por maneco nascimento
"permanecer muito tempo na profundidade pode-se tornar aborrecido. Permanecer muito tempo superficial logo se torna banal. Permanecer muito tempo nas alturas pode ser intolerável. Temos que estar em movimento o tempo todo." (Peter Brook IN Branco, João. Crónicas desaforadas. Lisboa: Rosa de Porcelana. 2014. 142 p.)
(Lari Salles reverencia o chão do Theatro/fotos Marcos Montelo)
Mergulhar sem permanecer em contemplação do belo das profundidades. Colher pedras, se preciso; pérolas se houver, mas colher informações e conhecimentos. Não desfiar às margens da própria vaidade Percorrer as águas que não se repetem, Heráclito Éfeso, e tirar proveito das correntes que passam e sempre têm algo a oferecer.
Concorrer aos céus de estrelas nativas no solo de terra agricultada, enquanto fato de exercício de arte dos pés no chão. Não deitar-se em berço da comodidade, de benefício próprio, que é fuga do espírito coletivo, porque teatro alivia alma e amplia humanidades e repercute arte de reverbero social.
Na noite do dia 31 de agosto, abriram-se as comemorações de aniversário de 121 anos do Theatro 4 de Setembro. As ações pipocaram no Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro e deram ao tempo de aprender a lição das lições peterbrookianas de se estar em movimento o tempo todo.
A partir das 19 horas foram abertas, no palco do Theatro 4 de Setembro, as solenidades de protocolo e de oficialidades culturais.
(Arimatan Martins abre os serviços/fotos M. Montelo)
Começaram com as falas, de Arimatan Martins, diretor técnico do Theatro 4 de Setembro e, em seguida, a exibição do vídeo documentário, em homenagem ao Zezé Lopes, técnico aposentado do Theatro.
(Arimatan Martins abre os serviços/fotos M. Montelo)
Começaram com as falas, de Arimatan Martins, diretor técnico do Theatro 4 de Setembro e, em seguida, a exibição do vídeo documentário, em homenagem ao Zezé Lopes, técnico aposentado do Theatro.
(depoimentos sobre Zezé Lopes, em vídeo)
Filme realizado por Frank Lauro trazia depoimentos de colegas de profissão e amigos do Zezé. Esta, uma das homenagens planejadas a José Lopes de Sousa, à noite de 31 de agosto.
Depois falaram João Vasconcelos, coordenador do Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro; Aci Campelo, organizador do livro editado; Zezé Lopes, o homenageado e Fábio Novo, Secretário de Estado de Cultura do Estado.
(Fábio Novo e João Vasconcelos/fotos Marcos Montelo)
As falas estiveram voltadas para a Casa de espetáculos e suas qualidades; sobre o aniversário que se estava começando as comemorações e, naturalmente, o lançamento do Livro "Theatro 4 de Setembro 120 Anos - História e imagens de um Símbolo Cultural".
Depois houve a apresentação do espetáculo "Exercício Sobre Medeia", montagem do Piauhy Estúdio das Artes. Com direção de Adriano Abreu, a peça traz uma Medeia concentrada no próprio exercício de aprendizagem da arte com a atriz e de uma atriz, Silmara Silva, em delicados e direcionados exercícios da arte da intérprete, para a construção convincente e forte de uma das + visitadas personagens da tragédia grega.
(círculo de fogo e arte em Medeia de Silmara/fotos M. Montelo)
Silmara Silva esteve sublime. Forte, impetuosa, corajosa e decidida, quando encorpa a personagem de Medeia, que transversaliza textos brasileiros e gera um intertextual de discurso da mulher, em suas inquietações e identidades, quer seja à catarse grega, quer seja aos ritos de gênero contemporâneos. Está à vontade para ousar e ser teatro vívido, em plena aurora da maturidade de ser atriz.
Após a peça, houve o lançamento do Livro e sessão de autógrafos no Café Literário "Genu Moraes", com o organizador da obra editada, Aci Campelo.
(Aci autografa o Livro lançado na noite/fotos M. Montelo)
(fila de autógrafos/fotos M. Montelo)
Simultaneamente, na Sala de Diretores do Theatro, ao lado do Café Literário, rolava um instrumental jazz band, com a Banda (086) Trio, de Bruno Moreno, Alexandre Jr. e Lívio Nascimento, e abertura da Exposição "Zezé Lopes", que permanece até 04 de setembro.
(ZeroOitoTeia Trio tocou na abertura da Exposição "Zezé Lopes"/fotos M. Montelo)
No Bar do Club dos Diários era dia de Clube da Radiola, a partir das 19 horas, que recebeu a Associação de Colecionadores de Reggae Vinil de Timon, Maranhão.
Um repertório tradição reggae e MPB e Roberto Carlos passearam em bons sons sem ruídos, do velho vinil dançando numa "pikc-up" charmosa e potente. Foi um Clube da Radiola reafirmando sua agenda e ampliando as fronteiras dos sons e tons e melodias que marcam cultura vinil.
No Bar do Club dos Diários era dia de Clube da Radiola, a partir das 19 horas, que recebeu a Associação de Colecionadores de Reggae Vinil de Timon, Maranhão.
Um repertório tradição reggae e MPB e Roberto Carlos passearam em bons sons sem ruídos, do velho vinil dançando numa "pikc-up" charmosa e potente. Foi um Clube da Radiola reafirmando sua agenda e ampliando as fronteiras dos sons e tons e melodias que marcam cultura vinil.
Vidas em dinâmicas culturais preencheram a noite do dia 31 de agosto e nos orgulharam de sermos parte dessa história em memória contada e comemorada aos dias de aniversário do Theatro 4 de Setembro.
Lari Sales beijou o chão do palco do 4 de setembro em gesto de respeito pela terra que povoamos, enquanto compomos vidas das personagens, em buscas constantes de gerarem expressão. Reverenciou o Templo de nossas artes, em suas falas representadas pelo gesto de pousar lábios no tablado. Foi uma noite de grandes dinâmicas culturais representativas da memória sócio artísticas da cidade.
Guardamos reverência às atividades de abertura das comemorações de aniversário de 121 anos do Theatro 4 de Setembro e felicitamos os artistas que fazem parte da construção sócio cultural desta Casa de espetáculos.
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