhures. “O Pessoal do Tarará” está entre bufões, palhaços, arte e compromisso em tradição e ruptura refinadas a Rios grandes e nortes definidos do bom teatro brasileiro.
Na terra do sol do equador o Sinos também engatinha novas propostas, mas já aprendeu a decifrar o segredo da esfinge e se de pés inchados a tragédia se confirmava em dias primitivos, a comédia se estabeleceu, em paralelo, à didática e metodologia iniciáticas dos dois versos da moeda da dramaturgia ocidental que as novas fronteiras herdaram para deleite e releituras do velho teatro de sempre.
O Sinos encantou a cidade e outras praças com montagens como “Dona Flor e seu único futuro marido” e, segundo Alinie Moura, o Grupo que montava um espetáculo por ano, mas parecia estar repetindo uma fórmula de margem, precisava concentrar maior esforço, pesquisas, novos estudos e reiterar a ousadia de manter a cena na rua. Para esse 2013, as novas intenções já ganham força e liberdades criativas.
(Alinie Moura em "Dona Flor..."/fotos: divulgação)
“Salão de Beleza”, uma das peças do projeto de pequenas cenas, como exercício de repertório do Grupo, já obteve aplausos e reconhecimento de esforço afinado. O ator da companhia, Cleverson Rodrigues, interpõe personagem da obra de Jessé Quirino e nos apresenta sua construção às vozes da mulher em processo de “mutação” e reinvenção da própria imagem para efeitos de transformação e intervenção de beleza, vaidade, atenções íntimas e discurso afirmativo da própria identidade. Tudo elaborado ao lúdico do teatro com estética, técnica e domínio sincero da obra exposta.
“Salão de Beleza”, com direção e figurinos de Alinie Moura e atuação de Cleverson Rodrigues, abocanhou o 1º. Lugar no Festival de Cenas Curtas, da virada cultural realizada pela OPEQ, no maio último. Cleverson brinca com qualificada alegria de representar e fingir a arte da própria escolha de profissão e não decepciona.
Esse mesmo exercício foi visto dia 11 de junho, integrando o Projeto “Eu, Você e o Teatro da minha vida”, que se manifesta sempre às terças feira, a partir das 20 horas, no Bar do Clube dos Diários. Informa, ainda, Alinie que a performance interagiu alegria na reabertura do Parque Potycabana.
Enquanto “Salão de Beleza” faz carreira desejada, o Sinos injeta outros exercícios para ganhar as ruas. “Agúrias da lata d’água”, com Rafaela Fonteneles, e “Virgulino Lampião Deputado Federal”, com Alinie Moura, já estão aquecidos e prontos para saltar à cena. O texto original das novas montagens também leva a assinatura de Jessé Quirino. A direção segue um padrão de discussões coletivas no Grupo e finalização dramatúrgica de “palco” a cargo de Alinie Moura.
É a nova peça premeditada, em azeitado processo de confirmação de identidade e identificação cênicas, que o Teatro Sinos de Rua traz à nossa convivência e apreciação. Porque o Sinos dobra-se pela cena da cidade e pela memória e história do teatro brasileiro em pulsação dinâmica.
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